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História Lost Time - Mais Ameaças


Escrita por: __Rainbow__

Capítulo 64 - Mais Ameaças


Cosima dormia profundamente, afinal a noite com sua esposa havia sido extremamente cansativa, além de prazerosa, entretanto um toque na região de seu pescoço estava despertando seus sentidos, ainda podia sentir um corpo quente colado no seu, a permitindo concluir que Delphine ainda encontrava-se deitada com ela, mas aquele toque estava causando certo arrepio em seu corpo, por ser inesperado, lentamente seus sentidos foram se despertando a permitindo constatar que eram os lábios quentes de sua esposa.
 

– Cormier – murmurou ela em um tom de reprovação, ainda com seus lábios meio adormecidos – Você não dorme? – indagou ela com os olhos fechados e podendo sentir os beijos cessarem.
 

– Odeio perder tempo dormindo ao seu lado – afirmou ela em um tom de sussurro como se estivesse confessando algum segredo.
 

Cosima ousou abrir seus olhos, que piscaram repetidas vezes como forma de reprovação a claridade que adentrava pela janela, assim que seus sentidos se acostumaram ela pode constatar que estava na mesma posição que havia dormido e que ainda seus dedos estavam entrelaçados nos de sua esposa, lentamente ela afastou sua mão da dela e se pôs a virar, ficando de frente para sua esposa, que a fitavam com um olhar sereno e tranquilo, instintivamente Cosima levou sua mão até a face dela, acariciando levemente sua bochecha, enquanto seus olhos mergulhavam nos dela. Sem se mover ou pronunciar nada ela apenas observou Delphine aproximar seus lábios dos dela e os selar, iniciando um beijo calmo e tranquilo, incialmente sem nenhum contato de língua, apenas seus lábios, mas logo ela pode sentir a língua de sua esposa invadir sua boca e iniciar um beijo calmo, entretanto logo separaram seus lábios, encontrando novamente seus olhares.
 

– Você é incansável, querida – afirmou Cosima a fitando.
 

– Acho que você que anda cansada demais, querida – afirmou Delphine com um sorriso nos lábios.
 

– Culpa sua – afirmou ela abrindo um sorriso em seus lábios – Afinal se deixar me tranca nesse quarto e passa dias fazendo amor comigo – assim que ela terminou de falar pode observar um brilho diferente nos olhos de sua esposa, estranhou tal fato, afinal não havia dito nada incomum que causasse tal brilho.
 

– Pretendo passar minha vida fazendo amor contigo – afirmou ela com um sorriso cativante nos lábios e acariciando o rosto de sua esposa com as pontas dos dedos.

 

Naquele instante Cosima pode entender o motivo dos brilho de sua esposa, tal brilho se atribuía a sua sugestão que faziam amor, mas afinal era isso que faziam quando dividiam a cama , podia ser um amor ardente e cheio de safadezas, mas ainda era o amor que um sentia pelo outro, somado a necessidade carnal que sentiam.

 

– Mas não seria uma má ideia tirarmos um tempo para dormir – sugeriu Cosima a fitando – Ou uma noite sem fazermos amor e sexo ardente – afirmou ela acompanhada de uma risada.

 

– Não seja por isso, senhora Cormier – murmurou Delphine a fitando – Está noite não faremos amor e sexo ardente, vou lhe proporcionar uma noite de um casal normal – afirmou ela.
 

– Aguardarei ansiosa, senhora Cormier – afirmou Cosima com um sorriso nos lábios.
 

– Infelizmente tenho que ir trabalhar – afirmou Delphine formando uma expressão de desanimo em seu rosto – Toma banho comigo? – indagou ela com um sorriso sedutor, até convidativo nos lábios.

 

Cosima apenas fez um sinal negativo com a cabeça, a fitando com um sorriso apenas formado por seus lábios, sem mostrar seus dentes, tal recusa se atribuía ao fato que ela sabia que aquele banho não seria um simples banho, conhecia o suficiente sua esposa para saber que ela certamente tornaria aquele ato cotidiano em um ato libidinoso.
 

– Por que? – indagou ela formando uma expressão de desanimo em seu rosto.
 

– Te conheço, senhora Cormier – afirmou ela – Sei como irá acabar esse banho – ela acariciou o rosto de sua esposa, em um forma de mostrar que mesmo recusando tal convite ainda a queria – Eu vou descansar mais um pouco, enquanto você toma seu banho – afirmou ela a fitando.
 

