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História Love - 6 - Nós estamos bem, então?


Escrita por: letters2joonie

Capítulo 6 - 6 - Nós estamos bem, então?


Hoseok é a pessoa que sempre está pronta para apoiar aqueles com quem ele se importa, a qualquer momento que for preciso. Ele nunca perde uma chance de ser gentil com alguém e sempre está atento às pessoas que convivem à sua volta. Por isso, em todo o seu carinho mais sincero, ele nunca poupa suas palavras para quem precisa ouvi-las, tanto para o bem quanto para o mal.

Ele não poupou com Lara na última conversa que tiveram e justamente por saber exatamente o tipo de pessoa que ele é, ela passou os próximos três dias inteiros revirando em sua mente cada palavra que saiu da boca dele naquela noite em seu escritório. 

A véspera de natal chegou e todos os funcionários estavam de folga por um dia, incluindo Lara. Mas ainda assim, ali estava ela, sentada em sua mesa na BigHit, sozinha. Se sentia inquieta demais para ficar em casa, ansiosa demais com o nó que a incomodava na garganta desde quando acordou naquele dia. Ela precisava se livrar daquilo o mais rápido possível. 

Depois de encarar a tela do celular por longos dez minutos, abrir e fechar a janela de mensagens várias vezes, Lara finalmente começou a digitar, e prendeu a respiração ao apertar o botão enviar.

“Oi”

“Oi”

A resposta veio quase que instantaneamente, e Lara começou a ficar nervosa imaginando se ele estava esperando pela mensagem, ou quem sabe, se torturando para enviar alguma coisa também.

“Está na empresa?” ela perguntou, já imaginando a resposta. Os meninos também estavam de folga, mas ela tinha quase certeza de que Namjoon estaria, se pudesse, treinando os novos passos de dança do grupo, na tentativa de melhorar seus movimentos.

“Rkive”

“Quer um café?”

“Pode ser”

Lara respirou fundo, bloqueou o celular e repetiu pra si mesma em pensamento algumas vezes que tudo daria certo, então se levantou e deixou sua mesa em direção ao andar de cima, onde ficam os estúdios. 

Dentro do elevador, os dedos dela tamborilavam na lateral do corpo, nunca demorou tanto a subida de um andar. Quando as portas se abriram, ela saiu em direção ao lounge primeiro, onde almoçou com os meninos tantas vezes nos últimos anos. Enquanto servia café em dois copos de isopor, se perguntou porque suas mãos estavam tremendo, e rezou para não derrubar café na própria roupa durante o caminho.

Enquanto caminhava pelo corredor de acesso aos estúdios, ela passou pela coleção de bonecos e figuras de ação do Namjoon e reafirmou internamente sua opinião de que o tamanho da coleção dele havia oficialmente saído de controle. 

Ao chegar na porta com a placa Rkive pendurada, ela percebeu que não tinha como bater porque as duas mãos estavam ocupadas, e tampouco podia mandar mensagem. Pensou em chamar por ele, mas não queria que ninguém ouvisse sua voz ali, embora ela não estivesse fazendo nada de errado e mesmo sabendo que certamente não teria ninguém nos outros estúdios. Parada em uma postura desajeitada, se sustentando em uma perna só ao mesmo tempo que se equilibrava para não derramar o café em suas mãos, Lara levantou um pouco o pé esquerdo e bateu na porta com a ponta do sapato.

No segundo seguinte a sombra de Namjoon se fez vista através da vidro fosco da porta e logo ela foi aberta. Sem falar nada, ele abriu espaço para Lara entrar, fechou a porta e a seguiu para dentro, sentando na mesinha de café  ao centro do estúdio, enquanto ela se sentava no sofá. 

Para ele, a presença repentina de Lara foi como se um raio de sol tivesse entrado em seu estúdio naquele momento, iluminando e tornando o ambiente um pouco mais confortável. Já ela, tudo o que conseguia sentir era o coração acelerar e um frio tomar conta das mãos, embora ainda segurasse dois copos quentes de café.

