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História Love In The Dark - Chapter 07 - everything changed me


Escrita por: takeabow

Notas do Autor


CA-RA-LHO
Eu realmente não pensei que eu fosse escrever tão rapido e eu to tão... sei la, em extase, que eu nem sei se eu atingi as minhas expectativas com esse capitulo...
Espero do fundo do meu coraçãozinho que vocês gostem porque escrever a cena final foi no minimo desgastante.

Capítulo 7 - Chapter 07 - everything changed me


As lembranças daquela tarde voltaram a me assombrar durantes as horas que se passaram. Era eu fechar meus olhos e minhas palavras voltavam a ecoar com força total em minha mente, enquanto a imagem de sua feição se transformando as acompanhava. Seu olhar destruído, sua falta de reação. Eu não podia deixar de me sentir culpada por tudo. Por arrasta-lo para essa bagunça, e depois deixa-lo assim, abruptamente.

Aquela foi de longe a decisão ais difícil que tomei, mas eu não poderia dar o braço a torcer. Admitir que era mentira, admitir que meu coração ainda era seu, mesmo após todos os anos, mesmo com todas as circunstancias, que meu corpo e minha mente estavam totalmente entregues a ele. Que eu era assombrada pelo fantasma do se toque que nas noites mais difíceis, me revirava na cama me carregando em meio a uma madrugada de insônia.

Quando abri a porta de minha casa eu percebi, eu estaria sozinha pelas próximas semanas. As gravações que há muito já estavam tomando grande parte do seu tempo, agora o arrastaram para longe. Até poucos dias atrás, essa ideia me alegraria até a alma, mas agora, significava estar aqui lidando com todos os meus demônios, sozinha. Ou talvez não.

Uma viagem agora poderia me levar para longe de toda essa situação. Uma visita inesperada. Uma surpresa. Se foi ao lado dele que escolhi passar o “resto” da minha vida, eu podia começar por investir mais em nossa relação que estava por despedaçar. Eu arruinei tudo e agora devia achar uma maneira de concertar.

Ansiosa, comprei a primeira passagem para Shanghai que pude encontrar. O voo sairia na manhã seguinte, me dando tempo o suficiente para preparar tudo. Arrumei minhas malas com o que pude encontrar, repetindo em minha mente com um mantra “Essa foi a decisão certa”. De alguma maneira eu pensava que, de tanto repetir para mim mesma, eu acabaria aceitando a realidade que todos os meus sentidos negavam.

 

“Katy, conte-me mais sobre sua consulta. Podemos marcar um encontro? Estou passando perto da sua casa. Está muito ocupada?

- Angie”

 

Ela era a única pessoa em quem eu poderia confiar neste momento, nem mesmo minha própria consciência estava provando ser de confiança. Trazendo memorias misturadas dos últimos anos em que passamos juntos, uma compilação de todos os melhores momentos, os quais acalentavam minha alma e acima de tudo partiam meu coração. Eu não podia parar de pensar nele. Talvez, desabafar tudo melhore a situação. Talvez guardar tudo para mim esteja me prendendo a ele e assim que eu bote para fora, tudo vai desaparecer, como se nunca tivesse existido.

 

“É uma ótima ideia, te espero em breve! Tenho muito o que te contar. Muito obrigada pelo apoio, eu não conseguiria sem você

- K”

 

Aguardei ansiosa, minhas mãos molhadas com o suor frio escorregavam umas sobre as outras enquanto eu encarava inutilmente a porta buscando por um sinal de sua chegada. Eu mal podia esperar para me livrar de tudo isso, mas a cada segundo que se passava, eu estava um passo mais perto de descobrir o quão errada eu estava. O som agudo da campainha me pegou de surpresa enquanto, apressada, busque por minhas chaves para recebe-la.

 

- Ah Angel – a abracei por longos minutos buscando por conforto em seus braços. Um suspiro de exaustão escapou de mim e logo eu estava segurando as lagrimas que ameaçavam desmoronar. – Eu me desesperei, eu não sabia o que fazer... Eu o deixei. Foi horrível.

- Do que você está falando? Deixou quem? – ela se afastou alguns centímetros me analisando por completo, meu corpo curvo e desajeitado entregava a minha falta de sono e os olhos inchados entregavam as horas longas que passei me arrependendo de cada palavra – Ah não – ela sussurrou em seu tom quase inaudível – Eu pensei que essa era a sua chance. A chance de concertar tudo.

- Eu entrei em pânico. Eu não podia imaginar uma única situação que pudesse terminar bem com essa criança entre nós. Não naquele momento. E agora já é tarde demais. – eu busquei um ponto fixo, onde pudesse me concentrar, longe do seu olhar de pena – Eu disse coisas. Ele estava completamente destruído. O que me resta é concertar um relacionamento praticamente em migalhas que me espera às 6 mil milhas de distância.

- Você não pode estar falando sério. Katy, nos últimos meses eu te vi lutar contra todos os seus princípios para buscar a felicidade ao lado do suposto grande amo da sua vida. Vocês viraram o mundo de cabeça para baixo para manter o segredo e você abriu mãe de tudo.

- Eu disse que não o amava, Angie, eu o olhei nos olhos e disse cada palavra. Eu o vi cair em pedaços na minha frente, quando eu disse que há muito eu estava cega por uma ilusão.

