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História Love and Hate - Engolindo o orgulho.


Escrita por: beloakiraichi

Notas do Autor


Demorei mas enfim voltei, a revisão demorou um pouco, por que autor e beta estavam corridos. Mas enfim estou aqui de novo pra felicidade (ou não) de vocês xD Espero que gostem do cap, me digam o que acharam e o que acham que vai acontecer <3 Alguém tem alguma teoria ou suposição? Desculpem se passou algum erro <33 Amo vocês demais <33 Boa leitura gente <33

Capítulo 28 - Engolindo o orgulho.


Bar localizado no centro de Seul - 17h00min:

 

  Os dois carro enfim pararam, desceram sem muito enrolar e caminhando tranquilamente as quatro mulheres adentraram o local levemente movimentado, era noite de relaxar e apreciar a musica ao vivo, não tinha festa ou algo parecido acontecendo ali, apenas paz para aqueles que tinham que se preparar psicologicamente para o inicio de mais uma semana de trabalho, correria e outras coisas rotineiras. Procuraram por uma mesa que pudessem sentar juntas perto da janela e enfim se acomodaram, fizeram pedidos diferentes, afinal cada uma ali gostava de um tipo de bebida, pediram algo de comer para compartilhar e relaxaram.

 

—Deus, já tem tempo que eu não faço isso em. O quão velha estou e preciso aceitar que devia deixar os negócios de lado pra focar em ficar jogada no sofá de casa relaxando? — Victoria não mostrava que já tinha seus cinquenta e poucos anos, era uma mulher conservada e bem de saúde. As outras riram e a mais velha suspirou. —No meu tempo não fazíamos muito isso, rolava bastante reuniões, mas era mais na casa da Taeyeon, porém as melhores festas eram na casa da Sunny.

 

—Real gente, a mãe tem uns três álbuns daqueles grandes cheios de fotos de festas que elas foram na casa da Sunny. — Momo falou e Victoria sorrio lembrando-se dos velhos tempos de jovem. —Virava fazer umas festinhas assim, a gente só se reúne de vez em nunca e não faz nada muito legal. Só ficamos bebendo e falando besteira, temos que fazer coisas mais animadas, tipo balada em casa.

 

—Concordo com a Momo. Mas conta ai, no seu tempo tia, não tinha nem mesmo balada né? Por isso faziam as festas em casa. — Somi comentou e recebeu um tapa na cabeça dado por Jeong, ela praticamente chamara Victoria de idosa, coisa que ela não gostava. —Aff, vai se foder viu, não batam em mim, por que eu já estou cansada de apanhar da vida.

 

—Todas nós estamos, menos a tia Vic né. Rica pra caramba, casada com a mulher que ama, filhas bem incríveis e não precisa falar com o marido escroto. — Jeong resmungou e Victoria deu de ombros, ela sabia por cima dos rolos que as filhas tinham, mas das amigas era totalmente vago para si. —A gente tem problemas. Eu não sei como agir com a Nayeon, primeiro ela briga comigo de todas as formas, me usa pra satisfazer ela, depois me esnoba e agora ela esta tentando parar com tudo isso, ela quer demonstrar amor sabe, esta carinhosa.

 

—Por que vocês não sentam e conversam direitinho sobre tudo? Conversa é uma das bases do relacionamento. — Victoria falou de um jeito sério. Jeong sorrio e bebeu mais um gole. Momo sorrio ouvindo a mãe, um sorrio curto e rápido. —Relacionamentos tem vários pilares.

 

—Já perguntou a si mesma como se sente Jeong? Você é tão boa em se entender, juro que gostaria de ser assim, quem sabe quando eu crescer. — Momo se pronunciou finalmente e Victoria se surpreendeu bastante com as palavras da mesma.

 

—Momo você acabou de se ouvir?. — Somi encarou a japonesa e bebericou sua bebida que havia acabado de chegar. Momo suspirou e entornou o seu, Victoria arqueou a sobrancelha e empurrou seu copo para o lado, não iria beber por enquanto. —Você sabe do que estou falando e que tenho razão. Precisa ver como se sente também.

