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História Love At First Touch - Capítulo 14


Escrita por: NaihDrew

Capítulo 14 - Capítulo 14


- Então, mas ainda não me disse seu nome... - a lembrei, enquanto tirava os materiais do armário, no qual seria física.

- Lavínia! - respondeu a garota, fechando seu armário também.

- Qual a sua primeira aula?

- Biologia. - ela pareceu pensar antes de responder.

Olhei para minha esquerda e vi Mêh se aproximar acelerada, um tanto agoniada.

- Ai, acabei de ver Mathew! - Mêh comentou, eufórica, assim que chegou perto de nós.

Ainda não havia notado Lavínia ao meu lado. Pigarreei para que ela se tocasse. 

Ri baixo com a cara que ela fez. 

- É... Oi? - a saudou espalhafatosa, assim que a aluna nova, a mesma sorriu estranha.

- Oi.

- Essa é Melyn, minha amiga - apontei para Mêh, as apresentando. - E Mêh, essa é a aluna nova, Lavínia.

- Amigas não... Melhores amigas. - Mêh me corrigiu, fazendo Lavínia rir pela ênfase que deu na palavra.

- Prazer, Melyn!

- Prazer só na cama, minha linda. - piscou sacana, e a menina arqueou as sobrancelhas a olhando estranha, mas logo sorriu maliciosa... 

vi que vamos todas nós nos daremos bem.

- Já vi tudo. - ri, balançando a cabeça - Vamos logo,  Mêh, nossa aula vai começar. - alertei-a. - Nos vemos depois, Lavínia.

Nos despedimos e fomos correndo para nossa sala, antes que levassemos uma bronca do professor de física. Sentei-me no meu lugar, enquanto Mêh foi falar com alguns meninos, o que não demorou, pois logo ela sentou em seu lugar, que por mero acaso, era na minha frente.

- Então, o que aconteceu que você ia falar sobre o Mathew? - lembrei minha amiga, já que estava extremamente chata a aula de Física.

- Ah, então, vi o Mathew... - ela continuou - Ele pediu pra voltar comigo, disse que passou a semana toda aos rios de choro porque sentiu minha falta. - ela bateu palminhas, um tanto eufórica.

Juntei as sobrancelhas soltando um leve riso pelo nariz, balancei a cabeça negativamente.

Ela parou quando viu que minha expressão ficou séria. 

- Você pisa muito nos corações dos garotos, Melyn! - minha feição com certeza é de reprovação - Um dia isso vai acontecer com você e, você vai sentir o que todos eles sentiram, porque você acha que não dói até você sentir! - falei, como se já soubesse - e, eu não sei de nada, meu negócio é só dar conselho, não segui-los -, ela me olhava, meio que sem saber o que dizer, abriu a boca para falar, mas nada saiu.

- Você tem razão. - Mêh concordou, baixo enquanto mantinha sua feição pensativa, virou-se para a frente.

Suspirei, um pouco chateada. Eu fiquei com a consciência pesada.

- Hey, não disse isso para você ficar triste. - levantei um pouco o tronco, tirando assim, meu bumbum da cadeira e apoiando meus braços na carteira.

Ela se virou para mim, rapidamente a abracei.

- Opa! - ouvi a voz de Daniel, que sentava atrás de mim, um dos jogadores de basquete do colégio - Que visão, em? - murmurou e, eu me sentei rapidamente, sabendo que estava corada. Ignorei seu comentário.

- Eu não fiquei triste. -  Mêh chamou minha atenção - Só estava refletindo, vadia! - riu fraco, me fazendo sorrir.

...


Duas aulas de matemática? Eu não acredito. Estamos na quarta aula e até agora não tive nenhuma aula com a Lavínia.

- Professora? - Diana, a senhora que nos dava aula de matemática, me olhou - Posso ir ao banheiro? -perguntei.

Não estava apertada, queria apenas ir ao banheiro.

- Já terminou os exercícios? -  assenti - Então, pode.

Sai da sala rapidamente, fechando a porta, e desci para o primeiro andar; a minha escola só tem dois andares, o de cima é somente sala de aula e no andar de baixo são salas experimentais e aulas extracurriculares, como: sala de artes, sala de ciências, sala de música enfim, armários, sala da diretora, etc! 