- E você realmente acredita nisso? Você acha que tudo o que você passou, tudo o que vocês viveram juntos foi uma ilusão? Que nunca houve uma faísca de amor? – ela me encarou por alguns minutos, aguardando pela resposta, a qual ela já sabia qual era.

- Angie... Eu não posso! Eu realmente acredito, com todo o meu coração, que se um dia eu amei alguém com toda a minha alma, se eu me entreguei de olhos fechados para alguém, esse alguém foi o John. Em um universo perfeito, onde não há outros fatores, ele seria o qual eu voltaria para casa todos os dias. Mas essa não é a minha realidade. Existem outros fatores, e eles são muitos.  

 

Depois de uma longa conversa ela deixou de insistir, mas tudo ainda se repetia em minha mente. Era a mais pura verdade que eu deixei escapa por entre meus dedos o que sempre será o grande amor da minha vida. E foi nessa tarde que uma surpresa muito além do inesperado, mudou toda a minha rota. Estava engajada em uma conversa ainda intensa sobre a visita a Shanghai quando ouvi as chaves batendo contra o vidro fosco da porta de entrada. Prendi minha respiração por um segundo até que o vi caminhar através do portal, me engasgando em meio as palavras me levantei e caminhei lentamente até a entrada onde ele me esperava de braços abertos, com seu sorriso exposto de orelha a orelha.

 

- Você chegou mais cedo – eu suspirei em alivio – Eu... Eu tinha tudo programado para uma surpresa e... – fui interrompida por seus lábios ligeiros que buscavam os meus.

 

Por um minuto me esqueci de tudo. Esqueci das brigas, discussões e até mesmo gravidez. Ele era uma distração, e logo agora, eu poderia usar uma distração mais do que nunca. Me afastei meros milímetros e sorri, esperando uma explicação que foi bruscamente interrompida por minha irmã que fez questão de nos lembrar de sua presença.

A agradeci uma última vez enquanto nos despedíamos e a garanti que tudo estava sob controle. Quando ele nos deixou a sós por um momento, eu a prometi que manteria contato, prometi que eu estava certa do que eu estava fazendo e da decisão que eu havia tomado e, principalmente, que eu não me arrependeria de toda a situação.

 

- Sabe... – ele murmurou descendo as escadas – eu voltei porque percebi que não estávamos bem. Eu voltei porque eu quero ter certeza de que eu poderia concertar qualquer problema antes que fosse tarde demais. – era notável a preocupação em sua voz. Suas mãos nervosas passavam por seu cabelo bagunçado freneticamente.

- Eu tenho minha passagem comprada para Shanghai para amanhã de manhã – eu admiti um tanto envergonhada – eu esperava concertar tudo, de uma vez por todas

 

Ele sorriu ao sentar do meu lado. Distrair a minha mente era o melhor remédio para minhas preocupações, e era isso que eu pretendia fazer. Não era uma solução a longo prazo, definitivamente, mas era o que me fazia sentir bem naquele momento. Com os olhos semicerrados, busquei seus lábios sedentos. Meus braços presos ao redor do seu pescoço e suas mãos avidas pressionando minha cintura. Tudo estava perfeito, teoricamente como tudo deveria ser. Até que a nossa breve tentativa foi interrompida por lembranças que invadiam minha mente como flashes. O seu toque. O seu gosto. O seu beijo. Minha mente estava pregando peças em mim, e eu não podia evitar.

Me afastei bruscamente buscando por oxigênio. As imagens ainda vividas em minha cabeça. O calor do seu toque ainda queimava em minha pele e meu corpo repelia qualquer circunstância que não fosse aquela. “Nem mesmo agora, você consegue me deixar em paz” eu pensei comigo mesma.

Aquilo havia se tornado um desafio, uma batalha que eu teria que vencer para me livrar de suas memorias. Sem medir minhas atitudes, enrolei meus dedos em seu cabelo enquanto buscava novamente me afundar em seus lábios. O fogo que me movia não era a paixão. Eu estava sendo carregada pela fúria. Eu fui cegada pelo remorso. Eu ultrapassei todos os meus limites e me entreguei de braços abertos para uma noite longa e repleta de memorias que não eram bem vindas.

Em meio ao suor dos nossos corpos que disfarçavam a minha aflição, o meu medo. Suas memorias não me abandonaram nem sequer por um minuto. A estranha sensação de que ele estava sempre ao meu lado, até mesmo naquele momento, me arrepiava por inteiro. Era como uma paranoia, uma obsessão. Eu sentia que cada movimento meu estava sendo observado por seus olhos, os mesmos que eu observei durante anos, apaixonadamente. Os mesmos que me mostraram a dor da sua alma durante nosso último encontro. Os seus olhos. Enquanto eu entregava meu corpo, meu coração estava eternamente ligado ao seu. 


Notas Finais


Eu não sei ainda o que pensar desse capitulo, sinceramente, estou muito mais do que ansiosa para ver o que VOCÊS acham.
E eu possoo ja deixar bem dito que algumas reviravoltas vão acontecer até o final, não exatamente no proximo capitulo, mas se preparem.
O jogo vai virar e não vai ser só uma vez


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