História Love In Weeks - "O erro"

Eu sou uma idiota.

E covarde.

Uma idiota covarde.

Ou uma covarde idiota, se preferir.

Eu tive a oportunidade de contar a Liam sobre tudo e eu simplesmente entrei em pânico e fugi como se minha vida dependesse disso. Ou como se fosse uma louca.

Eu não sei por que agi dessa maneira quando em todo o momento, eu só queria falar sobre o bebê. Mas eu fugi.

E por mais que no momento eu tenha pensado que seria uma boa ideia fugir, agora estou pagando o preço por isso.

Começando com Liam batendo e chamando o meu nome em frente à minha porta, enquanto eu finjo que não estou aqui, porque novamente; eu sou uma idiota e não sei agir em momentos como esse. Ao contrário de Emily, que saberia o que fazer e lidaria tranquilamente com a situação. Eu só não posso ligar para ela agora.

Sua voz cessa depois de alguns minutos e eu suspiro aliviada, supondo que ele desistiu e foi embora. Mas em seguida, meu celular vibra me avisando que tenho uma nova mensagem de texto e eu não preciso ser algum tipo de gênio para sabe que é uma mensagem dele.

“Nós precisamos conversar. Eu estou indo agora e te dando espaço... mas precisamos conversar e eu não vou esperar que você venha me procurar. Amanhã. Isso não vai ser adiado, Jane”

Ler sua mensagem faz tudo se tornar ainda mais real.

Liam sabe.

E mesmo que lá no fundo eu esteja feliz por isso, ainda me sinto nervosa, me sinto como se não estivesse preparada para falar com ele.

E talvez Thad esteja certo e eu nunca estarei de fato preparada.

*****

Acordo cedo, tomo banho e café da manhã logo após o fim do enjoo matinal, e por isso, saio de casa vinte minutos atrasada e envio uma mensagem para Angeline me desculpando.

Desço do carro tão apressada que nem noto quando colido com um peito forte.

— Nós precisamos conversar.

É Liam. Claro.

— Oh, inferno não. Não precisamos. Não agora. Eu preciso trabalhar, isso sim. A conversa pode esperar.

— Você não acha que devemos conversar? - Pergunta irritado.

— Eu sei que precisamos, mas não agora. Agora eu estou quarenta minutos atrasada e preciso trabalhar. Não será agora que iremos conversar. Você não decide isso. - Digo. — Se me der licença... Angeline está me esperando.

Ele permanece parado em minha frente.

Reviro os olhos, respiro fundo e passo por ele, entrando na Sweet Love para mais um dia.

*****

Tudo parece dar errado.

Alguns bolos e tortas acabam passando do ponto e consequentemente, atrasa três ou quatro entregas.

Um evento foi cancelado.

Fico enjoada a maior parte do tempo e por vezes não consigo me concentrar. Angeline percebe e pergunta se está tudo bem, e eu apenas me limito em dizer que não é um bom dia para mim, mas que tudo ficará bem em breve.

O tempo passa rápido e finalmente posso ir para casa relaxar e comer algo saudável.

Mas é óbvio que eu não tenho tanta sorte assim.

— Acho que agora podemos conversar.

Suspiro cansada e Liam se aproxima de mim.

— Meu Deus! Você não pode se quer esperar eu ligar para você? Eu disse que nós vamos conversar e nós vamos, Liam. Eu só preciso de um pouco de tempo para....

— Sem tempo, Jane. Você teve tempo suficiente e...

— Se você tivesse deixado eu terminar de falar, ouviria que eu preciso de um tempo para tomar banho e comer algo que permaneça em meu estômago por mais de duas horas e não me faça vomitar. E depois disso, nós dois iriamos conversar. Mas você preferiu falar antes sem saber de nada. Típico de Liam.

— O que você quer que eu diga, Jane? Você está grávida... - diz apontando para minha barriga e instintivamente descanso minhas mãos protetoramente sobre ela. — e não me disse nada. Essa criança é minha e você... - Suspira fechando os olhos e os abre rapidamente. — Por favor... entre no meu carro e vamos para minha casa, onde podemos conversar e decidir como tudo vai ser. - balanço a cabeça negativamente enquanto tento dizer que não vou para lugar nenhum que não seja meu apartamento. — Qual é, Jane. Eu estou tentando fazer algo certo aqui. Depois de tudo que passamos juntos, você não me conhece bem o suficiente para saber que não fujo dos meus erros?

