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História Love is Free - Capítulo Um


Escrita por: The_Caarol

Notas do Autor


OLHA EU AQUI DE NOVO!!!
Mais uma historinha sobre os mozões do futebol. hahahhaa
Espero que gostem, que acompanhem.
Beijokas.

Capítulo 1 - Capítulo Um


Fanfic / Fanfiction Love is Free - Capítulo Um

                Identifico facilmente a minha mala na esteira, culpa dela, por ser azul marinho e cheia de florezinhas fofas que me irritam, e muito. A tiro dali com uma certa dificuldade pois ela está quase mais pesada que eu. Afinal, trouxe quase todo o meu guarda-roupas para passar cerca um mês por aqui. Já ouvi falar que ser madrinha de casamento dá quase tanto trabalho quanto ser a noiva, mas sempre achei que fosse frescura de mulher, agora vejo na pele que não é. Faltam vinte e não sei quantos dias para o casamento da minha melhor amiga e ela já me fez vir do Brasil pra cá, só ajudar nos preparativos para “o dia mais importante” da vida dela.

            Olho ao redor, e noto que o pessoal que vive de cores neutras está olhando meio torto para a minha mala que chama um leve atenção, não vou mentir, mas não tenho culpa se a minha adolescente interna ainda não morreu e na loja esta parecia uma mala muito maravilhosa.

Sei que já olhei por tudo aqui, e nada de eu ver a Bárbara que vinha me encontrar no aeroporto pra mim não precisar passar a vergonha de vir para Londres não sabendo falar mais do que umas cinco palavras em inglês. Já sinto minha mãos soarem frio e sei que se soltar a alça da mala ou tirar a mão do bolso elas vão estar tremendo mais do que broto de palmeira em dia de temporal. As placas, todas, em inglês e a moça que dá os recados por aqui também falando em inglês me apavoram e já começo a pensar se vou ter bateria o suficiente no meu computador para, pelo menos, conseguir escrever os três capítulos iniciais que faltam para poder lançar meu segundo livro antes de virar uma moradora de rua em Londres.

            Uma mão com unhas pintadas impecavelmente em tom de vinho sofisticado, aqueles bem de madame, surge em frente ao meu rosto balançando os dedos para que eu note o magnífico anel prateado cheio de pequenos diamantes em seu dedo anelar.

            -AH MEUS DEUS! – Exclamo me virando para trás e dando de cara com uma Bárbara bem mais chique do que me lembro.

            -Não faz escândalo. – Ela avisa antes de qualquer coisa e só depois me abraça.  – Eu estava morrendo de saudade loca.

            -Ahh, sim, meu Deus. Quase morri de depressão no primeiro mês longe de você, mas tudo bem, tô vendo que te fez bem essa mudança.

            Falo apontando para o seu corpo. Mesmo estando apenas com uma calça preta, um casaquinho e uma bota ela consegue estar mais arrumada do que quando passo horas me ajeitando para algo importante.

            Tento puxar assunto ali mesmo, mas ela me corta e apenas diz que quando estivermos no carro ela me deixa falar, pois sabe que eu vou acabar fazendo algum escândalo desnecessário ali no meio de toda essa gente estranha.

            -Tu vai casar. A MEU DEUS! – Solto assim que ela fecha a porta do carro. – E ele deve ter muita grana. Senhoor! Olha esse anel, aposto que é de ouro branco e não de prata. – Falo animada enquanto ela apenas liga o carro e sorri como uma criança na véspera da Páscoa.

            -Você vai gostar dele, ele também não regula muito bem, assim como você.

