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História Love Game - Klaroline - You and Me


Escrita por: SraWillTraynor

Notas do Autor


Aproveitem ;)

Capítulo 4 - You and Me


Fanfic / Fanfiction Love Game - Klaroline - You and Me

Capítulo IV -  You and Me

You got my secret combination
                   And I don't be giving that out easily
                   With my deepest dedication
                   You can tell that you would want the same for me
                    So please don't let go
                                               You and Me - Disclosure

 

Klaus sentiu o cabelo em sua nuca se arrepiar ao constatar quanta raiva havia na expressão de Caroline, pois não estava acostumado a ser desafiado, não por ela. Nem por ninguém. E, sobretudo, não em um lugar onde seu motorista podia ouvir tudo que se passava.

No entanto, perguntou-se de forma realista, por quanto tempo mais pensou que poderia manter aquilo em segredo. Toda a comunidade do reino estava comentando sobre sua última tentativa de se casar com uma das solteiras mais cobiçadas da região e ainda havia planos para mais encontros. Era um fardo pesado de culpa que ele vinha carregando para todos os lados há muito tempo e, de um modo perverso, ele quase celebrou que aquilo chegasse ao fim.

— Você fez isso? — Perguntou Caroline em um tom atrevido que ele nunca a ouvira usar. — Transou com ela antes de vir me ver?

Dentro do carro mal iluminado, Klaus conseguiu ver os lábios dela tremendo e sentiu um breve e cortante golpe de culpa. Mas por trás da tela do carro, estava seu motorista e perto dele, um guarda-costas e Klaus não tinha a intenção de discutir sua vida sexual na frente deles, ainda que fossem servidores fiéis e discretos.

— Vamos conversar sobre isso quando chegarmos à casa.

— Quero conversar sobre isso agora.

— Eu disse não, Caroline — gritou ele. — Como você ousa me censurar com toda a educação de uma mulher de pescador? Não vou ter essa conversa com você em público e dar um showzinho para meus funcionários. Então é melhor você se calar até chegarmos em casa, porque não tenho a intenção de responder nenhuma de suas perguntas.

De propósito, Klaus virou a cabeça, acenou de forma imperiosa com a mão, reforçando a sua intenção em não responder a ela. Dissera a si mesmo que Caroline tinha ultrapassado a linha que ele traçara, mas sua determinação em se afastar não era motivada apenas pela raiva de sua insubordinação.

A verdade é que ele não queria ter de olhar para a expressão de reprovação que Caroline trazia no rosto nem antecipar a conversa que acenava no horizonte, porque suspeitava que não gostaria do resultado. Achara que estava fazendo a única coisa que um homem em sua posição poderia fazer, pois pensara em seu país, em sua linhagem, uma das mais antigas e mais nobres de todos os países do leste europeu. Pensava em seu povo, nas privações pelas quais passou, na história sangrenta e atribulada de sua terra, então sua feição endureceu.

Sabia o que tinha que fazer, porque o dever tinha sido incutido dentro dele desde o momento em que tivera idade o suficiente para entender o significado dessa palavra. Sabia que precisava se unir a uma noiva da nobreza e produzir um herdeiro, como seu pai tinha feito e o pai do pai dele fizera antes. Precisava pavimentar o caminho para a linhagem Mikaelson permanecer forte e na liderança do país por gerações e gerações.

Em teoria, isso deveria ser uma tarefa fácil. Ele estava com 36 anos, pronto para as responsabilidades da paternidade. A princesa de Aache, Camille, era bonita e tinha sido bem-educada. Falava quatro línguas e seus quadris pareciam ser de uma mulher que lhe daria muitos filhos. Ela preenchia vários requisitos.

No entanto, mesmo que esta tentativa falhasse, haveria outras, e ele não iria se sentir culpado por uma coisa que Caroline sempre soubera que iria acontecer. Ele era o rei, desempenhando o papel que era esperado dele e não seria repreendido por sua amante!

Ficaram sentados num silêncio carregado de tensão, até chegarem ao prédio e, depois, durante a viagem de elevador até a cobertura. Assim que Klaus fechou a porta do apartamento, viu Caroline tirando de forma bruta os sapatos de salto para jogá-los longe, antes de virar para ele com o rosto contorcido de raiva.

