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História Lotus Negra: O Despertar de uma Lenda- Hiatos - 1.2 - Decadência e Cárcere


Escrita por: Alexiel_LaRoux

Notas do Autor


Amores da titia, como prometido, um capitulo a cada fim de semana, aqui esta mais um pedacinho da nossa historia! Obrigada pelos comentários e aos que favoritaram a fic, espero que estejam gostando!

Como não podia faltar, a sofrência nesse capitulo vem no nível máximo e um aviso a aqueles que tem o coraçãozinho mais fraco. Por volta do paragrafo 30 até o 34 temos uma insinuação de dark lemon, não é algo completo e escrevi o mais sutil possível para quem ler, saber o que aconteceu, mas não ter uma imagem escrita tao forte. Pra quem não gostar já esta avisado, podem só passar os olhos por cima disso, ou pular (apesar de que perde um pouco o sentido da cena mas...)

Como avisado anteriormente: Diálogos em NEGRITO estão sendo feitos em francês.

Boa leitura amore!

Capítulo 2 - 1.2 - Decadência e Cárcere


Fanfic / Fanfiction Lotus Negra: O Despertar de uma Lenda- Hiatos - 1.2 - Decadência e Cárcere

 

O menino era puxado escada a baixo quando sentiu o cheiro abafado e a escuridão do lugar. Descia as aos tropeços e caiu rolando pelo chão sujo do porão ao ser praticamente jogado dos últimos degraus da escada. Encolheu-se, tateando o chão até sentir as costas baterem contra a parede. Tremia de medo.

- O que... o que vão fazer comigo? – Sua voz saia cheia de medo ao falar aquilo, em japonês, e chorar muito assustado.

- Ah garotinho, para de chorar falando nessa língua esquisita. Eu não entendo nada do que você ta falando. – O homem falava em francês, a língua que a grande maioria dos piratas daquele navio falavam, e Shun não compreendia absolutamente nada. -  Parece um gatinho miando medroso. Olha que desse jeito eu não resisto e vou contra as ordens do capitão e faço bom uso desse corpinho, até desistiria da minha parte do saque de hoje, só para pagar por esse prazer.

 Ele pegou as mãos do menino e as colocou em pesados grilhões ligados a correntes, o prendendo a parede. Shun só tinha a possibilidade de conseguir se deitar no chão imundo e seus movimentos limitados ao ponto de não conseguir dar mais que alguns passos sem machucar os pulsos presos. Encolheu-se no chão chorando muito. O homem ainda o olhava e acendeu uma pequena lanterna presa a parede. As sombras que essa projetava deixava o lugar, cheio de caixas e mercadorias, ainda mais assustador.

- Espero que tenha gostado das acomodações, principezinho, não vou mais amolar vossa alteza. Já que não vou poder me divertir com você mesmo, que se foda aí sozinho.

A vil criatura subiu novamente as escadas, fechando a porta e finalmente deixando o menino sozinho. Shun se encolheu ainda mais. Se sentia perdido, desolado e apavorado. Não compreender o que aquele povo dizia tornava tudo ainda pior. Não sabia se devia lutar e tentar escapar, mas para onde? Estava em alto mar, não teria como fazer nada, a não ser aguentar. Era isso que faria e teria em mente, aguentaria tudo o máximo que podia e assim que aportasse, fugiria deles. Preferia viver nas ruas sozinho, do que a mercê daquelas criaturas e seja lá qual fosse o destino que o Capitão daquele navio estava preparando para ele ao chegarem a terra firme. Encolheu-se no chão fechando os olhos que já ardiam com tantas lágrimas.

- Eu vou resistir. Eu já sou um homem, igual a você meu irmão. Em nome de todos os deuses, eu vou aguentar para um dia te reencontrar.

Ele repetia aquilo, incansavelmente, enquanto encolhido acabou dormindo.