O imenso corredor estava vazio, sem sinal de nenhuma alma viva, tudo bem que escola é um ambiente onde tem muitas pessoas, mas quando este corredor está vazio, ele fica super-bizarro.

Um calafrio percorreu meu corpo enquanto andava pelo corredor para chegar até o banheiro, virei outro corredor, onde avistei o banheiro feminino em frente ao masculino. Estava perto da porta do banheiro, mas, automaticamente tomei um susto quando a porta foi aberta, uma pessoa saiu de lá, estava de cabeça baixa e mãos no bolso, cabeça coberta pelo capuz preto de um moletom grande, o banheiro supostamente/obviamente, era feminino, mas, aquela silhueta não me aparentava ser de uma mulher. A mesma passou por mim, a respiração era o que eu podia ouvir da pessoa, meu pelos se arrepiaram e, uma pitada de medo percorreu meu corpo, o mesmo se negava a entrar no banheiro. Droga, mas o que a? É só um banheiro, caramba, respirei fundo e adentrei no mesmo meio que empurrando meu próprio corpo.

- Ain... Essas garotas não sabem usar absorvente não? - murmurei, pra mim mesma, ao ver uma gota de sangue no chão enquanto caminhava olhando para o mesmo.

Quando olhei para onde havia um grande espelho, dei um pulo, levando a mão a boca, abafando o grito que dei... 

Mas... Mas o que é isso?

No grande espelho havia uma frase, cuja me deixava confusa por conter meu nome:

"Todo cuidado é pouco, Melissa Beson!"

Meus olhos arderam, mostrando que eu estava pronta para soltar minhas lágrimas. Isso só pode ser uma brincadeira de mal gosto, muito mal gosto. Pensei ser tinta ou algo assim, mais era sangue, eu não sou especialista, claro que não, mas aquilo cheirava mal e, com certeza não era sangue de menstruação... Sem pensar muito, sai correndo do banheiro, batendo a porta com força, o que fez com que o barulho da mesma ecoasse pelo corredor. Dentre todos os corredores, mal vi quando estava em frente a minha sala, limpei as lágrimas rapidamente e respirei fundo alguns segundos, entrei e corri rapidamente para o meu lugar. Não queria que notassem que havia acontecido algo. - como se ninguém fosse ver aquela porcaria no espelho.

- Mel, será que você pod... Por quê estava chorando? - Mêh se virou para falar comigo, mas acabou interrompendo a si mesma, minha amiga me olhou preocupada, apesar de secar as lágrimas, ela sabia que eu havia chorado, não só pelos vestígios, mais por me conhecer como a palma de sua mão. 

Não adiantaria esconder nada, uma hora ou outra quando alguém visse aquilo seria o maior rebuliço da escola, então resolvi falar:

- Mêh... Eu eu vi uma coisa horrível no banheiro. - desabafei, incrédula, me lembrando do ocorrido. 

- Ah, não vai me dizer que jogaram merda no teto de novo? - ela perguntou, eufórica como sempre, eu teria sorrido ou rido com aquilo, mas não saia um sorriso sequer de meus lábios, aquilo no banheiro foi uma brincadeira ridícula. Sem dúvida. 

- Escreveram... Uma ameaça!? - perguntei, mais para mim do que para ela - Ou aviso, não sei direito, no espelho do banheiro: "Todo cuidado é pouco, Melissa", e estava escrito co-com sangue...

- Brincadeira de mal gosto, amiga... Calma! 

- Brincadeira com sangue?

- Não deveria ser sangue, devem ter usado tinta ou algo parecido. 

- Mais tinha um cheiro horrível.

- Além do mais, você não é a única Melissa da escola! - ela disse, com expectativa de que estivesse certa.

Beson, sim! - afirmei.

...


- Nossa. - Lavínia murmurou, assim que a contamos o que aconteceu, a chamamos para ficar conosco no intervalo e, acabamos contando para ela, estávamos sentadas no banco de uma das mesas do refeitório.

