História Love Game - Klaroline - Wildest Dreams

Capítulo XV - Wildest Dreams

 He's so tall and handsome as hell
He's so bad but he does it so well
I can see the end as it begins
My one condition is
Say you'll remember me
Standing in a nice dress
Staring at the sunset, babe
Red lips and rosy cheeks
Say you'll see me again
Even if it's just in your wildest dreams
- Wildest Dreams . Taylor Swift

Caroline afastou-se, recostando-se à cadeira e tentando se obrigar a parar de tremer. Aquilo era terrível, terrível, e não poderia ser verdade. Era terrível e maravilhoso ao mesmo tempo, mas, acima de tudo, era uma revelação que chegava tarde demais.

— Em nome de Deus, por que me está dizendo tudo isso? — sussurrou ela. — E por que agora?

— Porque quero que saiba o que sinto por você — disse ele. — Preciso que você saiba que eu a amo. Muito. Amo você de uma maneira que nunca pensei ser capaz de amar alguém nesta vida. Mas eu precisava lhe dizer.

Ela recebeu aquelas palavras envolta em um silêncio incrédulo, imaginando se ousaria dizer-lhe que se sentia exatamente da mesma maneira. Ou teria ele adivinhado há muito tempo que uma mulher nunca iria se comportar como ela havia se comportado, a menos que também o amasse?

Mas a vida tornara Caroline mais cautelosa. Klaus a ferira antes e ainda era capaz de machucá-la.

— O que é que você está dizendo, Klaus? — questionou com ousadia. — Que nós temos algum tipo de futuro juntos?

Ele balançou a cabeça e engoliu em seco.

— Não o tipo de futuro que outro homem um dia será capaz de lhe oferecer — disse ele, e agora seu rosto parecia como se tivesse sido esculpido em uma pedra escura e fria. — Não posso me casar com você, Caroline, não importa o quanto eu deseje fazer isso. Não importa. E de qualquer maneira, essa história toda não está mais em minhas mãos. Porque meus conselheiros em Weisz me informaram...

— Houve uma pausa enquanto Klaus parecia estar lutando para encontrar as palavras certas — Eles finalmente encontraram uma noiva perfeita para mim. Aparentemente, ela preenche todos os critérios.

Caroline estava grata por não ter comido nada, pois sentiu-se terrivelmente enjoada naquele momento. E esse pensamento foi rapidamente seguido pelo desejo de socá-lo. Como Klaus se atrevia a elevar suas esperanças daquele modo para depois esmagá-las novamente? Caroline queria bater os punhos com força contra o peito dele, para exigir que Klaus confessasse que sentia algum tipo de prazer perverso ao envolvê-la naquela forma sádica de tortura...

Mas ela reprimiu esse instinto e, em vez  disso, confiou na  lógica  fria e objetiva na qual tinha se tornado tão boa. Klaus estava sendo honesto, isso era tudo. Ela pedira    por aquilo, começara aquela conversa. E, depois, tinha reclamado e brigado  quando  ele  não lhe contara o que estava acontecendo em sua vida. Por isso, agora, não podia reclamar e lamentar-se quando ele o fazia, só porque ela não gostava do que estava acontecendo.

Klaus havia cuidado dela com grande devoção enquanto ela esteve doente. Ele acabara de oferecer a Elizabeth uma saída, uma esperança, mandando-a para uma clínica cara no Arizona, onde poderia se reabilitar. Ele havia, ainda, baixado a guarda o suficiente para dizer a ela que a amava e Caroline o conhecia muito bem para reconhecer que tal admissão não teria acontecido facilmente. Klaus era um bom homem. Um homem sempre governado por um forte senso de dever e cuja maior preocupação era agir corretamente para com o país que ele servia.

Caroline não podia culpá-lo só porque não estava de acordo com ele. Só porque seu coração se sentia como se tivesse levado um golpe, sendo estilhaçado em um milhão de pedacinhos.

— Acho que você vai entender se eu não quiser escutar absolutamente nada sobre a tal noiva perfeita que foi encontrada para ser sua mulher. Poupe-me disso, por favor — pediu ela. — Não acho que eu seja moderna o suficiente para aguentar isso.

Empurrando a cadeira para trás, ela ficou de pé, consciente de que a mãe da criança ainda estava olhando para eles.

— Acho que já dissemos tudo o que havia para dizer, Klaus. Não creio que tenhamos qualquer motivo para prolongar este encontro, você acha?

Caroline deixou o café sem olhar para trás, mas parecia que ele não a deixaria ir embora tão facilmente de sua vida. Lá fora, Klaus a segurou pelo braço e ela se virou, a chuva suave em seu rosto misturando-se às lágrimas que não conseguia segurar nem por mais um segundo.

— O que é que você ainda quer de mim? — perguntou ela, destruída.

— Você sabe a resposta para isso. Eu quero você.

— Bem, você não me pode ter. Não da maneira que deseja! Não serei mais sua amante. Eu... Eu não posso. Acabou, Klaus, então me deixe em paz. Por favor. Prometa-me isso, pelo menos.

Houve um longo silêncio, quebrado apenas pelos guinchos das gaivotas distantes. Caroline não pôde deixar de observar que o rosto dele estava quase cinzento, combinando com o céu, o mar e seu coração.

— Eu prometo — disse ele.

Foi apenas quando ouviu a pausa em sua voz que ela notou que seu próprio sofrimento se refletia nos olhos dele. E foi como um choque perceber que Klaus estava lutando para manter sua própria compostura.

Continua...

...Próximo Capítulo

Ele se virou para Marcel e seu emissário ficou tenso, como se tivesse visto algo impressionante no rosto de seu monarca.

— Não posso me casar com a princesa — disse Klaus e suas palavras soaram duras e sem emoção.

— Mas, senhor...