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História Lost Time - Amor e Confiança


Escrita por: __Rainbow__

Capítulo 62 - Amor e Confiança


O chão embaixo dos pés de Cosima pareceu sumir, não podia acreditar na cena que seus olhos estavam vendo, queria e necessitava proferir algum barulho para que anunciasse sua presença, contudo as palavras e qualquer som possível de se proferir parecia não saiam, pois sua garganta parecia se fechar impedindo qualquer som, seu coração parecia não bater ou quando fazia tal função a dor era enorme, dentro de si uma vontade irracional começou a crescer, tinha vontade de pegar Aynsley pelos cabelos e bater nela, contudo não somente nela desejava bater, mas também em sua esposa, mas nenhum movimento conseguiu realizar, apenas seus olhos se moviam e estavam fixo naquela cena e na espera do que estava por vir, contudo era inegável que dentro de si esperava o pior, esperava ver aquela mulher selando os lábios de sua esposa e ela permitir, entretanto o movimento seguinte de sua esposa lhe causou uma enorme surpresa e até certa confusão.

 

– Não – disse Delphine em um tom firme, levando suas mãos até os braços daquela moça e a impedindo que seguisse.

 

– Del... – pestanejou ela em um tom irritante – Para de fugir eu sei que você também quer – disse ela em um tom de sussurro e até um tanto quanto sexy.

 

– Não, Aynsley, eu não quero – afirmou ela em um tom autoritário – Eu sou a esposa de sua prima e exijo que me respeite e a ela também – continuou Delphine em um tom firme e sério.

 

Cosima não podia acreditar no que seus ouvidos estavam ouvindo, aquelas palavras de sua esposa pareciam uma melodia encantadora, jamais havia esperado ou imaginado ver Delphine agindo daquela forma e até mesmo dando um basta em sua prima, aquelas palavras, aquele ato de Delphine permitiram que o nó em sua garganta dispersasse e seu sangue voltasse a circular por seu corpo, permitindo assim que seu corpo pudesse voltar a realizar os movimentos, a ponto de permitir que ela sentisse uma coragem tomar conta de si, rapidamente ela inspirou o ar.

 

– Atrapalho? – indagou Cosima logo tomando a atenção daquelas duas pessoas.

 

Ela pode perceber os olhos de sua esposa pousarem em si, contudo ela tinha a expressão de desespero, como se temesse a reação de sua esposa, já Aynsley a fitava com uma expressão de raiva e fúria, como se tivesse vontade de mata-la ali mesmo, entretanto rapidamente ela pode perceber o olhar de sua prima desviar para a mulher atrás de si, contudo preferiu não dar muita importância a aquele fato, pois sua atenção estava em sua esposa que estava afastando os braços de sua prima de seu pescoço e se dirigindo em sua direção.

 

– Não, querida – disse Delphine em um tom temeroso – Estava a sua espera – afirmou ela.

 

Cosima se pôs a andar em direção a sua esposa a fitando com um olhar um tanto quanto distinto, havia gostado do ato dela, contudo parte de si ainda sentia vontade de mata-la, ou ao menos lhe dar um tapa como punição por permitir sempre tanta petulância de sua prima, entretanto decidiu que era momento de se vingar de sua prima e não de punir sua esposa.

 

– Jeito curioso de se esperar, querida – disse Cosima em um tom irônico.

 

Em passos normais ela se aproximou de sua esposa e permaneceu a fitando por alguns segundos, podia ver a expressão de desespero no rosto dela, como se estivesse tentando se desculpar ou explicar aquela cena, lentamente ela levou suas mãos até o ombro de Delphine.

 

– Cosima... – começou ela, sem poder terminar sua frase.

 

Antes que ela pudesse proferir qualquer palavra Cosima rapidamente levou seus lábios até os dela, os selando de forma suave, seu objetivo era logo se afastar daqueles lábios, afinal tinham uma plateia de duas pessoas as assistindo, entretanto não teve êxito, pois assim que seus lábios pousaram nos de Delphine, pode sentir os braços dela rodearem sua cintura e a língua de sua esposa invadir a sua boca, naquele instante em nada ela pensou e apenas deslizou suas mãos até o pescoço de Delphine, se entregando aquele beijo, como se houvesse apenas as duas naquele recinto, era um beijo cheio de desejo, ela sabia que se estivessem apenas as duas ali, certamente não parariam naquele beijo.

 

– Ram... ram – pigarrou Maddy.