— A verdade, Klaus — pediu ela com a voz trêmula. — Eu quero a verdade.

Pela primeira vez, Klaus sentiu uma onda estranha de incerteza sobre como lidar com sua amante, porque Caroline nunca se comportava daquela forma. Ela era doce, disposta, flexível e se estivesse agindo segundo costumava agir, de forma doce e atenciosa, ele poderia...

Poderia o quê?

Será que estava, na verdade, enganando a si próprio, pensando que poderia escapar daquilo com alguma conversa e alguns beijos?

Irritado consigo mesmo agora, foi para a sala de estar e olhou pela janela, para o brilho fraco das estrelas acima das copas das árvores.

— Klaus? — Ela chamou atrás dele. — Você vai responder minha pergunta?

Ele se virou antes que Caroline tivesse a chance de se recompor e viu em seu rosto uma coisa que espetou a sua consciência como uma lâmina enferrujada. Porque, apesar de tudo, a chama inconfundível de esperança estava viva nos seus belos olhos. E não dizem que a esperança era a única coisa a qual cada ser humano se agarrava, não importa quais sejam as circunstâncias?

Caroline queria que ele lhe dissesse que a namorada enxerida de Damon Salvatore estava errada. Queria que lhe dissesse que tudo tinha sido um erro.

Que ele não estava com mulher nenhuma além dela.

Contudo, Klaus não poderia fazer isso.

Ele não poderia mentir para sua Caroline.

Sempre lhe dissera a verdade.

Olhou-a nos olhos.

— O que você quer saber?

Klaus conseguiu ver sua hesitação momentânea, como se ela reconhecesse que não haveria volta daquele ponto. Então não me pergunte, pediu ele em silêncio. Deixe-me levá-la para cama e, com meus beijos, afastar de uma vez por todas essas dúvidas. Vamos fingir que essa noite nunca aconteceu e aproveitar o que está ao nosso alcance.

— Você está se encontrando com alguém com quem pretende se casar?

Klaus gesticulou, impaciente.

— Toda a minha vida adulta foi conhecer pretendentes a esposa — disse ele. — Você sabe disso. Eu já lhe expliquei. Contei-lhe sobre a princesa Hayley. Contei-lhe sobre todas as outras, aquelas que considerei inadequadas.

— Isso é apenas um modo inteligente de evitar minha pergunta. Um simples sim ou não seria o bastante. — Caroline morreu os lábios, como se quisesse ganhar tempo. — Você esteve cortejando outra mulher?

Houve um silêncio.

— Estive conversando com a filha do Rei de Aache, sim — respondeu ele por fim. — Tendo o casamento por intenção, sim outra vez.

— E você... você dormiu com ela?

A pergunta dela foi feita em uma voz tão baixa que ele precisou se esforçar para ouvir e patinou na resposta. Perguntou-se se Caroline tinha consciência de que estava testando e muito sua paciência e que ele não seria interrogado como um ladrão ordinário. Ainda assim, alguma coisa nos seus olhos esverdeados feriu sua consciência e ele balançou a cabeça.

— Não, não dormi. E estou chocado por você me fazer tal pergunta, quando lhe disse que nunca durmo com mais de uma mulher ao mesmo tempo.

— Você está chocado? — Perguntou Caroline, depois balançou a cabeça. — Você é inacreditável, Klaus. Inacreditável.

Klaus podia sentir a o fogo lento da raiva se acumulando dentro dele e deixou-o continuar. Deixou que aquecesse seu sangue e sua pele, do jeito que acontecia pouco antes de ele sair para a batalha. Porque a raiva o fazia esquecer de quase todo o resto e era muito mais fácil do que viver com remorso.

— Você não é minha dona — disse ele. — E não tem direitos exclusivos sobre mim. Mesmo se eu quisesse fazer sexo com ela, não poderia, porque o tipo de mulher com a qual me casarei não dará seu corpo, sem compromisso, para um homem.

Houve um longo silêncio, cheio de descrença, enquanto Caroline o encarava.

— Ao contrário de mim, você quer dizer? — Perguntou ela.

Ele deu de ombros.

— Talvez eu não devesse ter dito isso.

— Ou talvez devesse. Talvez seja bom eu ouvir você admitir que existem dois tipos de mulheres. A que serve como esposa e a que se torna amante.

