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História Love and Pain 2 - Segunda Temporada - Talvez Amanhã


Escrita por: LiaHyuuga

Notas do Autor


Oi, meus fofos ^^
Não me importo se quiserem me matar pela demora, já fico satisfeita por escrever um novo capítulo para vocês.
Motivo da demora: Provas

Escrevi esse capítulo ouvindo a trilha sonora do filme "Intocáveis". Se quiserem ouvir enquanto leem, o link está nas notas finais.

Boa leitura, my dears ^--^

Capítulo 41 - Talvez Amanhã


Fanfic / Fanfiction Love and Pain 2 - Segunda Temporada - Talvez Amanhã

Sasuke on

 - Sasuke-kun... Ohayo. – ouvi a voz calma de Sakura e somente com isso abri os olhos

 - Ohayo... – eu a saudei

 - Andou comendo tomates de novo? – ela perguntou olhando-me tranquila

Sentei na cama e segui seu olhar. Ele estava na vasilha de tomates em cima da pequena cômoda ao lado da cama. Ela estava certa. Ontem à noite eu comi tomates enquanto assistia televisão, já que não encontrara nada para fazer.

Eu assenti e vi em seu rosto um meio sorriso nascer.

 - Eu trouxe isso. – ela já estava sentada na minha cama e agora mostrava-me uma cesta de piquenique. Abrira-a e eu pude ver alguns sanduíches e um vidro de mel – Sanduíches de tomate. – sorriu – Sei que você gosta, Sasuke-kun. E o mel é para Mikoto-san, ela me pediu antes de sair de casa. – então a rosada levantou-se, arrumando meus lençóis – O que acha de um piquenique hoje? Pra comemorar o início do meu estágio no hospital em Suna!

 - Fará estágio antes de as aulas começarem? – eu perguntei interessado. Levantei-me indo na direção do armário enquanto ela trocava os brincos no espelho

 - Sim! Não é ótimo? – eu a olhei. Sakura realmente deveria estar bem empolgada com seu estágio. Ela o fará no maior hospital de Suna, cidade vizinha de Konoha, onde nossa ex-professora de matemática do Ensino Médio trabalhava. Tsunade, lembro dela

A loira decidiu abandonar o cargo de professora, indo para o ramo da medicina. Atualmente ela já é uma das maiores médicas de Konoha, inclusive de Suna; cidade para a qual se mudou ao adquirir oportunidades de trabalho. E hoje Sakura foi convidada por ela para conhecer o hospital. A Haruno quis que eu fosse junto, então aceitei o convite, eu também estava um tanto ansioso para rever nossa antiga professora. Creio que Sakura e Tsunade se dão muito bem, afinal, a loira já deu várias aulas individuais de reforço para a Haruno, durante o período escolar.

 - Vai vestir preto de novo? – ela perguntou, de repente, virando-se para mim e notando minhas vestes escuras

 - Hai. – suspirei alto

 - Quando deixará o espírito de Itachi-san descansar em paz?

Houve mais ou menos meio minuto de silêncio. E então eu falei:

 - Eu ainda estou de luto, Sakura! Estar de luto não significa que não estou deixando Nii-san descansar em paz! – explodi, e, segurando as lágrimas, peguei a vasilha e saí do quarto

Ainda não consegui me recuperar totalmente da tristeza que a morte de Itachi acarretou. E Sakura não entende isso direito. Ela pensa que estou assim por outro motivo: Naruto.

No dia fomos fazer um piquenique no parque, o tempo estava nublado.

Sakura desculpou-se comigo por ter dito aquilo, mas ela não precisava ser perdoada.

Seus olhos estavam tristes. Os meus estavam distantes.

Os tomates não tinham mais o cheiro de tomate. E sim, de formol. Minha fome sumiu abruptamente.

Ela fazia tanto por mim... E eu deixava.

Na verdade eu não precisava.

Não precisava dos seus cuidados, da sua submissão.

Eu apenas precisava do tempo.

O tempo me curaria. Ele me faria esquecer Itachi.

Esquecer Itachi. Soa tão estranho quando dito em voz alta, não?

Impossível. Eu não posso esquecê-lo. Eu realmente preciso de Sakura. Somente seu amor pode me curar.

Mas eu ainda não estava entendendo isso. Ao menos, ainda não estava querendo entender.

Sasuke off

Hinata on

Ao chegar em casa fui para meu quarto, já era noite, e me surpreendi quando encontrei Naruto lá.

 - Oi, Hime. – ele estava sentado na minha cama e estava com o celular em mãos, quando o guardou no bolso assim que me viu chegar

 - Oi. – eu falei receosa

Resolvi colocar logo o método em prática. Sentei-me no chão e comecei a tirar os tênis, sem manter contato visual com ele. Eu me sairia bem?

 - Linda, eu senti saudade. – ele sentou-se ao meu lado e eu senti seus braços em torno de meu corpo, e seus lábios roçando minha orelha

 - M-mas eu só saí hoje à tarde... Por que estaria com saudade? – levantei-me bruscamente e busquei sair do quarto, mas quando estava em frente à porta, fui impedida por ele

 - Eu... Você sabe.