 

Ao ouvirem aquele som Cosima e Delphine voltaram a realidade ou ao menos se deram conta que não estavam sozinhas, lentamente afastaram seus lábios, permitindo assim que seus olhos se encontrassem, Cosima deu um passo para trás se afastando de sua esposa, afinal aquela proximidade poderia ser extremamente perigosa, rapidamente seu olhar pousou em Aynsley que as fitava com uma expressão um tanto quanto incrédula, pela primeira vez havia visto sua prima sem palavras, parecia que ela havia levado um susto.

 

– Não esperava te encontrar aqui, prima – disse Cosima em um tom sarcástico e um sorriso irônico nos lábios.

 

– É... – murmurou Aynsley como se tentasse recuperar suas palavras – Pois é – disse em um tom um quanto tanto de desgosto.

 

– Vamos, querida? – indagou Delphine pousando a mão direita na cintura de sua esposa.

 

Cosima pode ver o olhar fuzilante de Aynsley pousar sobre ela, ou na mão de sua esposa que estava em sua cintura, mas era inegável, Cosima jamais havia se divertido tanto em sua vida, naquele instante ela descobriu como a vingança era prazerosa.

 

– Vamos – respondeu Cosima com um sorriso vitorioso nos lábios – Até breve, Aynsley – se despediu ela se pondo porta a fora.

 

Assim que passou pela porta teve o desprazer de cruzar com Maddy, definitivamente não gostava daquela mulher, contudo não tentou transparecer e habilmente se dirigiu até o elevador, podendo apenas ouvir os passos de sua esposa atrás de si. Logo que adentrou aquele pequeno espaço e se virou em frente a porta pode ver sua esposa se posicionar ao seu lado, Cosima não sabia como agir, apesar de toda aquela cena, o beijo e a diversão ainda sentia raiva de sua esposa, pois tudo aquilo era culpa dela, por sempre dar liberdade a sua prima, mas seus pensamentos se dispersaram quando a mão de Delphine pousou em sua cintura, deixando seus corpos próximos. Rapidamente Cosima levou sua mão até a de sua esposa e afastou de seu corpo, sem proferir nenhuma palavra.

 

– Cosima – disse Delphine em um tom de advertência.

 

– Não, não diga nada – afirmou Cosima em um tom irritado.

 

Cosima apenas pode sentir a mão de sua esposa pousar em seu pulso e a virar a fazendo ficar de frente para ela, permitindo que seus olhos se encontrassem, antes que ela pudesse tomar qualquer reação, apenas pode sentir a mão dela pousar em sua cintura e colar seu corpo no dela, suas mãos pousaram no peitoral dele na tentativa de se afastar, contudo a força de sua esposa era maior.

 

– Ciúmes, senhora Niehaus? – indagou Delphine a fitando.

 

– Irritação, senhora Cormier – respondeu Cosima em um tom agressivo – Pois minha esposa permite que qualquer mulher se pendure em seu pescoço e tente beija-la – afirmou em um tom irônico.

 

– Entretanto – começou Delphine esboçando um sorriso em seus lábios, como se tivesse se divertindo com aquela situação – Apenas permito que a senhora me beije – afirmou – Então deixa de ciúmes.

 

– Você me irrita – afirmou Cosima.

 

– E você me encanta – afirmou Delphine levando seus lábios até os de Cosima e os selando.

 

A princípio Cosima tentou pestanejar, contudo era impossível resistir a aqueles lábios ou impedir que aquela língua tomasse sua boca, então ela decidiu se entregar a aquela beijo, levando suas mãos até o pescoço de sua esposa e se entregando a aquela sensação que aqueles lábios lhe proporcionava, era inegável, era impossível permanecer chateada com Delphine, afinal sua esposa conhecia todos seus pontos fracos.

 

Mas logo se obrigaram a separar seus lábios assim que escutaram a porta do elevador se abrir, assim que seus olhos se encontraram, ambas esboçaram um suave sorriso, rapidamente Cosima sentiu Delphine agarrar sua mão e ambas andaram pelo estacionamento até o carro.

 

– Acho que a Aynsley não gostou do nosso beijo, querida – comentou Cosima levando seu olhar até Delphine.

 

– E acho que a Maddy não gostou também – disse Delphine fitando sua esposa – Acho que terei que demiti-la, pois está me desagradando a atenção dela com você – comentou.

 

Cosima adorou aquelas palavras, queria poder dizer que aquela mulher a desagradava, contudo sabia que se o fizesse a ameaça de sua esposa se tornaria verdadeira e sinceramente não queria aquilo, não queria prejudicar a vida de ninguém, pois acreditava que com o tempo aquela mulher a esqueceria.