 

  —Somi, fica na sua, ela não tem culpa dos seus problemas com a Jihyo, então não pesa na menina. Ninguém mandou ser babaca no passado, achou mesmo que isso nunca iria vir a tona, você considerava Jihyo um troféu que você queria foder loucamente. — Jeong deu um tapa no ombro da citada por si e Victoria quase engasgou com a própria saliva, aquilo era muito idiota perante sua visão. —E bom seu conselho é valido Momo, obrigada.

 

—Não vamos brigar meninas, viemos em paz, pra conversar e eu vou ajudar como puder, já que sou a mais vivida aqui. Agora responde pra tia, como se sente nessa situação Jeongyeon? Seu amor pela Nayeon é verdadeiro ou se sente apenas cômoda e quer continuar com isso pela criança que esta por vir? — A mulher mais velha perguntou encarando a Yoo. —Ter o amor de ambos é bom, mas se o casal não se amar de verdade, a criança não sentira esse conforto com amor que vai receber. Crianças são sensíveis, elas percebem as coisas.

 

—Eu... Bem. — E por um momento Jeongyeon se colocou a pensar em tudo que sentia, não era mistério algum que seu amor por Nayeon e a criança era gigantesco. Ela queria se permitir dar aquele amor novamente para a Im, ter uma família de verdade com ela, perfeita não apenas linda e um relacionamento de verdade como varias vezes imaginou ter com ela. —Eu amo ela de verdade e quero tentar de verdade, era pra gente se casar ontem, mas fugimos totalmente disso... Foi um dia cheio, meu amor por ela é o mais puro que já senti e quero ficar com ela pra vida toda, juntamente com nossa criança...

 

  Enquanto Jeong explicava como se sentia para Victoria, Momo pediu outra bebida e começou a apreciar a musica que tocava no local, hoje ela não iria exagerar afinal sua mãe estava ali e não queria levar cascudos ou bronca, a musica tocada no local lhe lembrava bastante a branquela que amava, porém ao mesmo tempo fazia com que as memórias viessem de um jeito complicado, o que acabara lhe trazendo certa tristeza, porém seu sorriso continuava ali moldando seus lábios.

 

  Somi por outro lado ficara aleatória a tudo, pensando apenas em como se sentia. Não tinha duvida alguma sobre seu amor por Jihyo, disso jamais teria, se lembrava bem de quando começara a sentir amor por Jihyo. Estava se odiando muito por ter feito a lista naquele tempo, era uma adolescente idiota e que não tinha noção de que aquilo iria influenciar negativamente no futuro. Quando estava com a Park em casa, sentia como se seu coração fosse explodir de amor por ela, porém atualmente sentia-se mal, pois ela estava sempre com a expressão fechada... O que não lhe surpreendia, mas machucava demais seu coração, pois sequer tivera tempo de mostrar a ela seu amor, pelo menos não do jeito certo. Criticava Momo, mas pelo menos ela não fizera a mesma estupidez, ainda havia tempo de ter Dahyun. Somi por outro lado tivera chance, mas infelizmente acabara desperdiçando, agora precisava de outra, mas estava difícil de conseguir...

 

—Ei Somi, você esta nesse mundo ou no mundo do Thomas o trem? — Momo estalou os dedos na frente da Jeon e ela piscou algumas vezes, as outras riram. —Onde você foi mulher? Estamos conversando e você nem responde as coisas, minha mãe já perguntou seis vezes o que você vai fazer pra reconquistar a confiança da Jihyo.

 

—Eu? Ah demonstrar meu amor pra ela do jeito certo, que eu sou a pessoa que ela pode confiar. — Somi terminou sua bebida e bufou sentindo-se o significado mais profundo de inútil. —Desistir não é uma opção que considero, mas me vejo sem armas no momento.

 

—Falando como a mais experiente aqui e mais velha claro. Mostra pra ela a Somi que ela não conhece ainda, mas com certeza já sente alguma coisa. — Victoria sempre fora boa com conselhos, Momo que era cabeça dura. —No meio disso você vai demonstrando seu amor através de suas novas atitudes de mulher séria, entendeu?