 - Hum? Eu sei? Afinal, o que eu sei, Naruto? – virei-me para ele e minha voz saiu num tom convicto. Perfeito, eu estava conseguindo ter coragem de me dirigir a ele sem o sufixo “kun”

Ele olhou-me espantado.

 - Eh... Bem... O... A...

 - O Sasuke e a Sakura. Certo? – eu suspirei e voltei a olhá-lo seriamente nos olhos azuis e confusos – Tudo bem, eu sei disso, mas você não precisa de mim 24 horas por dia para se recuperar do rompimento entre vocês.

 - Hi... Hinata... – agora ele me mirava embasbacado

Não deixei-o terminar. Saí do quarto deixando-o sozinho.

...

O jantar já havia terminado. Eu subi para meu quarto com Hanabi e ficamos conversando um pouco. Eu já tentava me esquivar do loiro. Ele precisava sentir na pele o quanto estava agindo errado comigo.

E eu quero acreditar em você

Quando você me diz que estará bem

E eu tento acreditar em você

Mas eu não consigo

 -... Nii-chan, você não vai ficar com o Naruto? – minha irmã perguntou em um momento

 - Não, não agora. Ficamos juntos o dia todo.

Ela deu de ombros e continuamos a conversar.

Logo, Hanabi avisou que iria jogar vídeo-game com Minato-san, então eu fiquei sozinha no quarto, fitando o teto, deitada na cama.

Ouvi breves batidas na porta e senti a presença dele no quarto. Ouvi a porta ser fechada e o som de seus passos tornando-se cada vez mais audíveis. E então ele sentou-se na minha cama.

 - Hina... – passou a mão pela minha franja – Se a Sakura te disse algo que lhe incomodou, tudo bem, pode falar, eu não vou contar pra ninguém. – eu permaneci em silêncio – É algo sobre mim? – com meu contínuo silêncio, ele continuou – O que você tem? Se sente mal? Aconteceu alguma coisa?

Quando você diz que será

Sempre acaba acontecendo de uma maneira diferente

Eu tento acreditar em você

Não hoje, hoje, hoje, hoje, hoje

Sentei na cama e nesse momento eu já tinha lágrimas nos olhos.

 - Eu só... – minha voz saiu embargada, e eu reprimi uma fungadela com isso – Preciso de um tempo.

 - Hã? Um tempo?! – ele levantou-se assustado – Mas estávamos tão bem! Eu toquei pra você, eu te dei flores, eu fui mais carinhoso com você! Eu...

 - Sim, você fez muita coisa! Muita mesmo! Até demais!... – eu sentei e olhei para minhas mãos as quais repousavam em minhas pernas

 - O que está querendo dizer? Você suspeita de mim?!... Hinata!

 - O que?! Suspeitar? – eu levantei e cerrei os punhos – Eu, suspeitar de você? Olha quem está falando!

Naruto parou por um momento e me olhou completamente espantado.

E eu

Eu não sei como me sentirei

Amanhã

Amanhã

E eu

Eu não sei o que dizer

Amanhã

é um dia diferente

 - Do que está falando? Há algo errado? Não! Definitivamente! – falou ele – Você...

 - Sim! Há algo errado! Pelo menos pra mim! – eu o interrompi, apontando para mim mesma

 - Mas o que é?! – ele falou alto, rindo levemente no final, como se estivesse desacreditado. Mas realmente estava

Eu queria que ele entendesse que seus ciúmes me incomodavam, o modo como ele vinha agindo me incomodava.

Meus braços despencaram de cada lado do meu corpo e eu o olhei com os olhos arregalados. Eu fiz um som baixo de descrença, antes de falar novamente.

A escolha sempre foi sua

Isso está mudando, a escolha é minha

Eu farei o que eu tenho que fazer

Apenas não

 - Como você não... Não... – repentinamente, meus olhos encheram-se de lágrimas de novo

 - Escuta, Hinata. – ele segurou-me nos ombros – Eu quero saber o que está acontecendo com você desde que voltou da casa da Sakura. Antes você não estava assim! O que ela te falou? E por que você está assim? Por favor, eu quero saber!

 - Você sabe, Naruto. – eu tentei me afastar dele – Eu tenho certeza que sabe. Então, tente lembrar. – solucei – Não vou poder continuar assim com você, enquanto não mudar. Enquanto não parar.

 - Mudar o que? Parar com o que? – ele insistia

Me dê um tempinho

Me deixe sozinha por um tempinho

Talvez não seja muito tarde

Não hoje, hoje, hoje, hoje, hoje

Oh

 - Só me dê um tempo! – eu finalmente consegui empurrá-lo

 - Um... Tempo?...

Virei-me de costas, não estava a fim de ver sua expressão de incredulidade.

 - Naruto...

 - Mas tudo vai ficar bem... Nós...

 - Vá embora... – eu disse, sentindo as lágrimas virem novamente

 - Não... Hinata...

 - Vá embora! – eu já chorava

Ouvi a porta bater num estrondo e apertei os olhos.

Deitei na cama e chorei como há tempos não chorava.

