História Love By Accident HIATOS - O Retorno Part I

O Retorno Parte I

Justin Drew Bieber*

– Quero um novo acordo! - falo assim que me sento no sofá da casa de Pattie. Ela me encara curiosa e abre um sorriso ao perceber que realmente conseguiu o que queria.

Eu ficarei longe de Lesley.

– Qual? - pergunta sentando-se no sofá a minha frente.

– Eu me afasto dela, portanto que… - ela assente com a cabeça para que eu continue e assim eu faço – eu volte morar para cidade e volte a trabalhar. - ela me encara assustada e logo solta uma risada.

– Pensei que fosse pedir dinheiro, para morar em Atlanta ou na Inglaterra ou pediria a coisa mais cara do mundo… - ela fica surpresa e se levanta.

– Podemos ver que Keisha não significa tanto assim para você, não será tão dificil, não?! - não a respondo. Eu não queria pensar nas consequências agora que já estou aqui.

– Acordo fechado, querido! - ela estende sua mão e eu a aperto fechando um novo acordo.

– Conversarei com Jeremy hoje mesmo e pode ter certeza que na segunda-feira você já está de volta a nossa empresa. - ela fala e eu assinto e vou indo em direção a porta onde eu acabará de passar para estar aqui dentro.

– Não vai se despedir da sua mãe? - pergunta antes que eu saia pela mesma.

– Vou procurar por uma nova casa. - falo desviando o assunto e saio dali indo realmente atrás de uma nova casa.

Passo por uma, duas três, quatro e nenhuma me parece boa o suficiente, algumas grandes demais, outras pequenas demais…

– Aqui temos uma sala… Uma cozinha bem espaçosa… Temos uma área de churrasqueira e piscina… - conforme a moça morena e alta falava os cômodos ela ia até os mesmos apresentando-os. – Temos três quartos… - ela entrou de volta para dentro da casa e foi em direção a um corredor e apresentou os quartos.

– Perfeito! - falo quando estou dentro do último quarto.

– O aluguel é de 1.000,00.

– Quando posso me mudar? - sou direto.

– Final de semana. - fala e eu assinto.

Aquela casa era perfeita, na frente havia um jardim no qual Keisha poderia cuidar de se quiser, para distrair a cabeça, já que agora voltarei para o trabalho. Nada de escadas pela casa para que não haja perigo de nada! E afinal, Lesley sabe se cuidar…

Abro a porta de entrada da minha casa e tudo está silêncio. Caminho em direção a cozinha e começo a ouvir alguns barulho, quando adentro a mesma encontro Lesley esticada em cima de uma mesa tentando alcançar algo em cima do armário.

– Você tá maluca?! - falo e ela acaba se assustando e me encara brava.

– Eu só estou tentando pegar aquela vasilha… - ela fala e aponta para uma que está lá em cima.

– Tantas outras aqui na parte de baixo e você tentando pegar a que está no mais alto, Keisha? - pergunto irritado e indo até a mesma e a tirando de cima da cadeira e logo pegando a vasilha que ela queria.

– Mas eu queria essa! - protesta e eu bufo.

– Você tem que querer se cuidar! E isso que estava fazendo não é se cuidar é se colocar em risco! - falo cruzando meus braços e ela bufa.

– Você é simplesmente insuportável e incompreensível! - fala alto e se vira indo até o fogão e tirando do mesmo uma panela cheia de pipoca.

– Vamos nos mudar final de semana! - aviso-a.

– Pra onde? - pergunta sem interesse.

– De volta para cidade. - Falo e ela me encara totalmente diferente de antes, agora ela tinha um sorriso enorme no rosto.

– Serio? Alessandra precisa saber disso! - ela fala animada e esquece sua pipoca em cima da mesa e logo corre para o andar de cima. Olho para pipoca e pego um pouco com a mão e jogo na boca.

Talvez não seja difícil ficar longe dela, talvez o sentimento que havia colocado em mim por ela, fosse apenas um alarme falso.

Pego o balde de pipoca e vou para sala me jogando no sofá e ligando a TV, procuro alguma coisa interessante e fico assistindo. Quando percebo já está escurecendo e eu achei incrível como Lesley não veio atrás de sua pipoca ainda então decido ir até ela. Subo as escadas e vou indo em direção ao seu quarto e escuto sua voz, ela devia estar no telefone com Alessandra. Paro na porta me concentrando para ouvir sua conversa.

