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História Love is strange - Sheila


Escrita por: NahMalarkey

Notas do Autor


Mais um..♥️

Capítulo 16 - Sheila




PV Enzo

Finalmente tinha algo para aliviar minha cabeça, o plantão no hospital. Era tudo que eu precisava para deixar de pensar em problemas. Quando cheguei em nossa sala, Jô já me esperava com o jaleco e a prancheta nas mãos.

- Está atrasado...- Exclamou me entregando meu jaleco.

- Eu sei... Tive que parar para tomar alguma coisa..- Falei enquanto me vestia.

- Não me diga que bebeu antes de vir trabalhar...- Exclamou me lançando um olhar acusador.

- Claro que não.. você sabe que eu não bebo, depois do que aconteceu. Eu só tomei um café, precisava organizar os pensamentos...- Exclamei.

- Problemas..? - Perguntou.

- Como sempre...- Exclamei a fazendo sorrir. - Então, o que temos hoje..? - Perguntei abrindo a porta, para seguirmos pelo corredor.

- Bom... Acidente de moto, porém o paciente já está estabilizado, um caso de alergia e uma senhora que acabou de dar entrada com princípio de infarto..- Falou enquanto checava a prancheta.

- Princípio de infarto.. isso já é mais sério...- Exclamei.

- Sim... Quanto mais nesse caso, ela é uma senhora entre 60 á 65 anos... Sheila Bennett...- Exclamou me fazendo franzir o cenho.

- Sheila Bennett..?

- É o que diz na ficha dela... Por quê..?

- Eu quero esse caso...- Exclamei pegando sua prancheta. - Em que quarto ela está..?

- No 12...- Exclamou. - Eu fico com o cara da alergia então..- Falou, eu apenas acenti e corri pelo corredor até seu quarto.

Quando cheguei em seu quarto, já havia alguns enfermeiros monitorando seus batimentos. Era mesmo a avó de Bonnie, é claro.. Bonnie havia me dito que ela sofria de problemas cardíacos, isso pode explicar a causa da parada cardíaca.

- Como estão os batimentos..? - Perguntei a um dos enfermeiros enquanto checava os aparelhos.

- Estão descompassados, também está com a pressão mais alta que o normal..- Exclamou.

- Ok... Apliquem uma dose de Bisoprolol na veia, isso vai normalizar os batimentos, também quero uma radiografia e um monitoramento cardíaco..- Exclamei colocando as luvas, ele apenas concordou e começou o trabalho.

Casos como esse sempre precisavam de atenção extra. Há pessoas que sobrevivem a um infarto, mas em outros casos não há tanta sorte. Assim que administramos os remédios, seus batimentos começaram a normalizar, assim como sua pressão. Só precisávamos esperar pelos exames. Ela ainda estava adormecida, graças aos remédios aplicados que contém soníferos, mas sua situação já era estável. Só uma coisa me preocupava agora... Bonnie. Após checar uma uma última vez que Sheila estava bem, pedi para que os enfermeiros ficassem com ela, então sai em direção a sala de espera.

Bonnie estava andando de um lado para o outro, com lágrimas nos olhos e com os braços cruzados. Mas parou assim que me viu, franzindo as sobrancelhas.

- Enzo... O que faz aqui..? - Perguntou limpando as lágrimas de suas bochechas.

- Trabalhando...- Exclamei indicando meu jaleco.

- É claro... Eu... Eu tinha esquecido..- Exclamou.

- Eu estava cuidando do caso de sua avó...- Disse vendo suas feições mudarem para preocupação rapidamente.

- Como ela está..? Está bem..? Eles não avisaram nada depois que a levaram...- Falou passando a mão pelos cabelos.

- Ela está bem... Já está estável.. - Exclamei me aproximando, então ela soltou um suspiro aliviado.

- Eu fiquei com tanto medo quando a vi desacordada no chão... Eu pensei que fosse perde-la..- Exclamou, seus olhos voltaram a se encher quando ela desviou o olhar, então abri os braços e a puxei para um abraço. Ela não se afastou, nem reclamou, apenas passou os braços pelos meus ombros e afundou a cabeça em meu pescoço.

- Ela vai ficar bem, amor... prometo..- Exclamei acariciando suas costas. - Mas eu preciso que você me explique o que ela tinha.. você disse que ela já tinha problemas cardíacos, não é..? - Perguntei me afastando um pouco para olhar em seus olhos.

- Sim... Já faz um ano que ela foi diagnosticada com uma doença arterial coronariana...- Exclamou limpando os olhos.

- Esse pode ser um dos motivos para o princípio de infarto... Ela teve as emoções alteradas ultimamente..? Susto, preocupação, irritação, ou algo do tipo..? - Perguntei e ela franziu o cenho parecendo pensar.