Hey, yeah, yeah

Hey, yeah, yeah

E eu sei que eu não estou preparada

Hey, yeah, yeah

Hey, yeah, yeah

Talvez amanhã

Hey, yeah, yeah

Hey, yeah, yeah

Eu não estou preparada

Hey, yeah, yeah

Hey, yeah, yeah

Talvez amanhã

Não importa. Nada importa. Inclusive o que ele disse sobre tudo ficar bem. Nada ficará bem enquanto eu não der um passo adiante, nada ficará bem enquanto ele não mudar. Nada. Por mais que eu queira acreditar.

Hinata off

E eu quero acreditar em você

Quando você me diz que estará bem

Sim, eu tento acreditar em você

Não hoje, hoje, hoje, hoje, hoje

Amanhã isso pode mudar

Amanhã isso pode mudar

Amanhã isso pode mudar

Amanhã isso pode mudar

Sasuke on

Os orbes esmeraldinos que tanto me fitavam, de repente, afastaram-se e direcionaram-se ao lado de fora. Já estávamos no carro, era fim de tarde e eu dirigia para Suna enquanto Sakura olhava para a janela, tranquilamente. Estava chovendo torrencialmente. Minha mãe avisou que não seria bom sair de carro em baixo de uma chuva como essa, porém, Sakura insistiu e eu não protestei.

 - Sasuke-kun... – eu a ouvi chamar – Me promete uma coisa?

 - O que? – quis saber

 - Eu estou te ajudando a continuar vivendo. Então você também deve se ajudar. Sem crença própria e pensamento positivo, como uma pessoa espera realizar seus objetivos? Eu estou fazendo muito por você. Gostaria que se ajudasse também. – ela olhou-me novamente e seus lábios sorriram

 - Não posso prometer coisas que não tenho certeza se cumprirei.

Vi todo o brilho das duas esmeraldas desaparecer na minha frente. Suspirei.

 - Por que você está assim? Eu te ajudei desde o início. – ela lacrimejou – Por que está tornando-se frio? Por quê? Por que é tão difícil?

Ela entregou-se aos prantos e eu pensei. Pela primeira vez pensei mais profundamente no assunto.

Eu nunca quis me tornar assim. Mas foi muito difícil, a declaração de Naruto, a discussão que tivemos, a morte do Itachi... Eu sinto muito sua falta. Mas ainda tenho Sakura, e ela está me ajudando. E parece que não é o suficiente. Talvez porque eu tenha perdido a vontade de ajudar a mim mesmo. Talvez porque... Eu tenha pensado em desistir.

Sim, eu pensei em desistir. Pensei em abandonar a vida, em me vingar do Naruto. Eu pensei nisso porque, no fundo, eu não queria lutar contra a dor que todos os acontecimentos me causaram. Eu pensei nisso porque eu sou apenas mais um fraco.

Eu não deveria pensar assim.Talvez parte disso seja influência da minha personalidade, porém, o que Sakura me disse é absoluta verdade. Eu devo me ajudar. Pensar em fazê-lo dói, porque vai doer. Com certeza vai.

Eu coloquei minha mão por cima da de Sakura e a mesma parou de chorar, fitando-me.

 - Esqueça isso. Eu vou tentar. Prometo.

 - Promete mesmo? – ela perguntou, e eu assenti em resposta

A rosada me abraçou a começou a rir de alegria. Ria e chorava ao mesmo tempo, e a chuva somente aumentava. Logo se transformaria em tempestade, eu sabia.

Eu acariciei seus cabelos e, tempo depois, ela voltou a sentar-se no seu banco, ainda sem parar de sorrir.

Meus olhos pesavam um pouco. Eu acordei cedo e fora dormir tarde. Tentei controlar meu sono como pude.

Nós trocávamos pequenas palavras em alguns momentos, sobre o tempo ou sobre seu estágio. Sakura ainda sorria. Me faz muito bem vê-la assim.

Minutos passaram-se. Estávamos numa descida. Um caminhão estava atrapalhando minha visão, pensei em ultrapassar, mas Sakura não me deixou. Eu revirei os olhos e continuei dirigindo.

Então, de repente, avistamos um carro vindo na nossa direção, na contramão.

Porém, não tive muito tempo de desviar.

Ele vinha a toda velocidade.

Arregalei os olhos, minha garganta trancou, eu não consegui gritar.

A última coisa que ouvi foi o grito da rosada.

 - Sasuke-kun!

E então veio o baque.

Senti meu corpo sendo amassado.

Cacos de vidro.

Sangue.

Escuridão.

...

Abri os olhos e tentei me mexer. Quando me movi, um grito de dor escapou de minha boca.

Eu ainda estava no meu carro? Se sim, este estava irreconhecível. Parecia uma lata que fora pisoteada várias vezes. Senti um peso sobre meu corpo e quase não a reconheci.

Sakura caíra em cima de mim, na verdade, sua pele estava pálida, seu corpo todo machucado, seus lábios sangravam muito, além dos braços e pernas.

Eu me desesperei completamente.

 - Sakura! Sakura, acorda! – tentei chacoalhá-la, mas o local era tão espremido que qualquer movimento que eu fizesse não chegaria nem perto de tocá-la

Eu continuei gritando, mas ela não se mexia, nem dava sinal de vida.