 

********

Tinha o corpo já dolorido daquela posição incomoda, quando sentiu a água fria, e com um cheiro horrível, ser jogada em seu rosto o acordando com o susto.  Já haviam se passado vários dias que estava ali. Alguns dos homens tentaram se aproximar dele, mas todas as vezes, agia de forma rude e tentava se defender ao máximo de qualquer aproximação. Mordia, chutava gritava, mas não deixava ninguém se aproximar. Isso também trouxera consequências. Seu jeito arisco fez com que não lhe dessem absolutamente nada nos últimos três dias. Nem água ou qualquer alimento era servido ao garoto e ele já se sentia fraco.

- O principezinho arisco acordou. – O capitão pode ouvir o ronco do estomago do menino e sua expressão de medo ao se colar a parede como fazia todas as vezes. O homem tinha um saboroso pedaço de pão em mãos e o comia bem devagar, assim como tomava de uma garrafa. Os olhos de Shun brilharam vendo aquilo – Parece que o nobrezinho está com fome. Você quer?

 Ele esticou o pão para o menino que mesmo se sentindo humilhado, esticou o braço pedindo pelo alimento. Mesmo sem entender uma palavra do que lhe era dito. O Capitão, por maldade, devorou o ultimo pedaço de pão e tomou um longo gole de água. Derramou o resto daquele precioso liquido diante dos olhos do menino que sentiu o pior dos seres com aquela cena cruel.

 - Ainda não príncipe! – Ele fez sinal de negativo para que o menino entendesse. – Isso foi pela mordida que você me deu, seu gatinho selvagem, se você quiser comer vai ter de fazer por merecer. Vamos – ele fez sinal para um dos piratas que estava mais atrás, nas escadas. Esse logo desceu – Coloque os grilhões nele, o da corrente maior. Traga-o.

 O menino ainda tentou relutar e não se deixar ser tocado, mas logo levava um sonoro tapa que o fez murchar e ficar quietinho. O homem trocou os grilhões que o prendiam a parede por outros que dariam certa movimentação a ele, mas ainda o impediriam de tentar qualquer coisa. Subiu as escadas e teve de levar as mãos aos olhos com a luminosidade que quase o cegou devido ao tempo prolongado na escuridão. Sentia as pernas doerem por finalmente consegui se mover.

Caminharam por algum tempo, a embarcação era muito grande. Viu alguns homens trabalhando e olhando para ele enquanto passava. Estava meio encolhido e assustado quando adentraram um corredor e entraram no que parecia ser a cozinha do navio. O Capitão falou alguma coisa com outro homem, alto e magrelo, com um avental encardido. Esse pegou um balde cheio de água e um esfregão colocando na frente do menino que olhou para aquilo meio sem entender. O Capitão foi a sua direção, abaixou para ficar cara a cara com o menino e falou gesticulando para que ele entendesse.

- Se quiser comer - ele pegava o balde e apontava para o chão - Vai ter que trabalhar. – O garoto olhava para o balde e a grande escova em sua mão e ficou confuso. O Capitão perdeu a paciência jogando o menino no chão, o fazendo pegar o esfregão e a limpar o piso encardido e engordurado -  Limpar, entendeu? Esfregar! Começa.

Ele falou aquilo em um grito que fez o menino tremer. Shun começou a esfregar o chão com força, mesmo estando fraco pelo tempo sem comer. O outro somente riu, indo em direção a porta. E parando se voltando ao cozinheiro.

- Só de comida e água a ele quando esse chão estiver brilhando, depois mande-o para o convés. Eu vou querer esse navio brilhando antes que nós aportemos e eu me livre desse gatinho arisco.

Saiu dali deixando o jovem a trabalhar de forma árdua. Toda vez que Shun erguia o olhar e sentia o cozinheiro lhe fitando e avaliando o que ele fazia, voltava ao trabalho o mais rápido possível. Suas mãos já estavam doendo e as cutículas delicadas das unhas já sangravam do esforço e o contato com a água e aquele sabão. O chão era um verdadeiro nojo, com gordura grudada e aquele trabalho aprecia que não ia acabar nunca, já estava a horas esfregando, exausto. Foi quando ele ouviu o cozinheiro lhe falar algo e fazer sinal para que ele se levantasse e parasse.

