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História Love and Darkness (Em revisão e hiatus) - Vamos jogar, babe?


Escrita por: AfroLilith

Notas do Autor


Quase estrago o meu dia soltando capítulo errado, mas penso que deu para consertar, então aproveitem que estou boazinha soltando dois capítulos no mesmo dia. kk

Não se esqueçam das...

NOTAS FINAIS

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Capítulo 29 - Vamos jogar, babe?


Fanfic / Fanfiction Love and Darkness (Em revisão e hiatus) - Vamos jogar, babe?

POV CAMILA



– Hummm... – Arrepios cobriam a minha pele. – Laur...? – Despertei ao sentir suas mãos passeando em meu corpo, seus lábios molhados deslisando sobre a pele do meu pescoço, sua respiração quente e ofegante fazendo àqueles arrepios familiares percorrerem o meu sexo.

– Perdeu o sono foi? – Minha voz saiu arrastada, ainda sob efeito do sono e do desejo que se manifestava em meu corpo já completante desperto. Lauren pressionava o corpo sobre o meu, mantendo minhas pernas entre as suas. Seu membro rijo roçando em meu quadril, dando conta do quão excitada ela estava. – Laur? – Insisti por sua atenção, mais uma vez não obtendo resposta. Estranhei seu silêncio. Talvez fosse sonâmbula... Pensei. Embora não lembrasse de ter tido tal informação de Dinah ou Ally. Tentei livrar-me de seu aperto, sentindo seu corpo tencionar sobre o meu, imobilizando-me ainda mais. – Lauren? – Choraminguei. A brisa que insistia em passar pela persiana da janela, soprava fria em meu corpo, fazendo-me buscar refúgio em seus braços.

– Hummm... – Sua resposta veio em um murmúrio rouco e arrastado. Seus dentes mordiscando o lóbulo da minha orelha. – Olhe para mim, Laur! – Levei minhas mãos em seu rosto, buscando estabelecer conexão com os seus olhos. Era assim que eu havia aprendido a ler suas emoções. – Por favor, querida. – Senti minha súplica ser atendida ao vê-la mover-se para fitar-me. A luz da lua iluminava-nos parcialmente entre o balançar das persianas, refletindo azulada na pele branca de seu rosto. Ela estendeu a mão e acariciou minha bochecha com o polegar, fazendo-me retesar ao sentir seu toque cálido e firme. A intensidade no olhar semelhante à de um felino faminto, apenas aguardando o primeiro passo da sua presa para atacar. Ela me encarou por um breve instante, deixando transparecer um pequeno sorriso curvando o canto de sua boca.


– Toc-toc. – Seus olhos verdes cintilavam um brilho perverso. Gélido.

– Jauregui??? – Minha voz saiu estrangulada.

– Ah... não é assim a brincadeira, babe. – Sobressaltei ao ouvir o som de sua risada rouca. – O que foi? Parece que alguém viu um... fantasma... – Eu estava imóvel. Completamente paralisada ao constatar a presença da mulher que eu mais temia. Não era Lauren. Essa afirmação zumbia em minha cabeça trazendo-me perplexidade.

– Você???

– Eu! – Disse, arregalando os olhos e rindo.

– O que está fazendo aqui?

– Este quarto é meu.

– Não! Lauren e eu... quer dizer... nós...

– Hummm... – Seu sorriso era escarnecedor e maldoso. – … entendi... Você quer saber o que eu estou fazendo aqui já que você estava dormindo com Lauren, certo?

– Hum... digamos que... a noite seja uma criança que me chama para brincar.

– Oi???

– Brincar... sabe?! Aquela coisinha que você estava fazendo com a tonta da Lauren... “Oh, Laur, querida. Eu te quero tanto, mas não podemos...”. Brincar.

– Eu não estava brincando com a Lauren. – Respondo deixando transparecer indignação em minha voz.

– Oh, sim, estava! E pelo jeito você faz isso muito bem. Já Lauren não é boa nessas coisas, hum?! Então... digamos que... brincar comigo deixará o jogo mais... desafiador! O que acha? – Diz tentando levar as mãos em minha perna

– Não se atreva, está me ouvindo? – Sobressalto com sua atitude e me afasto.

– Oras, babe... o que foi? Tem medo de não resistir e perder o jogo? Mas você estava indo tão bem com Lauren... Vamos encarar isso como... subir de nível na brincadeira, ham?! Eu adoro um desafio e achei a brincadeira de vocês muito... excitante. – Finaliza com um estalar de língua.

– Não seja ridícula! Não se compare a Lauren. Além do mais... não é um jogo o que eu tenho com ela.

