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História Love, Hime. - Thanks for everything.


Escrita por: YasqUchiUzumi7

Capítulo 30 - Thanks for everything.


Fanfic / Fanfiction Love, Hime. - Thanks for everything.

Love, Home.

Capítulo 28: Thanks for everything.  


Nossa canção no rádio, mas ela não soa como antes 

Quando nossos amigos falam sobre você tudo o que isso faz é apenas me derrubar 

Porque meu coração se parte um pouco quando ouço seu nome 

E tudo soa como uh, uh, uh, uh


Não ouvia nada do que acontecia a sua volta. O olhar fixo em Hinata dançando com aquele cara que nunca havia visto na vida, mas que se apresentou como namorado dela. Não era aquela música que tocava, mas era exatamente essa que vinha em sua mente.

Sasuke colocou às mãos no seu ombro, demonstrando apoio. A feição de seriedade lhe passando toda força que precisava. 

Sem dúvidas o amigo era o que mais havia evoluído emocionalmente dali, e estava orgulhoso disso.

– Agora entendo como se sentiu, teme. Vê-la com você na época me incomodou demais, mas vê-la com um desconhecido é como arrancar meu coração fora. Eu preferia milhões de vezes que fosse com você, porque eu sei que cuidaria dela. Você foi o cara certo na hora errada.  – admitiu.

– Qual diferença faz? Desconhecido ou não, doerá do mesmo modo. Eu poderia dizer que é um processo e que vai passar, mas depende do caso. O que eu tive com Hinata não é nem um terço do que você teve com ela. Eu não sei se vai passar pra você. Acha que pode conviver com isso? – perguntou.

– Independente se eu posso ou não, vou ter que conviver. Eu corria esse risco quando fui embora, quando não liguei, e nem voltei. Ela decidiu viver a vida dela, conhecer outra pessoa poderia acontecer e eu sabia disso. Fui eu que abri às portas desse inferno. – desabafou, irritado consigo mesmo.

– Qualquer experiência que aconteça no final vem pra acrescentar alguma coisa. Você vai amadurecer com isso. – afirmou.


Jovem demais, tolo demais pra perceber

Que eu deveria ter lhe comprado flores

E segurado sua mão 

Deveria ter lhe dado as minhas horas

Quando eu tive a chance 


– Seu idiota! – Neji aproximou-se desferindo um soco no lado esquerdo do rosto do loiro. – Isso é por tudo que minha  prima sofreu quando você não estava. – mais um soco, agora do lado direito. – E isso, é por ter sumido e se afastado de todos nós. – fechou a mão dolorida, deveria ter planejado melhor.

– É bom te ver, Neji. Me desculpe. – pediu sincero. Considerava muito o Hyuuga.

– Neji, não faça isso. – Tenten brigou. – Oi, Naruto! Como está? – perguntou, os olhos transpareciam empatia. O loiro havia errado demais, mas ela entendia que ele agiu pela dor de perder alguém. Sabia que ele sentia-se perdido, e não poderia julga-lo.

– Eu estou bem, Tenten. Muito obrigado, de verdade. – massageou o local atingido, torcia para que não ficasse roxo, mas sabia que mereceu.

– Cara, não faça mais isso. Porra, nós somos seus amigos! Para de sumir que nem um maluco, sabe que estamos aqui caralho. – Gaara esbravejou com seu jeito desajeitado. Essa era a sua forma de dizer que sentia falta do Uzumaki. 

– Ele tem razão. Se fizer de novo, vou ser obrigada a te castrar. – Temari ameaçou, os olhos verdes tempestuosos. Ele engoliu em seco, sabia que ela falava sério.

– Eu não vou fazer, prometo que... – foi interrompido.

– Estúpido! – a Yamanaka o abraçou e Shikamaru ergueu às mãos, tocando seu punho. O Nara era o mais quieto, e ainda sim, Naruto sabia que podia contar com ele pra tudo.

– Me perdoem, pessoal. Só quero meus amigos de volta. – fitou o pé envergonhado.

– Não tem como nos ter de volta. – Neji disse sério. Naruto sentiu um aperto no peito, mas sabia que eles tinham seus motivos.

– Tudo bem, eu... – ia ir embora.

– Quis dizer que não tem como nos ter de volta se nunca perdeu nossa amizade. – sorriu. Naruto o abraçou.

– Obrigado, cara. Obrigado mesmo.

Karin estava sentada em outra mesa afastada, observando-os, pronta pra interferir se o primo precisasse. Agora entendia todo o apego dele por Malibu e aquelas pessoas. Era raridade encontrar amigos tão leais.

– Entra pro grupo, vai gostar. – Sasuke disse de repente, sentando-se ao seu lado.

