História Love In Weeks - Bem-vinda ao mundo, Melissa.

Minha gravidez deixa de ser um segredo no dia seguinte.

Depois que Jordan praticamente expulsou Liam do meu apartamento, ele acabou bebendo demais e contou a Logan que eu estava grávida. Que por sua vez, feliz com a novidade, acabou contando para todos. Ou mais precisamente; postou em uma rede social que estava extremamente feliz porque as suas duas melhores amigas estavam grávidas. Dando mais destaque para a gravidez mais recente: a minha.

Eu não consegui expressar o quanto eu estava chateada e irritada pela notícia da minha gravidez ter sido espalhada pelos quatros cantos do mundo, de uma forma um pouco banal. Não foi assim que eu queria que acontecesse. Não foi assim que eu tinha planejado. E tudo por causa de Liam e Logan.

Emily foi a primeira pessoa que descobriu o que eles haviam feito e não hesitou em pedir que Luke viesse até meu apartamento e me contasse tudo que tinha acontecido. Mas principalmente, procurasse ter certeza de que eu estava bem.

E naquele momento, eu não poderia amar mais a minha melhor amiga. Que ao invés de se preocupar com a reta final de sua gravidez, estava preocupada comigo.

Jordan foi outra pessoa que se preocupou quase tanto quanto sua irmã.

Ele tinha me defendido e protegido de Liam mesmo que não fosse sua obrigação. Éramos amigos, claro. Mas ainda assim, foi uma completa surpresa para mim.

E uma surpresa ainda maior foi quando percebi que não tinha ligado para ele para saber se estava bem.

Dois dias depois da troca de socos em frente ao meu apartamento, eu me encontrei com Jordan. O agradeci durante minutos por ele ter feito o que fez em relação a Liam e por ter pensado em ligar para minha médica quando isso não passou pela minha cabeça. Mas também pedi desculpas por não ter sido uma boa amiga e demorado tanto para perguntar se ele estava bem. Expliquei para ele que na hora eu não conseguia me concentrar em mais nada que não fosse em mim ou no bebê, e ele entendeu. Mas ainda assim, fiz questão de leva-lo para almoçar como forma de agradecimento. Ele não recusou, é claro.

No dia seguinte eu fui ver Eliza e mais uma vez, ela me recomendou ficar longe de situações estressantes e tumultuosas; o que é um pouco complicado devido a... tudo.

Ela me tranquilizou dizendo que estava tudo bem comigo e com o bebê.

Eu já estava no segundo trimestre e tanto quanto o risco de um aborto tinha se dissipado, eu ainda queria fazer o possível e o impossível para não trazer complicações a ele ou a ela.

Logo, eu saberia se o bebê seria uma menina ou um menino.

E o restante dos dias foquei em mim e no bebê. Passei mais tempo em casa, mas também na casa dos meus pais e da Emily.

Completamente longe de problemas, estresses e confusões.

 

*****

 

— Será que minha melhor amiga trabalha aqui? - Levanto a cabeça ao som da voz e largo os papéis na cadeira.

— Eu não sabia que você viria. - Me aproximo dela e tiro o Oliver dos seus braços. — Pensei que ficaria em casa. Connor não iria almoçar com você e essa deliciosa criança em casa? - Dou beijos na barriga do Ollie e ele rir, me pedindo para parar porque faz “cosca”.

— Eu liguei para ele e disse para não vir. - Fala e eu a ajudo a se sentar na cadeira. — Parece que ele está namorando agora e eu não queria que ele tivesse que passar a tarde como meu babá. - Ela suspira quando se acomoda e eu puxo uma outra cadeira para me sentar ao lado dela. — Você acha que eu não percebi o que você e Luke fizeram? Todo dia alguém diferente passava horas comigo e com o Oliver até Luke chegar em casa, só para que eu não ficasse sozinha caso entrasse em trabalho de parto.

— E funcionou. Só agora você está falando sobre isso. - Dou de ombros. — Você disse a Luke que está aqui? Porque ele pode ligar para Connor, você sabe.