Ri, mesmo não achando engraçado, balaço a cabeça negativamente sem acreditar nas palavras dele e o empurro contra o carro.

— Você é um idiota! Inacreditável, Liam. Inacreditável. - Digo o empurrando sem parar. A raiva cresce dentro de mim e eu quero machucá-lo mais do que tudo. — Eu não estava transando só com você, idiota. Então não se preocupe, o “erro” - faço aspas para enfatizar a palavra. — pode ser de outra pessoa e não seu.

— Jane.. Jane... não foi isso que eu quis dizer. - fala.

— Ah, foi exatamente isso que você quis dizer, Liam. - Abro a porta do meu carro sem me importar com os seus protestos e vou embora, deixando-o parado no estacionamento.

Indo contra tudo que eu disse a Liam, dirijo em direção a casa da Emily sem me importar se ele está me seguindo ou não.

Luke é quem me recebe na porta com o Oliver em seus braços, que estica os seus pequenos bracinhos em minha direção assim que me reconhece e eu o pego.

— Tia Jane mal entra em casa e você já se joga nos braços dela, não é? O que foi? Cansou de ficar com o papai? - Luke pergunta ao Oliver enquanto faz cócegas nele. O som da risada aquele meu coração, me tranquiliza, e eu abraço o seu pequeno corpo com mais força, ajudando-a a ficar longe do alcance das mãos do seu pai.

— “Pala” papai, “pala”.

— Parece que temos uma festa aqui. - Emily fala caminhando lentamente em nossa direção. Luke caminha até ela e a ajuda a se sentar no sofá.

Sua barriga está enorme agora que chega a dar a impressão que a qualquer momento ela vai explodir, ou nesse caso, a Melissa vai sair pela vagina da Emily pulando.

— Como as garotas estão? Prontas para uma festa? - Brinco, me sentando ao seu lado.

Oliver pede minha atenção e eu acaricio o seu cabelo enquanto ele se inclina no meu colo.

— Ah, definitivamente. Deixe-me trocar de roupa e expulsar uns quatro quilos pela minha vagi... - ela para de falar. Na certa, não quer que Oliver ouça e repita. — Parece até que ele não a viu a alguns dias. - Aponta para Oliver que agora me abraça.

— Ele só sentiu saudade da tia preferida dele. - Sorrindo respondo. — Como você está? Precisa de alguma ajuda por aqui?

— Minhas costas doem quase sempre e tenho ido ao banheiro fazer xixi mais vezes do que já fui em toda minha vida, tenho certeza. Mas eu estou bem.

— Isso porque está próximo da Mel nascer. Vai valer a pena, você sabe.

— Eu sei. - Suspira alisando sua barriga. — E está tudo bem com você? Minha mãe ligou mais cedo pra dizer que você não estava muito bem hoje. Tudo está OK com você e o bebê?

— Sim, está tudo bem. Só... Liam...

— O que aconteceu? Vou precisar bater no idiota? - Luke pergunta. Ele pega Oliver do meu colo, se sentam no outro sofá e começa a alimentar o pequeno com o seu jantar, presumo.

— Não. Sim. Talvez.

— O que aconteceu? - Emily é quem pergunta agora.

— Aconteceu que ele descobriu que eu estou grávida.

— Quando foi que isso aconteceu? - Ela pergunta.

— Ontem. Eu fui ao shopping depois que sai da casa dos meus pais e aproveitei para comprar mais algumas roupas para mim e algumas coisinhas para o bebê, quando dei de cara com ele. Ele olhou para minha barriga e percebeu logo, por causa da roupa que eu estava usando.

— E depois?

— Eu fugi. - Digo dando de ombros. — Eu sei, eu sei. Eu não deveria ter fugido. Foi errado o que eu fiz. Mas eu entrei em pânico e ele não parava de me perguntar e me segurar. Eu só... fugi. - Respondo com sinceridade. — Aí ele apareceu na minha porta, eu ignorei, e hoje foi no meu trabalho.