— Mas nunca lhe prometi casamento, Caroline — argumentou ele. — Deixei isso bem claro desde o início. Falei para você que o nosso relacionamento nunca poderia ser outra coisa senão temporário. Não foi? Ou você achou que eu não estava falando sério?

Caroline olhou para ele, sentindo um pouco de sua raiva evaporar, enquanto se forçava para fazer um balanço dos argumentos de Klaus. Sim, a verdade é que realmente lhe dissera todas aquelas coisas; desde o início tinha sido honesto com ela. E ela assegurou a ele que concordava com tudo. Ainda conseguiu convencer-se de que aquele era o tipo de relacionamento que desejava também. Que era moderna o suficiente para não se preocupar com convenções tolas. Que estava tão cansada de seu passado que não queria um relacionamento com todas as regras normais.

Mas em algum lugar ao longo do caminho, o inesperado aconteceu. Começara a se apegar a ele, e isso nunca tinha sido parte do plano.

Ficou tão ansiosa em permanecer com ele que se transformou no tipo de mulher que pensou ser a que ele queria. Como uma espécie de gueixa sexy, tinha colocado as necessidades de Klaus acima das suas durante todo o tempo. Sempre sorrindo, nunca reclamando, aceitando o que lhe era concedido.

Então, como poderia reclamar do comportamento dele, quando tudo o que ele estava fazendo era o que tinha dito que faria?

Ele estava procurando uma esposa.

Claro que estava.

Como deveria parecer estúpida por tentar protestar contra o inevitável, era como o rei tolo que tentou reverter a maré. O que achou que aconteceria, pensou que Klaus iria desafiar seu destino e se juntar a uma menina da classe trabalhadora dos vales galeses? Uma menina ilegítima, filha de uma alcoólatra?

Caroline percebeu que ele ainda a encarava e respirou fundo, tentando restituir um pouco da dignidade que tinha deixado escapar.

— Sim, você disse que planejava encontrar uma esposa — concordou ela, quase com calma. — Eu sabia disso o tempo todo e deveria ter previsto que aconteceria mais cedo ou mais tarde. Não sei o que me fez reagir assim.

Mas ela sabia. Era amor. Um amor desonesto e indesejado, que a fazia se comportar de um modo que não queria. Como se ela tivesse escolha.

— Eu deveria ter lhe contado.

Obrigou-se a encontrar seus olhos, rezando para que pudesse manter sua mágoa oculta.

— Mas presumo que você não o fez, pois percebeu que isso significaria o fim do nosso relacionamento.

— Sim. — Houve uma longa pausa e agora seu rosto tinha uma expressão que era desconhecida para ela. Era determinação? O rosto de um homem que tinha nascido para ter todos os seus desejos atendidos? — Sabe, isso não precisa acabar Caroline.

Por um momento, ela pensou que poderia ter ouvido errado. Olhou para ele confusa.

— O quê?

— Nada precisa mudar. Posso viver a vida que esperam de mim em Weisz e ainda tê-la aqui. Nós poderíamos fazer isso funcionar. Sei que poderíamos.

Caroline o encarou.

— Ter-me aqui como sua amante, você quer dizer?

— Por que não? — Sua voz soava quase ... gentil. — Homens em minha posição fazem isso com frequência e, desde o início, você me disse que não estava interessada em um relacionamento convencional.

Por um momento, Caroline sentiu-se mal. Sim, tinha dito aquilo, mas nunca pensou que, um dia, pudesse ser usado contra ela, de um jeito egoísta, por um homem procurando apenas por favores sexuais. Com as pernas trêmulas, foi até a janela e a abriu, o ar quente da noite trouxe um pouco de alívio. Podia sentir as gotas de suor pipocarem em sua testa, enquanto olhava para o escuro e sentia o nó em sua garganta crescer, como se um uma espécie de mão invisível estivesse tentando estrangulá-la.

Então, era isso que acontecia quando não se fazia nenhuma espécie de exigência a um homem. Quando se agia como uma espécie de almofada humana. O que mais poderia esperar em troca, além de ele passar por cima dela?

Por acaso Klaus parou para pensar que tal sugestão poderia insultá-la, bem como machucá-la? Não, claro que não. Estava pensando apenas no que ele desejava e estava claro que não tinha vontade de desistir dela.

