História Love Can Heal? - My stupid heart... Will never let you go

(Coloquem Bird Set Free – Sia pra tocar)

    As vezes as pessoas dizem que amando se quebra a cara, e que se isso for de verdade, vai doer mais do que tudo. Eu pensava tipo “Ah, que seja, eu sou forte pra qualquer coisa”. Agora, definitivamente eu mudei meu conceito, como os vários que eu tenho mudado ao decorrer da minha vida. Eu vivi muitas experiências e estou muito feliz por isso, eu ri muito com os meus meninos. Eu chorei de verdade, por uma causa de verdade. Eu dancei depois de tanto tempo longe da coisa que mais me acalmava. Eu conheci as melhores pessoas que eu poderia ter conhecido na minha vida toda. Eu viajei com a minha melhor amiga e estou estudando em uma nova escola, em um novo país, com novos costumes e regras. Eu quebrei-as. Eu criei-as. Eu me senti presa a um passado. Eu me senti livre, como se pudesse voar. Eu estou amando...

  Essa com certeza foi a experiência mais louca que eu já tive na minha vida. Eu nunca pensei que isso pudesse realmente acontecer comigo. Eu me fechei a um mundo do qual eu ainda não conhecia. E depois de conhecer aquele sorriso perfeito, foi como se todas as barreiras que envolviam meu coração quebrassem. De certa forma a minha cabeça gritava pra não proceder com isso... Mas o meu coração... Ah o meu coração idiota...amou como se não houvesse amanhã.

  Eu poderia desistir de tudo e apenas continuar a vida como se nada tivesse acontecido, mas vai por mim, não se pode ignorar uma coisa dessas e seguir em frente. O sorriso dele me consumia, seus lábios me chamavam cada vez mais quando eu os via. Seu toque? Seu toque sobre a minha pele me deixava completamente em choque. Seus olhos quando me viam mudavam completamente o brilho... Sua voz, quando falava meu nome – Deus que me perdoe mas - minha mente era invadida por pensamentos impuros, e ao mesmo tempo tão inocentes...

  - Lexi? - Nate se pronunciou pela primeira vez depois do longo silêncio que pairava pelo carro

- O que foi?

- Você está tão quieta desde que... Hm, saímos de lá – gesticulou me limitei em assentir e o mesmo me olhou pelo canto dos olhos

- Quer conversar? - Sammy, que estava no banco de trás, sua voz saiu quase como um sussurro, e ele pareceu pensar muito antes de perguntar

- Na verdade não – sorri vendo-o pelo retrovisor – Não tem o que conversar, eu só quero um bom banho e um resto de noite com muito sono – me limitei em rir

- Certo – Nate disse estacionando o carro – Vamos voltar pra buscar os meninos e Jess que aposto que nesse momento está trocando tapas com Cameron – riu e me deu um beijo singelo na bochecha

- Mas qualquer coisa – Sammy disse sério – Qualquer coisa, não hesite em nos ligar – sorriu

  Me despedi e logo entrei dentro da casa, que dessa vez parecia mais fria do que o normal. Sem acender as luzes, subi e fui até o quarto de Alan, onde ele dormia e roncava como um porco ao mesmo tempo, eu ri da situação e fechei a porta. Ele mantinha um sorriso no rosto o que com certeza denunciava como tinha sido sua noite.

  Saí de seu quarto e desci, pegando meus remédios e tomando-os. Subi até meu quarto e antes de dormir dei uma expiada na janela, logo vendo Cameron sentado com os olhos perdidos em mim. Rapidamente fechei a cortina e fui dormir – já que já era 5 horas da manhã - pensando em como a noite tinha sido complicada.

9:00 AM Campbell's house

- Lexi – Ouvi uma voz me camando – Lexi acorda por favor – Ok, eram duas – Lexi! – abri os olhos e Jess me sacudia enquanto eu estava no colo de Alan, por instinto o abracei e ele fez o mesmo. Alan e eu sempre fomos muito parecidos em vários aspectos, mesmo com aquelas briguinhas idiotas que sempre rolavam.

- Eu já acordei – falei com a voz meio rouca

- Você... – Alan disse calmamente – Você choramingou a noite toda – me olhou nos olhos e eu tentei me lembrar

- Eu tive aquele sonho de novo – dei de ombros e me arrumei melhor de forma em que ficasse mais encolhida em seu colo, ainda estava frio e eles haviam me destapado, e a julgar pelo meu corpo encharcado, eu suei frio a noite toda. Ugh. Alan olhou pra Jess com uma expressão preocupada e a mesma assentiu descendo 

- Vocês não acham que é porque... – perguntei erguendo as sobrancelhas e ele olhou pros pés – Me poupe Alan! Não é por isso, eu estou bem. – me olhou – De verdade – sorri e ele também

(Parem a música)

  Depois que ele saiu demorou uns 15 minutos e Jess estava na minha cama roubando um grande espaço que era meu.

