História Lost in Love (INACABADA) - 16 - Festa

  Levy – Então seu pai deixou?

  Lucy – Eu estou aqui, não estou? – Falei me vangloriando. Minha mãe fez um belo esforço, pois meu pai nunca deixaria fácil assim. Eu tenho a melhor mãe do mundo.

  Levy – Gajeel você está indo muito rápido.

  Gajeel – E você é quem? Guarda de trânsito? – É.. Ta rolando um clima meio pesado aqui?

  Levy – Não, só estou dizendo que você pode causar um acidente!

  Gajeel – Fica na sua.                

  Lucy – Ei, se forem para brigar esperem sair do carro. Eu ainda estou aqui. – Os dois ficaram quietos. Que coisa...

 

(...)

 

O Gajeel nos deixou na porta e falou que ia estacionar o carro, mas a Levy continuou de cara fechada.

  Lucy – O que aconteceu entre você e o Gajeel?

  Levy – Ele me pegou falando com o Luke.

  Lucy – Luke? Aquele seu amigo de infância?

  Levy – Sim, ele apareceu lá em casa do nada hoje e o Gajeel chegou na hora e ficou com ciúmes.

  Lucy – Ah, claro... E você?

  Levy – É claro que eu falei que era invenção da cabeça dele, eu nunca ficaria com o Luke. Mas ele ficou com aquela cara de bunda e está com raiva de mim até agora.

  Lucy – Bom, então demonstre que ele é o único homem na sua vida.

  Levy – Como?

  Lucy – Isso, minha querida Levy-chan, eu não posso te ajudar pois como você pode ver não tenho boas experiências com namoros.

  Levy – Entendo...

 

Entramos na casa. Ela era enorme e estava cheia de gente pulando, a música estava alta e tinha várias pessoas que estavam embriagadas.

  Juvia – Você veio, Lucy-san.

  Lucy – Você por aqui Juvia? Não acho que você combine muito com esse tipo de festa.

  Juvia – Sim, mas...

  Lyon – Eu a convidei. – Quem é o albino?

  Lucy – Quem é esse?

  Juvia – E-Esse é o Lyon-sama, ele convidou a Juvia para vir a festa.

  Lucy – Juvia.... Já esqueceu o Gray? – Eu sussurrei para ela.

  Juvia – N-Não, mas a Juvia não merece alguém que não de valor a ela.

  Lucy – Você cresceu tão rápido. – Falei chorando. – Ok, eu vou procurar algo para beber. Divirtam-se. – Falei e fui até a um barzinho que havia ali com várias garrafas no balcão. Pego a mais forte, mas alguém segura meu pulso.

  Natsu – Mas já?

  Lucy – N-Natsu? – Falo e me afasto na hora. Eu não havia falado com ele desde aquela conversa estranha que tivemos no telefone.

  Natsu – O que foi? Achei que ficaria feliz em me ver. – Ele falou sorrindo. Recomponha-se Lucy!

  Lucy – Hmph, e por que eu ficaria? Desde que eu saiba eu não te suporto.

  Natsu – Qual é Luce, todos nós sabemos que você me ama no fundo.

  Lucy – Ah claro, bem, bem lá no fundo, mas beeeemmm no fundo. – Falei e ele riu. – E pare de falar meu nome assim, é LucY.

  Natsu – Sim sim. Bom, nos vemos por aí, LucY. – Ele saiu andando e suspirei aliviada. Sinceramente, o que a Levy anda fazendo com a minha cabeça?

 

(...)

 

  Lucy – Já falou com o Gajeel? – Falei quando cheguei do lado da Levy e ela dá um pulo.

  Levy – Ta louca menina? Quer me matar do coração?

  Lucy – Falou ou não?

  Levy – N-Não. – Suspirei.

  Lucy – Você me dá muito trabalho. Que seja, viu a Erza por aí?

  Levy – Eu vi ela chegando, mas não a vi mais. – Outra que me dá trabalho. Fui andando pelo jardim a procura de uma certa ruiva, até que a encontro na parte de trás da casa.

  Lucy – Ah, te achei.