 

– Esquece ela, querida – sugeriu Cosima – Aonde vamos almoçar? – indagou Cosima mudando de assunto, enquanto Delphine abria a porta do carro para ela entrar.

 

– Surpresa – respondeu Delphine fechando a porta.

 

Cosima apenas observou Delphine adentrar o automóvel, preferiu não insistir na pergunta, pois conhecia sua esposa o suficiente para saber que seria difícil, se não impossível conseguir uma resposta dela, então preferiu admirar o caminho a sua frente, mas sempre levando seu olhar até sua esposa e a admirando, era incrível como aquela mulher conseguia fazê-la feliz, ela era maravilhosa e encantadora, palavras eram escassas para descrever o que ela lhe causava, entretanto podia apenas afirmar que aquele sentimento era reconfortante e lhe causava uma sensação indescritível.

 

Após minutos transitando pelas ruas, por fim o carro parou, ela apenas observou o lugar do lado de fora, conhecia bem aquele lugar, não por frequenta-lo sempre, mas por ser um lugar que a encantava e agradava, pois era um ambiente natural, literalmente era cheio de natureza, era o jardim botânico, antes que Cosima pudesse terminar de observar aquele lugar sua porta se abriu e rapidamente pode encontrar a mão de sua esposa e um sorriso enorme nos lábios dela, delicadamente ela pousou sua mão na de sua esposa e desceu do automóvel.

 

– Vamos almoçar aqui? – indagou Cosima fitando sua esposa.

 

– Sim – respondeu Delphine com um sorriso enorme nos lábios – Vamos – disse ela a guiando.

 

Cosima apenas se permitiu ser guiada, logo adentrando aquele espaço enorme, cheio de arvores, flores, bancos, era um lugar lindo, pois não era um jardim apenas repleto de natureza era um lugar com trilhas para que os visitantes transitassem, o jardim era localizado em um uma antiga mansão, por esse motivo também havia várias estátuas de anjos, entre outras imagens espalhadas pelo lugar. Delphine logo guiou Cosima por dentro da varanda da casa, ela nunca havia estado naquela parte, pois era uma área restrita para visitantes, assim que chegaram em meio aquela varanda puderam encontrar passagem para um enorme pátio, que tinha o chão todo de pedra, com uma pequena fonte no meio e repleto de flores, ou melhor de rosas espanholas, Cosima ficou encantada com aquele lugar era lindo, tão calmo, lhe transmitia uma paz enorme, podia se ouvir apenas o barulho da agua que caia da boca do anjo na enorme fonte e os pássaros que transitavam pelo lugar, mas seus olhos logo recorreram até o meio do pátio, podendo encontrar uma pequena mesa posta, como se esperasse uma refeição para duas pessoas, ou melhor para um casal apaixonado.

 

– Vamos almoçar aqui? – indagou Cosima rapidamente levando seu olhar até sua esposa.

 

– Sim – respondeu Delphine com um sorriso encantador nos lábios e seus olhos voltados para a sua esposa – Gostou?

 

– Amei – respondeu Cosima com um sorriso nos lábios.

 

–Vem – disse Delphine se pondo a andar e guiando Cosima até a mesa.

 

Assim que Delphine puxou a cadeira Cosima se sentou, podendo observar aquela pequena mesa, com dois pratos postos com uma tampa em cima, duas taças uma com agua e outra com vinho tinto, havia algumas pétalas espalhadas pela toalha branca que revestia a mesa, rapidamente ela subiu seu olhar encontrando sua esposa a fitando com um brilho curioso no olhar, parecia que a admirava, mas de uma forma diferente, aquele olhar começou a lhe causar uma sensação estranha, uma felicidade, mas ao mesmo tempo como se estivesse trocando pela primeira vez um olhar com alguém que amava muito, sim, Cosima podia sentir aquele amor dentro de si, podia sentir aquele sentimento em sua imensidão, uma imensidão que não tinha fim, ousava até a pensar que jamais queria sair daquele momento ou que jamais queria de deixar de sentir aquilo quando olhasse para aquela mulher, seus pensamento e emoções foram interrompidas quando sentiu uma mão quente pousar sobre a sua que estava sobre a mesa, rapidamente ela levou seu olhar constatando que era a mão de sua esposa, rapidamente levou seu olhar até ela.

 

– Cormier... - murmurou Cosima na tentativa de dizer algo, de expressar sua emoção, felicidade e todo aquele sentimento que tinha dentro de si.