– A virgem e emaculada Camila Cabello se esfregando no colo da Lauren, enquanto sussurrava provocações em seus ouvidos... Você é uma safada que viu em Lauren a oportunidade para treinar seus joguinhos de sedução. Vamos lá, babe? Estou te dando a oportunidade de treinar com uma profissional. Será um prazer para ambas, ham?!

– Eu gosto dela, Jauregui! Talvez você nunca entenda isso, pois é incapaz de saber o que é gostar de alguém. Eu não estou brincando com ela quando expresso o quanto a desejo. Não tenho vergonha do que sinto e como demonstro sentir. Então... não pense que suas palavras baixas me atingem, pois não atingem. Você já teve o poder de me ferir, amedrontar, mas saiba que não deixarei que o tenha novamente.

– Belas palavras! – Diz entre aplausos. – Eu diria até que... foram... comoventes. Mentira! Sentimentalismos tolos eu deixo para Lauren. Então... guarde-os para o seu showzinho particular com aquela tonta. Eu tenho mais o que fazer do que ficar aqui ouvindo você dizendo o quão sinceros são os seus sentimentos, enquanto seu empenho até agora consiste em... deixar a pobre Lauren de pau duro. Depois eu é que não presto...

– O que está fazendo???

– Tirando essa roupa ridícula. – Diz terminando de desabotoar a camisa. – Oh! Não se preocupe... não é para você, babe. – Lança-me um sorriso de canto seguido de uma piscadela. – Estou me sentindo ridícula com essa roupa. Lauren tem um gosto péssimo. Você devia aconselha-la para o seu próprio bem. – Diz jogando a camisa em cima de uma cadeira, mantendo o top que vestia por baixo. – Cueca do Bob Esponja... eu devia queimar essas merdas. – Estaco ao vê-la levando as mãos ao cós da cueca boxer retirando-a de seu corpo. Meus olhos não acreditando no que viam. Céus! Era impossível não ficar boquiaberta com a cena que passava diante dos meus olhos. – Vinte centímetros. – Diz erguendo os olhos para fitar-me.

– Oi???

– Vamos lá, babe. Sei que você já o sentiu em suas mãos, hum?! Tá certo que foi através do tecido, mas mesmo assim... aguçou e muito a sua curiosidade. Vinte centímetros, podendo chegar a vinte e um se for bem estimulado. E vai por mim... você já o fez ficar bem... duro. Você realmente não teve um pingo de dó da pobre Lauren... – Seu riso ecoava pelo quarto. Irritando-me. Mas me mantive séria, sem demonstrar qualquer abalo ao que a ouvira dizer. Por dentro eu me condenava, pois, mesmo Jauregui sendo uma canalha sem coração, o que ela falava me fazia refletir sobre meu comportamento adotado com a Lauren. Eu não estava brincando com ela, mas sim... confesso que me divertia saber que lhe provocava tanto desejo. Este é um lado meu que sempre mantive contido, inexplorável. Mas com Lauren sinto-o em descontrole. A vejo caminhar até o closet como se estivesse em um passeio no parque. Saindo de lá trajando um terno preto, tendo por baixo um corpete preto rendado, estilo espartilho. Uma calça social justa em seu corpo e uma sandália de salto altíssimo, ambos na cor preta, completavam o seu look. Vestida para sair? De repente um temor de preocupação me fez sentir calafrios no estômago. A vi se direcionando em silêncio até o banheiro. Parecia que não havia ninguém mais naquele quarto. Ela estava ignorando a minha presença. Ótimo, certo? Não mesmo. Por mais que parecesse maravilhoso saber que me livraria de sua presença, eu estava curiosa e de certo modo preocupada com sua repentina decisão em sair. Era madrugada. Uma rápida olhada no lindo relógio digital da escrivaninha marcava exatamente 03:15h, e ela ia sair... Para onde? Fazer o quê? Não era da minha conta, mas... céus! Era impossível para mim desassociar as duas nessa equação. Deixando claro que, pouco me importava o que Jauregui pretendia fazer. Mas... era o corpo de Lauren que ela arrastaria para uma noitada de... de...

– Aonde você está indo? – Pergunto parada na porta do banheiro, a observando terminar de se maquiar. Seus olhos fitam os meus através do espelho. Era estranho estar diante daquela mulher novamente, e poder observar o quanto elas se diferem embora seja o mesmo corpo. Tudo soa diferente. – Digo... você está se arrumando, então... pretende sair, certo? – Em Jauregui os lindos olhos verdes ganham um tom de cinza escuro, frio, quase azulado, lindo, mas transborda peversidão. Enquanto em Lauren eles ganham uma explosão de cores alegres. A rouquidão na voz, em Lauren soa suave e vibrante. Em Jauregui soa mais arrastada, dura e, propositalmente sexy. Jauregui está sempre pronta para seduzir.