  Erza – Lucy, oi.

  Lucy – O que faz aqui nos fundos?

  Erza – Não sei, acho que não estou no pique para me divertir.

  Lucy – Por que? Aconteceu alguma coisa?

  Erza – Bom...

  Lucy – Aconteceu no encontro? – Ela começou a soltar fumaça pelos ouvidos.

  Erza – Eu não sei o que deu em mim! – A Erza começou a se descabelar. – Nós fomos ao parque de diversões, passeamos, conversamos, ele até comprou bolo de morango para mim! Você sabe que eu amo bolo de morango!

  Lucy – Sim, querida. Eu sei. – Falei batendo em suas costas.

  Erza – Mas... O dia estava acabando e não tinha acontecido nada. Então eu...

  Lucy – Você...

  Erza – Eu me declarei! – Abri o maior sorrisão.

  Lucy – Finalmente! E aí? O que aconteceu?

  Erza – Eu fiquei com vergonha, me desculpei e sai correndo. – Eu mereço mesmo.

  Lucy – Por que?! Erza, era a sua chance!

  Erza – Eu sei, mas eu fiquei com vergonha e quando eu o vi olhando para mim eu entrei em pânico! Ele deve estar me achando louca agora.

  Lucy – E você sabe se ele veio a festa?

  Erza – Veio, por que? – Suspiro.

  Lucy – Vem, vou te ajudar. – Puxei seu braço e chamei todos para dentro da casa e fui até o sofá. – Sai, vão se pegar no quarto. – Falei enxotando um casal que estava quase se comendo no sofá. – Ok, que tal brincarmos de Verdade ou Desafio? Quem não for honesto ou não cumprir o desafio terá que raspar o cabelo.

  Juvia – Ahn?!

  Levy – Eu topo.

  Gajeel – Por que não? – O clima continuava ruim entre os dois.

  Lucy – Opa Jellal, senta aqui também. – Eu o vi passando e logo o trouxe para dentro. Ele encarou a Erza e os dois coraram. Coloquei a garrafa que eu estava bebendo no meio.

  Gray – Opa, Verdade ou Desafio? Também quero. – Ele apareceu do nada agarrado em uma garota aleatória.

  Lyon – Não queremos você aqui.

  Gray – O que disse, boneco de neve?

  Lucy – Calados. Pode entrar, Gray. – Ele se sentou do outro lado da Juvia, a deixando entre os dois. – Ok, eu giro. – Peguei a garrafa e a girei. Ela para em mim e no Levy.

  Lucy – Quer o que, azulada?

  Levy – Verdade.

  Lucy – É verdade que você já traiu o Gajeel?

  Erza – Oi?!

  Levy – Como é?

  Gajeel – Quero saber essa também. 

  Levy – É claro que não, vocês dois são idiotas? – O Gajeel continuava com a cara fechada. – Eu giro agora. – Ela rodou a garrafa e parou na Erza e no Juvia.

  Erza – Quer o que?

  Juvia – D-Desafio. – Era normal ela gaguejar, até porque todos tinham medo da Erza.

  Erza – Desafio você a ficar sentada no colo do Gray por 30 segundos.

  Juvia – A-ahn? A-A Juvia...

  Lucy – Quer raspar o cabelo? – Falei com um olhar assustador.

  Juvia – N-Não. – Ela foi toda envergonhada. – D-Desculpa. – Aí Deus, ela estava de saia. Isso só melhora as coisas. Conseguia ver na cara do Gray que ele estava se segurando.

  Erza – 1...... 2….

  Juvia – C-Conte direito!

 

(...)

 

O jogo foi passando e foi só melhorando. A Levy estava sem blusa, já tinha rolado várias confissões estranhas e por sorte todos estavam bêbados e não lembrariam disso amanhã. Fico triste que não havia caído no Jellal nenhuma vez, eu queria fazer algo com ele e a Erza.

  Levy – Natsu querido, vem jogar. – Ele passou pelo jogo e a Levy o chama.

  Lucy – O que está fazendo, idiota?! – Sussurrei.