– Está bem, senhora Cormier – afirmou Delphine com um sorriso contrariado nos lábios, selando rapidamente os lábios de sua esposa.
 

Cosima apenas observou sua esposa se por de pé, trajando apenas uma calcinha branca, instintivamente ela esboçou um sorriso ao observar o corpo de sua esposa que ainda possuía algumas marcas das noites que compartilhavam, logo a viu adentrar no banheiro, assim que ela sumiu de seu campo de visão fechou suas pálpebras, na tentativa de descansar sua cabeça, entretanto seu corpo começou a relaxar de uma forma que a levou a perda de consciência a fazendo dormir.
 

Cosima começou a sentir seus sentidos regressarem quando algo tocando sua bochecha a começou a despertar, sem muita demora ela abriu seus olhos ainda meio embaçados podendo constatar que era Delphine acariciando seu rosto, enquanto a fitava com um sorriso suave nos lábios, assim que a fitou pode constatar que ela já estava de banho tomado, com os cabelos penteados e trajando um terninho.
 

– Já estou de saída, querida – sussurrou Delphine selando os lábios de Cosima rapidamente.
 

– Até mais tarde, Cormier – murmurou ela ainda meio sonolenta.
 

Cosima apenas pode sentir Delphine selar novamente seus lábios, em seguida pousar seus lábios quentes em sua testa e rapidamente se dirigir até a porta, lhe lançando apenas mais um olhar acompanhado de um sorriso, logo desaparecendo de seu campo de visão. Rapidamente ela levou seus braços para cima de sua cabeça e esticou todo seu corpo, necessitava despertar, então tomou a decisão de tomar um banho rápido e ir realizar alguns exercícios matinais, na esperança que eles afastassem aquele cansaço de seu corpo e assim o fez, rapidamente tomou um banho rápido, tirando as marcas da noite passada, se pondo assim em seguida a vestir uma roupa confortável e saiu realizar uma corrida, adorava o bairro em que morava, por ser um lugar calmo e possibilitar passeios assim a qualquer hora do dia, sem o incomodo de tantos carros transitando, afinal era um bairro de homem de negócios e aquela hora a maioria já havia saído em seus luxuosos carros, deixando a rua mais deserta o possível, o que chegava a ser agradável.

 

Cosima havia corrido cerca de 10 quilômetros aquela manhã, podia sentir-se relaxada, tranquila e ousava até em dizer que feliz, assim que começou a se aproximar do portão de sua casa, diminuiu os passos, iniciando uma lenta caminhada, entretanto algo lhe chamou a atenção, era uma mulher parada perto do seu portão, não bem na frente, mais para ao lado dos altos muros de pedras, entretanto ela sabia quem era, já se fazia capaz de reconhecer aquela mulher, pois só de pousar seus olhos nela já podia sentir uma temor tomar conta de seu corpo, lentamente se aproximou e já armando suas defesas para contra aquela mulher, a poucos metros de distância já podia ver um sorriso se formar no rosto dela ao vê-la.
 

– O que você está fazendo aqui, Maddy? – indagou ela em um tom sério e com a expressão fechada.
 

– Negócios – afirmou observando-a se aproximar.
 

– Minha esposa não se encontra, então não vejo razão para estar aqui – afirmou apenas a fitando.
 

– Por ela não se encontrar que estou aqui – afirmou Maddy tirando as mãos de seus bolsos e caminhando em direção a Cosima – Meus negócios são com você – disse ela levando sua mão até o rosto dela.
 

– Não tenho nenhum negócio com você – afirmou Cosima afastando seu rosto da mão daquela mulher.
 

– Pensou no meu conselho de ontem? – indagou ela voltando suas mãos em seus bolso e esboçando um sorriso sedutor em seus lábios.
 

– Não tenho medo de você ou o que possa fazer – afirmou ela, sabendo que era mentira, pois todos seus sentidos temiam aquela mulher.
 

– Não quero que me tema, docinho – afirmou ela – Pois quem vai destruir seu conto de fadas é você própria, digamos que apenas vou dar uma ajudinha – anunciou Maddy a fitando.
 

Aquelas palavras a estavam deixando confusa, sinceramente necessitava entender as ameaças daquela mulher, pois para seus desespero ela falava, falava e não dizia nada concreto que pudesse ser útil, para uma possível defesa.

 

– Por que você não me diz logo o que você e a Aynsley pretendem? – afirmou ela já impaciente e até irritada.
 