 

—Yep, vou começar a fazer isso o quanto antes, queria poder casar com a Jihyo antes da Jeong, mas pelo jeito não vai ser possível. Mas ainda sim vou fazer de tudo, Momo e Dubu ainda serão minhas madrinhas, então Momo acelera seu processo ai mulher. — Somi levantou o copo com animação, conversar com as amigas era algo sempre bom apesar de nem todas estarem ali. —Vamos brindar ao amor e que ele continue vencendo no final porra.

 

—Ao amor! — Falaram juntas ao fazerem o brinde e logo começaram a rir.

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Apartamento de Jeongyeon e Nayeon - 17h45min:

 

  A tarde ao lado de Jihyo tinha sido muito divertida para Nayeon, mas após a chegada do inicio da noite as coisas foram ficando um pouco mais sem graça, Jihyo tivera de ir embora e a coelha já estava começando a se sentir sozinha, ela podia ter pedido para a Park ficar mais um pouco até a chegada da Yoo, mas não o fizera, pois sabia que a amiga tinha coisas para fazer em sua própria casa e ajeitar suas coisas de trabalho para o dia seguinte. A Im ficou mais um pouco na sala, comeu alguns doces, pois sentira vontade de comer, assistiu um episodio de sua série favorita e mandou algumas mensagens para Dahyun, querendo saber da amiga, mas não obtivera nem resposta, ela não sabia que a Kim estava sem internet.

 

—Ai eu quero a Jeong... Por que ela não chega logo poxa... — Nayeon jogou o celular no sofá e bufou nervosa. —Quando eu quero ela, parece que ela demora mais ainda... — Resmungou manhosa e se levantou, foi nesse momento que a porta da frente do apartamento se abriu e por ela Jeongyeon entrou sorridente. —Jeong...

 

  Nayeon caminhou sentindo seu coração disparar em seu peito, ela só esperou a Yoo jogar o jaleco e a bolsa no sofá para abraça-la com todas as forças que tinha. Jeongyeon se surpreendeu muito no primeiro momento, mas não tardou a retribuir deslizando as mãos pelas costas da outra. Ambas suspiraram sentindo um calor diferente e mais gostoso naquele abraço, fazia tempo que não se abraçavam daquela forma, Nayeon ultimamente mal encostava em si sem ser para agredir-lhe. Jeongyeon deslizou as mãos pelos fios castanhos e inalou o perfume dela, era tão bom tê-la pertinho daquela forma que sentia-se como se estivesse pisando nas nuvens.

 

—Senti tanto sua falta. — Murmurou abafado escondendo o rosto contra o pescoço da Yoo, tais palavras fizeram com que o coração da loira disparasse de tal forma que era inexplicável, trazendo uma felicidade imensa para todo seu ser. —A bebê e eu sentimos na verdade. Por favor mamãe Jeong, tente não trabalhar aos fins de semana, mamãe Nay e bebê precisam da sua companhia.  — Disse ainda no mesmo tom e a Yoo deixou um beijo pelo pescoço dela.

 

—Acabei indo conversar um pouco com Momo, a mãe dela e a Somi... Por isso demorei, mas agora eu estou aqui e amanhã estarei em casa também. Pois como fiquei de plantão hoje, amanhã posso folgar. — Jeongyeon moveu o rosto para poder encara-la, Nayeon fez o mesmo e ambas sorriram. —Que tal se a gente preparar algo pro jantar juntas? Amanhã podemos ir visitar suas mães, já que da primeira vez você foi sozinha né, aposto que vão adorar ver você com essa barriguinha linda de mamãe que já esta aparecendo.

 

—A gente podia falar sobre o casamento... — Nayeon levou a destra até o rosto dela, fazendo um leve e gostoso carinho. —Realmente quero me casar com você. Mas podemos ver as outras coisas também, visitar as minhas mães seria legal você na verdade nunca foi lá, só que se prepara pois já sabe que a dona Yoona vai fazer centenas de piadas e te encher o saco. — Comentou e Jeong não conseguiu evitar um riso, o qual Nayeon acompanhou.

 

—Vai ser divertido, tenho ótimas piadas também e paciência de sobra, então não tem como ser ruim coelhinha. — Nayeon sorrio por tudo naquele momento, desde o apelido que Jeong lhe chamara até o fato de que ela tentaria tornar o dia com suas mães divertido. —Agora que tal um banho morninho, uma massagem nos pés e a gente vai cozinhar juntas?