– Sim, irei sair. – Diz finalizando a maquiagem que passava nos olhos. – A menos que... – Volta a fitar-me através do espelho, fixando seus olhos nos meus. – … você tenha alguma outra opção de diversão para mim... tem? – Diz, virando-se de frente para mim enquanto prende os cabelos num rabo de cavalo. Enrijeço a mandíbula ao ouvir sua pergunta capciosa e ver o seu sorriso debochado. – Sendo assim não me resta outra alternativa. – Diz por fim, lançando-me um olhar devorador ao sair do banheiro.

– Não disse para onde está indo? – Digo seguindo-a, mas mantendo uma distância segura.

– Acho que você está preocupada demais comigo, hum? – Eu não estava disposta a dar a ela o gostinho de saber o motivo da minha preocupação. Algo me dizia que, se eu revelasse o teor da minha preocupação ela faria de tudo para usar isso de algum jeito. Portanto preferi dar de ombros à sua provocação.

– O que está passando por essa cabecinha, hum? – Diz encarando-me. – Deixe-me adivinhar... – Vira-se caminhando até uma das cômodas e abrindo-a. – ... tem um conflito perturbando a sua cabecinha, e isso é muito divertido. – Percebo ela guardando alguns objetos no bolso interno do terno, mas de onde estou não consigo ver do que se trata. – Você está neste momento ouvindo uma vozinha lá no fundinho, dizendo a você quê, mesmo eu não sendo a Lauren nós dividimos o mesmo corpo, então... – Termina de guardar os objetos no bolso e caminha novamente até onde estou parada. – ... tudo o que eu fizer estarei fazendo usando o corpo que também é dela. Acertei? – Pergunta olhando-me profundamente nos olhos, e com um largo sorriso nos lábios pintados com um batom vermelho carmesim. Franzo o cenho, espantada com sua notória percepção. Ela é uma diaba. – Pelo jeito acertei, hum?! Mas... não se preocupe. Cuido bem do “nosso” corpo. – Ri em escarnio e tira um pacote do bolso interno do terno, balançando-o na altura do meu rosto. Preservativos. Meu estômago se contrai. Sinto um nó apertando a minha garganta e uma estranha vontade de chorar, mas me seguro. – A propósito... linda a calcinha. Parece até que foi feita para você. – Diz olhando-me dos pés à cabeça e caminha saindo do quarto. A observo saindo, mas não a sigo, estou paralisada e com um sentimento estranho dominando o meu coração. Era óbvio que Jauregui sendo como é não sairia somente para beber... Eu já tinha conhecimento dos seus hábitos nada ponderados, então não deveria me sentir surpresa, e na verdade não estava. Mas somente agora percebo que... céus! Eu não consigo simplesmente fechar os olhos para o fato de que... é o corpo de Lauren. Como aceitar algo assim??? Saio do meu estado de perplexidade ao ouvir a porta bater. Corro até a sala de entrada e percebo que ela já saiu. Me pego andando de um lado para o outro, angustiada e sem saber o que fazer, até que vejo meu celular na mesinha de centro da sala-de-estar. Eu sei que já é tarde da noite, mas só me resta uma alternativa... ligar para Dinah. Peguei o celular sem pensar duas vezes, e cliquei em seu contato para fazer a ligação. Se houvesse algo que pudesse ser feito, a única pessoa que poderia me dizer seria Dinah Jane. Liguei uma, duas vezes, não obtendo sucesso. Na terceira ela me atendeu xingando muito. Era justificável ela se zangar com uma ligação em plena madrugada, mas seu tom bravo foi substituído por um tom assustado e depois preocupado ao saber que era eu ligando para ela.

*Mila, se acalme que em 10 minutos estarei aí, okay?

– Tudo bem, Dinah. Só por favor... venha logo.

*Está realmente tudo bem com você?

– Sim, está. Só venha logo. Eu... não sei o que fazer...

*Beba um pouco de água. Em 10 minutos estarei aí. Bye.

– Okay... Bye! – Bebi um pouco de água para tentar me acalmar, mas a verdade era que daria mais certo caso eu decidisse tomar algo mais forte. O que não seria problema, visto que bebidas não faltam no pequeno porém nada modesto bar que Lauren mantém em seu apartamento. Ou será que quem mantém é Jauregui??? Céus, eu estava enlouquecendo com toda essa duplicidade, e álcool com certeza não seria a melhor solução.