Shun se levantou devagar e guardou as coisas, colocando-as em um canto. Uma das mãos foi ao pulso que ele sentia dolorido e já bem ferido pelo peso dos grilhões que o prendiam. O homem, que ao lado do pequeno menino parecia um gigante, entregou um copo com água e um pedaço de pão duro ao menino.

- Come logo ou daqui a pouco você vai acabar desmaiando de fraqueza.

O jovem agarrou aquele alimento como se fosse o maior de todos os banquetes. Tomou a água quase que de uma vez, em um só gole, e começou a devorar o pão, catando até mesmo as migalhas. Estava longe de ser o suficiente para o sustentar, mas com a fome que se encontrava, agradecia mentalmente a todos os deuses, pelo pouco de comida que havia ganho com seu trabalho. O homem voltou a sua função ignorando o menino e o deixando comer em paz, não era tão mau como parecia para tripudiar em cima de alguém faminto como o garoto estava.

Foram semanas daquela forma. Trabalhava o dia inteiro na limpeza do navio, comia o pouco de pão ou sopa aguada que recebia do cozinheiro e durante a noite, caia no chão duro do porão dormindo exausto. Ao final de quase três meses, e prestando atenção na variação do cenário, percebeu que estavam bem próximos de chegarem.

Houveram algumas poucas paradas em ilhas menores, para reabastecimento de suplementos, mas sempre o mantinham trancado no porão nesses períodos, inviabilizando qualquer chance de fuga.  Percebia algumas aves voando e a formação de pequenas ilhotas por onde haviam passado e foi em um dia de longo trabalho que ele conseguiu ver a distância o que mais desejou nos últimos tempos. Terra firme. Tinha que se preparar para fugir.

Estava na cabine do Capitão, como sempre cuidava da limpeza da mesma e estava jogado no chão esfregando o mesmo. Não parecia nem a sombra do rapaz de antes. Estava magro, sujo, com olheiras profundas, os cabelos embaraçados e uma aparência horrível.  Só tinha algo no garoto que não mudava de forma alguma, seus olhos. Eles mantinham, mesmo que na expressão triste, um brilho único, como se a alma de Shun fosse iluminada. Enquanto distraidamente cuidava do seu serviço, ele ouviu a porta do lugar se abrir e o homem que ele mais odiava entre todos ali, o que o capturou a primeira vez, entrou no lugar com aquele jeito grosseiro.

- Levanta principezinho -  o menino era inteligente, e associou algumas palavras do idioma dele a como sempre o tratavam, então sabia que o ser estava se direcionando a ele. -  O Capitão me mandou limpar a mercadoria dele, hoje quando ele descer ao porto vai dar fim em você. – O menino ainda ficou olhando para ele com uma expressão de surpresa e sem entender o que o outro queria -  Oras, vamos, esse tempo todo e você não aprendeu nada do que a gente fala, seu idiota!

 Ele saiu puxando o garoto pelos cabelos e Shun esperneou com a dor que sentiu com tal ato. Seguiram para o corredor das cabines e entraram em uma delas. Era pequena e tinha uma espécie de tina feita em madeira, com um pouco de água dentro. O homem indicou que o garoto entrasse, mas como Shun não entendia o que ele queria dizer, apenas o olhou confuso sem saber se era para ele realmente ir ali se limpar. Sem paciência, seu carcereiro o puxou com violência pelas correntes e trouxe o corpo do menino para bem perto. Em um movimento rápido ele sacou de um pequeno punhal e rasgou o quimono imundo que ele usava desde que fora sequestrado, revelando o corpo magro e que mesmo muito maltratado, ainda tinha traços da beleza de outrora.

- Nossa, mesmo em trapos o principezinho ainda se mantem bem bonitinho.  – Ele olhava o menino com cobiça e então o enfiava a força dentro da água o fazendo começar a se banhar – Se não fossem as ordens do Capitão, eu ia aproveitar muito esse seu corpinho lindo, mas ele te quer intocado. – Pausava e então pegava a esponja começando a esfrega-lo com força e quase machucar -  Ah, faz isso direito! – Shun já estava chorando e tentando esconder sua intimidade o máximo que podia com as mãos. O homem aproveitava daquele momento para toca-lo por inteiro – Não só parece uma menininha, mas chora como uma. Ah tanto tempo no mar, sem nada que me alivie... O capitão te quer puro – ele passou a ponta dos dedos no lábio do menino. – Mas ninguém perceberia se eu usasse essa boquinha para me dar prazer.

