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História Love in the Farm - Seja bem vindo, patrãozinho.


Escrita por: blenx

Notas do Autor


Olá! Bem, voltei com mais uma fic chanbaek porque este couple está arruinando a minha vida e preciso colocar essas ideias para fora, he.

Antes de começar, queria agradecer a Karol por, novamente, ter me apoiado e ajudado muito. Ao mesmo tempo em que eu quero te abraçar e morder eu quero lhe repreender por sempre me deixar curiosa com as suas fics ))= husahusauuash Mas obrigada por tudo! <3 E também queria agradecer e dedicar essa fic para a Leta, minha coisinha mais fofa. Eu sei, eu sei que te falei que faria uma EunHae, só que essa ChanBaek não vai deixar minha cabeça livre para outra até terminá-la, então dedicarei essa para você. Obrigada por ter me ajudado desde o início com a fic e por tudo mais.

Então é isso, espero que gostem e boa leitura! ^^

Capítulo 1 - Seja bem vindo, patrãozinho.


Fanfic / Fanfiction Love in the Farm - Seja bem vindo, patrãozinho.

Há três coisas das quais não suporto:

Primeira: Quem fala mal do meu girlgroup favorito.

Segunda: A fazenda de meus pais.

E terceira, mas não menos importante: Park Chanyeol.

Como tenho tempo de sobra durante esta exaustiva viagem, explicarei melhor: Girls Generation é o que considero a perfeição, principalmente nos vocais. Apesar de não acompanhar diariamente, continua sendo meu grupo favorito principalmente pelas músicas, então acho que meu lado fanboy já ficou evidente. Próximo: meus pais inventaram de comprar uma fazenda quando eu era criança, mas para melhorar a situação a chamo de casa de campo. Para ser sincero, nunca fui fã da natureza e de dormir ao som de grilos. A movimentação, o ar poluído da cidade, festas, pessoas, shows, as buzinas no transito... Sou apaixonado por isso. Consigo encontrar paz em meio a todo aquele caos e não em uma casa no fim do mundo que nem sinal de internet pega direito. Isso me faz desgostar de cada variável que lá habita, especialmente o dito cujo da terceira coisa que não suporto.

Minha relação com Chanyeol era um tanto quanto instável, afinal, quando nos conhecemos bastou algumas horas para ele já se sentir confortável demais e começar a implicar com a minha altura. Algo que detesto em níveis imensuráveis. Tudo bem que eu não aguentava calado e o retribuía igualmente sem ficar para trás, seja falando da altura dele ou das orelhas. Nós realmente não tínhamos pavio algum quando éramos crianças... Mas atualmente deve ter o que? Uns dez anos que não o vejo, dez anos de calmaria ou quase isso. Contudo, devido a uma crise de meus pais encontro-me em um carro indo para aquela fazenda que tanto jurei nunca mais pisar os pés. Prestes a rever o tão aclamado Park Chanyeol.

Nunca escondi de meus progenitores minha orientação sexual. Bem, a verdade é que eles nunca perguntaram, porém acredito que não sou um bom exemplo do filho que planeja construir a família tradicional coreana. Além disso, também sigo muito pelo viés de que se não preciso anunciar ao mundo de que sou hétero, pra que precisaria fazer isso sendo homossexual? Então nunca tocamos no assunto, só que na minha visão, tudo estava subentendido.

Pela condição financeira deles, aos dezenove anos decidi morar “sozinho”. Não digo totalmente sozinho, pois tenho uma ajudinha da senhora Kim que trabalha lá em casa visto que não lavaria a louça, sabe como é, essa é outra coisa da qual não suporto... Mas voltando ao assunto, a senhora Kim era como se fosse a minha mãe de fato. Sempre me acolhia quando eu precisava, nos divertíamos horrores fofocando sobre o condomínio ou sobre algo da faculdade e assim sentia meus dias serem preenchidos por um amor até então não muito presente na minha vida.

Por ela ir embora a tardinha, geralmente saio para jantar pois ficar sozinho na maior parte do tempo é um pesadelo para mim. Preciso de contato, conversar e conhecer pessoas novas. Sou sociável ao extremo e só Deus sabe como estou me sentindo há duas horas sem sinal no celular durante esta viagem. Ultimamente estou, ou pelo menos estava, saindo com Kris. Sou um bom consolo para o mesmo enquanto não resolvia aquela briga besta com Zitao, mas aposto que nessas horas eles já estavam se reconciliando no quarto do maior. Nunca me importei muito com relacionamentos, sempre fui bem exposto a esse ponto. Na minha mente ficar em um relacionamento é quase impossível porque dos caras que já me relacionei tinham a péssima mania de me tratar como um boneco de porcelana e porra, não sou um bibelô. Não gostava dessa ideia que faziam da minha imagem de fragilidade e de incapacidade, além de detestar a melosidade da qual me tratavam. Gosto de carinho, mas há limites para tudo.

