História Louhi - O início... do fim?

"Era como se eu não acordasse, se eu tentasse ao menos uma vez voltar para minha realidade, eu seria aceita de novo?"

Deitada em um tipo de cama de hospital, Louhi acorda lentamente, ao abrir totalmente os olhos, ainda sim meio sonolenta, lá está ele.

- Bom dia pequena Louhi. Vejo que vem de uma longa viagem imaginária não é mesmo? - fala o Dr. Agnes, um homem de aparência intelectual, ruivo, barbudo, um homem normal. 

A garota o olha e apenas ignora, virando sua cabeça em direção à uma máquina que marcava seus batimentos. Em mais uma olhada, percebeu novos equipamentos que, por mais não parecerem serem utilizados, não estavam ali antes.

- O que são aquelas coisas? Mais máquinas de torturas? - Fala a menina com uma risada irônica voltando à atenção para o doutor.

- São equipamentos para monitorar sua saúde mental, Louhi. - O doutor diz com uma voz suave e continua - Precisamos saber como você está, depois de tudo o que já... - ele é interrompido pela garota.

- Pelo o que já passei? Acha que sou louca? Ah, claro que sim. TODOS vocês me acham louca. - Fala Louhi olhando fixamente para o Dr. Agnes.

- Eu não gosto quando fala assim comigo, sabe que somos amigos, não é mesmo? - O doutor dá um pequeno sorriso malicioso. - Por favor, seja educada. 

O doutor tira do bolso uma seringa, coloca um líquido dentro e aplica no braço de Louhi, que sem demorar muito , cai no sono. Enquanto sonha, a garota escuta uma voz de longe, que não dava para ser identificada, mas logo se aproximou e ela pode ouvir alguém dizer:

- Linda Louhi. Linda, Linda.

 A garota não consegue enxergar quem é, sua vista é turva e o máximo que consegue ver é uma silhueta do que se parecia ser uma mulher, mas a voz era grossa, parecia-se com um homem rouco. E a voz continua a falar:

- Eu amo você, sinto muito por lhe deixar sozinha. Sinto muito mesmo. Perdoe-me.

A garota sem entender e enxergar nada, estava confusa e pergunta:

- Hã? Quem está aí? - Olha de um lado ao outro sem conseguir enxergar nada mais que silhuetas.

Aquela voz, que por mais sejais grossa, porém era bastante calma, não parecia ser algo ruim. Louhi sentia calor, calor profundo que a fazia se sentir feliz. " Mas é estranho " ela pensava consigo mesma " Por que me sinto feliz? " sem conseguir entender.