Shun praticamente saltou da água, correndo para um canto do quarto, quando o viu se levantar e começar a desamarrar a própria calça. Aquilo não estava acontecendo, não podia perder sua pureza assim. Não podia deixar que ele o tocasse, era abominável. Desesperou-se quando o outro começou a aproximar-se, já a mostra. Segurou forte os cabelos do menino que gritou em desespero e logo sentiu o metal do punhal em sua garganta fazendo pressão. Foi forçado a ficar de joelhos e chorava copiosamente, pedindo por piedade em sua língua mãe. Ele queria fugir, mas se o fizesse seria seu fim.

- Anda abre essa boquinha linda. Alivia minha vontade! Nem o Capitão vai descobrir. É o nosso segredinho! E se me morder - ele apertou um pouco o punhal fazendo um filete de sangue escorrer – já sabe.

Sem condições de relutar, ele moveu seus lábios segundo o desejo daquele ser asqueroso. Sentiu-se invadido e completamente enojado. Tinha vontade de arrancar aquele pedaço de carne, que o violava, com os dentes e cuspir longe dali. Era humilhante demais, porem se o fizesse sabia que teria sua garganta cortada. Sentia-se atolar na mais completa lama e os sons de prazer que o outro vertia, o fazia se sentir ainda mais podre e maculado. Lágrimas dolorosa desceram dos olhos do pequeno oriental e ele clamava internamente aos deuses pela sua salvação e perdão pelo horrendo pecado que estava sendo obrigado a cometer.

Fechou os olhos com força, orando mentalmente ainda com mais fé, foi nesse instante que pela primeira vez desde o sequestro se sentiu ouvido. Em meio ao seu desespero não ouviu quando a porta da cabine se abriu e alguém havia entrado ali. Seus olhos se abriram quando os movimentos pararam e ele sentiu o liquido viscoso cair sobre o seu rosto. Ao olhar para cima e cuspir aquele órgão nojento para fora de sua boca se afastando alguns passos ele viu o Capitão, logo atrás de seu abusador, com a espada atravessada em seu corpo, e era dela que caia o sangue que pingou em seu rosto. O menino tossiu enojado com a cena e temendo pela sua vida.

- Eu não suporto insubordinação! Eu disse que não era para tocar no garoto e eu puno quem me trai com a morte eu idiota.

Ele rangia os dentes de raiva e Shun podia não entender o que ele dizia mas sabia exatamente o que o outro demonstrava sentir. O pirata ainda balbuciou algo inteligível ao cair no chão e ter a espada retirada de suas costas. Morreu em não mais que alguns minutos. O capitão olhou pra Shun com ódio e jogou uma toalha para o mesmo se limpar, assim como roupas surradas, mas limpas. O menino se vestiu com urgência. Disfarçadamente ele acabou por se aproximar do corpo do homem morto de seu abusador, enquanto se vestia, e sem que o Capitão percebesse puxou a chave de seus grilhões e as escondeu nas próprias vestes.  Usou um pouco da água para tirar o sangue do rosto antes de ser arrastado pelas correntes para a parte de cima do navio.

- Preparem-se para desembarcar a carga. Quero os botes prontos para meu encontro com o nosso contratante pouco antes do anoitecer. Fiquem de olho no menino, vou me livrar dessa praga hoje.

Ele dava as ordens e amarrou Shun em um dos mastros do navio até o momento em que finalmente desceriam do barco. Em seu íntimo, o pequeno sentia-se sujo, mas sabia que deveria estar pronto para a qualquer momento por seu plano de fuga em ação. Com a barra da blusa que usava começou a esfrega-la em sal boca tentando limpar a nojeira daquele gosto que aprecia ter impregnado em sua alma.