– Puta merda, que susto. Você chega do nada. – riu. – Não sei se posso fazer parte de um grupo tão íntimo assim. 

– Sempre tem espaço pra mais um. – respondeu.

Naruto continuava assistindo Hinata divertindo-se ao lado do namorado. Os olhos marejaram, mas ele não iria chorar. Não ali. Seja forte. Isso faz parte. Você procurou por isso.

Os amigos percebiam o conflito interno que ele estava passando, mas não tinham o que fazer. A vida era feita de quedas.

– Vem, conta pra gente tudo que você fez no tempo que não esteve. – Ino o distraiu, colando os braços no dele.


Ter levado você a todas às festas, porque tudo o que queria fazer era dançar 

Agora a minha garota está dançando 

Mas está dançando com um outro homem


– E agora vamos parabenizar os formandos da turma 1345. Temos muito orgulho de ter feito parte da trajetória de vocês. Voem, e sejam brilhantes. – a diretora discursava, seguido de uma explosão de aplausos. Uma foto da turma em conjunto foi tirada, e depois às individuais, ou de grupos.

O grupo sentado na cadeira olhava tudo como um flashback. Que ano! Talvez o mais difícil. Naruto lembrava-se da sua animação no início, que se esvaiu aos poucos. 

Subiram para a foto deles, e Sasuke puxou o amigo, afinal, a famosa panelinha não estaria completa sem ele. A diretora sorriu, recordando-se do que aquele menino havia passado, e feliz por ele ter conseguido se formar, mesmo com seus traumas.

Aquele foi o retrato de todos reunidos depois de meses. Foto de Naruto e Hinata, ali. O loiro estava na ponta, ao lado de Sasuke e Gaara. Hinata abraçava Ino, Temari e Tenten.


Meu orgulho, meu ego, minhas necessidades e meu jeito egoísta 

Fizeram uma mulher boa e forte sair da minha vida


Naruto estacionou a caminhonete em frente a sua casa, onde morou a vida toda, o endereço tão conhecido. Mesmo com muita relutância e insistência de Sasuke para que ficasse na casa dele, ele decidiu que passaria a noite ali. Precisava enfrentar seus medos.

A casa estava alugada, mas os antigos moradores se mudaram pra fora do país há dois meses. Como havia alugado mobiliada, os móveis ainda permaneciam ali.

Tremia da cabeça aos pés, e sentia muita falta de ar, como nunca havia sentido. Não era impossível, ele precisava ir.

– Ei! – Karin o chamou, fitando-o da maneira mais carinhosa que podia.

– Está tudo bem. – a tranquilizou, mas não estava.

Pegou às chaves tentando destrancar a porta, em vão. Às mãos tão frenéticas não o permitiam fazer coisa tão simples.

– Droga! – praguejou. 

– Deixa comigo! – Karin a destrancou. Ele ascendeu a luz e quis morrer. Como doía.

– Amanhã nós fazemos compras e limpamos às coisas. Eu vou me deitar, eu... Estou cansado, até amanhã, obrigado. – disse desnorteado, subindo às escadas rápido.

Relutou em entrar no quarto, mas não havia saída. Não queria que a prima o visse tão frágil. Não queria desabar na sua frente.

Entrou de uma vez por todas e quando a claridade tomou o cômodo, ele ficou imóvel. Sentiu o corpo fraquejar e um enjôo atingiu seu estômago.

Deslizou os dedos pela cômoda de madeira, deixando um pequeno rastro de poeira. Tossiu abrindo a janela, o quarto estava empoeirado porque ele não morava mais ali, seus pais estavam mortos.

 Quanto mais a ficha caía, mais cruel a realidade ficava. Suas pernas cederam, e ele caiu de joelhos. 


– Pai, o que você acha que eu devo ser? – os olhos azuis encaravam a figura paterna.

– O que você quiser, meu filho. Só quero que seja feliz, realizado e se encontre na sua profissão. – respondeu, confortando-o.

– Você sentirá orgulho de mim? – o receio de desaponta-lo era grande demais. Seu pai era seu herói.

– Eu já sinto orgulho de você, filho. É um menino de caráter e bons princípios, foi tudo que eu desejava quando me tornei seu pai. Toda jornada valeu a pena. Mas devo admitir, quando você se formar, será um dos dias mais felizes da minha vida. – continuou.

– Vou conseguir! – o garantiu.

– Eu sei disso. Eu e sua mãe estaremos na primeira fileira o prestigiando. Como sempre faremos. – prometeu.


– Vocês não conseguiram ver, né pai? Eu sinto muito. – colocou às mãos no rosto, tampando-o. 

Se pudesse, trocaria de lugar com eles. Queria mais tempo, era o que precisava, mas infelizmente não tinha.

