1. Spirit Fanfics >
  2. Love Beach (Em Revisão) >
  3. Ten

História Love Beach (Em Revisão) - Ten


Escrita por: beyt

Capítulo 10 - Ten


 

"O mundo não está pronto pra saber o que eu sei sobre mim."

 


- Imagine Dragons

 

(♡ )

 


Simon Lewis

O dia começará ruim, muito ruim, mais ruim do que eventualmente era. Acordou as 10:15 da manhã. O por quê? Ele não dormiu absolutamente nada até às 9:30 da manhã por causa dos pensamentos que o turbilharam durante horas á fim, e ainda por cima acordará com muito sono. Não daria tempo de se arrumar e ir até a biblioteca, então decidiu ficar um pouco na cama, se contendo a vontade de fechar os olhos e adormecer as horas de sono que foram retiradas dele. Mas daqui a pouco levantaria para a arrumar e comer alguma coisa com os amigos, como fazia antes de sua compulsão por leitura e estudos se alastrar.

A porta foi aberta por uma figura loira e um pouco alta, não batendo e nem perguntando se podia entrar, só entrando sem hesitar. Simon estava apenas com uma cueca boxer preta cobrindo a intimidade, mas como era Jace quem abrirá a porta, não ligou para qualquer fator semelhante. As cobertas jaziam sobre seu lado oposto da cama, totalmente desarrumadas. 

-- Simon? Não era 'pra você estar na biblioteca? Essas horas? -- perguntou confuso, abrindo a janela fazendo luz entrar em seu quarto e iluminar o corpo branco e magro de Simon, refletindo como um espelho. 

-- eu perdi a hora -- explicou, esfregando os olhos por conta da claridade e se remexendo um pouco na cama, sem se levantar. 

-- por que está sem roupa? Sabe quantos graus está lá fora? Você vai ficar doente -- disse Jace em tom de aviso

-- você tá parecendo a Izzy, credo -- resmungou rindo por conta de suas falas, o que não era habitual do loiro -- por que você entrou no meu quarto? -- fitou o garoto que olhava discretamente para o corpo de Simon enquanto andava pelo quarto 

-- quem você acha que arruma seu quarto quando você sai? -- disse imitando a voz de Simon, que revirou os olhos -- por que perdeu a hora? -- se sentou na ponta da cama onde Simon continuava deitado

-- eu não sei, estava com vontade de dormir -- moreno admitiu, tendo a leve impressão de que estava começando a ficar bom em contar mentiras, pois não corava mais em meio a seus desenvolvimentos. 

-- por que estava com vontade de dormir? Você ama ir a biblioteca -- perguntou de volta, rebatendo com curiosidade refletida em sua fala preocupada. Não queria insistir nisso caso o garoto ficasse hesitante, mas não podia deixar o garoto passar por isso sozinho, seja lá o que ele esteja passando. 

-- eu... -- ficou sem argumentos, falhando na investida de tentar mentir novamente para seu amigo; desistindo logo em seguida. 

-- o que você ficou fazendo a noite toda, Simon?

-- pensando -- falou a primeira resposta que veio á sua mente no momento 

-- em que? -- olhou para o garoto que se sentou no colchão, esfregando os olhos avermelhados e lacrimejados de sono. 

-- a escola, os estudos... Já parou para pensar que a gente está no ano e ano que vem é o último? Depois nós teremos que ir á faculdade e eu vou ter que estudar o dobro que eu estudo, Jace!

-- Simon, por que pensar nisso agora? -- perguntou Jace 

-- não sei, acho que estou com mais medo do que animação em si -- suspirou

-- você não acha que deve aproveitar um pouco? Tipo, a vida -- alegou, se aproximando de Simon -- por que você nunca sai para beber, conhecer as pessoas, beijar?...-- fez cara maliciosa 

-- cala a boca, Jace -- jogou um travesseiro no outro, este que devolveu rapidamente. 

-- mas é sério, eu não te vi beijar nenhuma garota até agora, em toda a minha vida -- olhou fixadamente para Simon, a expressão sendo indecifrável á olhos nus -- você já beijou alguma garota? -- perguntou repentinamente

-- é claro que já -- se fingiu de ofendido

-- quem? -- perguntou novamente e com curiosidade, duvidando da resposta ser verídica. 

-- a Maia -- falou orgulhoso, o sorriso se aumentando ao se lembrar da garota do qual não via fazia meses. 