— E você falou com ele? - Luke pergunta e viro meu rosto em sua direção.

— Eu tentei. Pedi pra que ele me desse um tempo só pra eu chegar em casa, tomar banho e comer e... ele chamou o bebê de erro.

— Filho da pu... - Os dois dizem ao mesmo tempo.

— E então, eu fui embora e o deixei lá.

— Você não fez errado. Eu teria batido nele até sangrar. Se você quiser eu posso fazer isso. - Luke fala e eu sei que ele está falando sério. Eu só preciso dizer a palavra e ele vai sair e bater em Liam até achar que foi o suficiente. E conhecendo Luke como eu conheço, ele seria capaz de colocar Liam em um hospital e ainda não seria o suficiente.

— Se eu não estivesse grávida e com essa enorme barriga, eu mesma bateria nele. - Emily diz furiosa. — Que idiota.

— Tudo bem, Emily. Não vale a pena você se estressar por isso. Liam é um babaca. Foi um grande babaca. Mas não vale desperdiçar o nosso tempo. - Falo querendo tranquiliza-la. Emily já estava na reta final de sua gravidez e precisava se manter relaxada e tranquila. O que me faz pensa que ter vindo até aqui não tinha sido uma ideia muito inteligente. Muito menos contar sobre minha conversa com Liam. Mas eu precisava desabafar e ouvir o que meus amigos tinham a dizer.

— Tudo bem, se você diz... mas qualquer coisa, Luke pode bater nele por todos nós, não é amor?

— Com toda certeza. Farei isso com todo o prazer. Você só precisa dizer, Jane.

Assinto, sabendo que ele está dizendo a verdade.

Luke termina de alimentar o seu filho e Jordan entra pela porta da frente com um time perfeito.

Eu não sabia há quanto tempo ele tem as chaves da casa, mas suspeito que Luke a deu para o caso de emergência. Ou seja, quando a Emily precisar de ajuda.

— Estão dando uma festa e não me convidaram? Assim eu fico magoado. - Diz. — E como está o garotão do tio?

— Acabou de comer e logo vai para a cama. - Emily responde. — O que você faz aqui? Papai falou pra você me checar?

— O que? Nãooo. - Diz. Se senta ao lado do Oliver, faz algumas caretas pra ele e volta seus olhos em direção a sua irmã. — Eu só queria ver você. Ver vocês, digo. Ah, e a Jane também. Mas eu não sabia que ela estava por aqui.

— Hoje foi o dia de visitas. Até Henry e Vivian vieram aqui mais cedo. Vocês estão começando a agir como se a gravidez fosse de alto risco.

— A questão não é essa, Emily. - Digo. — Todos nós nos importamos muito com você, com a Mel, e você está na reta final. Está com um pouco mais de oito meses agora, mas a Mel pode nascer a qualquer momento. E tanto quanto sabemos que todo esse cuidado e preocupação um tanto excessiva irrita um pouco você, não podemos deixar de fazê-lo porque queremos que você fique bem. Esteja bem. E tenho certeza que isso vai continuar até dois ou três meses depois que a Melissa nascer. Se acostume. Você tem uma enorme família e grandes amigos. Vamos ficar no seu pé o quanto for preciso. Você deveria saber disso.

— Nunca concordei tanto com a Jane como agora. - Jordan diz.

— Eu também. - Luke fala e Emily lhe dá um olhar que poderia se parecer a um olhar mortal. Ou ela acha que é.

— Tudo bem. Eu entendi.

— Ótimo. Então o que vamos jantar? - Jordan pergunta e dessa vez, todos reviramos os olhos.

— Acho que você confundiu a minha casa com um restaurante. - Emily responde.

— Então o que acha se eu fizer o jantar?

— Ótimo. Você conhece a cozinha. Vá e faça o jantar. - Ela diz rindo.

— Eu ajudo você, Jordan. - Luke diz. — Vocês duas... descansem.

— Eu não vou ficar para o jantar. - Digo.