Mas quando Caroline parou para pensar sobre isso, fazia sentido. Afinal, porque ele não lhe ofereceria algo como aquilo já que, durante todo o relacionamento, ela demonstrara estar preparada para aceitar pouco dele? Ao se apaixonar por Klaus, Caroline se tornou uma mulher que ela mal podia reconhecer agora.

Caroline havia lhe dado o santuário que ele sempre almejou, a paz e descanso da sua vida agitada em Weisz. Ela o acolhia em seus braços, sempre que ele chegava a Nova York. A partir do momento em que colocava os pés dentro do apartamento, ela era sua de forma incondicional. Até este momento, nunca lhe incomodara com perguntas embaraçosas. Não exigia nada dele. Mesmo os presentes que lhe dava, eram aceitos apenas porque parecia agradá-lo. Mas nunca ficara com ele devido aos diamantes ou às roupas de alta-costura.

Gostava de viver com ele e não queria que isso mudasse e, nesse processo, Caroline se permitiu transformar numa espécie de esponja humana.

O que tinha acontecido com a Caroline de verdade? Aquela pessoa forte que passou seus primeiros anos lutando para impedir que sua irmã mais nova fosse levada pelo Juizado de Menores? A pessoa que fazia as compras para a casa quando voltava da escola e observava como um falcão enquanto Rebekah estudava? Tinha muito da força dos galeses dentro dela. E talvez agora fosse a hora de redescobrir um pouco dessa força. Mostrar a ele que não seria passada para trás.

Virou-se para encará-lo, agora preenchida por uma curiosa sensação de calma.

— Pode ser aceito em sua cultura que um rei mantenha uma amante depois de se casar. Por tudo que eu sei, pode ser normal manter várias amantes nessas circunstâncias. E não imagino que um homem com sua virilidade acharia difícil lidar com mais do que uma mulher. Mas, perdoe-me se eu declinar sua oferta tentadora.

Os olhos de Klaus se estreitaram.

— Você está sendo sarcástica?

— Porque você está me oferecendo uma pequena parte em sua vida? Esperando que eu forneça sexo sem problemas, enquanto você se casa com outra? Eu jamais aceitaria uma coisa dessas! — Sorriu para ele de forma sarcástica. — E agora, se você me der licença, vou fazer minhas malas.

— Fazer suas malas? — Perguntou ele sem reação.

Seu sorriso fingido desvaneceu. Para que diabos mesmo estava fingindo?

— Sim, fazer as malas — respondeu. — Você pode ser um rei, mas no momento está parecendo um garoto mimado que quer ser servido e ter sua refeição. Se você pensa mesmo que eu o dividiria com outra mulher.... Se pensa mesmo que continuaria a ser sua amante caso se casasse com outra, então sugiro que marque uma consulta com um psiquiatra assim que puder.

Caroline se virou e saiu da sala em direção ao quarto, acendendo todas as luzes por onde passava, e o apartamento ficou todo iluminado em tons suaves de luz dourada. Mas ela sabia que Klaus a seguia. Podia sentir sua presença atrás dela, dominando o espaço ao seu redor, como sempre fazia. As palavras dele a detiveram antes que tivesse a chance de se lembrar onde tinha colocado sua mala, que era a única coisa que trouxe consigo.

— Não quero que você vá — disse ele.

— Aposto que não quer.

— Você não está lidando com os fatos, Caroline — disse ele. — Não tenho uma noiva. Não há ninguém com quem eu tenha a intenção de me casar no momento.

Ela se virou, surpresa com a tensão que se desenhava no rosto de Klaus.

— Ainda não.

— Ainda não — concordou ele e sua voz endureceu quando olhou para ela. — E com certeza, não neste final de semana.

— O que diabos isso quer dizer?

— Que nada mudou de verdade.

Estamos falando sobre hipóteses. Sobre uma coisa que pode ou não acontecer. Não quero que você parta. Mais do que isso, não quero que você saia assim. Com raiva. Na escuridão da noite sem um lugar para ir. — O olhar dele queimou sobre ela. — O que compartilhamos não vale mais do que isso?

Caroline balançou a cabeça.

— Não há alternativa.