-- e?... -- estimou o garoto a continuar

-- e só -- completou ainda com tom e posição orgulhosa

-- meu deus, você precisa desencalhar, Simon! -- disse batendo a mão na testa -- não está gostando de alguma menina? -- perguntou e não obteve resposta -- ou menino? -- perguntou malicioso, estimando novamente o garoto que se contia a responder este tipo de perguntas. 

-- o que? -- perguntou nervoso e se estremecendo levemente -- não, por que eu gostaria de um menino? Eu não sou gay, muito menos bi, ou pan. Eu sou hetero, tipo, eu gosto de meninas, eu não gosto de meninos, homens, garotos, eu quero... -- falava muito rápido e ansiosamente, articulando as mãos, fazendo o loiro lhe interromper prontamente

-- Simon! -- alertou rindo do desespero do garoto -- tudo bem, eu já entendi -- começou a rir ainda mais, fazendo o outro corar -- 'pra que esse desespero?

-- que desespero? -- fingiu desentendimento

-- ok -- se rendeu e olhou para Simon. Logo depois desceu o olhar para seu corpo, observando-o durante algum tempo, perdendo o sorriso aos poucos -- você está magro. -- disse por fim depois de um tempo de observação

-- que? -- lançou o olhar para seu corpo -- eu 'tô normal, eu sempre fui magro, oras!

-- não, Simon -- levantou o olhar para o rosto do garoto, a face cumprimida em uma expressão de preocupação genuína -- você deve ter perdido uns 10 quilos desde que as aulas começaram -- alegou, agora juntando as sombrancelhas com desapontamento e tristeza

-- eu... -- tentou insistir, mas então olhou realmente para seu corpo. Já percebera que as roupas que serviam para Simon agora estavam começando a ficar pequenas, os braços estavam ficando mais finos e seus ossos aparecendo cada vez mais. Mas aquilo, acima de tudo, acaba com sua autoestima. 

Olhou para o lado de sua cama, onde jazia um espelho. Se levantou e ficou de frente para ele, observando seu próprio corpo. Pode perceber que seu rosto, que antes tinham traços saudáveis e cheios estava cada vez mais parecendo com que o garoto tivesse rosto semelhante a de uma caveira. E seu corpo, esquelético. Esses dias começará a ficar ofegante no meio das caminhadas de ida e vinda da escola, coisa que não acontecia anteriormente. Não ligou, mas agora percebera o motivo, estava desaparecendo cada vez mais em meio a magreza que permanecia aumentando conforme os dias se passavam, e verdade lhe atingiu como um tiro no meio da testa. Jace observava o garoto também, preocupado, ainda sentado na cama, apoiado em um cotovelo só. 

-- eu só não estou tendo muito mais tempo para comer, e nem sinto mais tanta fome quanto eu sentia antes -- o moreno bufou e se jogou na cama novamente. A verdade é que desde que Raphael chegou e o ano definitivamente se iniciou o rapaz tinha tantas coisas na sua cabeça que se esquecera de cuidar de si mesmo. Com certeza não era culpa do Santiago, afinal ele provavelmente nem sabia ou se importava o suficiente com Simon para notar seu estado. 

Jace lhe olhava por cima, no seu rosto. Estava tudo tão difícil, parecia até ter voltado aos tempos anteriores. Estava com medo, calafrios; prezava por um futuro feliz todos os dias, e parecia que cada dia as coisas pioravam cada vez mais. 

-- você também está com olheiras -- relatou melancólico enquanto analisava os traços do rosto de Simon, apoiado nos próptios ombros, no colchão que nele estava Simon.

-- eu sei 

-- Simon, você...-- Jace iria falar algo, mas foi interrompido prontamente pelo toque do celular de Simon que estava em cima da estante, ao lado de sua cama, indicando que uma nova mensagem chegará instantaneamente. 

Simon se arrastou levemente sobre sua cama para pegar o celular, esticando seu braço para alcançá-lo. Se sentou para olhar quem era quando o dispositivo já estava em mãos, olho depois sentiu o peso de Jace se sentando ao seu lado.

"Magnus vizinho" aparecia na tela de seu celular, Magnus estava ligando para ele. Simon e Magnus haviam trocado os números de telefone esta semana e de vez em quando conversavam entre os horários livres de ambos. 

-- alô? -- perguntou quando atendeu, colocando no viva a voz para que Jace pudesse escutar também. Afinal, não tinha nada a esconder dele, não neste aspecto. 

-- Simon onde você esteve? Eu "tô te ligando desde às 7 horas, seu maluco! -- repreendeu com pouca paciência emitida na voz, logo depois de ser atendido -- esse foi o turno mais chato ever -- tentou imitar um sotaque britânico, falhando miseravelmente. Sua voz fina e estabanava foi o motivo da risada de ambos os adolescentes lado a lado na cama. 