— Não, não avisei. - Responde. — E eu estou aqui com você, o que significa que está tudo bem. - Ela olha ao redor parecendo só agora notar que estamos no escritório da sua mãe e ela não está nele. — E a minha mãe? Onde está?

— Ela precisou resolver um problema na cozinha, logo estará de volta.

E como se soubesse que estávamos falando dela, Angeline entra no escritório e não perde tempo, jorra perguntas na Emily.

— Tudo bem, mas ainda acho melhor você ligar para o seu marido e dizer que está aqui, só pra ele não ficar preocupado. Você sabe que ele liga pra saber como você... vocês estão a cada uma hora. - Angeline fala.

— Ok. Eu vou ligar. - Ela suspira derrotada. — Embora eu tenha vindo para saber se vocês querem almoçar.

— Eu topo. Só preciso terminar um relat...

— Não, você vai almoçar agora. O relatório de atualizações pode esperar. - Angeline diz me interrompendo. — Infelizmente, eu preciso ficar e resolver algumas coisas.

— Tem certeza que não pode deixar pra resolver depois do almoço, mãe? - Emily pergunta e Angeline nega, afirmando que o problema na cozinha é sério e que ela precisa resolver para não comprometer as entregas do dia. E quando eu falo que posso esperar um pouco mais para almoçar e ficar para ajudá-la, ela me expulsa de lá e nós saímos.

— Onde está o seu carro?

— Podemos ir no seu carro? Viemos de táxi. Eu não estava no clima para dirigir. - Emily responde.

— E nem deveria. - Caminhamos em direção ao carro e abro as portas.

— Você dirige com a cadeirinha? Pensei que você só a deixava no carro quando saímos e precisamos levar o Ollie com a gente.

— Eu sou a madrinha dele, é meu dever ter a cadeirinha sempre no carro. Nunca se sabe quando vai precisar. - Respondo enquanto coloco Oliver em sua cadeirinha e me certifico de que está colocado corretamente. Quando termino, ajudo Emily a se estabelecer no banco do passageiro, entro no carro e dirijo por alguns minutos até estarmos no restaurante.

 

*****

 

— Mas e então... Liam procurou você desde aquele dia? - Emily pergunta e faz uma careta.

Já tínhamos almoçado, mas a vontade de uma sobremesa falava mais alto. Fazia alguns minutos que estávamos tentando decidir o que pedir.

— Não. Acho que ele está esperando que eu vá procura-lo.

— Você deveria... deveria demorar um pouco mais pra falar com ele. O que ele fez... foi errado. E eu não me refiro apenas em ele ter tido participação em espalhar a notícia da sua gravidez, mas também em ter batido no Jordan quando ele estava protegendo você. - Diz. A careta está lá novamente e isso reforça a minha teoria de que ela está mais chateada e decepcionada com Liam e o seu comportamento do que eu imaginava.

— Eu sei. - Suspiro. — Eu pensei que ele iria mudar depois que tivemos aquela conversa na lanchonete. Aquela que eu te contei a.... o que? A quase um mês e meio atrás? Emily... está tudo bem? - Pergunto notando seu rosto se contorcer em mais uma careta. Apenas... não parece ser certo.

— Sim, eu... - seu rosto muda de cor e ela grita.

— Você está com dor? - Pergunto e logo percebo que é uma pergunta estupida. É claro que ela está com dor.

Ela assente e eu pago a conta.

— Isso significa que o bebê quer nascer? - Pergunto um pouco desorientada.

— Sim!! - Ela grita novamente.

— Ok, tudo bem.

Pego Oliver e o seguro com um braço enquanto ajudo  Emily se levantar e apoiar-se em mim. O garçom, vendo o que está acontecendo se oferece para ajudar e diz que Emily pode usá-lo como apoio também.

Coloco Oliver em sua cadeira quando chegamos ao carro, ajudo Emily a se sentar, agradeço ao garçom pela sua ajuda e pego o celular.

— Eu estou levando Emily para o hospital agora. Oliver está comigo também. Acho que sua filha quer nascer, Luke. Avise a Angeline.