Alguns dias atrás eu e Kris tínhamos passado a noite juntos e antes dele ir embora, nos despedimos com um beijo. Estaria tudo legal se naquele dia a minha querida mãe não resolvesse me fazer uma visita. O elevador abriu as portas e ela deu de cara com a cena que no fundo já sabia, mas mesmo assim a esperança de ter uma nora não a abandonava. O clima tenso invadiu o local e Kris rapidamente foi embora, tive até que puxá-la pela mão para que entrasse no apartamento. A partir daí tudo aconteceu muito rápido. Quando minha mãe retornou do “choque” ligou exasperada para o meu pai que chegou em poucos minutos, ambos me encaravam como se o mundo estivesse prestes a terminar. E mesmo depois da minha simples afirmação: “Eu gosto de homens”, eles não me levaram a sério.

Preferiram fingir uma falsa realidade da qual eu estava estressado demais e descontava isso em “novas experiências”. Quando disseram que iriam me mandar para a fazenda para repensar as minhas “escolhas” e desestressar da vida até tentei resistir, tenho vinte e um anos e não sou obrigado a ir para um pasto, só que a ameaça em meu cartão de crédito além do “É a fazenda ou volta para a nossa casa agora” funcionou perfeitamente. Infelizmente, ainda era dependente deles então não tinha o que contestar. Por isso, ao invés de aproveitar o meu período de férias da faculdade saindo com meus amigos ou fazendo coisas úteis, estou sacolejando dentro de um carro e vendo, há exatamente duas horas e trinta minutos, só mato.

O tédio me consumia e já desisti de ver se o sinal do celular voltara. A estrada tinha melhorado um pouco e passávamos por uma cidadezinha. Era tudo tão simples e tão calmo, realmente não consigo entender como as pessoas não se estressam com algo tão pacato. Quando paramos em alguma faixa de pedestres, observei as pessoas. Todas sorrindo, cumprimentando umas às outras, crianças correndo, portas de casa abertas e as poucas lojas que pertenciam ao local tinham o aspecto de estarem ali há séculos. Coitadas, mal sabem o que estão perdendo. Não tínhamos tanta liberdade assim na cidade, é verdade, mas tudo o que queríamos estava ao nosso lado. Tudo acontecia, 24 horas por dia. Se eu encontrasse alguma loja aqui com o primeiro álbum lançado das SNSD já seria um milagre. Não demorou muito para voltarmos a andar e logo a cidade passou. Por volta de dez minutos viramos à esquerda ao entrarmos em um largo portal com o nome da fazenda amarrado acima do mesmo, com mais cinco minutos o carro estacionou.

Respirei fundo, bem fundo. A realidade bateu como se atirassem um tijolo em meu rosto. Duas semanas... Duas semanas de pura frustração e para ajudar este lindo momento, o final de Time Machine* soava em meus ouvidos, deixando tudo aquilo mais deprimente do que já era. E como se tudo conspirasse contra a minha pessoa além de parecer uma cena de filme, ao abrir a porta e pisar naquela terra a música terminou. Olhei para frente, encarando nada mais nada menos do que mato. Suspirei.

- Senhor Byun, sua mala.

Ah, esqueci de falar. Não basta me colocar no fim do mundo, terei que fazer tudo com as próprias mãos. Admito que sou um pouco mimado -ok, muito- então imaginem ao que fui submetido? Terei que cuidar de animais, viver em meio a insetos gigantes com Chanyeol em meu calcanhar e... Falando nele, automaticamente meus olhos percorreram a exagerada propriedade que meus pais compraram e não o avistei. Sorri, menos um problema para me preocupar.

- Obrigado.

Retirei os fones e guardei na bolsa, levantei a alça da mala de rodinhas e encarei o árduo caminho que faria até a entrada da casa. Pelo o que me lembro, ela continuava a mesma coisa de anos atrás. Tenho que admitir que é bonita, e de certa forma moderna apesar dos móveis não deixarem de ter o “aspecto fazendeiro” bem rústico. O vasto campo verde muito bem aparado, os galpões espalhados na lateral esquerda e um pouco atrás, existia outra casa, para os empregados. Tudo na mesma organização da última vez que estive aqui.

O cheiro de terra molhada era forte, provavelmente choveu de dia. Isso dificultava consideravelmente a minha caminhada, a mala travava na terra e mesmo segurando com as duas mãos enquanto a puxava de um jeito desajeitado ela não saía muito do lugar. O estresse atingiu-me em cheio, por que raios eu trouxe essa mala que parece mais um armário? Nem sair desse treco sairia! Pra quê tanta roupa? Respirei fundo e voltei a andar cambaleando para um lado e para o outro, do jeito que a mala permitia prosseguir.

Estava tudo muito bem organizado, meu pai só pode ser louco querendo que eu trabalhe nisso. Aposto que se meu dedo encostar por dois segundos em qualquer tarefa tudo desanda. No entanto, isso aqui é tão grande que posso me esconder facilmente e se alguém me encontrar quem é que vai contrariar as ordens do filho do patrão? Um sorriso maldoso nasceu em meu rosto. Sou um gênio, sério. Claro que passaria duas semanas em puro tédio, mas trabalho braçal meus caros, ninguém me obrigaria a fazer. Com esses pensamentos e com uma expressão de quem arquiteta um plano maquiavélico no rosto, não percebi que à minha frente a terra estava tão molhada que ao pisar senti meu pé afundar e uma camada de lama o cobrir. Logo minha expressão de gênio do mal transformou para completo nojo, involuntariamente fiz uma careta. Que nojo, eca, eca, eca.