Não compreendia por quê seus pais, pessoas tão maravilhosas e amáveis tiveram que partir assim, de maneira tão precoce? 

Estava prestes a fazer uma coisa que não fazia há muito tempo. Juntou às mãos em prece, fitando o teto.

– Deus, sou eu, Naruto. Sei que não nos falamos há muitos meses. Desculpe. Mas como posso continuar crendo no senhor se me tirou tudo de mais valioso que eu tenho? Eu preciso de respostas, não aguento mais. – sussurrou.

A imagem de Hinata novamente veio na sua cabeça, como a resposta que precisava. Recordou-se do dia que recebeu a terrível notícia que mudaria sua vida para sempre. 

Ela permaneceu ao seu lado, o amparando, apesar de estar magoada pelos acontecimentos anteriores entre eles. Em momentos de insanidade, Hinata era a sua razão, sua calmaria. 


Agora eu nunca

Nunca conseguirei limpar a confusão que eu fiz, oh

E isso me assombra toda vez em que fecho meus olhos

Tudo isso soa como uh, uh, uh, uh, uh

 

A Hyuuga entrou no seu quarto atônita e alheia por tudo que havia acontecido na festa.

Chegou cinco minutos depois do loiro e agradeceu aos céus quando Toneri parou no andar de baixo para conversar com seu pai e contar como havia sido a noite. Agora só, ela poderia deixar que sua expressão em choque transparecesse.

Sentia um misto de emoções que não saberia explicar, sentiu medo, raiva, saudade e euforia. 

Euforia por vê-lo de novo, vivo e inteiro na sua frente. Os olhos azuis tão vívidos nos seus.

Como a vida pregava peças! Desde que o conhecia imaginava a dança deles na formatura do terceiro ano, de uma maneira muito especial e repleta de declarações, ao lado dos amigos.

Após tantos acontecimentos estava certa de que não teriam a presença dele, e foi muita sorte ela mesma ter conseguido ir. 

Mas estava lá, e ele também, junto dela, surpreendentemente tudo que ela tanto quis aconteceu, mas não da maneira que deveria.

Viu a janela dele aberta e as persianas erguidas depois de tantos meses. Chorou em silêncio, emocionada pelos velhos tempos.

O observou de joelhos, de costas pra si, e não soube o que estava acontecendo, mas quando se deu conta, seus pés moviam-se em sua direção, como um ímã.

Esfregou o rosto tentando afastar às lágrimas teimosas, precisava falar com ele. Desceu às escadas rapidamente com toda coragem que tinha, antes que desistisse.

– Tudo bem, amor? – Toneri perguntou a encarando, estava no sofá com seu pai.

– Sim! Vou falar com um amigo, o que mora na casa da frente. Ele quem perdeu os pais e está de volta, finalmente. – explicou de maneira superficial.

Hiashi a fitou. Não esperava por isso. Um sorriso discreto surgiu nos seus lábios, e Hinata o sorriu de volta, entendendo. Faça o que tiver que fazer, filha.

Tocou a campanhia, estava nervosa, mas não iria recuar, não poderia. A prima de Naruto a atendeu, e depois de reconhece-la, soltou uma risada.

– Que bom que veio, ele está lá em cima! Boa sorte. – a puxou pra dentro sem que ela tivesse tempo de dizer algo.

– Obrigada. – sussurrou pra ela.

Foi até o andar de cima devagar, o nó na garganta a sufocando, como sentia falta de Minato e Kushina!

Era como se a casa tivesse morrido com eles naquele acidente, restando apenas as memórias solitárias de bons momentos. 


Embora isso doa

Eu serei o primeiro a dizer que eu estava errado

Oh, eu sei que provavelmente estou muito atrasado 

Para tentar me desculpar pelos meus erros

Mas eu só quero que você saiba 


Entrou no cômodo sem bater, e ele a olhou desacreditado no que via. Só poderia ser uma miragem. Estava ficando doido!

– Oi. – o cumprimentou, receosa.

– Hi-hinata. – gaguejou levantando-se.

– Desculpe vir sem avisar, é que eu... – foi interrompida.

– Não precisa se desculpar, eu...posso? – aproximou-se querendo abraça-la.

Ela balançou a cabeça lentamente em concordância, sem saber o que dizer. Sentiu os braços em volta de si mais uma vez, e seu corpo foi de encontro ao dele.

Naruto a envolveu, apertando-a. Seu nariz encostava no seu pescoço, e ele sentia sua respiração pesada. Ficaram uns minutos ali, sem saber quantos.

– Obrigada, Deus. – disse baixinho.

– O quê? – o encarou perdida, havia perdido todos os sentidos.

