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História Love and Death - Love At The First Sight


Escrita por: tiquebonde

Capítulo 6 - Love At The First Sight


Fanfic / Fanfiction Love and Death - Love At The First Sight

A noite sombria novamente lhe fazia companhia, desta vez trouxera a chuva como acompanhante. A água caia sobre seus ombros, enquanto ele caminhava sem rumo por aquelas ruas escuras – e até um pouco sombrias.

Seus pensamentos eram dispersos, mal prestava atenção no caminho que traçava. Sua mente estava confusa pela primeira vez desde que começara a traçar seus caminhos.

Um grupo de adolescentes passou correndo por ele, todos riam de forma afetada e falavam sobre uma “bichinha”. O rapaz não deu muita atenção para aqueles garotos.

Um trovão interrompeu seus pensamentos, e logo depois avistou um homem jogado na calçada, naquele instante aquilo que ouvira segundos atrás fazia sentido agora.

Correu até a pessoa no chão e checou se ainda estava viva. Respirou fundo quando sentiu que ainda havia vida naquele corpo cheio de hematomas. Rapidamente ligou para a emergência, pedindo uma ambulância para o local em que estava.

A ambulância chegou em poucos minutos, socorrendo aquela pessoa rapidamente, um dos enfermeiros pediu para que eu os acompanhasse.

Já no hospital, o homem estava sentado na sala de espera, por algum motivo que ele ainda não compreendia, estava preocupado com o rapaz que havia encontrado.

– Você está bem? – Questionou um policial, logo que se aproximou do moreno.

– Estou sim, obrigado. – Respondeu, sorrindo amarelo.

– O que o senhor é da vitima?

– Na verdade, nada... Simplesmente estava passando pelo local e o vi caído no chão. – Explicou, tentando lembrar-se melhor dos adolescentes que passaram por ele pouco antes de encontrar o outro.

– Não viu nada de suspeito por perto?

– Eu vi um grupo de adolescentes passarem correndo por mim instantes antes de encontrar o rapaz caído na calçada...

– Você sabe descrevê-los?

– Não sei descrevê-los bem, mas se os ver novamente posso reconhecê-los.

– Bom, obrigado pelas informações, mas preciso que me passe seu numero de celular, para um eventual reconhecimento ou depoimento.

O policial mantinha um tom calmo – e até um pouco desdenhoso na opinião do moreno. Passou seu telefone para o policial sem problema algum – claro, o telefone que não mantinha contado com seus ‘funcionários’ -, logo o homem fardado o deixou sozinho.

– Senhor, você está bem? – Questionou a enfermeira, logo que chegou perto do rapaz.

– Estou, obrigado... – Sorriu.

– Qual o seu nome?

– Son Hyun Seok.

– Hyun Seok, você não acha melhor ir pra casa e descansar? – Questionou a mulher, que parecia um pouco preocupada, pois o Son estava completamente molhado.

– Eu estou bem, fique tranquila. – Tranquilizou-a. – A propósito, já encontraram a família daquele rapaz?

– Ele não tem família, ele mora em um orfanato daquela região. Uma das responsáveis de lá, já está a caminho. – Tentou acalmar o homem, que parecia um pouco agitado.

Son viu uma mulher passar por trás da enfermeira com quem conversava, entraram a passos rápidos pela mesma porta por onde a maca havia passado minutos atrás.

A mulher a sua frente decidiu deixá-lo sozinho, voltando para perto das outras funcionárias do hospital, que o encaravam sem ser no mínimo discretas. Todas pareciam aguçadas, o homem sentado ali era lindo, másculo e sedutor, tudo que todas elas desejavam.

A mulher voltara ainda acompanhada pela enfermeira, encarou rapidamente o homem sentado em uma das cadeiras da sala de espera e seguiu até ele.

– Olá, meu nome é Park Hyo Sung. – Apresentou-se, convidativa, estendendo-lhe uma das mãos.

– Prazer, Son Hyun Seok. – Retribuiu o sorriso, dando-lhe um breve aperto de mão.

– Eu sou a representante do orfanato onde o garoto que você encontrou mora. – Explicou-se brevemente. – Muito obrigado por ligar para a emergência logo que o viu. – A mulher fez uma pequena reverencia antes de se sentar.

– Ele está... Vivo?

– Está sim, fique tranquilo.

– Eu queria poder encontrar os garotos que fizeram aquilo com ele... – Bufou visivelmente frustrado.