            -Quero conhecer ele. Hoje ainda. – Fazem quase um ano e meio que a Bárbara se mudou para Londres a fim de fazer um curso muito foda de culinária, desde então ela já abriu o próprio restaurante e conheceu o “amor da vida” dela, com o qual ela vai casar dentro de vinte e sete dias e o qual eu apenas sei que se chama Luiz, pois ela nunca me mostrou uma foto dele, nem me deu um sobrenome para que eu pudesse catar ele em alguma rede social. Eu, criativa como sou, já criei várias hipóteses sobre as possíveis deficiências do rapaz, pois se ele fosse normal ela não teria porque esconder ele desse jeito. A minha teoria mais aceita é de que ele é um velho, cheio da grana pelo que eu vi agora, que tem uma doença terminal, e que ela está com ele porque ele é sozinho no mundo e a herança vai ser toda dela. Por mais que eu ache impossível a minha Babi se interessar por alguém assim, logo ela que sempre foi a romântica sonhadora do grupo.

            -Eu moro com ele, então, eu querendo ou não vocês vão se conhecer hoje.

            -Mas ele tem alguma deficiência? Sei lá, não quero chegar lá e deixar bem claro que notei que ele é estranho.

            -Ah, ele tem um pequeno problema na cabeça, mas nada que um bom profissional não resolva. – Ela ri como se aquilo fosse a melhor piada do mundo.

            -Tá, então vou preparada com a minha cara de “nada de anormal está acontecendo aqui” aí as chances de eu dar alguma bola fora serão menores.

            -Ai Gabi, só vocês mesmo pra inventar essas loucuras.

            -Meu editor diz a mesma coisa. Mas ele, pelo menos, não esconde a namorada de mim. – Tento cutucar ela pra ver se ela solta mais alguma coisa sobre o moço lá, mas ela apenas ri e troca de assunto.

            -Falando em editor, como anda seu livro?

            -Não vale usar as minhas palavras pra conseguir mudar de assunto! – Reclamo, mas decido que vou falar sobre meu segundo filho. – Mas enfim, o João, meu editor, diz que sou louca, que ninguém consegue escrever um livro de quase quinhentas páginas sem saber como ele começa, que eu escrever os primeiros capítulos agora, com ele já finalizado vai dar merda, mas eu não dou muito bola pra ele, não depois que ele deixou a editora mudar o nome do meu primeiro livro. Tu sabe, faz quase um ano, mas ainda não superei eles terem trocado “O Número Sete”* por aquele título bosta lá.

            -Eu também preferia o original.

            -Sim! Eles mudaram porque, segundo as pesquisas deles esse nome não ia vender bem, não era atrativo para o público adolescente.

            -Não acho que seja um livro adolescente. Sei lá, ele tem umas tramas que menores de idade não entendem direito.

            -Não me faz rir. Ele só tem uns dois pequenos capítulos com leves discrições de um relação sexual, apenas.

            -Aham, “leves”. Eu li. Não se esqueça disso.

            -O original, que estava bem mais pesado do que o que foi publicado.

            -Li os dois. Você fez questão de me mandar uma cópia autografada assim que ele foi para as livrarias.

            -Ah, foi porque você me ajudou com ele.

            -Quando a gente tinha 16 anos.

            -Ainda me sinto com 16. Sei lá, ainda não bateu a responsabilidade dos mais de 25.

            -26, você não tá velha para de negar a idade.

            -Me sinto velha. Afinal eu escrevo livros para adolescentes de 15 anos.

            -Isso é bom, você nunca vai ser totalmente velha. – Ela ri e posiciona o carro para entrar pelo portão de um condomínio extremamente grande e lindo.

            -Você mora aqui? – Pergunto apontando para o prédio.

            -Sim, com o Luiz.

            -Só falta me dizer que é na cobertura.

            -Não digo. – Ela brinca e estaciona o carro na vaga com o número 112A.


Notas Finais


*O livro anterior da que a Gabi escreveu faz referencia a minha outra fic com o Cavani. Link: https://spiritfanfics.com/historia/o-numero-sete-3643377

Espero mesmo que tenham gostado. Eu tô meio insegura com essa história, mas vamos lá!!
Beijos, até o próximo.


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