— Chego no hospital em cinco, dez minutos no máximo.

Desligamos e eu dirijo em direção ao hospital onde é suposto Emily dar à luz.

Chegamos no hospital em tempo recorde.

Grito com algumas pessoas para que elas possam ajudar Emily e um enfermeiro me segue com uma cadeira de rodas. E no exato momento em que entramos no hospital, Luke chega e se prontifica a ficar ao lado de sua esposa.

— Eu estou aqui. - Diz segurando a mão dela.

— Chegou rápido. Ligou para minha mãe?

— Um amigo me deu uma carona. E sim, eu já liguei para sua mãe e ela já está sabendo.

— Graças a De...

Ela grita e inconscientemente aperto Oliver em meus braços. E em seguida, os dois são levados para uma sala e eu fico esperando do lado de fora para não interromper o momento. Ou só pra ficar um pouco longe dos gritos da Emily.

— Hey!

— Thad? O que você... ah... você é o amigo que deu carona a Luke?

— Sim. Ele parecia nervoso e pensei que fosse melhor ajudá-lo. E aqui estou eu. - Diz sorrindo. — E a propósito, você está linda. Como você está? Tudo bem com você e o bebê?

— Obrigada. Estamos bem. Continuo com muito sono e fome. E você?

— Estou bem. E feliz de encontrar você outra vez.

— Eu também. - Respondo. E é verdade. Eu estou mesmo feliz de encontra-lo novamente. Depois da última noite que tivemos, eu pensei que isso nunca iria acontecer.

— E quem é esse garotão que está me olhando como se eu fosse roubar o seu último doce? E a julgar pela forma em que ele está se segurando em você, eu diria que você é o doce dele.

Ri. Não, eu gargalho.

— Esse é o pequeno Oliver. Primeiro filho do Luke e da Emily e meu afilhado.

— Nossa... ele é um garoto de muita sorte.

— Jane! Estamos indo para a sala agora. - Luke diz surgindo na minha linha de visão. — Como a Mel decidiu vir mais cedo ao mundo, a médica achou melhor que fossemos para a sala nos preparar.

— E a dilatação? - Pergunto, lembrando de todas as conversas que eu e Emily tivemos sobre o parto.

— Sete ou oito centímetros.

— E já vão levar para a sala de parto?

— Sim. Algo sobre a pressão da Emily, mas não se preocupe. - Diz. — Fique com o meu celular e se puder, avise a todos.

— Pode deixar. Vai dar tudo certo, Luke. Eu vou estar aqui.

— Obrigado. - Ele vira seu rosto em direção a Thad. — Obrigado por me trazer a tempo, cara.

— Não precisa agradecer.

— Fica com a tia Jane, garotão. O papai vai ficar com a mamãe e logo sua irmãzinha vai estar aqui. - Ele beija a testa do Oliver, me entrega o celular e vai embora, seguindo os médicos que já estavam levando a Emily.

— Por que não vamos nos sentar? Acho que você vai precisar. - Thad diz e nos guia em direção a algumas cadeiras. — Você quer que eu pegue alguma coisa para você ou Oliver? Eu percebi que tem uma lanchonete ali e umas máquinas de salgados e doces.

— Eu não quero, mas obrigada. - Respondo, mas mudo de ideia. — Mas será que você pode pegar um chocolate para o Ollie? Ele não deveria comer chocolate, mas eu não quero que ele fique estressado ou agitado com o que ta acontecendo.

— É claro. Um chocolate saindo em um minuto. - Diz animado e eu sorrio com sua animação.

Eu aproveito a oportunidade e ligo para Elijah, Farrah, Jordan e Connor. E quando Thad está de volta, ele me ajuda e fica distraindo Oliver enquanto eu ainda continuo no celular fazendo ligações. Dessa vez, para o resto da família e os amigos.

Jordan e Farrah são os primeiros a chegar, seguindo pela Sabrina e Tommy. Depois disso, todos parecem chegar ao mesmo tempo e a sala de espera fica pequena para todos nós.

