1. Spirit Fanfics >
  2. Love Is A Battlefield >
  3. 005: what if

História Love Is A Battlefield - 005: what if


Escrita por: bolchevicky

Notas do Autor


Oi gente, não vou me prolongar demais porque a internet está ruim. Mil desculpas!]
Boa leitura

Capítulo 6 - 005: what if


Fanfic / Fanfiction Love Is A Battlefield - 005: what if

Já era meu quarto dia em Los Angeles e passar meu tempo com os garotos, era algo bem divertido. Porém, de vez em quando, tinha que me lembrar mentalmente que tinha ido até ali para destruir um noivado, não para me divertir como se estivesse a favor daquilo. Respirei fundo, deixando que um pouco das cinzas do meu cigarro caiam no cinzeiro e olho para a janela, admirando o nascer do sol e as mudanças das cores do céu enquanto voltava a tragar mais um pouco da nicotina para meu sangue.

Hoje o dia seria longo. A família da Erin iria fazer um almoço especial, para anunciar oficialmente o casamento que aconteceria em breve e meu estômago dava pequenas voltas desconfortáveis só de pensar naquilo. Merda.

Acabei com meu cigarro e sai da borda da janela, andando descalça pelo apartamento silencioso. Eu não iria voltar a dormir de jeito nenhum e até que poderia pegar meu telefone e ligar para James, mas achava melhor não fazer isso (não sei, só não estava com vontade). Então decidi que era hora de andar por Los Angeles e reconhecer com meus próprios olhos esse lugar que me acolheu por muito tempo.

Abri minha mala e peguei uma calça e uma camiseta, vestindo as peças em seguida. Juntei dinheiro e outras coisas na bolsa e sai

Eu precisava espairecer.

E precisava de um café.

Na rua, com meu copo de café em mãos e meus passos me guiando até a Hell House, me sinto um pouco melhor do que quando acordei. Quando chego lá, me apoio na beirada da cerca e observo a calmaria ao redor e se eu me concentrasse bem nas memórias, poderia imaginar que naquele horário, em um final de 1986, todos estariam quase mortos em cantos aleatórios do imóvel. O vento embala meu rosto e eu fecho os olhos, sentindo os dias suportáveis e submissos ganharem um contentamento que nenhum sofrimento ousava se manifestar.

 

Axl estava cheirando a suor, mas também cheirava ao meu perfume. Resmunguei contra a pele do seu peitoral exposto, me apoiando na cama e seus lençóis sujos e bagunçados para me sentar. Chutei uma garrafa que estava em cima da cama sem querer, respirando fundo ao sentir o barulho do objeto ao espatifar no chão. Rose nem se mexia, mas sabia que ele estava bem. Desviei meu olhar dele, ainda meio grogue e tonta por causa da ressaca. Passei as duas mãos no meu rosto, na tentativa de me manter mais acordada. Joguei meu cabelo embaraçado para trás e resmunguei, novamente, flexionando os músculos rígidos das minhas pernas.

Eu estava acabada. Tudo doía, minha cabeça, meu corpo. Não pensei que era uma boa ideia levantar, então voltei a deitar em cima do Axl - sua pele nua contrastando com a minha, os batimentos acústicos e ritmados do seu coração, a respiração dele em meu cabelo, tudo isso diminuía todo o desconforto que estava sentindo.

— Hm - Axl geme baixinho contra meus cabelos, apertando seus braços ao meu redor - Por que está acordada?

— Dor - sussurro abafadamente contra sua pele - Muita dor

— Vai passar

— Eu sei - reviro os olhos

Estou com os olhos fechados e eu penso que ele voltou a dormir, mas então, Axl se afasta um pouco para puxar meu rosto com delicadeza, com as duas mãos, fazendo com que eu pudesse encarar seu semblante de pura dor emocional:

— Está tudo bem? Eu te machuquei?

Respirei fundo, para suspirar logo em seguida. Como na maioria das vezes, tanto sóbrio quanto bêbado, drogado ou os dois, Axl perdia a cabeça. Ele pode até gritar, quebrar coisas, mas nunca me machucava - apesar do sexo da reconciliação deixar marcas roxas e intergalácticas na minha pele sensível toda vez.

— Não, Bill - murmurei minha resposta final, olhando fundo em seus olhos.