  Natsu – Ok... – Ele se sentou do lado do meu lado.

  Lyon – Eu giro. – Ele girou e caiu.... Em mim e no Jellal.

  Lucy – Amém senhor! Então, o que você...

  Erza – Opa Lucy, vai com calma. Ele pergunta.

  Lucy – Oi?

  Jellal – O que você quer? – Droga, nunca cai eu para responder algo.

  Lucy – Desafio.

  Levy – Meu Deus, deixa eu fazer.

 Lucy – Não deixa ela fazer!

  Jellal – Tudo bem. – Eu to morta.

  Levy – Tudo bem Lucy-chan.

  Lucy – Fala logo.

  Levy – Vem cá. – Ela me puxou até o andar de cima e me levou para um quartinho aonde provavelmente a família da Cana guardava as coisas que não usavam mais. – Ok, agora coloca isso. – Ela me dá uma venda.

  Lucy – Por que?!

  Levy – Você pediu desafio, agora vai cumprir. – Suspirei e a coloquei. – Agora não sai daqui.

  Lucy – Levy, aonde você vai? Le... – Escutei a porta fechando. Filha da mãe. Fiquei congelada, com medo do que ela ia me aprontar. Permaneci paradinha na mesma posição até que escutei a porta se abrindo e gelei.

  Lucy – L-Levy? – Ficou um silêncio, mas eu sabia que tinha alguém ali comigo. – F-Foi a Levy que te mandou?

  ?? – Ela só pode estar de brincadeira... – Escutei-o sussurrando. Ele tocou minha bochecha e me arrepiei toda. O quarto estava super silencioso, tanto que dava para escutar a música alta tocando lá fora.

  Lucy – S-Se não foi a Levy te que mandou aqui eu vou te matar. – Ele riu.

  ?? – Realmente, você é uma criancinha.

  Lucy – O que você... – Sou interrompida por um beijo. Bom, naquele momento eu tive 3 certezas. Primeiro: Não era uma garota. Segundo: Estava tocando Sweet Creature – Harry Styles e Terceiro: Ele beijava muito bem. Ficamos assim por um tempo e eu estava amando aquilo. Não sei, mas parecia que ele estava sendo cuidadoso, como se estivesse incerto do que estava fazendo, mas eu só sei que eu queria continuar aquilo. Nos separamos e ele me soltou e ficou um silêncio. – Ei. – Tirei a venda e não vi ninguém comigo ali. Ele havia saído e eu nem percebi? Corei um pouco e coloquei a mão em minha nuca. Eu queria mais. Suspirei e sai daquele cubículo. Quando cheguei na sala não vi ninguém, só a Erza sentada no sofá. – O que aconteceu?

  Erza – Bom a Levy e o Gajeel começaram a brigar e foram embora e o resto do pessoal foram atrás deles.

  Lucy – E você? Por que não foi?

  Erza – Porque eu precisava te esperar para te contar. E então? Como foi lá?

  Lucy – Aquele cara beija muito bem.

  Erza – Aquele cara? Você não viu quem era?

  Lucy – Não, a Levy me vendou. – A Erza começou a ter uma crise de riso. – O que?

  Erza – Nada, acho que assim é melhor mesmo. Vem, vamos procurar a Levy. – Droga, todo mundo sabe quem era, menos eu?

 

(...)

 

  Lucy – Levy! – Fui gritando nas redondezas da casa.

  Erza – Achei. – Ela falou e apontou para a ponta da piscina, onde estava sentada uma criaturinha azulada. – Poxa, te procuramos para todo lado.

  Lucy – O que houve lá dentro?

  Levy – Droga! O Gajeel é tão idiota! – Ela gritou. – Ele começou a me insultar, dizendo que eu usei ele e agora estava com o Luke. Eu rebati, obvio, e falei que ele estava louco. Então ele me chamou de piranha! Tem noção disso? Ele me chamou de piranha na frente de todo mundo! Então eu corri de lá.

  Lucy – Aquele Gajeel, qual o problema dele?

  Erza – Vocês têm que conversar, oras. Sem se insultar ou brigar, mas sim conversar.