– Tranquila, Cosima – perdiu em um tom calmo – Prometo que estarei ao seu lado para te consolar quando for largada – anunciou se aproximando dela.
 

Cosima não sabia o que falar ou responder, pois podia ver que aquela mulher era irredutível em suas afirmações e certamente não responderia nenhuma pergunta sua com clareza e sinceridade, apenas daria mais rodeios, rodeios que a estava deixando confusa.
 

– Tenha um bom dia, Maddy – falou se preparando para virar, contudo duas mãos segurando seus pulsos a detiveram.
 

Para o desespero de Cosima rapidamente as mãos que estavam em seus pulsos caminharam até sua cintura e colaram o corpo dela no seu, por mais que ela tentasse o empurrar a força dela era consideravelmente maior que a sua, antes que ela pudesse proferir qualquer som, ou tentar qualquer ação pode sentir os lábios daquela mulher colarem nos seus, por mais que ela tentasse escapar ou se afastar era impossível, pois uma das mãos dela segurava sua cabeça a impedindo de move-la, a única coisa que se fez capaz de fazer foi tentar fechar o máximo possível seus lábios, impedindo assim que a língua dela adentrasse sua boca, assim que Maddy afastou os lábios, rapidamente Cosima a empurrou e levou sua mão até o bochecha dela, lhe dando um tapa com toda a força que tinha, podendo apenas ver um sorriso de satisfação formar nos lábios daquela mulher, sem proferir nenhuma palavra Cosima rapidamente adentrou o portão e andou o mais rápido possível até dentro de sua casa, sem dizer nenhuma palavra subi as escadas, enquanto com sua mão direita limpava seus lábios, estava extremamente irritada com a petulância daquela mulher.
 

Assim que adentrou o banheiro foi direto a pia, onde apoiou suas mãos e ficou se fitando no espelho, não podia acreditar no que acabara de acontecer ou nas palavras dela que a deixavam mais confusa, realmente não sabia como agir ou o que devia fazer, entretanto aquelas ameaças seguidas já lhe estavam causando um enorme temor, um temor pelo desconhecido, algo dentro de si passou a alerta-la que devia contar a Delphine tudo que estava sucedendo, afinal ela era a única que seria capaz de protege-la, naquele instante tomou a decisão que contaria tudo a Delphine naquela mesma noite.

 

Então habilmente ela se desfez de suas roupas e adentrou no box, tomando um longo e demorado banho, seu corpo começou a relaxar com facilidade devido a água e o exercício que havia feito, levou mais tempo que o normal debaixo do chuveiro, pois a tentativa de afastar qualquer pensamento lhe rendeu uma grande batalha, assim que terminou trajou um vestido de mangas, na cor bege, seu estômago já começava a reclamar, a reprovando pelo fato de não haver tomado café, entretanto já era hora de almoçar, rapidamente ela desceu, encontrando Virginia, que já preparava o almoço, pode constatar tal fato pelo cheiro que tomava conta da cozinha.

 

– Boa tarde, Virginia – saudou Cosima se sentando em frente ao balcão.
 

–Boa tarde, senhora. Seu almoço já está quase pronto – anunciou ela enquanto fitava as panelas.
 

– Que bom, estou faminta.
 

– Senhora – disse Virginia chamando a atenção dela – A sua costureira ligou avisando que suas encomendas já estão prontas – deu ela o aviso voltando sua atenção as panelas.
 

– Obrigada, Virginia – agradeceu Cosima– Depois do almoçou vou até lá – anunciou ela.
 

Logo o almoço ficou pronto e Cosima o saboreou, não muito, pois devido ao fato de estar em jejum sentiu um mal estar, melhor uma ânsia, ou seja seu estômago estava reclamando aquele pouco de comida, sempre ocorria isso quando demorava muito entre uma refeição ou outra ou quando a primeira refeição do dia já não era mais pela manhã. Assim que terminou sua breve refeição regressou ao seu quarto, já era início da tarde, então rapidamente se pôs a se arrumar, permanecendo com o mesmo vestindo, trajando apenas um sapato na cor azul turquesa.