De repente senti-me ser puxado rapidamente para fora do carro.

 - Acalme-se, garoto. Você ficará bem. – fui colocado em uma maca por alguns paramédicos que estavam ali

Olhei em volta e percebi outro carro totalmente irreconhecível perto de uma árvore. Talvez tenha sido ele que batera comigo, pensei, mas não tive muito tempo para isso. Também havia uma ambulância.

 - O que... O que está acontecendo? – eu fiz força com o cotovelo e me flexionei um pouco

 - Você sofreu um acidente. – alguém respondeu, enquanto eu era levado com a maca

 - SAKURA! – eu gritei desesperado – ELA ESTAVA NO CARRO! PARA ONDE...

 - Ela está sendo examinada. Acalme-se.

 - SAKURAAA!! – eu pulei da maca como pude, queria vê-la, queria saber se ela estava bem

Senti uma dor imensa no corpo enquanto me arrastava para onde ela estava. Mas não tive tempo para gritar por causa dessa dor. Ao chegar perto do carro, notei que Sakura não estava mais lá. Ela estava sendo examinada do lado de fora do carro, em outra maca, por uma loira que reconheci como Tsunade.

 - Sakura, por favor... Sakura... – cheguei perto o suficiente dela para vê-la – Onegai, diga que ela está viva. – a essa altura eu chorava enquanto tremia ajoelhado, só queria que ela fosse salva

Outras pessoas tentaram me levar de volta à maca, diziam para eu me acalmar, mas eu não quis ouvi-las.

Tsunade não me respondeu.

 - Levem esse garoto daqui! – a loira ordenou e em seguida dirigiu-se a mim, fitando-me com sua expressão zangada – É um milagre você ter saído vivo depois desse acidente. Vá para o hospital e deixe-a comigo.

Eu olhei para a rosada já pálida, sangrando, machucada.

 - Não... Não!... Sakura! – eu comecei a gritar o nome dela enquanto era puxado por alguns paramédicos para dentro da ambulância

 - É melhor ficar quieto se não quiser se machucar mais, garoto! – um deles disse

 - Deixe-a com a médica, ela sabe o que faz. Fique quieto, por favor. – falou o outro

Eu continuei gritando e chorando, parecia uma criança, mas eu só queria a Sakura, viva, alegre, salva.

Eles conseguiram me colocar na ambulância, porém eu continuava gritando. Foi então que um deles disse algo sobre “Caso extremo. Ele tem de dormir até o hospital.” E então senti um pano em minha boca.

Adormeci repentinamente.

...

Sentia uma forte dor de cabeça. Então me lembrei dos acontecimentos anteriores. O carro. Os médicos. Sakura.

Eu estava num quarto branco, provavelmente de um hospital. Senti uma pontada forte de dor no crânio ao sentir o pânico se apoderar de mim novamente. Eu estava vivo. Havia sofrido um acidente, mas estava vivo. Mas Sakura estava comigo. Estaria ela viva também?

Meus olhos encheram-se de lágrimas e antes que eu pudesse procurar por respostas, notei alguém ao meu lado.

 - I... Ita...

Realmente era ele?

 - Sasuke.

Procurei me sentar, porém senti uma dor profunda na minha perna, parecia que havia algum animal me mordendo. Eu tive de me segurar para não gritar, prendendo a respiração.

Minhas costas escorregaram e eu não pude sentar direito.

Olhei para o lado e vi meu irmão. Ele estava sentado numa cadeira na parede lateral do quarto.

 - O que você... – eu não morri, não é? – N-nee-san... – minha voz demorou a sair, eu não estava querendo acreditar

Ele levantou-se e começou a caminhar na minha direção. Cada movimento era lento demais, parecia que ele demoraria a chegar até mim. Eu queria perguntar o que ele estava fazendo ali, queria falar alguma coisa, qualquer coisa, mas havia algo na garganta que me impedia de falar.

Itachi vestia uma roupa clara. Era bem diferente das que ele normalmente usava, estas eram sempre escuras.

Sua feição estava tão tranquila, eu duvidei que fosse ele mesmo...

Se aproximando...

Lentamente...

Ele nem sorria nem demonstrava tristeza...

 - Você não vai me abraçar, Sasuke?

Eu travei no mesmo momento. Abraçar. Eu tinha ouvido.

Não consegui reagir. Um segundo depois ele pareceu se aproximar de mim com um braço estendido, alargou os lábios num sorriso, jurei que fosse tocar em minha testa como muitas vezes fazia, e então foi desaparecendo.

...

 - NII-SAN!!

Sentia-me suado, minha respiração estava entrecortada, e minha mãe apareceu no quarto.

 - Sasuke?...

Ela correu para mim e me abraçou fortemente. As lágrimas finalmente desceram pelo meu rosto. Era somente um sonho...

 - Você não sabe como nos preocupou. Torcemos para que você estivesse bem... É um alívio te ver vivo, Sasuke...

Meu pai logo entrou no quarto também, eles me informaram que eu havia quebrado a perna esquerda.

Então as dores do meu sonho eram reais. Mas meu irmão não é mais. Por que Itachi tinha de desaparecer naquele momento? Eu queria tê-lo abraçado, como ele pedira... Sim, eu queria...