Os dois permaneceram alguns segundos apenas sentados, frente a frente, se observando. Não se viam há dias e Lara reparou que Namjoon agora ostentava olheiras, ainda claras, debaixo dos olhos. Ela se perguntou se ele estava dormindo o suficiente. Se preparar para um comeback é tão estressante quanto compor um novo álbum.

Silenciosamente, ela ofereceu um copo a ele. 

— Obrigada — ele exibiu um pequeno sorriso.

— Então... — Lara começou, inconscientemente deslizando a mão livre para cima e para baixo sobre a saia, na altura da coxa — Eu…

Namjoon quase se sentiu mal ao perceber o quanto ela estava nervosa, e também que usava sua saia favorita. Rosa pastel, plissada, de cetim, até os joelhos. Ele pensou em dizer algo para deixar ela menos desconfortável, mas a mágoa dentro de si falou mais alto e ele decidiu deixar a garota passar pelo desconforto por conta própria.

Ela tomou um gole de café, e respirou fundo antes de olhar nos olhos de Namjoon.

— Eu percebi que eu fui um pouco rude com você, não era minha intenção. Eu entendo que às vezes as pessoas falam coisas sem querer, e que você tentou se desculpar. Eu fiquei muito magoada, mas entendo que eu poderia ter agido de outra forma. Me desculpa.

Lara falou tudo de uma vez, sem pausas nem hesitações, e manteve o contato visual o tempo todo, esperando que pudesse transmitir sinceridade o suficiente. Ele sustentou o olhar dela, e de repente pareceu muito errado pra ele dois todos os dias em que eles ficaram sem se ver.

— Tudo bem — Namjoon tomou um gole de café também. — Sem problemas. E, eu peço desculpas, de novo. Eu juro que eu não queria te magoar, eu falei sem pensar e me arrependi logo depois. Prometo que nunca mais vai acontecer. 

Ela sorriu timidamente em resposta e tirou mais alguns segundos para simplesmente olhá-lo. O tom acinzentado dos cabelos já tinha começado a desbotar e a julgar pela parte da clavícula que saltava pela gola da camiseta, ele havia começado a perder peso. E ainda assim ele continuava bonito.

— Bom, eu… Conversei com o Jungkook esses dias, e... — ela passou a encarar os próprios pés — O que exatamente você falou pra ele ficar tão preocupado?

— Digamos que eu dei uma exagerada — Namjoon soltou uma risada sem humor, meio nervoso — Eu sou um pouco dramático às vezes, eu assumo.

Ela voltou a olhar pra ele, sorrindo. Mais uma vez, ele sentiu a onda de calor e conforto que a presença dela lhe trazia, e até se sentiu um pouco menos cansado.

— Você é — ela concordou, ajeitando as duas mãos em volta do copo. Um sinal que o nervosismo que sentia antes, foi se dissipando — Eu não tenho visto quase nenhum de vocês ultimamente. Como você está?

— Bem — ele deu de ombros — Um pouco cansado, claro. Mas, bem. E você?

— Na correria pra organizar a agenda de vocês, os fansigns e tal… Devolvi as roupas do Hobi outro dia.

— Eu soube — ele se inclinou um pouco para frente, apoiando a cabeça nas mãos

— Falando em achar… —  Lara se sentou mais reta, as ondas de tensão voltando a crescer dentro de si — Eu soube que as pessoas aqui voltaram a comentar aquele assunto… Que nós dois, ahn… Você sabe.

— É, as pessoas acham isso mesmo — ele respondeu, em um tom despreocupado, mas também se sentando em uma postura mais formal.

— Você já sabia, então? — ela abriu um pouco mais os olhos, engolindo em seco — E?

— E o que? — ele piscou os olhos duas vezes, verdadeiramente confuso.

— Isso não te assusta? Quero dizer, as pessoas podem inventar coisas, sair falando…

— Não – ele respondeu, prontamente, seguro — Eu não tenho problema nenhum com as pessoas acharem que nós temos alguma coisa entre nós.

— Como não? 

— E daí, Lara? Desde quando você se importa com a opinião dos outros? — ele estreitou os olhos, tentando entender o que tanto assustava ela.

— Desde quando as pessoas estão inventando coisas que não são verdade... — ela começou a enrolar uma mecha de cabelo com o dedo.