 

—Tem uma coisa que eu quero antes... — Disse meio acanhada e Jeongyeon lhe encarou com curiosidade. —Eu queria um beijo, você ainda não me deu um desde que chegou... — Murmurou fazendo biquinho e a Yoo quase explodiu achando aquela expressão absurdamente fofa, sua amada era fofa num geral, só não gostava de admitir isso.

 

  Jeongyeon deslizou as mãos pelas costas da futura esposa e encerrou a distancia entre seus rostos, deixando um selar demorado pelos lábios da outra. Nayeon abraçou ela pelo pescoço e enrolou os dedos pelos cabelos loiros da outra, cabelos que já estavam ficando mais longos, do jeito que a Im sempre sonhou ver. Aos poucos aquela beijo inocente de "boas vindas" fora ganhando mais intensidade, desejo e amor, ambas agora demonstravam amor naquele ato, onde suas línguas se enrolavam e dançavam agora.

 

—Jeongyeon... Que tal jantarmos primeiro... — Murmurou ao sentir os lábios da Yoo indo até seu pescoço, deixando mordidas e chupões nada generosos pela região. —E-eu... Ah Jeong... Deixa de ser danada... — Nayeon puxou os fios loiros dela e arranhou a nuca de leve. —T-tem o banho ainda... Ahh... — Arfou sentindo a as mãos da outra descendo por seu corpo todo.

 

—Banho... Jantar... — Sussurrou próximo do ouvido dela. —Nós vamos fazer tudo isso, eu só estava fazendo um carinho, estava com saudades de sentir você assim, de poder beijar, morder sua pele, sentir você... Amo tanto você e a bebe, que ficar afastada de você e da nossa criança é tão horrível, eu quero poder ficar juntinho com vocês, compartilhar tudo, até os seus enjoos.

 

—Eu aceito... Agora vamos pro banheiro, por que eu quero muito compartilhar meu calor com o seu de um jeito mais profundo. — Sussurrou e sorrio sem graça se afastando. —E mais uma coisa, a partir de agora não vai ter mais nada alem de nós na cama entendeu? — Nayeon piscou e começou a seguir até o quarto. —Vem amor!

 

  Jeongyeon sorrio toda boba, havia entendido que ela não queria mais os travesseiros as separando na cama, e todo aquele momento que acabaram de ter na sala para ela significara muito, pois finalmente parecia que as coisas iriam andar. Não houvera um xingamento, uma palavra chula ou qualquer tipo de agressão, ela sequer reclamara de ouvir sobre seu amor e ainda citara o casamento. O final da tarde estava sem duvidas caminhando de um jeito deveras agradável na visão da Yoo e podia continuar assim, se estendendo por todos os dias, sem mais pensar ela jogou as chaves juntamente com o seu celular no sofá e correu até ela.

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Mansão da família Song e Jung - 18h30min:

 

  Adentraram a casa lentamente, Victoria jogou o casaco no sofá e Momo jogou seu corpo sobre o estofado, abraçou uma almofada e suspirou longamente. Finalmente podia tirar a mascara de felicidade que havia colocado, a real é que nem queria ter saído de casa, mas infelizmente fora obrigada a não recusar, pois sua mãe e amigas fizeram de tudo para lhe convencer a ir distrair a cabeça. Momo não se sentia bem para relativamente nada ultimamente, vegetar e pensar eram as únicas coisas que se dispunha a fazer em casa, isso fora comer é claro.

 

—Por que não vai tomar um banho filha? — Victoria olhou Momo daquele jeito murcho novamente e sentiu vontade de ir até a casa de seu ex marido e soca-lo até que o mesmo entendesse o mal que havia feito na cabeça de Momo. A mais nova esticou os braços puxando seu travesseiro que ficava por ali e escondeu o rosto no mesmo. —Bom, eu vou fazer um café pra concertar a bebedeira. Assim quando Krystal chegar a gente já esta bem, principalmente você mocinha.

