História Love and Prejudice - A rival love - Salve a Rainha Rosa Negra

Os corredores que levavam ao refeitório deveriam estar vazios às onze da noite, mas não estavam. Antonieta ouvira uma de suas companheiras de quarto levantarem e a seguiu. Aonde Bellatrix iria àquela hora?

Estava escuro e seguir o grupo que se juntou à Black tornou-se um desafio. Ainda assim sua curiosidade falava mais alto que o bom senso e ela os seguiu até o corredor do 7º andar, onde o grupo entrou por uma porta que não deveria existir. Ela semicerrou os olhos, decidida a descobrir o que havia atrás daquela porta, mesmo que pudesse ser pega por Pirraça ou algum monitor, esperaria até eles saírem e entraria em seguida e foi o que fez. Por sorte não demoraram muito e ela teve que ser rápida ou a porta se fecharia e voltaria a ser a mesma parede de antes.

Em passos silenciosos ela se esgueirou até a porta, vendo os colegas sonserinos voltar pelo mesmo caminho que fizeram e adentrou a sala misteriosa.

A primeira coisa que sentiu ao entrar ali foi o calor vindo de uma lareira acesa.

Havia várias cadeiras arrumadas ao redor de uma poltrona de veludo verde.

— Que lugar é esse? — Ela questionou a si mesma enquanto olhava ao redor.

A garota estava tão perdida olhando ao redor que nem notou que estava sendo observada por um homem esbelto de olhos verdes acinzentados.

— Perdida? — Antonieta paralisou ao ouvir a voz masculina, pensou estar sozinha.

Quando seu olhar caiu no estranho bruxo de cabelos negros alinhados na poltrona tudo lhe pareceu bem claro.

— Até que você é bonito para um mestiço. — A sonserina ponderou em voz alta.

— E quem é você? — perguntou o Lorde num tom carregado de desdém e os olhos faiscando de raiva contida, pois ninguém que o servia sabia que ele era impuro, fato que ele odiava e não precisava de uma pirralha o lembrando disso.

— Antonieta Potter, sonserina, puro sangue. — A moça disse convencida.

Voldemort riu baixo e debochado, a garota era bem convencida, no entanto ela sabia quem ele era e ele não fazia ideia de sua existência até aquela noite.

— Você não deveria estar na cama, criança? — Questionou ele de forma debochada.

— Bellatrix me acordou e eu a segui e não sou criança, mestiço. — A Potter respondeu dando de ombros.

— Como pode ter tanta certeza de que sou mestiço? E sim — disse Voldemort levantando-se e se aproximando de Antonieta, sua paciência estava se esgotando. — Você é só uma criança atrevida e crianças atrevidas devem ser castigadas. — Afirmou convicto.

— Você é Tom Riddle, herdeiro de Salazar. - Antonela afirmou. — Bellatrix só sabe sonhar acordada sobre como você deve ser bonito quando não está em sua forma animaga. - Revelou ela antes de rir, uma risada não estridente como a de Bellatrix, mas doce.

— O que é tão engraçado? — perguntou Riddle arqueando uma sobrancelha.

— É que eu até tenho que te parabenizar mestiço, bem debaixo do nariz de Dumbledore. Te incomoda que eu te chame assim? — Perguntou amável.

— Nunca me chame de mestiço. — Disse Voldemort entre dentes.

— Mas, você é. Então porque não gosta de ser chamado pelo que realmente é? - A morena questionou selando os lábios no dele de forma atrevida. — Te deixo sem palavras? — Antonieta provocou e Tom a segurou pelos ombros e a afastou.

— Me chame de mestiço mais uma vez e vai ter o que merece pirralha. — Ele lhe deu as costas indo em direção ao armário sumidouro dentro da Sala Precisa e ignorou o sussurro "mestiço" de Antonieta.

— Você ainda vai ouvir falar de mim, Tom. — Jurou ela.

No dia seguinte todas as corujas de cada aluno de Hogwarts pairavam sobre as mesas durante o café da manhã antes de soltarem pergaminhos envelhecidos enrolados com uma fita verde-esmeralda.

Os alunos desenrolaram o pergaminho, no qual se leram as seguintes palavras:

“Se é para erradicar os sangues ruins que usam magia, isto deve ser feito por alguém com o sangue puro e não por um daqueles imundos.

Salve a Pureza. Salve a Rainha Rosa Negra.”

Tais pergaminhos foram o assunto de todos, os burburinhos do dia.

[...]

Bellatrix achou o pergaminho um ultraje, uma afronta ao Lorde das Trevas e sabia que seu Mestre estava ocupado com a guerra, com a Ordem da Fênix, mas aquilo era um assunto importante o suficiente para ela sair do salão principal imediatamente e ir para a Sala Precisa no 7º andar, todos os alunos estavam tomando café da manhã e não notariam sua ausência, ele tinha lhe dado um feitiço para chamá-lo, o mesmo que invocava a Marca Negra e deveria ser usado apenas em emergência.

— Morsmordere. —sussurrou quando entrou na sala e esperou ansiosa que ele surgisse pelo armário sumidouro, mas isso não aconteceu, ele não apareceu, em compensação um rosto surgiu na lareira.

— O que Bela? — perguntou a voz na lareira parecendo impaciente.

— Milorde? Ah… — Bellatrix ajoelhou-se próximo a lareira e pigarreou para limpar a garganta. — Milorde, alguém ousa a insultá-lo.

— Fale de uma vez. — Exigiu o Lorde e a jovem leu em voz alta o que dizia o pergaminho.

Ao ouvir tais palavras um sorriso distorcido surgiu na face do animago.

— Pelo menos aquela pirralha é consistente. — Resmungou raivoso enquanto amassava o papel.

— Milorde, ninguém sabe quem é Rosa Negra? — Questionou a comensal confusa

— Ninguém importante. — disse o Lorde dando de ombros, Bellatrix abriu a boca para objetar. — Você tem algo realmente útil para me informar Bela?

Bellatrix se encolheu e balançou a cabeça.

— É que alguns concordavam com essa tal Rainha. — Murmurou ela com a voz trêmula.

— Basta, eu tenho assuntos mais importantes que isto agora, se descobrir quem é esta Rainha tola que ousa insultar Lord Voldemort, herdeiro de Slytherin, então coloque-a em seu devido lugar Bellatrix, é bom que não falhe ou ficarei… Desapontado.

A garota Black se sentiu desafiada e orgulhosa, se empenharia ao máximo, seria seu primeiro feito como Comensal da Morte e ela seria a melhor deles.

— Não falharei Mestre. — ela assentiu, se levantando decidida e deixou a Sala rumo à sua sala comunal.