Ele sabia que esse era só um dos movimento que ela fazia quando queria disfarçar o nervosismo dela. E então, foi ele quem começou a se sentir ansioso. Pensou que talvez fosse a hora de falar sobre algo que ele mantinha afogado dentro de si e gostaria de ter conseguido dizer há tempos.

— Na verdade... — ele começou, colocando seu copo de lado, tentando controlar os batimentos cardíacos, se inclinando para um pouco mais perto — Tem algo que eu preciso te dizer, e talvez já tenha passado da hora, mas...

Um frio ameaçou crescer na barriga de Lara enquanto ela sentia o coração acelerar aos poucos, mas a fala dele foi interrompida pelo toque de um celular.

 — Ah! — Lara pulou no sofá com o susto,  o momento se quebrando em segundos enquanto o celular vibrava vibrava no sofá ao seu lado. Ela atendeu rapidamente após checar o visor — Sim, Sr. Bang?

Namjoon deixou escapar um suspiro em um misto de alívio com decepção, e se afastou um pouco de Lara enquanto sentia o sangue desacelerar nas veias.

— Me desculpe sunbaenim, eu saí atrás de café.

Ela respondia prontamente as respostas do chef, sem parecer perceber que bem a sua frente, um dilema continuava consumindo Namjoon por dentro bem naquele momento.

— Claro sunbae, agora mesmo — ela disse, antes de desligar a chamada — Ele me quer na sala dele, agora.

— Ok — o garoto respondeu sem emoção em sua voz, enquanto Lara já se colocava de pé.

— Nós estamos bem, então? — ela se certificou, caminhando até a porta.

— Estamos — ele sorriu com sinceridade.

— Se cuida!

Lara falou, ao passar pela porta e sumiu corredor afora, deixando para trás o garoto desapontado, em seu estúdio que havia ficado mais frio assim que ela saiu, preso entre as suas incertezas e seus sentimentos.

Ela entrou no elevador de novo, selecionando o botão do último andar. Lara sempre se sentia nervosa quando o chefe a chamava, mas dessa vez parecia diferente. Ela não saberia dizer se era por conta do momento que acabara de ter com Namjoon ou se era pelo assunto que seria tratado na sala do CEO.

Quando ela chegou na porta preta no fim do corredor, bateu duas vezes e ouviu uma voz familiar a mandando entrar. Tudo que o estúdio do Namjoon tinha de acolhedor, faltava no escritório do Sr. Bang. Tudo, desde as paredes, móveis e decoração, era uma mescla de preto e inox.

— Lara! — ele sorriu educadamente, apontando para a cadeira à frente de sua mesa — Sente-se, por favor. Como estamos?

— Tudo no prazo — ela respondeu, se sentando – Eu comecei a agendar as entrevistas do comeback, e abri o credenciamento da coletiva de imprensa. Nós vamos começar a divulgação do fansign depois do ano novo.

— Ótimo, exatamente como eu esperava. Agora... — ele se ajeitou na cadeira — Nós precisamos resolver outra questão. O que você tem de novo sobre as sasaengs?

O que quase ninguém na empresa sabia, é que um dos grandes motivos pelo qual o Sr. Bang deu a Lara tão cedo o cargo de confiança que ela ocupava, é o fato dela constantemente reportar à presidência novas atividades de sasaengs. Tão cedo Lara descobriu quem eram as sasaengs e o que elas faziam, resolveu entrar de cabeça nesse universo e conseguir todas as informações possíveis a fim de melhorar a segurança dos artistas. Ela era uma peça chave na caça da empresa à essas garotas, já que desde o começo, mantinha contas fakes onde se passava por sasaeng.

Elas formam um grupo muito seleto que usam seus perfis online para compra e venda de informações sobre os idols, que elas conseguem sempre de formas ilegais. Tão seleto, que os perfis são sempre trancados e os posts de venda de informações nunca passam de vinte likes.