 

—Por favor mãe, só me deixa aqui. Eu não quero café, banho eu tomo depois e não precisa se preocupar, estou sóbria o suficiente pra dizer boa noite para Krystal. — Momo resmungou abafado contra o travesseiro e Victoria pensou em insistir, mas o que Momo tinha de comilona, ela tinha o dobro em questão de teimosia, havia lhe puxado claramente. —Quero ficar sozinha...

 

  Victoria se aproximou deixando um beijo pelo topo da cabeça dela e saiu dali em busca de seu café cura bebida. Momo virou o rosto encarando a sala vazia e suspirou, seus olhos se encheram de lagrimas, pois ao mesmo tempo que pensar e lembrar de Dahyun era bom, ela também sentia-se uma tola. Suas atitudes haviam sido idiotas, não sentia-se sequer em condições de ligar para ela e pedir desculpas por tudo ou tentar conversar sobre tudo, não se sentia com forças nem para entender a si mesma direito. Silenciosamente Momo deixou-se chorar enquanto memórias boas vinham em sua cabeça, porém ainda sim elas lhe machucavam, estava com saudade de sua Dubu. Mas era uma covarde. Não passava de uma covarde, por tê-la afastado, por não ter encarado tudo de frente...

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Apartamento de Somi e Jihyo - 19h00min:

 

  A porta da frente fora lentamente aberta, por ela Somi entrou sentindo seus ombros levemente cansados, havia tido um dia bem agitado até, não que geralmente não tivesse, mas esse domingo tinha sido um pouco mais que o normal. Fora á vários lugares, principalmente atrás de apartamentos, não tivera muito sucesso e isso no final podia ser considerado uma coisa boa, já que agora pretendia ser muito sincera, mudar a forma de tentar mostrar seu amor para ela. A Jeon trancou a porta, sabia que a Park já estava ali ouvira seus barulhos, lentamente jogou suas coisas no canto do sofá que geralmente sentava e soltou os cabelos, estava louca por um banho.

 

  Lentamente caminhou até a entrada da cozinha, Jihyo estava ali finalizando a colocação da mesa, o jantar parecia já estar pronto e tinha um cheiro ótimo. Seus olhares se cruzaram quando ela levantou a cabeça. Somi sentiu seu coração disparar diante daquele olhar intenso, porém palavras não foram ditas, pelo jeito Jihyo nem boa noite iria lhe dar. Suspirou e saiu dali seguindo até o quarto, onde se banhou e trocou de roupa, seus trajes de dormir eram a melhor roupa para se usar em todos os momentos, fora que não ia mais sair de mesmo.

 

  Quando voltou para a cozinha, Jihyo já estava sentada começando a comer, Somi se sentou também e começou a se servir, os olhares não se cruzavam mais, parecia que a Park queria fugir de seus olhos. Ela obviamente ainda se encontrava brava consigo, Somi gostaria que não fosse assim, queria voltar no tempo e mudar seus feitos, não criar uma lista idiota, ser corajosa e menos cabeça dura e admitir seu amor por ela, pois a realidade é que sempre amou Jihyo de verdade. Só não tinha coragem, e era um pouco orgulhosa demais para admitir que estava apaixonada por ela naquele tempo...

 

—Me passa o sal, por favor. — A voz de Jihyo cortou seus pensamentos, Somi apanhou o sal e entregou para ela. —Obrigada.

 

—Pode me passar o ketchup? — Resolveu pedir e Jihyo não tardou a lhe entregar. —Obrigada Jih...

 

  O jantar fora seguindo nesse ritmo, silencioso na maioria do tempo, só estavam conversando quando era realmente preciso. Jihyo não perguntou a Somi como seu dia havia sido, estava interessada, mas no momento não queria conversar, apenas ficar com seus pensamentos sobre a mesma e sobre seu futuro com ela, pois as coisas não podiam continuar como estavam, era tudo uma montanha russa, que ela já estava cansada de andar. Somi pensou em puxar conversa algumas vezes, mas tinha de respeitar o espaço dela ou as coisas não iriam andar nunca também, estava na hora de aprender a usar seu lado paciente e compreensivo.