 

– Minha Cosima... – disse Delphine antes que ela pudesse continuar – Você sabe que não sou de dizer muito o que sinto ou desejo, contudo quero que saiba que você é meu paraíso, meu sol, minha lua, minha direção - continuou ela acariciando a mão de Cosima – Quando estava distante sonhava todos os dias em compartilhar um momento assim com você, poder ver esses seus olhos brilhando e me perder neles... eu me sinto a mulher mais afortunado por ter você em minha vida – terminou Delphine com os olhos brilhando.

 

Cosima não podia acreditar no que estava ouvindo, jamais havia ouvido sua esposa lhe falar daquela forma, com aquele carinho, sinceridade e cheia de sentimentos, rapidamente ela afastou sua mão da de Delphine, habilmente afastou sua cadeira e andou até sua esposa, sentando em seu colo, rodeou seu pescoço com seus braços e selou seus lábios, iniciando um beijo calmo, mas cheio de carinho, podendo sentir apenas as mãos de sua esposa rodearem sua cintura, enquanto a suas mãos acariciavam a nuca de sua esposa. Assim que seus lábios se afastaram, suas miradas se encontraram e rapidamente suas testas se encostaram.

 

– Obrigada – sussurrou Cosima – Obrigada por ter lutado por mim e me fazer sentir a mulher mais amada desse mundo – confessou ela.

 

– Jamais te deixaria escapar – disse Delphine levando sua mão até o rosto de Cosima e o acariciando.

 

Ambas preferiram permanecer em silencio, afinal as palavras não se faziam necessárias, as confissões que seus olhares trocavam já eram suficientes para expressar qualquer sentimento ou emoção que compartilhavam, permaneceram naquela troca de olhares e beijos por longos minutos.

 

– Vamos almoçar? – indagou Delphine rompendo aquela magia.

 

– Vamos – respondeu Cosima saindo do colo de sua esposa – Estou faminta – confessou se sentando em sua cadeira.

 

O almoço foi agradável, ambas conversaram assuntos cotidianos, segredos que compartilhavam, pareciam um casal apaixonado para quem visse de fora, pois riam, discordavam, brincavam, uma dava comida na boca da outra, era uma cena agradável, possível de ver o amor entre ambas sem ao menos perguntar ou saber. Logo que terminaram a refeição seguiram para casa, durante todo o caminho ambas trocavam olhares. Delphine pegava na mão de Cosima e despejava vários beijos sobre sua pele macia, assim que chegaram gentilmente Delphine abriu a porta de sua esposa, lhe estendendo a mão.

 

– Está entregue, senhora Niehaus – anunciou Delphine a fitando.

 

– Passarei o restante do dia sem sua presença, senhora Cormier? – indagou Cosima subindo um degrau da entrada e se virando de frente para sua esposa que já enlaçava sua cintura com seus braços.

 

– Infelizmente – murmurou ela em um tom de desanimo – E a noite, tenho um jantar com alguns sócios – afirmou a fitando.

 

– Que desagradável – disse Cosima em um tom de decepção – Ao menos vira para dormir? – indagou ela.

 

– Jamais dormiria longe de você – respondeu Delphine.

 

– Assim espero – disse Cosima levando seus lábios até a orelha de sua esposa – Pois esperava estrear uma lingerie nova está noite - sussurrou ela logo voltando a fitar e encontrando os olhos de sua esposa tomados por um desejo que ela também compartilhava.

 

– Prometo não me tardar, querida – anunciou Delphine em um tom firme e com os olhos tomados pelo desejo e rapidamente selando os lábios de sua esposa e trocando um beijo caloroso.

 

Logo que seus lábios se afastaram Delphine levou sua mão até a face de sua esposa e acariciou, admirando cada parte daquele rosto que tanto a encantava, levemente selou seus lábios mais uma vez.

 

– Te esperarei – afirmou ela.

 

Cosima pode sentir as mãos de sua esposa se afastarem e ela se dirigir até o carro e lhe lançar mais uma vez um olhar cheio de amor e carinho, mas infelizmente logo ela adentrou o automóvel e partiu, ela apenas esboçou um suave sorriso, pois era inacreditável ter uma esposa tão atenciosa daquela forma, lentamente ela subiu as escadas, abriu a porta da entrada, a fechou e pousou sua bolsa sobre a pequena mesa da entrada, mas antes que pudesse realizar qualquer movimento ouviu alguém tocar a campanha, rapidamente deu meia volta e voltou a abrir a porta, assim que abriu se deparou com um enorme buquê de rosas, instintivamente abriu um enorme sorriso, pois certamente aquilo deveria ser coisa de sua esposa, mas assim que o buquê se afastou e revelou o rosto da entregadora ela tomou um enorme susto, um desespero tomou conta de si.

 

– O-o... que você faz aqui? – indagou ela em um tom baixo.



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