- Ai sua gorda – reclamei, e com razão, ela era espaçosa demais

- Ah querida, você já devia se acostumar – riu trocando de canal pela milésima vez

- Me desculpa – falei sem olhar em seus olhos

- Pelo o quê?

- Por ontem a noite... Eu não quis estragar a noite de todo mundo – respondi sincera

- O quê?! – sua expressão era incrédula – Foi a melhor noite! – riu parecendo se lembrar – Aquele barraco todo foi ótimo – eu ri, na verdade tinha sido mesmo

- Eu ainda quero arrancar os cabelos dela – disse e ela me olhou com cara de tipo “E do Cameron também né?” eu apenas dei de ombros e continuamos assim, até que Jess recebeu uma mensagem no celular de Jack

- Lexi, o Jack tá chamando a gente pra casa do Cameron e disse que era urgente – disse um pouco apavorada. Jess não se apavora por pouca coisa então apenas me levantei – e como já tinha tomado banho – coloquei uma legging e um moletom azul escuro do Alan – Sim, eu roubo as roupas do meu irmão, algum problema?

  Logo encontrei Jess apreensiva nas escadas. Mas que diabos eles tinham aprontado? Saímos voando de casa e em segundo tocamos a campainha sendo atendidas por Carter

- Elas chegaram – disse nos cumprimentando e logo saiu

 Alguns dos meninos estavam jogados pela sala relaxados, mas eu não achava Jack

- Mas que diabos você tá... – Ele estava cozinhando, lindamente e não tinha pegado fogo em nada e muito menos tinha alguém morto. A minha cara de idiota foi suficiente pra Jess cair na risada. Essa filha da mãe ainda me paga...

- Sua cara – dizia em meio as risadas – Jack você precisava ver o desespero dela em casa – Jack riu e eu muito pelo contrário, mantinha a expressão rígida sem acreditar que isso tudo era uma armação

- Não acredito! – finalmente disse quando os meninos vieram pra cozinha – Que coisa infantil! - gritei irritada

- Me desculpa mas, pra que ter os dotes de atuar e não usar? - riu, bufei e saí em direção a porta e logo Matt se assegurou de que eu não sairia e se pôs em frente a mesma – Sai dai Matthew – ralhei e ele continuou imóvel.

 Quando eu ia gritar com Matt de novo, vejo Cam descendo as escadas. Ele estava com a mesma calça de moletom do dia em que dormi aqui, o que fez meu pensamento ser invadido por recordações.

- Lexi – Nash disse me abraçando – Não foi por mal, a gente sabia que você não viria, e estamos fazendo um ótimo almoço – sorriu

- Mas eu não quero ficar aqui – meus olhos já estavam marejados e eu respirei fundo – Cadê o Alan? - perguntei quando me recompus

- Ele está lá em cima – apontou pra escada e eu assenti

  Coloquei o meu melhor sorriso no rosto e me joguei no sofá ao lado de Taylor que estava muito quente aliás, me abraçou e assim ficamos esperando o tal do “ótimo almoço”. Na Netflix passava “Neighbors” e eu só escutava risadas de Taylor e Carter. Logo Taylor disse que iria ajudar o Nash com não sei o que na cozinha e eu resolvi mandar uma mensagem pro Nate.

“Hey Nate! Vem me salvar na casa do Cameron? - Lexi”

Não demorou muito e ele respondeu

“Já estou chegando, vou levar o Sammy, beijo”

Depois de uns minutos Nate e Sammy chegaram, ele mal abriu a porta e eu pulei em cima do mesmo, que cambaleou alguns passos mas logo sorriu me vendo. Sentamos no sofá e ainda passava o filme

- Cara, esse é o melhor filme que eu já vi – Sammy disse concentrado em cada detalhe

- É – dei de ombros – Mas a melhor parte com certeza é o Zac Efron e o Dave Franco – falei recebendo olhares de desaprovação de Nate – Ah qual é! Me diz se eles não são gostosos pra caralho – ri seguida por Sammy

- Eu vou ver se os meninos precisam de ajuda – Nate disse se levantando – Quer ir? - fiz uma careta e olhei pro chão cheio de meninos desmaiados com várias almofadas – Não!

- Nate – fiz a minha melhor carinha de anjo

- Alexa – desconversou. Nessa hora Cameron passa bufando subindo as escadas seguido por Jack e Nash, não me importei e continuei o olhando

- Não acredito! – soltei uma risada – Só até a cozinha Nate!