 

  Após o jantar ambas tiraram os pratos e Somi lavou a louça, não queria que ficasse para o outro dia. Em seguida cada uma fora para seu quarto, ambas estavam pensativas. Uma pensava na outra. No futuro e em tudo que podia acontecer. Porém Somi ao mesmo tempo se remoía lembrando do passado, fora uma completa idiota e burra no fim das contas, teria tudo sido mais simples, uma conversa resolveria as coisas. Mas não. Tivera de fazer aquela lista idiota, de negar seus sentimentos por ela. Jihyo nunca fora um troféu que queria ganhar, Jihyo sempre fora seu grande amor, a menina com quem desejou perder seu bv, sua virgindade e fazer todas as outras coisas clichês que casais apaixonados fazem, tipo nos filmes...

 

  Jihyo atirou-se na cama resmungando alguns xingamentos, estava de mau humor com Somi,  mas agora iria conseguir pensar para estruturar seus pensamentos que inclusive eram sobre ela. Amou Somi desde o primeiro momento que a viu e continuava amando, só precisava conseguir confiar nela, entender os motivos que levaram ela a ser tão idiota naquele tempo e talvez tudo desse certo, agora iria se organizar mentalmente, colocar os pensamentos nos lugares certos.

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Apartamento de Jeongyeon e Nayeon - 20h45min:

 

  Abriu os olhos de repente, acordando finalmente. Sua mão vagou pelo colchão até chegar ao criado mudo. Apanhou o celular e olhou as horas, ainda era hora de dormir, havia dormido cedo demais, na conseguia resistir a Nayeon, ela e seus hormônios estavam incontroláveis nessa noite. Jeongyeon não se arrependia, porém não pretendia seguir com as coisas assim desse jeito torto, queria conversar com ela de verdade, como duas adultas e colocar as coisas em pratos limpos. Não queria mais ser usada. Não era um objeto. Tinha seus sentimentos e apesar da noite ter sido igual a primeira vez que dormiram naquela cama, ainda sim a duvida prevalecia em seu coração. Haviam trocado algumas palavras quando chegara, mas nada que uma conversa mais intensa e séria não fosse ajeitar os pontos soltos, dessa vez seria tudo ou nada. Jeong estava pronta para ambas as respostas dessa vez.

 

  Pronta para tudo e decidida a ter essa conversa logo pela manhã, Jeong se deitou novamente virando de lado e envolveu Nayeon em seus braços, abraçando carinhosamente ela. A Im suspirou com o contato, ela não havia acordado. Jeong suspirou também e permitiu-se dormir novamente, o dia seguinte prometia ser bem longo, pois imagina que uma conversa com a coelha não seria nada fácil, mas tentaria fazer o possível para não brigar ou criar qualquer tipo de conflito com a mesma.

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Casa de Sana e Tzuyu - 22h00min:

 

  A tarde que tinha começado incrivelmente boa, havia terminado de um jeito que agora Sana estava absurdamente frustrada na sala enquanto que Tzuyu já havia subido para dormir. O momento na piscina tinha tudo para render, se não fosse pela Chou que de repente decidiu quebrar o clima e empurra-la alegando que não queria dar o braço a torcer, sendo que fora ela mesma quem quisera começar com aquele clima. Ela sabia que era complicado para ambas, já que estavam tecnicamente na seca. Mesmo assim ela quisera começar, porém também quisera parar e agora ambas estavam azedas, bom ela um pouco mais ainda, por ter alegado ter sido fraca e ter deixado Sana lhe persuadir.

 

  Para Sana as coisas não eram bem assim, ela não se importava de perder ou ganhar a disputada criada pela Chou. Sana só queria ter momentos de paz, amor e carinho com sua esposa, sem depois precisar ouvir discursos, xingamentos e ofensas, ela só queria sentar, conversar, trocar carinhos sem medo de no próximo movimento receber um tapa. Claro que as coisas tinham relativamente melhorado, mas ainda sim faltava muita coisa para chegarem a ser um casal de fato. Fazer sexo não torna duas pessoas um casal, apenas significa que houve alguma ligação entre duas pessoas, seja pelo lado carnal apenas, meio a meio ou amoroso, mas ainda sim não quer dizer que viraram um casal.