Lara aprendeu como essas garotas se comportam e se infiltrou no meio delas, se passando por sasaeng e sempre comprando informações sobre o BTS para averiguar até onde elas sabiam sobre o dia a dia deles. Ganhando a confiança das garotas, hora ou outra ela acabava descobrindo seus nomes e outros dados importantes, que reportava à BigHit para que a empresa pudesse fazer o banimento delas de qualquer evento em que o BTS faça parte.

Esse era um trabalho que Lara fazia quase que secretamente. Os próprios meninos nunca souberam exatamente como ela conseguia trazer para a empresa tais nomes com tanta precisão. Sempre que eles perguntavam, ela dava respostas vagas.

— Bem, eu tenho o nome das sete garotas que se infiltraram no backstage do último evento em que estivemos — Lara respondeu, desbloqueando o celular e procurando por um arquivo — Elas estão ansiosas pelo fansign, pelo que eu pude ver essa semana.

— Vamos tratar de bloquear o acesso delas o mais rápido possível, então.

— Ah, por favor!! — ela suspirou, passando o celular para o Sr. Bang — Lembra daquela garota que estava tirando a paz do Jungkook? Finalmente peguei ela.

O arquivo que Lara tinha aberto continha o nome completo das garotas com prints das contas e posts delas. De algumas, ela conseguiu até informações a mais, como o nome dos pais ou a escola/faculdade em que estudavam.

— Falando no último evento — ele comentou, os olhos ainda na lista — Eu soube que você teve um desentendimento com os managers e com o Namjoon também.

Lara deixou os ombros caírem se sentindo constrangida.

— Pois é, as paredes têm ouvidos nessa empresa — ele continuou, sorrindo ao olhar para ela e ver suas bochechas coradas, e completou de forma mais suave — Tudo bem, isso acontece, principalmente em momentos de stress.

— Nós já fizemos as pazes, sunbaenim — ela respondeu, timidamente.

— Vocês deveriam mesmo. Vocês são boas pessoas e trabalham bem juntos — ele sorriu, gentilmente.

— Obrigada, sunbae — ela fez uma curta reverência, em sua cadeira.

— Há mais alguma coisa que eu deveria saber? — ele perguntou, passando de volta o celular para ela.

— Sim — ela se endireitou na cadeira, antes de prosseguir — Eu preciso vazar alguma informação, qualquer coisa. As garotas começaram a desconfiar de mim, novamente.

Constantemente, Lara precisava usar fotos falsas de passaportes, aviões e aeroportos, já que ela comprava informações sobre o voo deles, mas nunca aparecia nas viagens. Quando questionada pelas sasaengs, que nunca viram ela em lugar algum, ela se justificava dizendo que era tímida demais e preferia ficar sozinha. Ainda assim, de tempos em tempos, Lara era obrigada a vender alguma informação sobre o BTS, para driblar as suspeitas das garotas.

Ela e o CEO sempre optavam pelas coisas mais inofensivas possíveis, informações que eventualmente seriam públicas de qualquer forma ou número de telefone. Os meninos trocam constantemente de número, porque mais cedo ou mais tarde, alguém os descobre e espalha. Então ela vendia o número de algum deles quando já estavam prestes a trocar. Ela odiava fazer isso, mas infelizmente era preciso.

— Verifique se algum dos meninos está para trocar de número, e venda. Se não, me avise, e pensaremos em outra coisa.

— Sim, sunbaenim.

— É isso, então — ele voltou a sorrir, com simpatia — Vá pra casa, por favor. Você está de folga. Se eu souber que você está trabalhando na véspera de natal, eu vou te demitir, ein?

Lara riu, e desejou um feliz natal antes de sair da sala. Assim que passou pela porta, seu celular começou a vibrar de novo e ela sorriu ao atender.

— Jimin!

— Oi — ele riu, do outro lado da linha — O que você está fazendo?

— Eu acabei de sair da sala do Sr, Bang, ele disse que vai me demitir se eu continuar aqui — ela falou, enquanto atravessava o corredor em direção ao elevador.

— Às vezes parece que você e o Namjoon-hyung competem pra ver quem trabalha mais — ele respondeu, e Lara ouviu a voz do Yoongi ao fundo gritando alguma coisa, seguida de uma risada do Jimin — O hyung disse que ninguém trabalha mais que ele mesmo.