Farrah se oferece para levar Oliver para casa da Emily e cuidar dele, enquanto a Vivian se oferece para pegar as bolsas que Emily havia deixado prontas a dias. Eu lhe instruo dizendo onde tudo está guardado e dou a minha chave reserva para as duas, depois que Farrah promete me ligar se Oliver precisar de alguma coisa. Eu não queria deixa-lo ir, mas também não queria sair sem ver a Emily e a Melissa.

— Alguém já ligou ou mandou mensagem para a Scarlett avisando? - Sheryl, avó da Emily, pergunta.

— Eu mandei uma mensagem e ela disse que viria assim que possível. - Respondo.

— Scarlett está perdendo tudo que acontece com sua família morando tão longe assim. Eu amo a minha neta, mas eu prefiro que ela esteja aqui. Perto de todos. - Ela fala e eu assinto, mas não porque eu concordo totalmente com ela, mas sim porque sei que ela precise disso: alguém que concorde. Mesmo que sua neta esteja apenas buscando o seu sonho. — E querida... - ela caminha em minha direção se aproximando ainda mais e segura meu rosto com ambas as mãos. — Eu soube da novidade... parabéns. Eu estou muito feliz por você.

— Obrigada Sheryl. - Respondo, sentindo todos os olhos em mim.

— E você deve ser o pai. Parabéns meu rapaz. Ela é uma mulher de ouro, você tem sorte. E esse bebê também. - Ela fala para Thad que ainda permanece ao meu lado e eu tenho vontade de abrir um buraco no chão e me esconder.

— Ela é sim. - Ele responde.

— Sheryl... ele não é o pai. É um amigo.

— Isso não anula o fato de vocês serem bonitos juntos.

— Vovó... por que não deixamos a Jane conversar com o amigo dela, huh? - Tommy se aproxima lentamente e leva sua avó para o outro lado. Eu agradeço mentalmente a ele.

— Essa família...

— É um pouco louca, eu sei. - Completo a frase e viro em direção ao Thad. — Eu praticamente cresci com eles ao redor por causa da minha amizade com a Emily. Já estou acostumada. Embora as vezes eles me fazem passar por momentos constrangedores.

— Como agora a pouco.

— Exato. - Digo. — Hm... - Assustada, mas também surpresa, toco minha barriga.

— O que foi? Você está sentindo alguma coisa? Quer que eu chame um médico? - Thad pergunta apressadamente e eu sorrio.

— Eu senti uma coisa. Foi leve, mas acho que o bebê se mexeu. - Pego suas mãos e coloco sobre minha barriga. — Você está sentindo?

— Hum, não. Não estou. - Diz, um tempo depois.

— É leve Thad. Não está sentindo? Se concentra.

— Eu acho que só você pode sentir por enquanto.

— É uma pena. - Lamento.

Olho para o lado e não apenas uma, mais duas coisas chamam minha atenção.

A primeira é Liam, que está longe de todos e com a cabeça baixa. Eu me sinto mal por ele, mas ainda não consigo esquecer o jeito que ele agiu. E mesmo assim, eu sei que preciso conversar com ele o mais rápido possível. Não posso prolongar mais.

E a segunda é Ethan.

Pela expressão em seu rosto é nítido que ele já sabe sobre a gravidez. O que me surpreende é que não recebi nenhuma ligação, mensagem ou visita sua questionando sobre a paternidade do bebê. E não é como se fizesse apenas dois dias que todos ficaram sabendo. A notícia foi espalhada a mais de uma semana agora, e eu não ouvi e nem o vi durante todo esse tempo. Até agora.

Seus olhos se conectam com os meus. Ele não me faz nenhuma pergunta silenciosa, e surpreendentemente, fico um pouco decepcionada cm isso.

Ao seu lado, Ivy fala alguma coisa e finalmente sua atenção se volta para ela e ele se concentra no que é dito.

— Você está em silêncio por um tempo... está tudo bem?

— Eu estou bem, Thad... só... o pai do bebê está aqui. - Digo sussurrando a última parte.