– Eu acho que sei quem são os garotos que fizeram isso.

– Como? Você sabe e não os denunciou ainda? – Alterou-se um pouco, assustando as enfermeiras ao fundo.

– Acalme-se, senhor. Por favor... – Disse a mulher calmamente. – Eles também são órfãos e vivem no mesmo orfanato, mas são garotos inconsequentes...

– Isso eu percebi, mas porque isso contra o garoto? – Tentava segurar a raiva que crescia dentro de si. Nem ele mesmo sabia por que estava tão revoltado e preocupado com aquele garoto.

– Bom... Vazou uma informação pessoal dele, mas eu ainda não sei como. Foi uma conversa pessoal dele com a psicóloga de nossa instituição e desde que essa informação vazou ele tem recebido frequentes ataques. Mas até o momento eram somente verbais, nada de violência com força bruta. – Explicou a mulher, tentando fugir da informação que havia ‘vazado’.

– Qual seria essa informação? Não tem nada que justifique essa atitude dos outros garotos. – Seu tom revoltado continuou, mas ainda continha-se, pois a mulher parecia se assustar cada vez que ele se alterava.

– Ele é homossexual...

– Não acredito... Eles fizeram essa barbaridade com o garoto por causa disso? Você devia dar um tiro na testa de cada um desses garotos infelizes! – Disse com visível irritação, porém, não alterou seu tom de voz.

– Que horror, senhor... – Exclamou.

– Horror é o que eles fizeram com o... Como é o nome dele mesmo?

– Kim Jin Wan.

– Então, horror é o que fizeram com ele...

– Entendo, eu também acho isso uma barbaridade.

– Mas não vai fazer nada, né? – Disparou a pergunta, enquanto fuzilava a mulher com seu olhar.

– Eu não tenho o que fazer, senhor, entenda...

– Okay... Okay... – Respirou fundo, tentando guardar sua irritação dentro de si. – Posso vê-lo?

– Ele está dormindo agora, mas pode sim... – Disse a mulher, ainda um pouco assustada com a revolta do homem a sua frente.

Park guiou o homem até o quarto onde Kim estava, dando passagem para que o homem passasse. Ele encarou o corpo deitado sobre aquele leito, analisando todo o corpo, que parecia completamente machucado.

Reparou que Jin Wan abriu seus olhos, logo o olhar do garoto estava sobre si, parecia que havia o reconhecido de algum lugar. Mas seria impossível, pois ele estava desacordado quando Ghun o encontrou – pelo menos ele achava que o outro estava desmaiado naquele momento.

Os rapazes ficaram se encarando por um tempo, uma lágrima escorreu pelo rosto machucado do mais novo, o garoto continuava em silencio e a mulher só os acompanhava com o olhar.

– Obrigado... - O mais novo disse num sussurro.

O homem continuou encarando o rapaz na cama em silencio, sentia seu coração se apertar, vê-lo naquela cama, completamente machucado, fazia o homem se sentir mal, não sabia por que, mas queria proteger Kim.

Jin Wan fechou seus olhos, entregando-se ao cansaço que o consumia, a mulher continuou encarando Son de forma incógnita, tentando entender porque ele continuava em silêncio.

– Ele precisa descansar... - Disse a mulher, abrindo a porta do quarto, dando passagem para o homem.

– Okay... - Suspirou, saindo do quarto. - Ele vai ter que voltar para o orfanato depois que se recuperar? - Questionou, logo que Hyo Sung fechou a porta atrás de si.

– Sim.

– Terei a possibilidade de adotarem ele?

– Acho que difícil... Os casais procuram bebês, e deixam as crianças de lado, ainda mais se já forem adolescentes. - Explicou a mulher, cabisbaixa.

– Um homem solteiro pode adotar uma criança?

– É mais difícil, mas não é impossível...

– Então seria possível eu adotar Kim Jin Wan?

– Provável que sim, se eu explicar a situação para minha superior provavelmente você conseguirá. Mas você tem certeza disso?

– Tenho! - Disse de forma confiante.

– Bom, antes eu preciso que você faça os procedimentos que estão nesta lista. O endereço e telefone do orfanato estão no aqui também. - Disse a mulher, pegando em sua bolsa um papel e um cartão de seu orfanato, entregando para ele em seguida. - Eu preciso ir, vou deixar avisado para as enfermeiras que você pode entrar para ver o Jin Wan. - Sorriu. - Se realmente é isso que você quer, espero que dê tudo certo para a adoção.