Quis saber como Sakura estava, mas assim que eu perguntei sobre ela, meus pais entreolharam-se.

 - O que foi? – perguntei – Falem! Digam que ela está viva! – comecei a soluçar já desesperado, diante do silêncio deles

Desci da cama bruscamente, apoiando-me nas muletas que estavam ao lado da cama. Tive de reprimir o grito de dor novamente por causa de minha perna.

Meu pai tentou me impedir, seguido de minha mãe, mas eu não deixei-me ser impedido por eles. Saí do quarto à procura de algum médico.

 - Uchiha Sasuke, não pode sair andando assim, acabou de quebrar a perna! – um enfermeiro parou-me no caminho

 - Dane-se! Eu quero falar com Tsunade! Quero saber onde está Sakura Haruno! – meus olhos já deveriam estar vermelhos pelo choro, acho que o homem assustou-se ao ver minha palidez e perceber a ansiedade que eu estava sentindo

Ele silenciou-se, olhando fixamente para um ponto.

 - DROGA! ONDE ELA ESTÁ?! DIGA!

 - Sasuke! – ouvi a repreensão de minha mãe, logo atrás de mim

Logo, o corredor de hospital tornara-se um local de extrema agitação.

 - Venha comigo, garoto.

...

Eu tremia fustigado, sentado no corredor, enquanto esperava pela médica a qual estava cuidando da Sakura logo após o acidente.

Meus pais conversavam, ao meu lado, tentando se distraírem.

Uma porta abriu-se e Tsunade apareceu.

 - Sasuke Uchiha. – ouvi meu nome ser chamado por ela

Levantei-me e andei até a loira sofregamente, com as muletas.

 - Hai. Onde a Sakura está? O que aconteceu com ela?

 - Peço que se silencie. – ela respondeu em tom autoritário – Os pais dela estão aqui dentro, então, faça o favor de ficar quieto.

 - Sim, mas... – fui interrompido pelo seu suspiro

 - Ela sofreu uma batida forte na cabeça. Sakura Haruno sofreu a perda total de sua memória.

Sasuke off

Naruto on

(Sexta-feira, 15 de janeiro. 08:36)

Nos últimos dias o meu relacionamento com Hinata vem ficando cada vez mais estranho. Claro, como prometido, fui mais carinhoso e romântico com ela, e ela fez o mesmo. Mas... Um dia eu acabei tendo um ataque de ciúmes quando um cara deu em cima dela no shopping, e desde então me sinto mal. Isso acabou com tudo. Sinto muita raiva quando algum homem olha para ela, mesmo que apenas olhe e que olhar é natural... Eu confesso. Sinto ciúmes.

Mas é como um instinto! Sinto vontade de proteger o que é meu! E Hinata é minha! Devo dizer que ela se incomoda um pouco com isso, porém nunca exaltou-se a ponto de discutirmos por causa disso. Por isso eu continuo levando. Levando as coisas do meu jeito. Não estou inseguro, na verdade, estou seguro até demais. Esperava que não acontecesse nada para que nosso relacionamento mudasse mais, até porque, pensava que era só uma fase que estávamos passando.

Porém não era.

Ontem Hinata foi visitar a Sakura. E eu fiquei confuso, porque há dias a rosada e o Sasuke não nos davam notícias, eu já estava até me acostumando, e, de repente, isso.

Incluindo o fato de que a perolada saiu de casa sem me dirigir muitas palavras, parecia um pouco séria demais, então realmente há algo de errado.

Estariam Hinata e Sakura tramando alguma coisa? E Sasuke? Ele também?

Eu também fiquei confuso comigo mesmo, depois de ontem. Hinata ficou fora a tarde toda, sempre saímos juntos, e eu senti muito a falta dela. Mas eu deveria estar acostumado, não? Assim como eu tenho o direito de visitar meus amigos sozinho, ela também.

Mas essa é a questão:... Eu ainda tenho amigos?

Depois da escola, toda a minha antiga turma se afastou, cada um foi para um lado. Com exceção do Neji, mas ele eu não preciso contar. Nunca foi um dos meus amigos próximos. Somente Ino, Tenten, Sasuke, Sakura e Hinata foram para a mesma faculdade que eu. Eu fiz novos amigos, como o Deidara e o Sasori, mas não posso chamá-los de amigos de verdade. Só nos conhecemos há um ano, sabemos o que temos de saber sobre nós mesmos. Contudo... Amigos de verdade?... Amigos que podem passar horas a fio apenas conversando com você, que te animam do pior e melhor jeito ao mesmo tempo, que passam o tempo jogando vídeo-game e fazendo as coisas mais simples e idiotas com você... Eu os tinha: Sasuke e Gaara. Era com eles que eu muitas vezes ficava, e agora que Gaara voltou para sua terra natal, em Suna, nós nunca mais tivemos muito contato. Incluindo que ele terminou com a Ino, e a loira é muito próxima de Hinata...

Eu só tinha um amigo verdadeiro. Um amigo que se importava comigo como um irmão, e eu não precisava de mais ninguém além dele: Sasuke Uchiha.