— Agora entendi. Podemos sair um pouco daqui, se você quiser.

— Tudo bem. Acho que eu poderia comer algo.

— Ótimo. Então vamos alimentar vocês dois. - Ele diz sorrindo e é impossível não fazer o mesmo.

*****

Duas horas e meia depois e a Melissa chega ao mundo.

Levou mais tempo do que todos esperavam, mas apesar de tudo - e principalmente de uma pequena complicação que teve no parto - a Mel nasceu cheia de saúde e está tão bem quanto a Emily.

Mesmo cansada, Emily faz questão de receber todo mundo e nos apresentar a Mel. Foi algo rápido, mas todos prometem voltar para uma nova visita quando ela não estiver tão exausta.

— Ela é sua cara, Emily. - Logan fala olhando para a Melissa. Ela por sua vez, agarra o dedo dele. — Ela é tão lindinha, da vontade de apertá-la. Eu não vejo a hora de segurar o seu, Jane. - Ele me encara. — Liam contou a Lori que pode ser pai do bebê. Ela não recebeu a notícia muito bem, óbvio. No entanto, Liam está feliz.

— Ok... vamos sair e deixar as garotas conversando. - Luke fala. Ele deve ter visto algo em meu olhar quando Logan falou, ou ele não teria dito para os dois saírem do quarto.

— Obrigada. - Digo sem pronunciar um som.

— Vamos. Você me paga um café. - Luke diz a Logan e juntos eles vão embora.

— Você quer segurá-la? - Emily me pergunta.

— É claro. - Digo e com cuidado ela coloca a Mel em meus braços e eu a embalo. — Ela é linda. Mas eu discordo do Logan, ela se parece com vocês dois. Uma mistura perfeita. Ela é tão pequena que parece uma boneca. - Toco suavemente em sua mão e ela agarra meu dedo com força. — Bem-vinda ao mundo, Melissa. Eu sou a melhor amiga da sua mãe, o que me faz sua tia. É a mim que você vai procurar quando quiser fugir dos seus pais. E eu prometo; assim como prometi ao seu irmão quando ele tinha o seu tamanho, que eu vou te proteger de todo mal e ser a melhor tia do mundo.

Eu não me importo se ela não está entendendo ou ouvindo nada, o que importa é que estou dizendo essas palavras e que a Emily está ouvindo. Porque eu sei que ela diria o mesmo.

— Quando você vai descobrir o sexo do bebê? - Emily pergunta depois que devolvo a Mel para os seus braços.

— Daqui a duas semanas. Eu estou tão animada que mal posso esperar.

— A sensação é maravilhosa, você vai ver. - fala. — E então... minha família encheu você com toda a conversa de gravidez? Tommy falou que a vovó ficou um pouco no seu pé.

— Tipo isso. Mas ninguém falou nada, apenas ela. Embora eu recebi alguns olhares, sabe!? Thad até...

— Você e Thad, huh? É pra valer agora?

— Ele é só um amigo. - Reviro os olhos.

— Do mesmo jeito que eu e Luke éramos amigos. Olha onde estamos agora.

— É diferente, Emily...

— Jordan disse que Thad parece gostar de você.

— Seu irmão é fofoqueiro agora? - Suspiro. — Eu já disse, não posso trazer ninguém para a minha vida bagunçada até resolver minhas questões com o pai.

— Eu sei, e entendo você. Mas Thad é um cara legal pelo que eu consegui ver. Ele está esperando você lá fora. Ele pode ser diferente. Pense nisso...

Assenti.

Meu peito aperta e meu coração incha com emoção ao ver o pequeno pacotinho descansando tranquilamente nos braços da sua mãe. Eu olho para Emily descabelada e com um enorme sorriso e sei que ela está pensando que as horas de parto valeu a pena. (gif da capa)

Eu não consigo olhar para a Mel sem imaginar que em poucos meses, eu estarei segurando o meu próprio “pacote”.

Eu suspiro e encaro Emily decidida. 

— Ethan. Ele é o pai.