– Obrigado, farei isso tudo ainda hoje se possível. - Abriu um largo sorriso em seu rosto perfeitamente desenhado.

A mulher fez uma rápida reverencia ao homem e voltou a caminhar, passando rapidamente pelas enfermeiras e depois sumindo porta afora. O rapaz fez quase o mesmo caminho que a mulher, mas fez somente um peque reverencia para as mulheres e saiu.

–x-

Ghun encarava seu reflexo no espelho, olhava os mínimos detalhes em si mesmo, trajava uma calça jeans skinny azul escura, uma camiseta de magas longas branca e por cima um moletom roxo, e calçava sneakers brancos.

Chegando ao hospital viu que a movimentação era tão calma quanto de manhã. Respirou fundo antes de descer do carro, caminhou até a recepção, conversando com uma das enfermeiras, que o deixou entrar rapidamente, reparando sutilmente que o homem tinha um buquê em suas mãos.

Deu três leves batidas na porta, ouvindo uma voz baixa autorizando sua entrada. Kim estava assistindo TV, sua expressão era triste, o que deixou Son com um aperto em seu peito, não sabia descrever o porquê, só sentia aquilo.

– Está melhor? - Questionou, logo que entrou no quarto.

– Es... - Virou-se para encarar a pessoa, pensando que seria um enfermeiro. - Estou... - Parecia ter perdido o fôlego quando viu o mais velho. Ainda não sabia seu nome, mas ele havia o ajudado e ele poderia tê-lo deixado caído naquela calçada. - O que você veio fazer aqui?

– Ah... Te ver... Ou não sou bem vindo?

– Não é isso... É que... Ah... - Bufou, não conseguindo terminar uma frase pelo nervosismo.

– Bom... - Corou violentamente. - Gosta de chocolate?

– Gosto, por quê? - O mais velho lhe entregou um caixa de bombons, ambos coraram no mesmo instante, mas o mais novo pegou a caixa, lutando contra seu constrangimento. - Obrigado...

– Por nada... - Disse, enquanto colocava o buquê de tulipas na mesinha ao lado da cama. - Como tudo isso aconteceu?

– Eu não aguentava mais aquele orfanato e tentei fugir... Eles aproveitaram isso e me seguiram... E o resto meu corpo inteiro conta. - Explicou sem olhar o outro nos olhos. - Mas essa não é a pior parte... - Murmurou para si, mas o Son ouviu.

– Você não quer voltar pra lá, não é?

– É...

– Vou ser direto... Você gostaria de morar comigo?

Poderia estar sendo precipitado ou inconsequente, mas sabia que se não fizesse aquilo, nunca se perdoaria.

– Como? - Questionou, bastante confuso.

– É o que você ouviu... Você gostaria que eu te adotasse?

Apesar de direto, Ghun só queria o melhor para o mais novo, nem ele mesmo sabia porque, mas queria protegê-lo e nunca mais perdê-lo de vista. Seu coração parecia que explodiria a qualquer momento, suas mãos tremiam dentro de seus bolsos e também suavam frio.

– Por que você ta fazendo isso tudo?

– Tudo o que?

– Me ajudou, me trouxe flores e chocolates, e agora quer me adotar... Por que tudo isso?

– Só quero te ajudar...

– Não, não é só isso. O que você quer de mim, você não iria me ajudar a troco de nada.

O garoto parecia um pouco agressivo, o que deixou Hyun Seok um pouco assustado. O mais novo estava confuso, não conseguia assimilar que alguém simplesmente iria querer ajudá-lo.

– Eu não sei explicar, só quero te proteger... Desde quando te vi caído naquela calçada - Nem ele mesmo entendeu porque se abriu daquela forma com o outro, ele simplesmente teve a necessidade de dizer o que sentia.

– Okay... Você me deixou sem palavras.

– Não era minha intenção.

Ambos estavam tensos, Jin Wan além de estar completamente confuso pelo convite do outro e também ficava nervoso perto dele.

– Você quer? Se você quiser, eu vou correr atrás disso, mas não posso fazer isso sem que você queira. - Disse mais calmo dessa vez, passando um pouco de confiança para o mais novo.

– Eu não quero ser um peso pra você.

– Não vai, fique tranquilo sobre isso. - Confortou o garoto. - Quanto tempo você quer para pensar?

– Amanhã... Até amanhã eu te respondo...


Notas Finais


Mereço reviews? *-*


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