- Não... Quer dizer, não que eu saiba, ela estava bem hoje de manhã..- Falou suspirando. - Eu quero vê-la, Enzo.. onde ela está..?

- Ela está sedada agora... Mas eu posso te levar até o quarto dela se quiser...- Exclamei, então ela assentiu com a cabeça rapidamente, peguei sua mão e a guiei até o quarto.






PV Bonnie

Enzo havia me deixado no quarto com a vovó enquanto ele checava seus outros pacientes. Ela ainda estava desacordada, ligada a alguns aparelhos que a monitoravam. Mesmo que Enzo tenha garantido que ela estava bem, ainda me preocupava, ela não tinha problemas desde que passou a tomar seus remédios, o que me faz questionar qual o motivo de seu ataque, será que aconteceu algo que eu não saiba..? Bom, só irei saber quando ela acordar e me explicar o que houve. Estava perdida em meus pensamentos, imaginando as possíveis causas disso, quando a porta se abriu e Enzo passou por ela com um copo de café na mão.

- Trouxe para você.. achei que fosse precisar..- Falou com um pequeno sorriso enquanto me entregava o copo.

- Obrigada...- Exclamei enquanto bebia um gole.

- Está ficando tarde... Talvez seja melhor você ir para casa...- Exclamou.

- Não... Quero ficar aqui com ela, para quando ela acordar...- Falei desviando o olhar para vovó.

- Bonnie.. você está aqui a horas, deve estar cansada. E além do mais... Ela só deve acordar amanhã, o efeito do remédio não acabará tão cedo...- Falou se aproximando. Me virei para ele com um longo suspiro, sabia que ele estava certo, não adiantaria discutir.

- Tudo bem... Mas eu quero ser avisada se alguma coisa acontecer, ou se ela acordar..- Exclamei.

- É claro... Meu plantão termina daqui a pouco, mas vou pedir para Jô me manter informado...- Afirmou e eu assenti com a cabeça. - Quer que eu te leve para casa..? - Perguntou.

- Não.. eu pego um táxi...- Exclamei.

- Bonnie...

- Tá legal... Eu vou com você..- Falei por fim, vendo um pequeno sorriso se formar em seu rosto.

- Ótimo, eu só vou conferir mais um paciente, então podemos ir.. tudo bem..?

- Tá bem..- Exclamei. Então ele assentiu saindo da sala. Sentei na cadeira que havia perto da cama de minha avó e segurei sua mão, enquanto ouvia os sons dos aparelhos através do silêncio.



.....



Não demorou até que Enzo voltasse, ele disse que já havia conferido todos seus pacientes e também havia falado com a tal Jô, que cuidaria da vovó enquanto ele não estivesse lá. Enquanto caminhavamos até seu carro, Enzo entrelaçou nossos dedos, mas não intervi, era bom saber que eu não estava sozinha agora. O caminho até minha casa foi em total silêncio, não conversamos muito, apenas alguns comentários sobre o som ou a estrada, mas não era desconfortável.

- Você quer entrar um pouco..? - Perguntei quando ele encostou o carro. Ele pareceu surpreso por um momento, mas logo assentiu.

- Sim... É claro..- Exclamou. Então descemos do carro indo até a porta.

- Pode ficar a vontade...- Exclamei ao entrarmos. - Você quer alguma coisa..? Uma água, café..?

- Não, eu estou bem...- Falou dando um pequeno sorriso. Tirei meu casaco e me joguei no sofá, mas uma carta em cima da mesinha me chamou a atenção, ela já estava aberta, o que significa que a vovó havia lido. Quando abri, não pude conter o longo suspiro que me escapou ao ler o que tinha escrito.

- O que foi..? - Enzo perguntou se sentando ao meu lado.

- Acho que já descobri o que causou o ataque da minha avó..- Falei lutando contra as lágrimas que queriam encher meus olhos. - Mas é uma preocupação nossa, então...deixa pra lá..- Exclamei amassando a carta e a jogando na mesinha.

- Por que não me diz o que está acontecendo..? Talvez eu possa ajudar...- Exclamou, mas eu apenas balancei a cabeça.

- Você é meu chefe, Enzo.. e agora médico da minha avó.... E esse é um assunto da minha vida pessoal, não vamos misturar as coisas..- Exclamei o fazendo suspirar.

- Para com isso... Para de dizer que eu não faço parte da sua vida pessoal, porque nós dois sabemos que não é bem assim...- Exclamou seriamente, então respirou fundo pegando minha mão. - Fala comigo... Qual é o problema..? - Perguntou gentilmente.