Ontem, quando Hinata voltou para casa, ela mal me tocou, pareceu querer afastar-se de mim. Eu senti um mau-pressentimento.

E então, depois do jantar, eu fui ao seu quarto a fim de conversar com ela. Perguntei se Sakura havia dito alguma coisa ruim, ou coisa parecida. Hinata disse que queria um tempo.

“Um tempo”, nunca temi tanto uma expressão como essa. Eu então me desesperei, sabia que tinha alguma coisa por trás disso, quis que ela me dissesse o motivo... E nós discutimos. Foi uma discussão pequena, mas mesmo assim, acabou comigo.

Hinata queria que eu mudasse, que eu parasse de fazer alguma coisa, mas ela não disse sobre o quê. Apenas falou que eu sabia, apenas deveria me lembrar.

Mas o que poderia ser?!

Eu mal dormi essa noite. Queria descobrir se eu havia feito algo a ela no presente, e mesmo no passado. Tenho certeza de que Sakura está no meio disso. Posso ser idiota, mas não sou tão burro quanto a isso.

...

Acordei cedo e resolvi fazer algo para amenizar a tensão entre nós. Não, não teria “um tempo” até que eu não descobrisse o que fiz de errado e não fizesse algo para reparar esse erro. Depois de ter passado a noite em claro e de ter chorado como um adolescente durante esse tempo, resolvi colocar meus sentimentos num poema. Hinata me deu alguns poemas e eu decidi fazer um para ela também.

A primeira coisa que fiz foi verificar se ela estava acordada, e para minha sorte, ainda não estava. Abri a porta do seu quarto sem fazer ruído, e colei a folha do poema na porta, na parte de dentro do quarto. No final do poema, eu pedia por uma resposta, queria saber o verdadeiro motivo do afastamento dela.

Passei o dia todo no quarto. Não desci para almoçar. Estava começando a ficar deprimido, pois eu já não tinha Sasuke e Sakura. Perderia agora a única pessoa que conseguia realmente me animar?

Já era quase fim de tarde e eu já havia perdido completamente as esperanças. Hinata teria visto o poema? Claro que sim. Mas ela não se comoveu, caso contrário teria vindo me procurar. Eu pensava que seria simples, ela sempre se comove com essas coisas... Sakura deve ter feito lavagem cerebral nela! Droga, o que vou fazer?!

Eu só saí do quarto para tomar banho, minha barriga estava roncando, mas eu não comeria. Por quê? Porque queria que Hinata me dissesse o motivo daquilo tudo, antes de fazer qualquer coisa!

Mas como eu poderia fazê-la dizer? Procurar por ela pessoalmente estava fora de cogitação, só geraria mais discussão. Eu já escrevi o poema, e nada aconteceu. O que mais poderia fazer?

Ela teria de falar comigo por conta própria, ou nosso relacionamento ficaria numa inércia sem fim. Mas e eu? Eu deveria aguentar e esperar.

Depois de ter terminado o banho, eu estava entrando no quarto de novo, quando Hanabi cortou meu caminho.

 - Naruto, você não vai sair do quarto, não? – ela demonstrava preocupação. A Hyuuga conhecia, assim como meus pais, o motivo do meu isolamento. Tenho certeza de que eles acabaram ouvindo a discussão, e resolveram não interferir dessa vez. Mas uma hora alguém iria se manifestar, como aconteceu agora

 - Não, Hana... Eu...

 - A Hina ta querendo falar com você. – ela disse num sussurro

 - Hã? – então ela queria falar comigo? Não perderia a chance!

Me vesti rapidamente, não havia nem secado o cabelo direito, e então rumei para o quarto de Hinata.

Bati algumas vezes na porta antes de abri-la um pouco.

 - Hime?... – eu vasculhei o quarto com o olhar e a encontrei ao lado da cama, sentada no chão, cobrindo o rosto com as mãos. Adentrei o quarto lentamente, fechando a porta e indo na sua direção – O que houve? Por que está chorando?

Ela passou as mãos pelo rosto e começou a falar, ainda de olhos fechados:

 - Não é fácil! Eu não estou conseguindo suportar! – ela tentava limpar as lágrimas em vão

 - Suportar o que? – eu me agachei à sua frente e perguntei calmamente

 - Ciúmes!

Eu entreabri os lábios, surpreso. Então era por isso?

 - Hinata...

 - Admita que sempre sentiu ciúmes demais! – ela ajoelhou-se e apontou o indicador para mim, aumentando o tom de voz

 - Então, se é por isso que você está assim, me diga o que a Sakura te falou ontem! – eu ainda mantia a voz baixa

 - Ela me aconselhou! – disse a morena – Eu estava me sentindo insegura a respeito do nosso relacionamento, então procurei ajuda! Porque você surtou naquele dia no shopping, porque você quis mandar em mim demais! – ela me julgava – Até quis que eu me vestisse de outro modo! Por que não posso usar o que eu quero? Por que não posso fazer o que quero? Você é meu namorado, mas não tem o direito de dizer o que devo ou não fazer! Eu sou sua, mas a vida ainda me pertence!