- Ok, ok – se rendeu – Quem pode contra essa carinha? - riu e eu subi em suas costas. Sim, um dia a preguiça ainda vai me matar, mas até lá eu continuo me aproveitando da bondade das pessoas.

  Cheguei na cozinha e Nate me largou ali com Jess que estava sentada esperando algo no fogão e foi pro jardim com Matt.

- Jess eu quero ir no banheiro – falei depois de alguns segundos

- Você tem pernas – apontou pras mesmas – Levanta essa bunda da cadeira e anda até lá – rolei os olhos

- Vamos comigo – pedi – Estou me sentindo solitária. A minha amiga só passa tempo com o namorado, e ainda roubou o meu melhor amigo – torci os lábios

- Chantagem! – gritou rindo e engatando um braço com o meu.

  Conversávamos baixo pelo corredor e enquanto subíamos ouvimos algumas vozes junto a uns barulhos de coisas sendo jogadas. Quem diabos estava querendo quebrar tudo? Subitamente me lembrei de Cameron e olhei pra Jess sugestiva

- Ah agora o banheiro não importa agora né? - debochou – Sua metida – rolei os olhos e a puxei seguindo a voz

- Calma – Nash dizia - Olha isso... Você quebrou seu troféu cara

- Eu não vou me acalmar – mais um barulho – Foda-se o troféu Nash! Eu não quero perde-la... – confesso que o meu coração quase parou e que se Jess não estivesse me segurando, eu teria caído no chão.

- Mas então por que caralhos você fez aquilo? - a voz de Jack ecoou pelo quarto e nada mais foi escutado. Por um momento eu pensei que eles tinham percebido que estávamos ali, mas logo um longo suspiro de Cameron quebrou o silêncio.

- Eu não fiz nada – sua voz falhava – Eu juro que eu não fiz nada - Mais um barulho de vidro quebrando, esse menino iria quebrar a casa toda!

- Ah ok, ninguém viu aquela garota – Jack ironizou e Jess riu do meu lado provavelmente lembrando da situação da noite anterior. Eu amava o fato de Jack sempre me defender, em qualquer situação, ele era como um irmão pra mim.

- Não – respondeu – Ela estava lá, mas era só uma garota que havia chegado do nada – suspirou – Eu nunca teria algo com ela, o motivo já é obvio... Eu nunca vou desistir da Lexi, eu só queria provocar. – eu sentia sinceridade na sua voz o que me fez dar um enorme sorriso contra a porta – Era o que ela estava fazendo, eu só queria me vingar. – ouvi risadas vindas dos meninos

-Por que não fala isso pra ela?

- Eu tentei mas... Ela não quer falar comigo pelo o que eu percebi – bufou – Eu juro que tô me aguentando pra não arrancar ela de perto do Nate e traze-la pra mim, o lugar dela é ao meu lado.

- Que gay cara – Nash ria

- Eu sei, eu sei – respondeu rindo – Fazer o que se esse é o efeito que ela tem sobre mim

- Vamos descer, ou vão achar que a gente tá se pegando – Jack disse e Jess começou a rir, corremos até o quarto ao lado e eu soquei ela pra dentro logo fechando a porta. Motivo? Ela ainda ria.

  Nem preciso comentar que eu estava com um sorriso de orelha a orelha só por saber que aquilo era verdade. Ele não havia beijado ela. Mas se queria provocação, era isso que ele iria ter....

- Quase que você acaba com tudo – disse enquanto descíamos

- Ah qual é! Aquilo que o Jack falou foi hilário.

  Passamos a tarde toda ali, com alguns olhares furiosos de Cam pra Nate que por sua vez me abraçava e me acolhia no sofá por causa do frio.

- Sammy vai dar uma festa hoje – Nate disse e o pessoal se animou – Mas você não tem aula baby? - Puta merda o Cameron vai voar pra cima do Nate. Neguei com a cabeça, lembrando da semana inteira de folga que teríamos após o baile. – Ok, eu e Sammy vamos indo e depois vocês aparecem lá – tentou levantar mas eu o puxei fazendo todos olharem atentos, principalmente Cameron

- Me leva até em casa

- De novo? - riu mas concordou e novamente me levou nas costas até minha casa. Jess veio logo depois e disse pra que começássemos a nos arrumar e que os meninos nos pegariam em 3 horas.

- Jess – a chamei e ela me olhou – Eu não vou desistir do Cam se é isso que está pensando – ela sorriu e suspirou aliviada – Mas um pequeno sofrimento antes não vai matar ninguém – pisquei e ela arregalou os olhos, já prevendo como seria a noite.