História Love is enough - Quatro

Casa do Álvaro/ Turim, Itália 

Manhã seguinte 

Sofia Martins 

-Olha Lorenzo, você não vai ter mais seus papais separados. - Álvaro debocha quando eu conto que Paulo me convidou pra almoçar com ele. 

-Papai?- Lorenzo fala fazendo careta 

-Isso mesmo, carinha. Seu papai aquele moço feio. - Álvaro continua rindo 

-Para, Álvaro. - eu digo rindo 

-Eu já sou madrinha do casamento. - Alice fala rindo 

Eu me sentia tão bem com eles, afinal, eles também eram minha família. Tem mais de 15 anos  que sou amiga do Álvaro. Eles sempre me apoiaram em todas as minhas decisões, até nas minhas loucuras. E estava feliz que eles estavam nesse momento também. 

(...)

- Essa roupa está boa? - Digo mostrando o vestido floral na metade de coxa que eu havia escolhido para o almoço. 

 - Está maravilhosa. Vestida para matar um argentino. - Alice fala rindo 

- Só você. -digo rindo 

-Vamos que já estão a sua espera na sala. - ela fala e sai correndo do quarto. 

Meu coração acelera ao chegar na sala e ver Álvaro, Paulo e Lorenzo brincado. 

- Você está lindo, meu amor. - sorrio para Lorenzo que é o primeiro a me notar. 

Paulo vira na hora e me encara com um sorriso de derreter. Ele se levanta, pois estava abaixado da altura de Lorenzo. 

-Você está incrível, como sempre. - ele diz e beija minha bochecha. - Vamos? - assinto e ele vai até o Lorenzo e o pega no colo e se despede de Morata e Alice. 

-Cuida deles ein, irmão. - Álvaro diz. 

-Divirtam-se. - Alice fala rindo

Paulo vai caminhando para o carro enquanto eu pego as coisas do Lorenzo, como mochila, brinquedo, etc. 

- Eu achei que deveria comprar isso, para ele andar em segurança. - Paulo diz colocando Lorenzo em uma cadeirinha em seu carro. Ri e assenti, pois lembrei de Álvaro. 

Fomos conversando o caminho todo sobre coisas aleatórias e sinto o clima entre nós mais leve. Eu sabia que ele queria ter uma boa convivência e engoliria seu orgulho sobre meu erro para ficarmos bem. Eu amava isso em ele. Era bom estar com ele novamente. Ele falava animadamente sobre a juventus, a Champions e eu ouvia atentamente como fazíamos há um ano.  

Sorrio largamente ao nos aproximarmos de meu restaurante preferido em Turim, ele lembrava. Vínhamos muito aqui, já éramos amigos dos garçons. Servia uma comida japonesa maravilhosa que eu adorava. 

- Eu queria ter visto você grávida. - Paulo fala enquanto nos sentávamos em uma mesa 

-Eu posso te mostrar umas fotos. Eu tirei uma a cada mês. - ele sorriu assentindo

-Como foi o primeiro aniversario dele? - ele olha para Lorenzo que se distraía com seu iPad. 

-Eu não quis fazer festa, achei que deveria esperar. Então eu viajei com ele para a Disney. - digo simples - Mas pretendo fazer uma festa para ele agora de 2 anos. - Ele assente e segura minha mão. 

-Estou feliz que vocês estejam aqui. Estou bem empolgado com tudo isso. - ele sorri - Eu quero leva- lo para minha mãe conhecer. Ela ficou tão feliz em saber de tudo isso. 

-Claro, Paulo. Você tem todos os direitos desse mundo. - sorrio para ele.

Era bom saber que a mãe dele não me julgava, mas eu não esperava outra coisa. Alicia era um amor de pessoa e eu adorava-a. 

(...) 

Paulo Dybala 

Eu ainda não conseguia acreditar que era pai. Eu tinha um filho! Um menino ainda! Eu ainda estava um pouco extasiado, mas também estava chateado com a Sofia mas ao mesmo tempo muito feliz por tê-la de volta. 