 

França -  março de 1614

 

Do navio ele observou o crepúsculo vespertino se formar no céu em um espetáculo de beleza incrível. Era seu primeiro pôr do sol no seu novo mundo, mas tinha tanto medo do que estava por vir nos próximos dias. Não demorou a noite cair e os homens do Capitão o pegaram e ajudaram a descer aos pequenos barcos que levariam ao porto clandestino. O lugar era movimentado e sujo. Shun olhava tudo com olhos curiosos, tentando traçar um ponto de fuga. Aquilo para ele era a visão mais nojenta e asquerosa que podia ter imaginado se sentiu acuado e com medo do que teria de fazer.

Ouvindo os homens do navio alegres por finalmente estarem em terra firme, aproveitou-se de um instante de distração dos mesmos. Pegando as chaves que havia roubado, abriu suas algemas se soltando e sentindo o alivio em seus pulsos pela primeira vez em meses. Olhou para todos os lados e sentiu seu coração disparar.  O capitão ia mais a frente e ele ficou um pouco para trás. Observou que por ser pequeno e estar preso, não haviam montado uma guarda maior para sua segurança, assim como a que estava a volta do capitão. Fingiu um leve tropeço ficando alguns passos para trás e antes que se dessem conta pôs seu plano em ação.

O coração retumbou como um tambor quando ele começou a correr. Ouviu os gritos de um dos piratas de seu grupo alertar os demais. Estava fraco, mas era acostumado a correr, brincando pelas suas terras, quando ele e o irmão ainda eram crianças. Impôs toda a energia que pode em suas pernas e ganhou certa distância dos homens. Tropeçava em algumas pessoas do porto e derrubava algumas das mercadorias de barracas que ficavam por ali. Ouvia os gritos daquela língua incompreensível atrás de si e alguns dos homens de seu raptor o perseguindo. Olhava para trás com medo e desespero quando tudo aconteceu.

Quando ele chegou a uma das ruas que levavam para fora de todo aquele movimento local, correu para atravessar uma as vias, mas sem olhar para o lado, somente ouviu o relincho alto do cavalo. Seu corpo foi com violência ao chão quando o bicho empinou e se não fosse a habilidade grandiosa de seu cavaleiro, teria sido acertado pelos cascos dianteiros do animal. Estava ao chão, machucado e atordoado. Foi nesse momento que se sentiu erguido do chão pelas roupas. Levou inúmeras bofetadas no rosto antes de perceber que se tratava do Capitão.

Ouvia o que pareciam ser vários xingamentos, enquanto levava aquela verdadeira surra por ter fugido. Sentia que ia desmaiar a qualquer momento pela pancada de seu quase atropelamento e as bofetadas que levava. Naquele instante o cavaleiro, que quase passou por cima do menino a momentos atrás, desmontou do enorme cavalo negro e o entregou a um de seus companheiros de comitiva. A mão do Capitão foi segura com violência no ar quando ele estava prestes a trocar os tapas por socos que com certeza arrebentariam o rosto do menino.

- Creio que já tenha batido demais nessa criança. Solte-o agora! – A voz soou imponente e de um tom, que mesmo que Shun não entendesse o que era dito, fez seu coração falhar uma batida involuntariamente.

- Quem é você para me dar... – ele olhou para o homem que usava uma pesada capa com capuz negro cobrindo em parte sua face, mas isso não impediu que o Capitão, tão próximo, fitasse seus olhos. Soltou o menino no chão. Esse caiu com um baque seco e doloroso. Deu um passo para trás – O senhor... me perdoe o menino é minha propriedade e fugiu, perdão por ele tê-lo incomodado, meu senhor.

Ele fez sinal que o homem se calasse e foi a direção do garoto. Se abaixou perto dele fazendo com que alguns de sua comitiva exclamassem por aquela ação de seu senhor. Jamais haviam imaginado vê-lo fazer isso, ainda mais por um moleque. O homem dobrou em parte a barra de seu capuz para cima revelando melhor seu rosto e tocou o do garoto o fazendo olha-lo.

- Você está bem?

O olhar dos dois se encontraram e naquele momento o tempo pareceu parar para ambos.


Notas Finais


Amores, por favor, deixem suas opiniões nos comentários. Vou adorar ler e responder a vocês!


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