— Ah, há sim. Se vou perdê-la, não podemos ao menos fazer isso no espírito de tudo que se foi? Com paixão. — Ele fez uma careta, de forma inesperada, as palavras pareciam sair dele, como uma onda. — A maior paixão que jamais conheci.

— Não — respondeu ela, tentando ignorar o olhar dele. Tentando não se deixar influenciar pelo carinho em suas palavras ou pela detestável sensação que percorria seu corpo. — Com certeza, não.

— Por que não?

Por um momento, Caroline ficou em silêncio. Como poderia responder? Era difícil pensar em qualquer outra coisa que não sua própria estupidez no momento. Sentia como se um véu tivesse sido erguido e, de repente, ela pudesse examinar sua vida com uma clareza perturbadora.

Percebeu que não era tão “moderna” como pensava. Não tinha sido a amante ideal do rei apenas porque, o tempo todo, pareceu ter nutrido em segredo sonhos impossíveis sobre ele. Seu coração insensato tinha sido capturado por um homem que não lhe prometera nada. Tinha se apaixonado por alguém que sempre esteve fora dos limites. E se estava sentindo dor agora, com certeza deveria culpar a si mesma, não a Klaus.

— Por que não? — Perguntou ele de novo. — Não podemos apenas ter um fim de semana juntos? Dois dias para dizer adeus um ao outro... da forma correta. Não devemos isso um ao outro, Love?

Caroline olhou para ele. Para os lábios que beijara milhares de vezes e para os olhos que pareciam soltar faíscas de fogo. Seu coração falhou. Nunca mais veria aquele rosto se acender de paixão. Nem sentiria o calor de seu abraço, quando ele inclinava a cabeça para beijá-la.

A dor a inundou, enquanto pensava em suas opções. Podia arrumar a mala e pegar um táxi para algum hotel próximo. Enterrar a cabeça em algum travesseiro e chorar toda a sua dor. E em seguida, levantar-se e começar uma nova vida sem ele.

Mas, no fundo, não ansiava por tal drama. Sua infância foi caracterizada pelo bater de portas e o eco de recuar os passos, e cresceu odiando esses excessos de emoções. Ouviu o relógio bater meia-noite e pensou que talvez Klaus estivesse certo. Talvez acabar tudo assim estivesse errado. Os momentos finais de seu romance não deveriam ser vividos com o mesmo distanciamento clínico que sempre o definira, não poderia terminar com algum grau de civilidade?

Klaus não sabia que ela se apaixonara por ele e se ela fugisse àquela hora da noite isso ficaria óbvio. E seria assim que ele se lembraria dela. Como a triste Caroline. 

A Caroline de coração partido. Como a mulher que tinha deixado seus sentimentos à mostra, mesmo sabendo que era impossível.

Talvez fosse a hora de mostrar a ele que não era uma vítima infeliz. Que tinha determinação e experiência o bastante para não deixar que nada a derrotasse. Cresceu lutando contra as eventualidades e sempre as venceu. Essa era a Caroline de verdade.

A questão que se colocava é se ela era forte o bastante para colocar isso em prática.

Caroline encarou Klaus. — Um fim de semana — disse ela. — Nada mais.

— Caroline...

Klaus deu um passo em sua direção, mas ela balançou a cabeça, interrompendo-o com um aceno quase imperioso.

— Não, Klaus. Não estou com vontade de fazer sexo apaixonado. Na verdade, estou exausta e preciso de algum espaço. Vou tomar um longo banho e depois vou dormir. Então, por favor, não se incomode em esperar por mim.

Passou por ele e, embora seu coração batesse forte, sentia-se, de uma forma curiosa, bem calma. Fizera o impensável, tinha resistido.

Concordou com a proposta, sim, mas Klaus estava prestes a descobrir que seria em seus termos.

Ainda festejando sua breve sensação de triunfo, notou a expressão inconfundível de espanto no rosto dele.
 


Notas Finais


ASSINEM O ABAIXO-ASSINADO PARA QUE A CANDICE E O JOSEPH VENHAM EM 2017 PARA O BRASIL: https://www.abaixoassinado.org/abaixoassinados/33243
Espero que tenham gostado :)
Não deixe de conferir a trilha sonora: https://www.youtube.com/playlist?list=PLMv_dN47licmVkXoTm7MomT6s71uE6A8L


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