***


De fato Dinah levou dez minutos para chegar. Ao que parece, trabalhar para uma família britânica fez muito bem para a norte-americana. O que não deixou de parecer uma eternidade para a minha aflorada ansiedade. Me desculpei várias vezes por ter estragado a sua noite, sabe-se lá onde, mas ela insistia em dizer que minha atitude foi correta e que sempre que algo assim acontecer poderei ligá-la, seja que hora for. Céus... isso acontecendo mais vezes chega a revirar o meu estômago. Mas eram os fatos sendo esfregados na minha cara, e eu precisava encará-los.

Notei que durante a nossa conversa ela não parava de observar a roupa que eu estava usando. Okay... Uma camisa social e uma calcinha rendada não é algo que se possa chamar de vestimenta, mas... a camisa de Lauren cobria bem o meu corpo. Parcialmente, mas cobria. Então por que diabos ela tanto reparava? Claro! Ela estava reparando, pois eu estava usando uma peça que a pertencia. Lauren havia me dito que as calcinhas que estão em seu closet são de Dinah. Era isso!

– Hum... desculpe por estar usando algo que te pertença assim, sem pedir permissão. – Disse, um pouco sem graça. Recebendo de Dinah uma cara confusa, como se não entendesse do que eu estava falando. – A calcinha. Lauren me disse que as lingeries guardadas no closet são suas. – Seu semblante em nada melhorou. Fazendo eu me sentir ainda mais abusada por pegar para usar algo tão íntimo seu.

– Ah! – Respondeu por fim. Parecendo finalmente recordar-se.

– Hum... Eu não tinha nada para usar, então as vi e... não achei que fosse problema.

– Oh, não, Mila! Problema algum. Esqueça isso. Ficou... perfeita em você. – Disse com um sorriso que me pareceu sem graça, mas dei de ombros, pois não vejo nada demais usar uma calcinha de outra pessoa. Desde que esteja bem lavada.

– Jauregui disse a mesma coisa antes de sair.

– O quê?

– Isso que você disse. Que a calcinha ficou bem em mim.

– Ah!

– Lógico... com muito sarcasmo.

– Vindo dela não se pode esperar nada diferente. Mas sim... Consegui contato com o Ricky e ele me mandou a localização dela. – Disse terminando de trocar mensagens com a equipe de segurança.

– E onde ela está? Porque eles não trazem ela?

– Calma! Ela está em um local distante do centro, então não é tão perto... Quanto a eles mesmos trazerem ela...? Impossível, por dois motivos: o primeiro é que ela não aceitaria, o segundo é que eles não tem autorização para entrar no local onde ela está. – Okay. O primeiro motivo eu até entendo e faz a minha pergunta se tornar muito idiota. Mas o segundo motivo, este sim me preocupou. Que lugar é este em que seguranças altamente preparados não podem entrar? Até onde pude perceber os homens que fazem parte da equipe de segurança da Lauren têm carta branca para entrarem em qualquer local. Qualquer mesmo. Lembro bem de vê-los vistoriando locais privados da área vip do aeroporto. Só porque eu e Dinah estávamos lá.

– Mas não se preocupe. Eu irei lá e a trarei de volta.

– Quero ir com você. Só espere eu procurar alguma rou...

– Não! Em hipótese alguma! – Diz sobressaltada, interrompendo-me abruptamente.

– Porquê???

– Por que... Lauren não aprovaria. Fora que você não conseguiria entrar. Além do mais... é longe, já está tarde e será mais fácil lidar com a Jauregui se eu for sozinha. -- Diz já pegando as chaves do carro.

– Que lugar é esse, Dinah? Do jeito que você fala, faz parecer que é uma espécie de sociedade secreta, onde só entra membros do clã. – Digo, achando minha ideia muito ridícula, mas ao mesmo tempo torcendo para que seja algo do tipo e que não envolva sacrifícios.

– Não se preocupe, está bem? É só um lugar desses cheios de regras. – Diz se preparando para sair. – Ah! Por favor, tente descansar, pois não posso prometer que não demorarei. Além do mais, já está quase amanhecendo e não é justo que fique esperando acordada.

– Dinah...

– Sim?

– Obrigada!

– Não precisa me agradecer, Mila! Faço isso há muito tempo já... Fique tranquila que a trarei de volta sã e salva. Ah! Descanse, mocinha! Não é um pedido. – Diz por fim, saindo para ir buscar a outra personalidade de Lauren. Enquanto a mim só resta esperar... Será que um dia me acostumo com essa vida? Será que um dia aprenderei a lidar com tudo isso sem necessitar de ajuda? Será que algum dia isso terá um fim?



***

 


Notas Finais


O que acharam do retorno de Jauregui?

Que lugar será esse que a doida foi?

Camila tem razão em se preocupar? Digo... sentir ciumes? kk


Comentem! Dependendo da participação de vocês posto o próximo capítulo ainda hoje.


Erros ajeito depois.

Amo-vos *-*


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