- Pois é. - suspirei. 

- Mas deve ter sido só uma brincadeirinha. Já disse a ela, alguma vagabunda dessa escola que não gosta da gente, sei lá.

Lavinia nos olhou pensativa. 

Talvez eu possa descobrir quem foi... - comentou, com um sorrisinho sacana no rosto - Aqui tem câmeras, certo? - assentimos - A gente pode voltar a gravação...

- Nunca conseguiríamos! - disse óbvia, em seguida ri sendo acompanhada por Mêh.

- E por que não? -  ela arqueou as sobrancelhas.

- A sala de segurança, é a sala de monitoramento, fica depois da sala do diretor... O Sleim nunca nos deixaria ver. A menos que eu contasse o motivo, que é o que não vai acontecer.

- E quem falou em sala de monitoramento aqui? - ela sorriu cabulosa, e tirou um netbook de sua bolsa, e eu e Mêh nos entreolhamos, só prestando atenção no que ela fazia, o netbook já esta a aberto e ligado, ela teclava rápido. 

Menos de cinco minutos se passaram, ela virou seu netbook para nós e eu vi o sistema de toda a escola aberto, tudo que continha, de data de nascimento até a última coisa que se foi feita ali. Nossas bocas se abriram em um perfeito '0'.

Ela sorria satisfeita.

- Vamos ver o que aconteceu, antes da quarta aula e, após. 

Depois de ver a gravação por um tempo, por incrível que pareça, não entrou ninguém no banheiro a não ser hoje cedo, eu e Mêh fomos juntas ao banheiro na segunda aula, e na gravação as últimas a ir do banheiro somos nós e mais algumas garotas que nos acompanharam, e o mais estranho foi não aparecer aquela pessoa de capuz preto entrando no banheiro ou saindo, em nenhum momento. Muito menos eu.

- Não pode ser! Eu fui ao banheiro. - murmurei, incrédula.

O vídeo foi alterado! - Lavínia afirmou.

- Como pode ter tanta certeza? - perguntei, um tanto desconfiada.

- Talvez, mas só TALVEZ, eu seja uma das melhores hackers que você já conheceu. -  ela se gabou, olhando para as unhas, como se aquilo fosse normal. Eu achei aquilo super bizarro, como uma garota que tem apenas dezessete anos... Sabe tudo isso? Hacker? Isso é muito estranho.

- Garota... - Mêh quebrou o silêncio que ali havia se instalado - Você é demais! - exclamou, feliz, nós rimos. 

- Devo concordar! - realmente devo, mesmo sendo muito estranho. 

Ficamos mais um tempo em silêncio até Mêh - como sempre - quebrar o mesmo.

- É... Será que não pode invadir o computador da minha mãe depois? - indagou um pouco baixo - Tenho certeza que ela tem pornografias lá... - falou maliciosa. 

Ri fraco, olhando para sua animação, e acabei voando em minha imaginação.

Coisas estranhas que nunca me aconteceram estão acontecendo repentinamente e, isso me deixa assustada, melhor, um tanto quanto apavorada.

[...]


Subia para o meu quarto depois de ter comido um prato enorme de comida, preciso me alimentar bem, ando comendo muitas besteiras.

Não parava de pensar naquilo um minuto sequer, não entendia o porquê daquilo, ainda mais quem fez aquilo. 

Abri a porta do quarto e uma coisa diferente me chamou a atenção, um envelope vermelho, em cima tinha uma caixinha pequena, aquelas de aliança, sabe? Curiosa, eu corri para perto dali, jogando a mochila em qualquer lugar, com certeza é do meu pai, só não entendo a caixinha.

Abri o envelope, tirando uma carta manchada, que fedia a... Cigarro?! Fiz uma careta, abrindo lentamente a carta.

"Ou você, ou, todos a quem você ama... Um por um. Pedacinho por pedacinho."

Li aquelas palavras em negrito, me assustando de princípio, meu pai as vezes é meio zombeteiro, porém isso não me fez sentido. 

Ainda sem entender, peguei a caixinha vermelha, abri ela devagar, em seguida; dando um grito estridente...



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