  Levy – Não sei se quero falar com ele.

  Lucy – Pois eu vou até lá e puxá-lo pelos cabelos. – Me levantei. – Fica aqui com a Levy, eu já volto. – Falei nervosa. Por que esse povo é tão complicado?

 

(...)

 

  Lucy – Gajeel Rodolfo Redfox! – Cheguei gritando.

  Gajeel – Esse não é meu nome. – O Natsu, o Gray e o Jellal estavam com ele.

  Lucy – Você vai vir comigo e ter uma bela conversa com a Levy.

  Gajeel – E por que eu deveria? Ela é a traíra aqui.

  Lucy – A vamos, Gajeel. O quão idiota você é? Acha mesmo que aquele pedaço de gente teria coragem de fazer uma coisa dessas? A Levy te ama, cara. Abre logo a porcaria desses olhos. – Ele ficou de bico olhando para o lado. – Ok, eu te carrego. – Peguei o braço dele e tentei carrega-lo, mas o bicho é duas vezes maior que eu. – Vão ficar me olhando mesmo? Me ajudem a leva-lo. – Falei para o resto dos meninos que estavam ali e eles foram me ajudar.

  Natsu – Na verdade Lucy, eu tenho que te falar uma coisa.

  Lucy – Me fala depois, estou ocupada. – Falei o empurrando a caminho da piscina. Demorou um século, mas finalmente chegamos.

  Levy – Lucy!

  Lucy – Sem Lucy para cima de mim! Vocês dois sentem ai e conversem! – Eu coloquei os dois em uma das cadeiras que tinha perto da piscina e todos saímos para deixá-los conversar. – Ei, aonde está a Juvia?

  Erza – O Lyon a levou para casa.

  Gray – É claro, o Lyon...

  Lucy – Cala a boca Gray, você não tem direito de reclamar já que você agarra a primeira garota que vê pela frente.

  Gray – Não tenho culpa se as garotas não resistem.

  Lucy – Então fique com elas, mas não ouse chegar perto da Juvia, ela é muito areia para o seu caminhãozinho. – Falei nervosa.

  ?? – MAS O QUE É ISSO? – Escutamos um grito vindo de dentro da casa e fui correndo.

  Lucy – Gildarts? – Falei assustada quando o vi entrando. – Quem diria que até você viria em uma festa como essa.

  Gildarts – Para a sua informação, Senhorita Heartfilia, eu moro aqui.

  Cana – Pai?! O que faz aqui?!

  Lucy – Pai? Você? – Falei surpresa.

  Gildarts – Então eu saio por dois dias e você transforma a nossa casa nessa zona? Todos para fora!

  Cana – Qual é, velhote. Não estraga a festa.

  Gildarts – A festa acabou! Quero que todos saiam! – Ele foi enxotando todo mundo. Paramos na calçada e ficamos olhando uns para os outros.

  Gray – Bom, eu vou para casa. – Ele falou e saiu caminhando.

  Erza – Eu também vou.

  Jellal – E-Eu te acompanho. – Opa.

  Erza – N-Não prec....

  Lucy – Boa noite para os dois! – Falei empurrando-os para longe. Até que sobre eu e o Natsu. – Bom, acho melhor eu ir para casa, minha mãe deve estar querendo me matar agora. – Falei me virando para ir embora. – Ah, o que você queria me falar?

  Natsu – Na verdade eu... – Fico o encarando. – Não, não era nada. – Ok, isso foi estranho. Olho para trás e avisto a Levy e o Gajeel vindo juntos.

  Lucy – Finalmente! E aí, vão me dar uma carona?

  Gajeel – Claro, quer uma também Natsu?

  Natsu – Não, acho que já deu de adrenalina por hoje.

  Levy – Ah claro... – Ela falou com um olhar malicioso.

  Lucy – Por que?

  Gajeel – Como assim por que? O Natsu... – A Levy deu um pisão no pé dele.

  Lucy – O que?

  Levy – Nada, o Natsu só tem muito o que pensar hoje.

  Lucy – Poxa... O que eu perdi?

 

Continua...