-- calma, eu só perdi a hora -- explicou-se rindo soprado -- dormi de mais, me desculpa

-- ótimo, bem no dia em que três ma-lu-cos quase arrombaram a biblioteca te procurando? Em plenas 7 horas da manhã? Eu nunca vi pessoas tão mal educadas, Jesus Cristo...-- falava com o seu tom de deboche diário. Jace fungou uma risada por conta de como o asiático falava, fazendo o mesmo se precipitar a perguntar -- quem está aí com você?

-- o Jace -- falou rindo também -- fala oi -- aproximou o telefone para perto do loiro, que não hesitou em puxar o celular para perto de sua boca. 

-- e aí, Magnus Bane -- falou perto do microfone, que provavelmente emitiu um alto eco e o som saiu estourado. 

-- aí, garoto! -- reclamou Magnus com a voz um pouco distante do telefone -- onde está a vergonha na cara? Eu 'tô de fone, caramba!

-- quem eram os garotos? -- perguntou Simon afastando o celular de Jace, que já estava preparado para gritar no celular novamente

-- eu não sei -- falou com desentendimento falso, ainda comovido pelo grito emitido segundos antes

-- me diz como eles eram -- implicou com um sorriso insistente na face

-- um era alto e loiro com olhos negros, bonitinho -- opinou lentamente, como se estivesse se relembrando -- o outro era horrível, tinha mechas azuis no cabelo e uma barba mal feita horrenda -- opinou novamente, mudando seu tom de voz conforme as palavras saiam de sua boca -- mas o outro -- fungou contra o microfone antes de continuar a relatar -- ele era lindo, tinha cabelos meio longos castanhos, os olhos exatamente da mesma cor, o corpo era tão musculoso... -- dizia distante, como se estivesse realmente embriagado

-- que pouco vergonha é essa, BEINI? -- Jace repreendeu com a voz fina mas altamente elevada contra o microfone do dispositivo que jazia sobre as mãos de Simon, que junto do loiro ouvia atentamente as lembranças do outro, confirmando o fato de que eram sim seus colegas que haviam se situado na biblioteca anteriormente, de certo modo assustando e pertubando o asiático

-- fica quieto -- repreendeu Magnus do outro lado da linha — você nem ao-

-- o que eles queriam? -- perguntou Simon á Magnus, se pronunciando em meio aos dois depois de manter o silêncio por alguns instantes, interrompendo a confusão que estava por vir. Jace ria presunçoso ao seu lado, orgulhoso por ter irritado o asiático ao lado oposto da linha. 

-- eu não sei, só perguntaram onde você estava e quando eu disse que você não compareceu aqui hoje foram em bora igual ratos -- aumentou e afinou o tom de voz quando o julgamento saiu de sua boca, dando um leve ênfase enraivecido no apelido, leve e falsamente

-- ok, obrigada, Magnus. Eu vou falar com eles -- disse logo depois desligou o telefone, se despedindo mínima e rapidamente com murmúrios baixos e soprados. Tinha um longo dia pela frente, e tinha em mente que, se caso ficasse falando com Magnus, com certeza iria se atrasar para a escola; dando em conta que sempre se perdia em meio a suas conversas estabelecidas com o outro. 

-- por que você está andando com eles ultimamente?  -- perguntou Jace desconfiado quando a ligação foi encerrada por um pique, de certo modo incomodado com a aproximação repentina

-- não era você quem disse que era para eu fazer novos amigos? -- brincou se levantando e vestindo uma blusa preta de mangas cumpridas -- onde estão Clary e Izzy? -- perguntou, se virando logo em seguida para o loiro que permaneceu em silêncio depois da alegação, sentado em sua cama com uma careta distinta de entendimento. 

-- eu acho que elas foram no mercado -- deu de ombros olhando para a janela que ainda emitia a luz matinal fraca -- quando eu acordei elas já não estavam mais

-- que horas você acordou? -- perguntou, vestindo uma jeans clara em suas pernas, torneando-as sobre o gélido clima que agora preenchia o cômodo. 

-- acho que... -- colocou uma mão na ponta de seu queixo, pensativo -- acho que nove e meia

-- mas já são dez e meia -- disse desconfiado pegando o celular e tendo certeza do horário -- onde será que elas estão?