— Se ele diz, quem sou eu para discordar de Min Yoongi? — ela sorriu.

— Escuta, eu liguei pra te dizer que os hyungs vão cozinhar uma ceia, e queremos que você venha.

— Hm, então quer dizer que o Jin vai cozinhar enquanto o resto de vocês fingem que ajudam? — Lara brincou, chegando ao fim do corredor e apertando o botão do elevador.

— Basicamente — ele respondeu, rindo de novo. A risada do Jimin era um dos sons favoritos de Lara, do mundo todo — Vem, por favor? Nós estamos com saudades de você.

De novo, Lara ouviu Yoongi gritando ao fundo, e o Jimin cochichando que não iria repetir o que ele disse.

— Eu já até sei o que ele falou: que não está com saudades nenhuma — as portas do elevador se abriram, e Lara entrou apertando o botão do seu andar — Pois agora, eu não só vou, como ainda vou ficar a noite inteira grudada nele, pode avisar.

— Vou ficar te esperando então — Jimin respondeu, com a felicidade transparecendo na voz e desligou após se despedir.

Lara ainda estava sorrindo sozinha, quando as portas do elevador se abriram novamente. Ela caminhou de volta à sua mesa para pegar a bolsa e o casaco, e mais uma vez de volta para o elevador, pensando o que seria da vida dela nesses momentos de feriados festivos, se não fosse pelos meninos. Eventualmente, ela chegou em um estágio da vida que se doava tanto ao trabalho, que praticamente perdeu o contato com os amigos que fez na faculdade e raramente conseguia ver a família, principalmente em épocas de turnês tão longas. Lara nunca estava presente nos aniversários, casamentos e outras conquistas, de seus amigos, infelizmente. Apenas sua melhor amiga da faculdade mantinha contato regular com ela, ainda assim na maior parte, por mensagem ou ligações. Era muito difícil elas conseguirem se ver.

Viver longe de amigos e família é uma situação comum para o BTS também, então quando Lara descobriu o quão solitário pode ser trabalhar nesse ramo, os meninos a acolheram para seu mundo de braços abertos.

Quando as portas do elevador se abriram de novo, Lara deu de cara com Namjoon.

— Ele te expulsou também? — ela entrou, se colocando ao lado dele.

— Sim — ele sorriu, tirando o celular do bolso — O que você vai fazer, agora? Eu pensei em passar em uma livraria, quer ir junto?

— Na verdade, eu estou indo para a sua casa.

— Você está? — ele tirou os olhos do celular, para olhar para Lara, surpreso.

— O Jimin me ligou, me convidando. Disse que é um convite de todos, mas parece que nem todos, né?

— Não, lógico que é! — ele se apressou em dizer — Só não sabia que ele já tinha te chamado. Eu quero que você vá.

Ela só acenou que sim com a cabeça, e saiu na frente quando as portas do elevador se abriram no térreo. Os passos de Namjoon atrás dela eram audíveis, no silêncio do hall de entrada do prédio.

— Você trouxe o seu passe do metrô? — ele perguntou.

— Você quer ir de metrô? — ela parou de andar, incrédula, e Namjoon por pouco não tropeçou nela — Namjoon, é véspera de natal.

— Eu sei — ele franziu a testa, sem entender qual era o problema

— Pode parecer que não, mas com certeza está cheio de gente por aí correndo atrás dos ajustes de última hora.

— Eu sei — ele falou de novo, mexendo na bolsa que carregava pendurada no ombro — Eu vim para cá hoje de metrô, estava cheio. Quanto mais pessoas, menor o risco de me perceberem.

— Joon… Você tem certeza? — ela perguntou, enquanto ele colocava um boné — Se acontecer alguma coisa, eu não vou conseguir te proteger.

— Relaxa, tá tudo bem — ele sorriu antes de colocar uma máscara que cobria quase o rosto todo. Ela continuou olhando pra ele um pouco incerta, então ele revirou os olhos antes de sair andando na frente — Céus, por que você nunca confia em mim?

— Ei! Isso não é verdade! — ela se apressou, correndo atrás dele para fora do prédio.



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