 - H-Hina... – eu nunca a tinha visto daquele jeito e estava indignado. Talvez ela estivesse desabafando, talvez eu realmente a estivesse sufocando demais. Ao menos agora sei o motivo da discussão

 - É por isso que quero um tempo! – ela se levantou – Um tempo pra pensar nas minhas escolhas, nos meus sentimentos... E quero que você mude, durante esse tempo. Até quando vamos levar isso?... E se tivermos mais discussões futuramente? – sentou-se na cama com o olhar triste

 - As discussões servem para tentarmos estabilizar algo quando certas coisas não andam bem... – eu falei, sentando-me ao lado dela – Não quer dizer que nosso relacionamento enfraquecerá até terminar. E nós já temos dois anos de namoro! Olha só por tudo o que já passamos! Não será agora que tudo acabará, Hinata!

Ela suspirou, triste.

 - Mas prometa que vai tentar mudar... Isso não é bom pra mim... Não é bom pra ninguém...

 - Tudo bem, eu prometo. – a abracei pelos ombros e depositei um selinho em sua testa. Ela balançava as pernas inocentemente – Eu tenho mesmo que sair?

 - Tem.

Respirei fundo, antes de deixá-la sozinha.

Minha Hime está mudando... Ela já não é mais o que era antes... Mas quem sou eu para julgá-la? É claro que eu também mudei, e muito...

...

Poucos minutos depois, eu estava no meu quarto novamente, olhando algumas fotos de anos atrás. Era muito tempo. Eu ainda era criança, e em muitas delas o Sasuke e a Sakura apareciam... Me senti melhor vendo as fotos. Nostalgia é um sentimento muito bom... Mas durou pouco...

Sobressaltei ao perceber a porta recém aberta pela minha mãe. Ela estava parada e fitava-me com os olhos esbugalhados.

 - Naruto...

 - Mãe? O que foi?

Ela não respondia, então eu aproximei-me dela.

 - Mãe! O que aconteceu? Fala!

 - Sasuke e Sakura... Eles... Sofreram um acidente. – foi o que ela conseguiu falar

...

 - Ai, meu Kami, eles não podem morrer! – minha mãe dizia enquanto íamos de carro até o hospital principal de Suna, onde eles estavam

Mikoto e Fugaku já haviam chegado lá, assim como Mebuki e Kizashi, os pais do Sasuke e da Sakura, respectivamente. Todas as coisas ruins estavam acontecendo, eu estava desesperado, meu pai dirigia rápido, Hanabi tinha feição triste e Hinata chorava baixinho no banco ao lado da irmã.

Eu sentia um frio na barriga, estava mais que preocupado com Sasuke e Sakura. Eles poderiam ter me esquecido, mas eu não os esqueci.

Descemos do carro e andamos para dentro do hospital. Procuramos pelo quarto de Sasuke, mas não o encontramos lá. Ele deveria estar no de Sakura. Eu estava apressado, queria vê-los logo, ao menos tinham sobrevivido, isso já era algo muito bom.

Os corredores do hospital principal de Suna eram enormes, não havia muito barulho, havia cheiro de hospital, sons de passos para todo lado, algum choro de criança em devido canto...

Eu andava mais à frente dos meus pais e das irmãs Hyuuga. Estava muito perturbado.

Então eu o vi. Ele apareceu no fim do corredor. Cada braço segurava uma muleta, e o pé estava enfaixado. Eu abruptamente parei de andar. E ele também. Meu coração passou a acelerar, eu temia pelo que viria. Sasuke não gostaria de me ver na sua frente nunca mais, eu deveria deixá-lo e sair dali. Caso contrário, eu o irritaria mais. Não éramos mais amigos. Era o que eu deveria fazer. Mas foi profundo o que eu senti quando o vi novamente...

Mas, antes que eu pensasse em me virar, Sasuke gritou meu nome e começou a vir na minha direção, cada vez mais rápido, com dificuldade por causa das muletas.

 - NARUTO!!

Ele continuava vindo, e vindo... Mais perto e mais perto...

 - Sasuke... Não... – eu recuava devagar, mas não consegui mais, pois seus braços agarraram meu corpo, as muletas caíram fazendo um alto som, e ele começou a chorar

Estávamos nos abraçando?...

Eu ainda permaneci intacto por um tempo. Quando percebi que realmente não era armação dele, eu o retribuí.

 - Naruto, eu... Eu sou a pessoa mais infeliz do mundo!... – ele pausava as frases por causa dos soluços – Está tudo desmoronando, eu não ag-guento... – seus braços apertavam-me forte – V-voc-cê... É o melhor amigo que eu poderia ter... Sempre fez tudo pelo meu bem, s-sempre se importou comigo e com a Sak-kura... E eu... – nesse momento, seu choro tornou-se mais forte e desesperado – Eu sou um idiota!

 - O que aconteceu? – eu consegui falar. Não estava acreditando que ele havia falado aquilo

 - A Sakura... Ela não se lembra de nada! Bateu a cabeça muito forte, perdeu toda a memória!

Não. Aquilo não podia ser verdade. Não! Claro que não! Sasuke estava brincando comigo! Logo ele se desfaria e riria da minha cara, me empurraria e voltaria a me ignorar.