-- fica tranquilo, não é a primeira vez -- simpatizou o rapaz com um sorriso pequeno em lábios

-- meu deus...-- Simon suspirou baixinho quando olhou as notificações de seu celular

-- o que aconteceu? -- perguntou antecipadamente, cruzando os braços diante do peito e olhando para Simon que se sentava na ponta da cama novamente. 

-- 14 chamadas perdidas do Sebastian -- disse rindo nervoso ligando de volta para o menino, que atendeu depois de alguns instantes -- alô? Sebastian?

-- MEU DEUS SIMON VOCÊ NEM ACREDITA -- o garoto gritou do outro lado da linha logo depois de atender a chamada. Passos, rajadas de vento e ofegações baixas também podiam ser ouvidos através da ligação de pouca qualidade de áudio, provavelmente usando 3G para se comunicar com o moreno. 

-- meu deus, o que você está fazendo? -- perguntou curioso por conta dos sons emitidos altamente, retirando levemente o celular de perto do seu lóbulo. 

-- eu e Meliorn estamos indo pra casa do Jordan -- dizia ofegante conforme explicava com leves calmaria, como se acontecesse várias vezes por dia este tipo de coisa -- a casa dele é mais longe que cafundó de Judas, acredita? — brincou em meio a uma risadinha discreta 

-- meu deus — bateu a mão na testa, rindo em seguida — mas o que aconteceu? -- perguntava Simon observando Jace se retirar do quarto pois, como pensava ele, não era assunto de seu interesse e nem de sua conta. 

-- A CASA CAIU -- ouviu a voz de Meliorn gritar contra o telefone, ofegante igual Sebastian

-- o que? Como assim? -- Simon estava se perdendo cada vez mais neste meio confuso

-- o Raphael... -- fungou a voz do loiro -- ...ele... -- fungou novamente -- a gente viu ele... Beijando outro garoto -- de novo, fungou cansado -- na quadra onde estava tendo treino de punhobol -- parou um pouco, respirando mais rapidamente. Conseguiu ouvir algum ruído estranho atrás da linha, um baque surdo e duro  -- levanta daí, Meliorn, ainda temos 4 quarteirões para correr -- repreendeu agora com a voz levemente mais distante -- a gente 'tava na aula de música

-- perai, vocês fazem aula de música? -- perguntou Simon, curioso e aumentando o sorriso diante da imagem dos dois trapalhões tentando tocar algum instrumento que se instalou em sua mente, se contendo a soltar um risada alta e escandalosa. 

-- nossa terceira aula já -- disse Sebastian agora um pouco mais calmo, com orgulho. Provavelmente tinha se apoiado em algum lugar, descansando

-- eu tô pensando seriamente em desistir -- opinou Meliorn, mais distante da linha de ligação, mas parecendo estar por perto; provavelmente ao lado do loiro. 

-- ok, voltando para o assunto -- continuou Sebastian, provavelmente se recompondo a correr, pois agora Simon conseguia ouvir rajadas de vento sobre a ligação, invadindo-a sem delongas. O loiro não parecia se importar, pelo contrário, começou a falar novamente -- provavelmente ele não estava namorando -- opinava atrapalhado e desajeitado -- ou então ele traiu, não sei, não conheço ele -- riu soprado pelo nariz, dando em conta o ruído emitido no instante. 

-- ou seja?... -- perguntou Simon, estimando-o a continuar 

-- o plano caiu fora -- falou, não parecendo  estar comovido com a interrupção do plano, provavelmente já tendo passado por essa ou situações semelhantes várias vezes, anteriormente -- agora temos outro plano -- murmurou risonho

-- qual?

-- qual o objetivo dele com isso ou ver se ele vai se apaixonar, ainda não pensamos direito -- exclamou Meliorn em resposta -- Jordan é quem geralmente resolve isso, 'tá ligado?

-- ok, mas você quer participar desse plano? É basicamente igual ao outro, mas agora nos vamos provavelmente ver se ele se apaixona -- explicou Sebastian, levemente distante do assunto. 

-- ou fazer apostas -- sugeriu Meliorn

-- gente, eu vou pensar, ok? -- disse Simon passando a mão sobre os cabelos, bagunçado-os e interrompendo qualquer tipo de expectativas que os colegas criavam

-- ok, nos de assim respostas que possível -- disse Sebastian com simplicidade

-- até mais -- disse Simon antes de desligar o celular e se jogar na cama, novamente.