— O que? É claro que você vai. - Jordan diz. — Eu e o meu cunhado aqui, vamos preparar a melhor comida que vocês já viram e você vai ficar. Depois pode ir embora.

— Concordo com Jordan. Você fica. - Emily diz firme e eu suspiro, me dando por vencida.

— Tudo bem. Eu fico.

E eu realmente o faço e divido o meu tempo em entreter Oliver e conversar com Emily, até a hora em que o jantar fica pronto. E quando isso acontece, levo Oliver para o seu quarto após ele dormir.

Surpreendentemente, o jantar sai melhor que o esperado e eu não consigo esconder deles.

Rimos e nos divertimos a todo momento, que eu praticamente esqueço o que aconteceu horas atrás. E quando o jantar acabar, faço questão de lavar as louças, enquanto Jordan as secam e guarda em seu devido lugar.

E talvez por causa do meu dia, Emily pede para que ele me acompanhe até em casa.

— Tudo bem com você? Faz minutos que você está em silêncio. E você é de falar muito, então.... está tudo bem?

— Sim, Jordan, está tudo bem. - Respondo olhando rapidamente para ele.

— Ok. Mas eu não sou apenas o irmão da sua melhor amiga. Sou seu amigo também. Eu estou aqui se quiser conversar. Posso não ter a mesma clareza ou conselhos da Emily, mas eu sou bom em ouvir.

— Ela está preocupada e você quer me ajudar para tranquiliza-la? É isso? Pois deixe-me te dizer. - Viro meu corpo em direção a ele quando o sinal fecha e o encaro. — Se você não tiver uma máquina do tempo que me impeça de fazer decisões estupidas, então não tem como você me ajudar agora. E eu não falo isso de forma ignorante, falo do jeito de quem realmente queria uma máquina no tempo para evitar fazer coisas idiotas.

— Como o bebê? - Pergunta e eu desvio o olhar. Não o bebê. Nunca o bebê. — Olha... eu não sei de toda a história, mas sei que não preciso sabê-la para perceber que você não se arrepende de nenhuma decisão estupida que tenha acarretado nesse bebê. Eu sei que você o ama. E sei também que qualquer decisão que tenha feito, valeu a pena por ele. - Sua mãe desce até minha barriga e a alisa. — Você só teve um dia ruim. Não deixe isso estragar essa experiência feliz que você está tendo. Foque em você e nessa criança e tudo ficará bem.

— Se você soubesse...

Estaciono, saio do carro e Jordan me segue.

E quando penso que ele vai embora, ele me surpreende ao entrar comigo no elevador e eu não posso deixar de revirar os olhos com a ação.

— Emily também pediu para que você me seguisse até que eu entrasse em casa?

— Não. Mas ela não precisou.

Saímos do elevador e caminhamos em direção ao meu apartamento. E para minha surpresa, Liam está parado em frente à minha porta.

— Pelo amor de Deus. Eu só queria chegar em casa depois de um dia longo e descansar, mas parece que não vou ter isso.

— Nós vamos conversar ou você vai embora novamente sem me deixar falar? - Diz quando nos aproximamos.

— Você já disse tudo que tinha a dizer.

— Não. Eu não disse.

— Você chamou o bebê de erro, Liam. Você chamou o meu bebê de erro. Como você quer que eu ouça qualquer merda que você tem a dizer depois de dizer isso do meu filho?

Seu olhar finalmente deixa o meu e encontra com o do Jordan que ainda permanece ao meu lado. Eu vejo exatamente o que se passa nos olhos dele agora.

— E esse é o outro cara? O que pode ser o pai? Você fodeu com o irmão da sua melhor amiga?

— Eu acho melhor você pensar no que fala. - Jordan diz para Liam.

— O que? Ela não disse a você que transava comigo também?

— Ela é solteira. Ela faz o que quiser. E se você não tem ou não tinha um relacionamento sério com ela, não vejo porque fazer todo esse drama que você está fazendo. - Responde. — Deixe-a descansar. Ela teve um dia de merda e você só está tornando isso pior.

— Você não tem o direito de dizer o que devo ou não fazer. Ela está grávida e esse filho pode ser meu...