No fundo, eu entendia. O tempo que ela esteve aqui foi suficiente para tudo, inclusive para ela engravidar. Menos para nos namorarmos, uma grande burrice minha. Ela estava assustada e era um pouco imatura, assim como eu. Eu estava disposto a entender tudo e passar por cima do que ela fez, para te-los ao meu lado, ela e meu filho. 

Ela foi a única mulher que eu realmente amei, e amo. Ela me amou por eu ser quem eu sou, ela não tinha interesse, não queria fama. Antes de qualquer coisa ela queria me ver bem. E era isso que me motivava. Ela adorava minha mãe, vivia ligando, conversando. Nenhuma outra mulher fez isso, e era por isso que mesmo ela tendo feito o que fez minha mãe estava radiante do meu primeiro filho ser dela. 

É claro que eu estranhei muito quando ela parou de me responder, eu sabia que tinha algo de errado. Afinal, ela mal se despediu aqui na Itália e foi correndo para o Brasil e eu fui um idiota por não ir atrás dela. 

Eu estava feliz que ia almoçar com a minha família, estava realmente radiante. Quero muito preserva-los da mídia, por isso iria fazer tudo com calma. Hoje de manhã, fui ao cartório e registrei Lorenzo, que agora era Brasileiro com nacionalidade Argentina e Italiana. Depois disso, pedi que meu empresário soltasse uma notícia na mídia, e a Sofia era um pouco conhecida pelas minhas fãs, então apenas aleguei que ela era uma excelente mãe e que eu estava muito feliz. Eu esperava que nada de ruim acontecesse, claro que eu tinha pedido autorização a ela para fazer isso. Então postei uma foto minha e de Lorenzo, que um dos fotógrafos do CT tiraram no dia em que te conheci. Era melhor assim, afinal iriam me ver na rua etc, e eu queria tudo esclarecido sem motivos para escândalos nos tabloides. 

Os caras do time ficaram malucos e já queriam conhecer o Lorenzo. Alguns acharam que a Soph foi tola, mas todos respeitaram e entenderam a situação dela. 

Estaciono o carro em frente à casa de Álvaro e toco a campainha. Ele atende a porta e me dá um abraço. 

- Estou feliz que vocês estejam se acertando, cara. - ele diz e fazemos nosso toque - Espero que tenha entendido que não contei nada por ela. Mas que nunca concordei com isso. 

- Isso é passado, irmão. Vamos aproveitar agora. -digo rindo 

-É assim que se fala. Te amo, mlk. Entra aí! 

Eu entro e logo avisto Lorenzo, que estava lindo por sinal.

-Como você está lindo, carinha. - digo beijando o topo da cabeça de meu filho. Álvaro, Lorenzo e eu somos despertados de nossa brincadeira de carrinhos pelas Alice e Sophia e  surgem na sala. 

Como a minha mulher estava linda, como sempre. E eu só esperava que ela voltasse a ser minha novamente. 

(...) 

Sophia tinha ido ao banheiro e já tínhamos acabado de almoçar. Eu estava brincando com Lorenzo que estava em cima da mesa e eu o segurava. 

- Pa pai. - digo rindo - Pode dizer papai, carinha? - faço cócegas em Lorenzo que ri 

-Oi, será que podemos tirar uma fotografia com você? - somos interrompidos por duas meninas 

-Oi. Claro. - digo sorrindo

Me levanto e sorrio para a foto. Vejo Soph se aproximar sorrindo. 

-Fiquei feliz que vocês voltaram. - uma das meninas disse quando reparou a presença dela e eu vi Sophia ficar como um pimentão - O filho de vocês é lindo e a sua cara, Dybala. Você só carregou. - brincou com ela que caiu na gargalhada e eu também. 

Elas se despediram e eu ri olhando para Soph

- Papai. - Lorenzo me olhando e esticando os bracinhos, disse e  eu arregalei os olhos. Sophia alargou o sorriso e eu peguei meu filho, enchendo-o de beijos. 

- Isso, carinha. Eu sou seu papai. - era o melhor dia da minha vida.