– Droga. - murmuro baixo. Eu tenho que me afastar e não ficar ouvindo conversa atrás de porta. Se você a quer longe Justin, então a deixe ir… - Penso comigo mesmo e me viro, mas quando escuto aquele nome, meus pés travam.

– Não sei não, Chaz… - ela fala e eu sinto o sangue ferver dentro de mim. Fico ali ouvindo o resto da conversa, foda-se se eu tenho que me afastar!

– Não acho uma boa ideia agora… Talvez mais tarde… Vou pensar… Tudo bem… - escutava suas falas depois de pausas. – Ta bom, tchau… Beijos!! - sua última fala foi mais alegre e no final ela soltou uma gargalhada e sinto meu peito arder de tanta raiva que senti. Eu sei muito bem o que Somers está fazendo!

Pensei em invadir aquele quarto e tirar satisfações com ela, falar para ela nunca mais trocar uma palavra sequer com esse cara, mas eu não estaria sendo justo.

Respiro fundo e me viro indo em direção ao meu quarto e assim que chego lá vejo meu celular tocando. Pego o mesmo e atendo sem nem ver quem é.

– Oi filho! - Pattie fala animada.

– Oi Patricia. - a chamo pelo nome, mas ela pareceu nem se importar.

– Você volta para empresa na terça! Você irá trabalhar se terça-feira a sexta, foi o que eu consegui com seu pai! - ela fala rendida e eu assinto mesmo sabendo que ela não veria.

– Está ótimo. Já arranjei a casa, final de semana me mudo. - aviso-a e não espero que ela me responda, apenas desligo.

Seria até melhor trabalhar de terça a sexta, pois no domingo posso sair e não terei problemas com as ressacas na segunda! Vou até meu closet e pego de lá uma mala e começo a colocar as coisas que eu menos uso durante a semana.

***

Coloco meu celular para tocar a playlist e me senti na cadeira de coro do meu escritório pela primeira vez desde que cheguei nessa casa. Abro a garrafa de vinho que trouxe comigo e coloco um gole no meu copo e dou uma bebericada. Estava doce.

Minha mente voltou ao passado em um pequeno instante…

– Vamos, Justin vai ser legal! - falou animado e eu neguei com a cabeça.

– Sua namorada não vai gostar de saber disso, hein… - aviso-o e o mesmo dá de ombros.

– Ela deixou eu ir… - arqueio as sobrancelhas surpreso.

– Beleza, cara, mas eu não estou a fim de ir… - falo e ali o assunto se encerra.

…

– Tem certeza que ele já foi? - pergunto assim que ela abre a porta. Ela assente e eu já estou grudado em seus lábios prensando seu corpo contra a parede…

FlashBackOf*

Escuto passos pelo corredor então pauso a música e vou até a porta espiando pela fechadura e encontro Lesley no corredor olhando para os lados, parecia perdida dentro da própria casa. Seus olhos encaram a porta da qual eu estava logo atrás. Parecia que ela sabia que eu estava ali espiando e quando ela começou a caminhar até a mesma eu tive quase certeza que sim então me afastei da mesma assustado. Ela bateria na porta em três segundos e o que eu falaria? Como reagiria? Não se esqueça, Justin! Se afaste!

Meu peito sobe e desce com frequência, mas me acalmo quando percebo que nada aconteceu. Volto a olhar pela fechadura e vejo Lesley caminhando pelo corredor se afastando da porta. Ela olha para trás com um olhar triste e eu sinto um aperto no peito. Acho que ela já está entendendo…

…Alguns dias depois…

O som alto fazia minha cabeça latejar e meu corpo balançar enquanto alguma garota loira rebolava sua bunda no meu membro no ritmo da música que tocava naquela balada.

Nesses últimos dias minha vida mudou completamente. Eu me tornei outro alguém com Lesley e ela já havia percebido e talvez até desistido de mim, já que ela mal parava em casa e não posso dizer que eu fiz ao contrário, no final das contas ambos estavam se evitando e aquilo estava sendo ótimo para meu trato com Pattie.

Quase toda sexta, sábado e domingo eu estava em alguma festa e Lesley na casa de Alessandra ou de Marie ou as garotas estavam fazendo campainha para ela em casa.