 

Cosima pegou sua bolsa e seguiu o caminho até para fora, logo adentrou seu carro, rapidamente passou pelos portões da mansão e seguiu seu caminho, sua costureira ficava na galeria de lojas que ela tanto gostava, assim ela sabia que aquele dia seria longo e pelo menos teria coisas o suficiente para afastar os acontecimentos do começo do dia. Assim que chegou estacionou e rapidamente foi até sua costureira, para sua sorte todos seus vestidos haviam ficado perfeitos, assim que saiu de lá decidiu iniciar seu passeio, parando em cada loja que encontrava alguma peça que lhe chamasse a atenção, coisa que não era muito difícil, o dia transcorreu rapidamente e os pensamentos de Cosima permaneceram voltados para o seu consumismo, entretanto quando o sol já estava quase se pondo e seu passeio estava terminando ela parou em frente a uma loja que lhe chamou a atenção, era um loja de roupas de bebê, seus olhos ficaram vidrados naquelas pequenas peças a obrigando esboçar um suave sorriso ao imaginar como seria ter um filho com Delphine, como séria incrível e perfeito ter uma família com ela.

 

– Sonhando acordada, Cos? – indagou uma voz irritante causando um arrepio gelado no corpo de Cosima.
 

Cosima rapidamente se virou, sabia bem quem era, ficou feliz até por encontra-la afinal era sinal que sua prima estava dando as caras e não mandando sua fiel lacaia que tanto a assustava, assim que a mirou a encontrou com um sorriso irônico nos lábios da loira.

 

– Cansou de mandar sua lacaia para me ameaçar, priminha? – indagou Cosima em um tom irônico que irritou sua prima.
 

– Você tornou isso uma guerra Cosima ao roubar a Delphine de mim – disse Aynsley levando seu dedo contra seu peito – Você sabia muito bem que desde de criança pretendia casar com ela, por isso vou retomar o que é meu e o posto como esposa da Delphine – afirmou a morena em um tom ameaçador – Por isso sugiro que não planeje ter nenhum bastardinho, porque rapidinho a Delphine vai correr daquela casa – terminou ela com um sorriso vitorioso nos lábios.

 

– Aynsley, você está me cansando com essa obsessão, você está maluca – afirmou Cosima em um tom de indignação – A Del já te rejeitou uma vez, o que te faz acreditar que não o fará de novo? – indagou Cosima com um sorriso desafiador nos lábios.

 

–  Cos... bem se vê como você é ingênua – afirmou Aynsley com um sorriso nos lábios – quando alguém tem seu ego ferido faz de tudo para se vingar, inclusive arrumar outra – disse à morena.
 

– Não vou mais perder meu tempo com você – afirmou Cosima se pondo a andar, contudo uma mão a deteve.

 

– Aproveite, porque são os últimos dias – afirmou Aynsley em um tom ameaçador.

 

Cosima rapidamente puxou seu braço e se pôs a andar em direção ao seu carro, já estava cansada daquelas ameaças sem sentido, mas infelizmente o temor dentro de si apenas estava crescendo, apesar de serem apenas ameaças temia o que poderiam fazer, pois era desconhecido até para ela, apenas jogou as sacolas no banco traseiro do carro e logo entrou, seguindo seu caminho para casa, mas seus pensamentos estavam naquelas inúmeras ameaças, pois não temia o que podiam fazer contra ela, mas sim a possibilidade de perder Delphine, jamais havia sentido esse temor, contudo sabia que dessa vez sua prima estava tentando jogar com algo que nem ela seria capaz de imaginar , sem se dar conta logo estava adentrando os portões de sua casa.

 

Assim que seguiu o caminho até a entrada pode encontrar o carro de Delphine parado, sentiu um enorme alivio tomar conta de si, pois por fim teria a oportunidade de lhe contar tudo, mesmo que ela estivesse ocupada, pois certamente para ela estar aquela hora em casa certamente estaria trabalhando. Cosima desceu do automóvel, sacou suas sacolas e se pôs a subir as escadas até a porta de entrada, assim que a abriu colocou as sacolas próximas e seguiu até o escritório de sua esposa, mas para seu espanto e surpresa ela não se encontrava lá, então resolveu se dirigir até a escada, mas um barulho, um barulho de algo batendo, melhor parecia tampas batendo lhe chamou a atenção, estranhou o fato, pois era noite de folga de Virginia, virou seu olhar para a cozinha e em seguida seguiu seus passos até lá, podendo ver uma cena inacreditável, ou que nunca havia imaginado ou sonhando em ver antes, aquela cena espantou qualquer preocupação de sua cabeça, ameaça, problemas e apenas a fizeram se sentir amada, feliz, com o coração saltando desesperadamente.



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