 - Você ta brincando, né?

 - Eu gostaria de estar brincando... Mas, não... Eu... – ele soluçou outra vez e outra crise de choro começou – Naruto...

Permiti-o abraçar-me forte. Dentro de instantes eu comecei a conceber a notícia... Sakura perdera sua memória... Não, isso era demais pra mim...

Depois de minutos chorando abraçados, a mãe de Sasuke o interrompeu, dizendo que Sakura queria vê-lo. Ele avisou a ela que logo a veria, então virou-se para mim, dizendo:

 - Naruto, me desculpe. Por favor. Eu sei que somente pedir perdão não é nada, mas eu fiz muitas coisas ruins pra você, e você quis me fazer enxergar as palavras do meu irmão... Mas eu não aceitei. Agora eu aceito. Porque não tenho ninguém, eu sou fraco demais, por isso estou querendo me desculpar com você. E eu sei que não vai adiantar nada, mas além da Sakura e do Itachi, você também me fazia feliz... E agora que meu mundo desabou... Agora que sinto que Sakura também morreu... Eu sinto que preciso do meu melhor amigo de volta. Porque sou a pessoa mais fraca do mundo. E você é o mais forte... Eu perdi e você venceu. Pode acabar comigo de uma vez, eu me rendo.

 - Eu não vou acabar com você. – as lágrimas retornavam aos meus olhos, ao vê-lo daquela maneira, depois de ouvir tudo aquilo. Eu realmente não sabia como reagir – E-eu... Eu estava esperando que você voltasse, Sasuke! –o abracei novamente – Havia cansado de correr atrás de você, mas...

 - Hai, eu também ficaria se estivesse no seu lugar. Mas a culpa de tudo é minha. São as minhas decisões erradas que me levam a distanciar-me de você...

 - Cale a boca. – eu o abracei sorrindo dessa vez, e ficamos em silêncio por um instante –... E eu tinha que ter te filmado dizendo isso... – comecei a rir

Ele empurrou meu ombro levemente, rindo também.

 - Não, sério. Se eu pudesse ficaria te pedindo perdão eternamente... O que fiz foi muito errado... Eu me sinto muito infantil por ter agido assim.

 - Mas você sempre foi infantil, teme. – eu brinquei e ele revirou os olhos, sorrindo logo em seguida. Puxei-o para um novo abraço – Obrigado.

 - Por que agradece?

 - Por voltar a nossa amizade. Você sabe que significa muito pra mim...

 - Sim, eu sei. Pra mim também significa... Desculpe. Ah, meu Kami... Sinto muito.

 - Pare de pedir desculpas! Eu também sinto muito. Pela Sakura. E eu não tenho orgulho nenhum em não te aceitar de volta. Sei que você não seria nada sem mim...

 - Também não é assim... Eu só acho que entraria em depressão de vez se não tivesse mais ninguém para me ajudar e apoiar...

 - Ok, orgulhoso. Agora, vamos ver aquela Haruno de uma vez.

Nos separamos e ele me olhou novamente com os olhos marejados.

 - É horrível. É como se ela também tivesse morrido. Que droga... Por que só sabemos o valor das pessoas quando elas estão longe de nós?... Por quê? – ele disse enquanto andávamos

 - Porque somos imperfeitos, Sasuke. E porque temos sentimentos. Sentimos amor.

 - Droga de sentimentos... Droga de amor...

 - Droga de vida!... – eu completei, com certa ironia

Ele me lançou um sorriso de canto, e sussurrou mais um "Desculpe".

Naruto off


Notas Finais


https://www.youtube.com/watch?v=zRVDusagauk&index=3&list=LLVprU0eKg81Kko_tYlN6C4g

Música: Tomorrow - Avril Lavigne: https://www.youtube.com/watch?v=WIc0tDvaV80

Me matem.
Ou não.
Sasuke voltou! Ê!
Mas a Sakura...

Não sei se vocês leitores shippers de NaruHina conformaram-se com aquela declaração da Sakura ao Naruto no Shippuuden, mas se sentiram pena da Sakura nesse capítulo é porque ignoraram ^^
Eu gosto da Sakura, ela é uma das minhas personagens preferidas. Tenho muito nojo dos NaruSaku's e de uma atitude diferente dela em relação ao Naruto no Shippuuden, dos sentimentos dela em relação a ele. Mas ela sempre amou o Sasuke e sempre o amará!

Acredito que Kishimoto não errou completamente ao insinuar (insinuar!) que Sakura estava gostando de Naruto no Shippuden, vendo-o de modo diferente e tal. Porque em minha opinião, uma garota que não vê sua paixão há tempos, quando convive com outro garoto que conhece bem e desde sempre, acabaria tendendo a sentir algo diferente por este. Porque adolescentes como Sakura têm suas manias, e sabe como é... Enfim, é possível reconhecer o motivo desses (talvez possíveis) sentimentos dela pelo Naruto. Finitamente. Porque ela, no fundo, amava Sasuke. Apenas não achou mais nenhuma nova paixão (e garotas como ela precisam de acontecimentos fantásticos nas suas vidas).

É só uma opinião. Obrigada por lerem, até o próximo (até semana que vêm!)


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