Eu estava lhe dizendo a verdade, não me sentia machucada de nenhuma forma, mas claro que mesmo assim, a culpa recaía em seus ombros. Ele fechou os olhos e deitou minha cabeça no travesseiro, ficando suspenso por cima de mim com o auxílio das suas mãos, postas no colchão em cada lado do meu corpo:

— O que você está fazendo? - sussurrei, como se fôssemos dois adolescentes que não poderiam ser pegos pelos pais

— Cuidando de você

A sombra de um sorriso apareceu em seus lábios e eu resfoguelei ao sentir seu beijo molhado perto do meu seio. Não falei nada, nem me movi, deixei que ele fizesse o que queria fazer. Seu dedão apertou levemente uma área sensível, o que me fez abrir os olhos e olhar para baixo, vendo seu rosto endurecido:

— Eu odeio te machucar

A região próxima ao meu umbigo está vermelha, justamente porque ele tinha fincado com força seus dedos ali. Axl está se apoiando nos cotovelos, o dedão fazendo carinho na região e, por fim, ele deposita um beijo cálido ali, me fazendo morder os lábios

— Você não me machucou…

— Eu só… - balança a cabeça, deitando sobre a minha barriga e rondando minha cintura em um abraço caloroso - Só amo você demais, entende? E eu não sei lidar com isso, Lana - respira fundo

Sabia que para ele era mais fácil falar aquelas coisas quando não olhava para o meu rosto, como agora. Para mim também era mais fácil. Crispei os lábios, preocupada com toda a imprevisibilidade que ele carrega dentro dele mas, eu resolvi deixar para lá. Movi meus dedos até seus fios ruivos, acariciando seu couro cabeludo e tirando todos os nós, cuidando dele em pequenos gestos porque ele precisava. Sempre precisou. E eu sempre entendi.

 

Mas surpreendentemente, eu me sinto bem com as memórias que brotam tão vívidas na minha cabeça. Elas parecem me motivar. Sorrio comigo mesma, sentindo o calor californiano ficar mais forte conforme os minutos vão passando. Meu café acaba e eu decido ir embora, finalmente pronta para enfrentar aquele dia.

Decido voltar a pé para o hotel e, então, com passos calmos e distraídos, entro no prédio e antes de chegar no elevador, distraidamente ouço o meu nome ser chamado.

Olho para o meu lado direito, e então eu vejo Erin. Franzo meu cenho diante da sua presença.

— Hm - umedeço os lábios - Oi

Ela sorri e se aproxima.

— Eu preciso conversar com você - é direta. Seu sorriso não consegue esconder a impassibilidade dos seus lindos olhos - Posso subir com você?

Eu queria ser grossa, e rude talvez, mas pensando por outro lado, Erin não merecia todo o meu rancor. Então só fui educada e assenti, entrando com ela dentro do elevador e quando as portas de ferro se fecharam na nossa frente, ela se vira:

— Eu sei que você não esqueceu o Axl - ela deu uma pausa e desviou o olhar, olhando para baixo. Mas então, ela voltou a levantar a cabeça e me encarou, os olhos mais firmes e duros - E eu sei que na primeira oportunidade que tiver, você vai tentar pegá-lo de volta

Entreabo os lábios, realmente surpresa com que eu estava presenciando e ouvindo. Ela parecia prestes a ficar muito furiosa e eu só encolhi os ombros:

— Erin - engoli em seco, dando um sorriso nervoso para ela - Axl… Axl não me ama mais. Ele está com você, não comigo

Ela balança a cabeça repetidamente, perdendo o controle. Suas orbes se voltam novamente para mim, sua face distorcida em medo e seus olhos, brilhantes, estão cheios de lágrimas repentinas:

— Ele só consegue falar de você o tempo todo, eu achava normal mas… - fungou, seus lábios trêmulos - Mas desde que você chegou isso piorou. Eu… eu não sei se…

Começo a hiperventilar, completamente nervosa. Falando de mim? Aperto o botão do meu andar, ansiosa para sair dali o mais rápido possível. Merda, estava ficando quente.

— Como… Como assim Axl fala de mim? - digo andando para o outro lado do elevador, me encostando na parede e começando a suar frio. Ótimo.

— Ele fala de como só você conseguia deixar o cabelo dele do jeito que ele gostava e fala que você cozinhava muito bem mesmo sem saber cozinhar - respira fundo, segurando o choro - Você é perfeita para ele, eu sei disso....

— Erin, porque você está aqui me falando isso? - murmurei, voltando a me aproximar dela e a segurando pelos ombros, chocoalhando seu corpo levemente. Ela finalmente começa a chorar e eu respiro fundo, contando até 10.

— Eu preciso que você aceite a ser minha madrinha de casamento - fala com a voz embargada - Você precisa me ajudar. Eu não o conquistei totalmente, Lana, e você precisa me ajudar.

Congelo, sem reação, mesmo depois das portas terem se aberto. Everly me encara ansiosa para receber uma resposta. E eu… Eu não sei o que fazer.

— Tudo bem - me afasto dela novamente, murmurando aquelas letrinhas devagar. Merda.

Ela seca o rosto com as costas da sua mão e sorri para mim, me abraçando. E, novamente, estou sem reação:

— Muito obrigada, Lana! - diz aliviada - Eu não vou conseguir isso sem você


 


Notas Finais


Beijos,
little Vicky


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...