"Isso continua a ser invasão de privacidade" pensou consigo "mas seria interessante, ver com quantas pessoas Raphael iria ficar, se ele se apaixonaria por alguém...o que eu tô pesando? Meu deus, eu não deveria ficar interessado nisso, idiota!" Se xingou mentalmente, fazendo careta uma fase, provavelmente todos os garotos  passaram por isso. Duvidar um pouco da sexualidade é normal, não é por isso que eu sou gay" pensou, se acalmando e desviando os pensamentos que insistiam em se instalar pela sua cabeça 

Começou a ouvir barulhos atrás da porta, vindo do cômodo principalmente. Provavelmente Clary e Izzy haviam chegado.

Nisso, Simon se levantou e seguiu para o cômodo, esperando segundas ordens para continuar o dia puxado que já estava tendo logo de manhã. 


[...]


Magnus Bane

Depois de uma manhã corrompida e chata de trabalho na biblioteca Magnus estava almoçando em um restaurante que se localizava lado da biblioteca, depois da conversa que havia tido com Simon. Tinha que admitir, as manhãs sem as conversas do garoto eram 10x mais entediantes e chatas. Magnus gostava de Simon, era inteligente e educado, diferente de outras pessoa de sua idade que já havia conhecido. Ele e o garoto haviam desenvolvido uma amizade essa semana, com Jace também, mas de um jeito diferente. Jace às vezes irritava de propósito Magnus por causa de seu estilo e voz, e Magnus apenas debochava do garoto e sempre botando apelidos nele. Completamente diferente de Simon. Agora queria se aproximar mais de Clary e Izzy para se enturmar neste incomum grupo de vizinhos. 

Estava comendo macarrão e salada acompanhado de um suco de laranja quando se lembrou da noite passada, os pensamentos e lembranças vagando pela sua mente como uma fita de filme. Ficou ansioso ao se lembrar de que o garoto havia passado seu número a ele. Depois de pensar um pouco em o que iria falar, discou o número já posto em seu celular, salvo como menino bonito. Ah, e como amava este apelido, pois condizia totalmente com o jovem. 

Chamou por alguns instantes antes de ser atendido por uma voz rouca e arrastada de sono – ou talvez preguiça, se conhecia realmente o outro. 

-- alô, quem é? -- a voz emitida no outro lado da linha falava um pouco distante e com o tom de voz baixo

-- alô, com quem falo? É a funcionária da saúde. -- murmurou educadamente, se segurando para não rir desta indescritível idéia que havia tido no momento de nervosismo. 

-- Alexander Lightwood...-- respondeu confuso e arrastando as palavras

-- MEU DEUS? SEU NOME É ALEXANDER? -- gritou do outro lado da linha, se surpreendendo de como o seu nome era lindo, combinado totalmente com sua compostura. 

-- quem 'tá falando, porra? -- disse com raiva leve na voz, não conseguindo mais se manter na linha racional diante da "funcionária da saúde"

-- Magnus Bane, prazer -- respondeu ainda vitorioso e contente por agora saber o nome do garoto que tanto almejava saber qualquer outra curiosidade

-- o asiático irritante da praia? -- perguntou sem paciência, bufando logo em seguida.

-- acho que você se confundiu, eu sou o asiático gostoso da praia -- corrigiu com uma risada leve, dando ênfase no adjetivo. 

-- nunca deveria ter te passado meu número -- respondeu ainda emburrado com a interrupção

-- pare de coisa, Alexander -- riu por conta do nome proferido -- agora nós podemos nos conhecer melhor

-- não, não podemos -- alegou contra, rapidamente -- você já sabe meu nome, não é o suficiente?

-- claro que não — respondeu prontamente, pois de fato, não era o suficiente. Sua sede por conhecimento perante o garoto apenas havia aumentado depois desta informação -- agora sim que eu quero saber mais de você

-- será que você nunca vai desistir? Você é chato e irritante, mais do que o normal -- murmurou, ficando mais emburrado ainda, bufando mais profundamente

-- você fica adorável bufando, Alexander. -- alegou sínico, sem vergonha alguma. 

-- olha, já que você sabe meu nome, se você quiser pode me chamar de Alec -- dizia um pouco mais calmo, controlando a vontade de mandar o indivíduo para um lugar bem longe dali -- é assim que me chamam...chamavam. -- concluiu confuso

Magnus ficou desconfiado dessa fala do garoto, mas não comentou, no final das contas. 

-- prefiro chamar as pessoas pelo nome, acho mais formal -- dizia sem tirar o sorriso do rosto. Ah, estava nos céus de tão bobo. 

-- tanto faz, tenho que desligar. Tenho aula agora -- disse com sua normal raiva na voz

-- até mais, Alexander

-- não me ligue novamente -- e desligou.

 

Isso fez o dia de Magnus melhorar para 100x mais 



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...