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História Louca por você; BAD BOYS - Versão SasuSaku - Como pude ser tão cega?


Escrita por: JannaG-chan

Notas do Autor


Oi meus amados ❤
Prontinho, mais um capítulo para vocês. Espero que gostem!

Capítulo 32 - Como pude ser tão cega?


Sakura pov's

Na sexta-feira de manhã, eu me forço a tomar uma chuveirada. Acho mais do que repugnante e patético não ter tomado banho a semana inteira.
Mas hoje resolvi deixar de ser patética. Já fiquei mergulhada em sofrimento, curtindo desilusão por tempo demais. Preciso fazer alguma coisa. Então decido ir para casa passar o fim de semana. Vou ligar para o Léo no caminho e ver se posso fazer pelo menos um turno. Depois decido o que fazer pelo resto... Bem, eu vejo quando voltar.
Só de pensar em ter de voltar e lidar com Sasuke e depois com Karin, e a faculdade, e com a... vida, é uma sensação insuportável. Afasto esses pensamentos da cabeça para dar lugar a um fim de semana a ser desfrutado no ambiente familiar. No aconchego. Na segurança.
Segurança. Nunca pensei que essa palavra teria um significado tão literal na minha vida.
Preparo a mala com o básico e saio, trancando a porta. Com Karin viajando e Sasuke/Tasuke fora de cena, eu me sinto completamente sem vínculo com a cidade. Com a minha vida. Com meu lar. Agora não tenho a sensação de estar em um lar aqui. Sinto-me numa prisão de mentiras e angústia. O único lugar que me faz sentir em um verdadeiro lar é a fazenda, para qual estou indo.
No caminho, ligo para meu pai e para Ino. Ela, num gesto de amizade, me oferece um dos seus turnos, o que eu aceito contente. Será esta noite, o que é bom, provavelmente. Assim, posso me manter ocupada logo de cara. Amanhã, vou dar uma volta e procurar mais cordeiros, embora não haja nenhuma razão para isso. Mas vai ser bom sair um pouco, fazer algo que não me obrigue a pensar. Ou sofrer. Ou desejar.
__ Ei, punk __ diz meu pai como saudação, quando entro em casa. Tenho o súbito e inexplicável impulso de me jogar no seu pescoço e chorar no seu ombro, como fazia quando era criança. Entretanto, em vez de agir assim e deixá-lo assustado, pouso a mala, beijo-o no rosto e pergunto como ele tem andado.
Passo o dia assistindo a uma maratona de CSI na televisão e conversando sobre várias coisas. Isso não tira Sasuke completamente da minha cabeça, mas ajuda. Eu sabia que ajudaria.
Tomo um banho e me arrumo para o meu turno. Sinto o conforto emocional ao vestir o short preto e a camiseta, da mesma forma que sinto o conforto físico dessa roupa.
Acomodo meu pai antes de sair e, em seguida, vou para o Dublin's.
Todo mundo me recebe de forma extraordinária. Claro. Todos estão contentes por eu estar de volta. Mais de uma vez, sinto lágrimas ameaçando brotar nos meus olhos, quando os clientes me pedem para voltar a trabalhar ali, me garantindo que as coisas nunca serão tão boas para mim no meu novo emprego como são no Dublin's. De certo modo, acredito. Mas, de alguma forma, também sei que isso não é verdade. Sasuke faz parte do meu novo emprego.
Sasuke.
Ino aparece, não para trabalhar, mas para fornecer a ajuda extremamente necessária, do outro lado do balcão. Ela bebe a sua bebida e espera pacientemente as coisas se acalmarem, antes de fazer qualquer pergunta.
__ Bem, me deixe adivinhar. "O bad boy provou ser um verdadeiro canalha"?
Dou uma risada. Bem, é uma risada um pouco amarga.
__ Hum, acho que dá para dizer isso.
__ Eu já temia por isso.
Então paro de colocar garrafas de cerveja na geladeira e a fito, boquiaberta.
__ Você temia? Bem, então podia ter dito alguma coisa, não é?
__ Eu o vi apenas uma vez e percebi que ele era problema. Ele não é só gostoso. Ele é inteligente. Isso não é uma boa combinação para seu coração, Sak. Pelo menos os outros eram uns inúteis e estúpidos. Mas, este? Ah, eu sabia que se ele a pegasse haveria problema.
Eu queria dar um tapa nela. Bem forte.
__ Obrigada por me alertar, Ino __ digo tentando um tom de brincadeira, mas consciente de que a minha raiva estava transparecendo.
__ Você teria me escutado se eu tivesse tentado alertá-la? Não. Você nunca me ouve. Sabia que devia ficar longe dele. Mas não ficou. Você acha mesmo que eu poderia ter dito algo que a faria agir diferente?
Não quero admitir, mas provavelmente Ino tem razão. Sasuke tinha me deixado sem fôlego desde o primeiro dia. Assim como Tasuke. Porque ambos eram a mesma pessoa, só que com roupas e empregos diferentes. Acho que, no fundo, meu corpo sabia. Eu reagi a cada um deles do mesmo modo, sexualmente. Ambos me despertaram sensações intensas. E isso não é muito comum de acontecer com duas pessoas de personalidades tão supostamente diferentes.
Por que não percebi isso antes? Como pude ser tão cega?
Estou retirando as ultimas garrafas da caixa e colocando-as cuidadosamente na geladeira quando vejo alguém sentar no banco, ao lado da Ino. Levanto os olhos e fico paralisada, com metade do braço dentro da geladeira.
É o Sasuke.
Ele não sorri. Não diz nada. Apenas me olha. Queria saber se é o seu coração que vejo naquele olhar. Ou se é apenas a minha imaginação. De qualquer modo, seja uma coisa ou outra, não confio nisso. Não confio nele.
Eu fico em silêncio. Então termino o que estou fazendo, levo a caixa para os fundos, volto e sirvo a ele um Jack puro e sem gelo. Quando empurro o drinque sobre o balcão, ele desliza uma nota de 20. Após registrar o pagamento da bebida, enfio o troco na caixinha de gorjeta. Em seguida, lanço um olhar presunçoso em sua direção, desafiando-o a fazer um comentário. Mas ele é inteligente. Não diz uma palavra, somente acena com a cabeça e bebe o seu uísque.
Não preciso perguntar o que ele está fazendo aqui. Escutei apenas uma das suas dezenas de mensagens, um pedido para falar comigo. Salvei o resto. Decidi que as escutaria mais tarde. Mas não ainda.
Uma cara que todo mundo sabe que adora a Ino senta ao seu lado e começa a bater papo, o que me deixa sozinha para servir aos poucos outros clientes do bar. E Sasuke.
Mantendo-me ocupada com afazeres isolados, mas isso de nada adianta. Cada nervo, cada cédula, cada sentido de todo o meu ser está focado nitidamente em Sasuke. Sasuke.
Ao final da noite, estou inquieta. Ele ainda não disse uma palavra. Nem eu. Mas a tensão é palpável. E esta me matando.
Quando Léo anuncia que a boate já vai fechar, Sasuke me olha profundamente, por um longo tempo e, em seguida, se levanta e vai embora. Sinto-me aborrecida, abandonada, triste, frustrada e magoada. Mas entre todos esses sentimentos, o mais forte é a vontade de correr atrás dele. Pedir para ficar.
Mas não faço nada.
Não posso.
Não vou.


Notas Finais


Beijos, até o próximo capítulo 💋❤


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