- Ugh! –protestei enquanto levantava o pé lentamente e observava aquela coisa pastosa.

Estava paralisado. Não sabia se tentava conter minha raiva ou o meu desespero de enfiar o pé embaixo do chuveiro para tirar aquela sensação asquerosa. E como se eu perguntasse a Deus se tinha como aquela situação piorar, ouvi uma alta gargalhada soar. Uma gargalhada grave e até mesmo familiar, diga-se de passagem. Me diz, o que fiz para merecer isso? Por que ele tinha que me ver logo agora? O Park ria tanto que se curvava segurando a barriga e mesmo daquele jeito eu conseguia perceber o quanto ele tinha crescido. Não disse? Era um poste mesmo. Seu cabelo liso estava cortado agora, preto, o que realçava ainda mais as orelhas.

- Do que está rindo, seu ogro? -resmunguei, digamos que sou um pouco impulsivo.

- Wow, nem chegou e já quer relembrar os velhos tempos, tampinha? -perguntou-me enquanto controlava o riso- Pelo visto não mudou nada. –sorriu divertido.

- Cale a boca criatura, essa fala é minha! Deus só pode estar me testando porque mal coloquei os pés nesse antiquário e tenho o infortúnio de ver a sua cara. –minha expressão era de puro desgosto, o que aumentou o sorriso dele.

- É, não mudou nada mesmo. –concluiu ao passar por mim, desviando da lama- Pela sua cara de antes, está achando que vai fugir de suas tarefas, acertei? -quando ele viu meus olhos arregalarem e minha expressão surpresa voltou a rir breve- Como você é ingênuo, Baekhyun. Seu pai me ligou mais cedo, disse que você passaria uma temporada aqui para “aliviar o estresse” -fez aspas no ar- Então me pediu para que acompanhasse e relatasse todo o seu brilhante desempenho nos afazeres da fazenda, e claro, não poderia negar um pedido desses a ele, não é?

Não sei dizer se sentia mais raiva de meu pai ou daquele sorrisinho irônico que tomava os lábios dele, mas de certeza sei dizer como quero lhe dar um soco. Sentia-me traído pelos meus próprios pais, tudo isso por causa de um preconceito ridículo. Não tinha como fugir agora e além de ter que trabalhar, teria a ilustre companhia de Chanyeol. É agora que pagaria por todos os meus pecados então? Porque se for isso, estou muito, mas muito fodido. Com toda raiva que sentia, puxei com deveras força a mala e voltei a caminhar, ignorando aquele ser e principalmente meu pé melecado.

- Aproveite sua última tarde de descanso, porque amanhã Baekhyun... Faço questão de te mostrar como é o inferno.

Ao terminar de subir as escadas da propriedade, olhei por cima de meus ombros até fitar a expressão convencida que me foi direcionada. Retribuí o sorriso, segurando a vontade de xingá-lo.

- Vamos ver quem vai para o inferno primeiro, Park.

Entrei em casa batendo a porta, deixei a mala de lado e soltei a mochila no chão. Respirei fundo ao passar minhas mãos pelo rosto murmurando baixinho que tudo ficaria bem, tudo iria ficar bem. Não podia deixar me levar pelo estresse que Chanyeol facilmente me causava, isso seria perder claramente para ele. Preciso ser mais esperto, agir com calma e ter estratégias. Enquanto massageava minhas temporas sentira aos poucos o calor passar junto a raiva. Quando abri os olhos dei de cara com a senhora Park, mãe de Chanyeol. Sorri sem jeito algum, afinal, ela não tem culpa do filho ser asqueroso.

Ela me cumprimentou com um sorriso acolhedor no rosto e pediu desculpas pelas atrocidades do filho, mas nem tive tempo para me gabar, já que a mesma me deu um leve tapa na cabeça pelas minhas respostas. Ela era uma graça mesmo, diferente do filho. Retirei os sapatos com as pontas dos dedos para não sujar minhas mãos e voltando a arrastar a mala pela casa, subi para o quarto.

- Ah, querido. –voltei minha atenção para ela do segundo andar- O pano para limpar essa sujeira das rodinhas está na cozinha, pode pegar o que está no chão mesmo. –sorriu divertida e entrou em um dos corredores da casa.

É, acho que ela não é mais uma graça assim.


Notas Finais


Acho que vocês perceberam que o Baekhyun será um pouquinho mimado (ou fresco, como preferirem) nesta fanfic. É um menino do qual foi criado em casa com tudo na mão basicamente, logo, se adaptou a esse estilo de vida e não teve/não se importou em ter experiências que lhe favorecesse a abrir os horizontes.
E então, o que acharam? Dicas, críticas e qualquer comentário só me falar ^^
Obrigada por terem lido e até o segundo capítulo.
Beeeijos.


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