— E pelo que entendi, pode não ser também. - Eu suspiro com as palavras de Jordan e abro a boca para falar, mas nada sai. É como se eu ficasse sem voz. E no momento, Jordan parece ser essa voz. — E você pode pensar que não tenho o direito, e talvez eu não o tenha mesmo, mas desde que você diz coisas para machucar uma pessoa que é importante para mim e para a minha irmã, eu digo e faço o que for preciso. - Jordan se afasta de mim e se aproxima mais de Liam. Liam está com raiva. Seus olhos brilham como se fossem fogo e eu dou um passo para trás. — Você precisa entender que nada agora é sobre você ou como você se sente, mas sim sobre a Jane e o bem-estar dessa criança. Então aqui vai um conselho de amigo. Totalmente de graça... é melhor você se afastar. Dar o espaço que ela precisa e amanhã; como um homem maduro e não uma versão mais nova de si mesmo; você liga para ela e pede para conversar. Se ela disser não, você aceita e espera ela procurar você...

— E se eu não fizer?

— O que você acha? - Jordan dá de ombros. (gif da capa)

Então eu pisco, e tudo acontece.

Em um momento Jordan e Liam estão de frente um do outro e no outro, estão no chão trocando socos.

Grito por ajuda sabendo que sou incapaz de conseguir separá-los, mas ninguém parece ouvir. Ou não quer se meter.

Levada por algo desconhecido, uso minha bolsa e bato em Liam. Ou ao menos tento.

— Pare com isso, Liam. Pelo amor de Deus! Jordan, afaste-se dele.... Liam... eu juro por Deus, se você não parar agora... Merda! Acho que vou desmaiar. - Falo me sentindo tonta.

Isso chama a atenção deles, porque em instantes estão separados. Como se nunca tivessem trocados socos. Mas o sangue evidencia isso.

— Você quer ir ao hospital? Quer que eu ligue para a Emily? Ou Luke? Ou seus pais?... merda, não tenho o telefone dos seus pais. - Jordan diz se colocando ao meu lado e me segurando.

— Eu só preciso sentar.

— Me dê a chave da porta. - Faço o que ele diz e rapidamente sou colocada em meu sofá. — Não seja um idiota! Pegue água para ela. Ou alguma coisa para comer. - Ele grita pra Liam, que nesse momento já está no meu apartamento e mexendo em minha cozinha. — Vou ligar pra Luke.

Antes que eu possa dizer alguma coisa, ele já está com o celular no ouvido e falando com Luke, enquanto Liam me traz água.

— Você está bem? - Liam sussurra.

— Eu não sei. - Minha mão descansa em minha barriga e eu peço silenciosamente para que tudo esteja bem.

Jordan parece ficar uma eternidade no celular, mas ele não parece tão preocupado quanto antes quando para em minha frente.

— Luke disse para falar com sua médica. Que nesse caso, é a mesma que a da Emily. Então eu liguei e ela recomendou repouso. Sem stress. Você precisa dormir, descansar e ela quer ver você essa semana. Mas que o que você teve é um pouco comum no tempo em que você está. E que você não precisa se preocupar.

— Ok. Tudo está bem. Tudo está bem, bebê.

— Acho melhor você ir embora. - Jordan diz para Liam que ainda permanecia de pé a alguns metros de distância. Surpreendentemente, ele não diz nada. Apenas assente e vai embora.

— Obrigada Jordan, de verdade. Mas agora eu vou ficar bem, você pode ir se quiser.

— Você tem certeza que vai ficar bem sozinha aqui? Eu posso te levar para a casa dos seus pais.

— Sério. Eu vou ficar bem. Se eu precisar, ligo para meus pais. - Respondo. — E novamente, obrigada por tudo. Principalmente pelas coisas que você disse lá fora.

— Não precisa agradecer. - Responde. — Luke disse que passa aqui amanhã antes do trabalho pra ver como você está.

— Ele não precisa. Mas não vou tentar argumentar com ele.

— E você não deve. Bem... eu vou embora. Mas se você precisar...

— Eu sei... obrigada. - Respondo. O acompanho até a porta e fecho quando ele vai embora.

Cansada, vou direto para o chuveiro e meia hora depois, estou deitada em minha cama.