- É... é uma carta de despejo...- Exclamei desviando o olhar. - Essa casa é alugada e nós temos alguns meses atrasados... Bom... é quase um ano na verdade. Meu salário na lanchonete mau dava para pagar o aluguel, então depois que entraram os gastos com os remédios da vovó...ficou impossível. Ela até tentou fazer alguns trabalhos para ajudar, mas sempre havia um gasto inesperado, enfim... A dona quer que saíamos até o fim de semana...- Falei limpando a lágrima solitária que escorreu por minha bochecha.

- Eu sinto muito por isso... Mas você sabe que eu posso ajudar, não é..? Se você quiser eu posso pagar e...

- Não...- O interrompi imediatamente. - Não mesmo... Eu vou dar um jeito, vou ter meu primeiro salário da empresa no próximo mês e ele é mais do que o dobro do que eu ganhava na lanchonete.. eu...eu vou tentar entrar em acordo com a proprietária..- Exclamei soltando sua mão, mas ele voltou a segurar.

- Tudo bem... Eu só queria ajudar, mas me encanta saber que você gosta de fazer as coisas por conta própria..- Falou com um pequeno sorriso. - Mas quero que saiba que você pode contar comigo se precisar de algo.. tá legal..? - Perguntou gentilmente, eu apenas acenei com a cabeça e o abracei. Apertado e acolhedor. A sensação de seus braços em volta da minha cintura, seu cheiro doce e o calor de seu corpo junto ao meu... Me davam uma sensação de paz.

Me afastei um pouco para encontrar seus olhos.. e antes de me perder nas profundezas de seus castanhos olhos... Quebrei o espaço entre nós, juntando nossos lábios em um beijo necessitado. Eu o queria tanto... precisava dele e sabia que um simples beijo não bastava. Então antes que ele pudesse reagir, o empurrei contra o encosto do sofá e sentei em seu colo, sem quebrar o contato de nossos lábios. Ele arfou entre o beijo, levando as mãos até minha cintura, deslizando por minhas costas e quadris. Levei minha mão até sua nuca, deslizando os dedos por seus cabelos, enquanto a outra buscava a bainha de sua blusa, ansiando pelo contato de sua pele. Quando finalmente deslizei os dedos por seu abdômen e peitoral sob sua blusa, um gemido escapou de sua garganta, enviando arrepios por minha pele. Desviei os beijos por seu rosto, clavícula, até seu pescoço, enquanto suas mãos exploravam meu corpo.

- Bonnie... Se você continuar com isso... Não acho que eu consiga parar..- Exclamou me afastando de seu pescoço.

- Tudo bem...- Falei segurando suas bochechas. - Não quero que pare..- Exclamei enquanto olhava a luxúria de seus olhos se intensificarem. Então ele voltou a tomar meus lábios com ferocidade.

Enzo se levantou me erguendo em seu colo, me fazendo entrelaçar as pernas em sua cintura, enquanto o guiava até meu quarto. Não demorou até que estivéssemos com nossas roupas jogadas pelo chão, cobertos apenas por nossas roupas íntimas. Enzo me deitou delicadamente sobre a cama, enquanto pairava sobre mim.. seu olhar percorrendo meu corpo com tanto desejo que podia sentir minha pele queimar sob seus olhos.

- Você é tão linda...- Exclamou entre os beijos quentes que deixava em meu pescoço. - Se quiser que eu pare em algum momento, é só me avisar.. Ok..? - Perguntou voltando a encontrar meus olhos, eu apenas assenti o puxando para meus lábios novamente.

Ele voltou a distribuir beijos por meu pescoço, descendo por meu ombro, até o espaço exposto acima de meus seios, me fazendo arfar com a sensação que inundava meu corpo. Ele desceu os beijos até meu abdômen, mas não aguentava mais, então o puxei pelos cabelos até meus lábios, o devorando com todo desejo que havia em mim. Até sentir suas mãos deslizarem por minhas costas, soltando o fecho de meu sutiã e o arrancando de mim.

A sensação de nossos corpos ligados, pele a pele era tão mágico, com o calor fluindo entre nós. Suas mãos percorriam meu corpo com maestria, sabendo onde e como tocá-lo, seus lábios explorando cada centímetro que podia encontrar, o que me fazia se contorcer enquanto seu nome deixava meus lábios em pequenos sussurros. Ele sempre perguntando se eu estava bem, enquanto eu apenas sacudia a cabeça rapidamente. Eu estava tão entregue aos seus toques e beijos, a cada nova sensação que o contato entre nós despertava em meu núcleo, meu corpo tremia e o ar faltava em meus pulmões com prazer. E quando nossos corpos se fundiram em um... Céus, eu me senti tão viva.








Notas Finais


Espero que estejam gostando.. :)


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