– Nada. Obrigada por vir! – afastou-se, apontando para sua antiga cama. Sentaram-se de frente um pro outro.

– Quanto tempo, não é mesmo? Nós passávamos a maior parte de nossas horas aqui. – comentou nostálgica.

– Dias tão incríveis, eu jamais me esquecerei, e honestamente, é tão diferente estar aqui de novo. – desabafou.

– Eu sei, nada mais será como antes. O que importa é que todos nós somos feitos de recomeços, e você está de fato tentando. – o reconfortou.

– Tentando depois de toda minha covardia, não significa nada, é só o mínimo que eu faço. – suspirou.

– Não diga isso. Somos humanos e repletos de erros, você caiu como poderia ter acontecido com qualquer um, e espero que saiba o quanto é corajoso por tentar se reerguer. – encostou sua mão na dele.

– Como você pode ser assim? Você foi a mais afetada, eu te magoei várias vezes e você ainda está aqui. Você é tão boa, eu nunca te mereci em nenhum momento. – sua voz era quase inaudível.

– Porquê você já foi alguém que me levantou em muitos momentos, e eu não me esqueci. Você não é ruim, Naruto, nunca vai ser! 

– Não sabe o quanto sou grato por te conhecer. – confessou.

– Eu te vi do meu quarto ajoelhado. Está tudo bem? 

– Eu estava rezando. Não aguento mais, e não suporto estar aqui. Mas eu preciso. – respondeu aflito.

– Então nós vamos rezar juntos. – entrelaçou seus dedos fechando os olhos. Naruto também fechou os dele e começaram a rezar.

 Quando acabaram ele abriu os seus, olhando-a. Tocou o rosto macio que tanto o viciava.

Hinata abriu os olhos perplexa, sentindo o leve carinho. Seu coração falhou algumas batidas, de novo.

– Me desculpe por tudo. – pediu ainda a acariciando.

– Já passou. – achou a voz que parecia ter pedido.

– Estava linda hoje, muito linda. Ele é um cara de sorte de ter essa parceira de dança. – sorriu fraco.

– Sobre isso, eu... – não sabia o que dizer.

– Ei, por favor, não precisa dizer nada. Ele a faz feliz? – perguntou, por mais que doesse como uma facada.

– De certa forma sim. Nós nos damos bem, e eu o conheci no meu local de trabalho. – contou.

– É isso que vale pra mim. Desejo que seja feliz, Hinata. Que ele cuide de você e que você tenha a pessoa que sempre mereceu.

– Você vai encontrar alguém. 

– Eu tenho alguém, e a amo, apesar de ela não estar comigo. Até se ela estivesse do outro lado do mundo. A amo livre, no seu maior estado de plenitude, realizando seus sonhos. Isso me faz feliz. É uma parte da minha história que jamais irá se apagar. – e naquele momento, Hinata quis que tudo fosse como antes. 

O abraçou novamente porquê não tinha o que dizer, e chorou. Depois de colocar pra fora o que sentia, levantou-se, já estava tarde. Tarde demais pra querer ir embora.

– Se você precisar, me chame, não hesite. Eu vou voltar pra Los Angeles amanhã, mas posso adiar. 

– De maneira alguma. Vá e aproveite. Foi bom te ver, e eu não me esquecerei disso.

– Não suma. – pediu, não queria lidar com sua ausência.

– Eu não vou. – garantiu, despedindo-se. Ela se afastou aos poucos. – Hinata! – a chamou.

– Sim? – encostou no batente da porta o olhando mais vez, registrando a imagem em sua memória.

– Ainda é minha pessoa favorita no mundo, e minha melhor amiga. – sorriu arrancando um sorriso dela.

– E você o meu. – respondeu sumindo de suas vistas, assim como chegou. Como um anjo e uma luz que aparecia sempre que ele precisava. Sentia com forças novamente pra seguir adiante e enfrentar suas dores.

– Eu amo você. – sussurrou pro quarto vazio.


Espero que ele lhe compre flores

E que segure sua mão 

Que lhe dê todas as suas horas 

Quando tiver a chance

Que leve você a todas as festas

Porque me lembro do quanto você amava dançar 

Que faça todas as coisas que eu deveria ter feito 

Quando era o seu homem.


Notas Finais


Amoresssss!
A música do capítulo é When I Was Your Man, do Bruno Mars: https://youtu.be/gcf6UBX6lc4
Aconselho que vocês escutem durante o capítulo, faz toda diferença! É uma música linda e se encaixou perfeitamente com o momento.
O que falar desses dois? Não tenho palavras pra tanto sentimento e sintonia.
O Naruto tá sofrendo tanto.
Sasuke conte comigo pra TUDO!
O que vocês acharam? 💖


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