Ah sim, nossa nova casa! Ela era sempre bem limpinha e organizada, contratei uma empregada para vir uma vez por semana e Lesley graças a Deus colaborava com a limpeza e sempre mantinha tudo limpo e organizado, menos o meu quarto. Era o único lugar que ela não tocava.

…

Abri a porta de casa e encontrei Lesley dormindo num colchão no chão do seu lado direito se encontrava Marie, do outro se encontrava Alessandra e do lado de Alessandra tinha um colchão vario. Que loucas! Vou em direção ao meu quarto, mas não chego até ele sem esbarrar nas paredes. O alcool estava subindo minha cabeça e eu já não estava mais tão são assim, mas quando abri a porta e encontrei Caitlin ali sentada na minha cama, percebi que até bêbado eu a odeio!

– O que vuce tá aqui? - minhas falas saem embaralhadas, mas ainda fazem sentidos.

– Vim cuidar de você meu amor… - sua fala pareceu distante de mim, mas consegui entender e a empurrei quando ela se aproximou de mim.

– Suma daqui! - falo rígido, mas ela ignora e vem em minha direção e eu só percebi o que estava fazendo quando a joguei no chão para fora do meu quarto. Seus olhos estavam arregalados e cheios de lágrimas, quando olhei para seu braço o mesmo estava marcado pelas minhas mãos e seu rosto vermelho pelo tapa que eu havia lhe acertado. Mesmo com isso, não senti pena, então fechei a porta em sua cara e a tranquei. Me joguei na minha cama e então tudo se apagou.

Quando acordei meu relógio marcava duas horas da tarde. Me levantei e fui para cozinha. A casa estava vazia, certamente Lesley saiu com as meninas, já que a sala já estava um brinco de limpa. Abri o armário atrás de algo para comer então encontro um sucrilhos o pego o jogo numa vasilha e coloco leite e começo a comer, mas a dor de cabeça forte me fazia ficar tonto. Procurei por um remédio e o tomei e então voltei para o meu café.

O barulho da porta me fez despertar do transe e as risadas das garotas ecoavam pela casa. Logo todas estavam dentro da cozinha, exceto Caitlin.

Elas estavam cheias de sacolas e então começaram a conversar e tirar roupinhas de bebê das mesmas como se eu nem existisse.

– Vocês compraram roupas para meu filho? - pergunto me levantando e indo até as sacolas, mas antes que eu toque em uma sequer, Alessandra as puxam e me encara furiosa.

– Compramos roupas para o filho de Keisha. Vamos meninas. - Ela diz indo em direção a saída da cozinha e Marie vai atrás. Já Keisha fica alguns segundos ali me encarando. Meus olhos percorrem seu corpo e param em sua barriga e meus olhos se arregalam, parece que ficou tão grande em tão pouco tempo!

– Como está, Nicholas? - pergunto, mas ela pareceu sair de um transe com a minha fala. Então apenas sai da cozinha sem me responder. Meus olhos a seguem. Ela vestia um vestido solto que deixava seu corpo ainda mais lindo por conta da barriga e nos pés uma sapatilha.

…

Escuto a voz de Marie gritando algo para as garotas do corredor e logo ela está passando pela sala e indo em direção a cozinha.

– Marie! - chamo-a e ela para me encarando sem esboço ou interesse.

– Posso te perguntar uma coisa? - falo me levantando do sofá e indo em sua direção. Ela caminha até a cozinha e eu a sigo.

– Fale. - sua fala é seca.

– Como está indo meu menino? - pergunto e ela arqueias as sobrancelhas.

– Você é um merda! - ela fala enojada.

– O que eu fiz? - pergunto sem entender.

– Enquanto você está por ai bebendo todas, Lesley está entrando no seu quinto mês de gravidez e completando dezessete anos de idade! - ela fala incrédula, mas o que eu poderia fazer? Seria muito melhor assim, longe um do outro.

– Quando ela faz aniversário? - pergunto baixo.

– Daqui dois dias. - responde fria. - E daqui dois dias ela terá mais uma consulta médica, mas não se preocupe, não tem espaço para você. Jeremy irá no seu lugar! - ela diz e sai me deixando ali.

Mas que merda! Porque ninguém percebe? Lesley é uma garota e eu apenas um empresário querendo conquistar o valor do seu sobrenome! Eu terei um filho, mas nada vai mudar. Lesley não entrará em minha vida só porque dará a luz a um filho inesperado, meu.