 

  Suspirou. Mexeu nos cabelos pela quarta vez. Mordeu o lábio inferior e encarou a TV ligada em um canal de filmes. Tornou a suspirar e imaginou-se naquele momento compartilhando o mesmo leito com Tzuyu, abraçando, beijando e podendo toca-la sem receios ou pensamentos sobre o dia seguinte. Acabou por respirar fundo e fechar os olhos, já estava começando a subir pelas paredes devido a certa saudade que lhe consumia. Saudade dos lábios lhe beijando com paixão, das mãos inquietas, do roçar dos corpos, dos gemidos... Ah lembrar dos gemidos de Tzuyu fora algo arrasador para Sana naquele momento, sua mão esquerda fora parar em sua coxa, onde apertou com certa força, enquanto a direita parou sobre o volume na calça de dormir.

 

  Abrira os olhos em surpresa e virou o rosto lentamente em direção á escada. Não havia quaisquer sinais de que ela que iria descer, afinal estavam brigadas e por um momento Sana suspirou imaginando o quanto foder com aquele mau humor seria gostoso. Não que fazer amor também não fosse ser, mas não se importaria nem um pouco se fosse com um pouco de brutalidade, nada exagerado, talvez um puxão de cabelo mais forte, uma mordida sem dó, um tapa na bunda quem sabe.

 

  E enfim a destra deslizou para dentro daquela peça...

 

  A palma fora envolvendo tudo aquilo que naquele momento pulsava. Sana gemeu baixo e liberou sua mente, deixando que ela fosse alem de todos os limites um dia já estabelecidos, deixando que os pensamentos mais impuros e sujos tomassem posse da mesma. Com isso, não demorou para que a imagem da esposa tomasse conta de seus pensamentos, e enfim sua mão passara a trabalhar, puxando tudo aquilo para a liberdade fora daquele pano incomodo, permitindo assim que executasse seus movimentos com mais liberdade. De olhos fechados e a boca entre aberta, Sana podia ouvir com perfeição os gemidos de Tzuyu ecoando em sua cabeça, enquanto assistia a imagem projetada por seus desejos.

 

—Tzuyu-ah... — Gemeu baixo e levou a canhota para dentro de sua blusa, passando a tocar seus seios de modo carinhoso, seus movimentos com a outra mão também não eram rápidos, pelo menos naquele momento ainda não eram. —Ah porra... Isso Tzu...

 

  Enquanto isso no quarto, Tzuyu estava completamente inquieta naquela cama, simplesmente não conseguia pegar no sono, ler, ver TV ou pensar em algo que não envolvesse Minatozaki Sana. Bufou e socou o travesseiro pela segunda vez. Estava irritada de verdade, simplesmente por que havia caído na real de que fazer aquela bendita disputa havia sido uma burrice. Se sentia burra, não aguentava mais ficar perto dela sem sentir vontade de agarrar ela, não podia acreditar que fora forte o suficiente para nega-la na piscina. Mas agora estava uma pilha de nervos e pra ajudar haviam brigado, Sana não tinha nem subido para se deitar ainda, não tinham tomado banho juntas, jantaram juntas, mas não trocaram nem um simples "Me passa o sal".

 

  Mordeu os lábios novamente e deslizou a mão direita pelo travesseiro que era dela, queria que ela subisse, que pudessem conversar e se entender. Queria ter paz com ela, mesmo que não viessem a fazer sexo, amor ou qualquer cosia do tipo, no fim é tudo a mesma coisa, só muda o nome que as pessoas dão. Suspirou se sentindo vencida, entendia que ela estava chateada, também estava, não queria ter discutido com ela e nem brigado. Gostaria de naquele momento estar tendo um momento agradável junto dela, vendo um filme, conversando, trocando alguns beijos. Suspirou pesadamente e chutou a coberta para o lado, se levantou calçando os chinelos, estava decidida a fazer as pazes com ela antes de dormir, iria engolir seu orgulho.


Notas Finais


Enfim é isso, espero que tenham gostado, me digam o que acharam e o que acham que vai rolar ainda <33 Desculpem se passou algum erro <33 Amo vocês demais demais <33 Até mais gente <33


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