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História Love Like You - Capítulo Cinco


Escrita por: DeathSmile

Notas do Autor


Leiam as notas finais, por favor.

Anyway;
Enjoy.

Capítulo 5 - Capítulo Cinco


O dia no Celeiro começou bem. Peridot havia acordado na sala de espera com uma trilha de baba estendendo até o chão. Acordou relativamente tarde. Eram oito horas e inclusive já haviam outras gems trabalhando na Torre do Celeiro. Em suma maioria peridotos, já que estavam mais acostumados com o tipo de trabalho administrativo, mas também havia muitos outros. Duas lápis lazulli, uma pérola vermelha, uma jasper de pele vermelha com manchas brancas, uma quartzo azul, uma citrino, duas esmeradas e uma axinite. Todas trabalhadoras competentes que Peridot escolhera a dedo para trabalhar lá.

Assim que Steven foi trazendo gems corrompidas de volta, Garnet percebeu que não podiam contar com o mesmo tipo de organização de antes. E ainda precisavam de uma base. O Celeiro foi naturalmente a primeira escolha delas, mas era bem obvio que um simples celeiro não acomodaria todas as gems do exército. Sem falar que era um desaforo à Peridot e Lápis, que eram as residentes oficiais de lugar. E foi um trabalho árduo, sem dúvidas, mas com ajuda conseguiram vinda das outras gems que iam despertando de suas corrupções uma atrás da outra, tudo terminou bem, e até mais cedo do que o previsto. Jasper despertara bem mais tarde, quando a base ainda estava em período de construção, então não viu muito do que foi feito. Na verdade, muitas gems saíram rapidamente da corrupção, mas algumas ficaram lutando contra ela durante muito tempo. Demorou mais ou menos três anos para que Jasper se recuperasse, sendo que Steven começou a poder curar completamente uma gem corrompida bem mais cedo. Foi um período de, no mínimo, ostracismo. Todas as Crystal Gems sabiam que havia uma gem corrompida que servia às Diamonds internada na Ala Violeta, mas ninguém se atrevia a se aproximar. O único que tinha contato com Jasper era Steven, ele raramente falava nela, visto o desconforto que às outras sentiam perante isso. Até que um dia Steven chegou no Celeiro com uma carta para Garnet.

“ O saco de carne trouxe pizza para as internas.

As outras da sua laia podem gostar, vocês podem fazer um ‘comestibulo’ ou algo do tipo.

Ass: Jasper”

Peridot se lembrou que Garnet começou a rir do nada no meio da Sala de Reuniões e repassou o bilhete para Peridot, já que era ela que cuidava da parte de construção e arquitetura. Peridot tentou não ficar ofendida com o “da sua laia”, e não viu nenhum motivo para aceitar a sugestão de um alguém que tratava todos os outros como insetos. Ao contrário de Steven, que parecia estar pulando de alegria e dizendo que isso representava uma melhora, tanto em Jasper como em todas às outras internas que ainda estavam corrompidas.

E sem perceber, eles deixaram a Base deveras... humana. Afinal, uma base de guerra de Homeworld não contaria com nada como: Cinema, restaurantes, biblioteca, playcenter, e etc. Isso sem contar a fazenda e os apartamentos onde as gems viviam.

Peridot se espreguiçou e se sentou no sofá. Preferiu ficar no aconchego de seu Celeiro ao ter que ir para os apartamentos, que às gems gostaram muito. O subsolo tinha se transformado em uma grande cidade subterrânea sem que percebessem. Peridot tentou acordar, mas seus olhos pareciam pesados, e sem perceber ficou sentada babando com os olhos fechados, até sentir um cheiro característico de café.

Ela abriu os olhos e deu de cara Red Scar, que lhe estendia um copo de café fresco.

- Bom dia, Dona Chefa!

Peridot pegou o copo da jasper vermelha com manchas circulares espalhadas pelo corpo.

- Já disse para não me chamar assim.

- Tá bom, Invasor Zim.

- Prefiro Dona Chefa.

- Ótima decisão, embora eu tenha um arsenal de apelidos bem vasto.

Quem lhe acordava geralmente era Axel, a axinite. Axel, era a responsável na ausência de Peridot, era sua “secretaria” e quem geralmente a acordava com os relatórios matinais. Axel era mais pragmática e profissional, diferentemente de Red Scar, uma jasper fanfarrona que tinha uma piada guardada pra tudo.

- Relatório. – Exigiu Peridot.

- Estou cobrindo a Axel, mas não sou ela. As coisas estão meio confusas lá em baixo, Dona Chefa.

Peridot bebericou o café. Se Axel tivesse a acordado como o de costume, teria lhe trago seu chá de menta com uma lasca de chocolate.

- Desenvolva.

- Bem... huh...

Peridot suspirou. Red Scar podia ser uma eximia controladora e era ótima em invasão de sistemas terráqueos e de homeworld, na sala de comando, mas em questão social era uma besta.

- Fale com suas palavras. – Ditou Peridot.

- Parece briga de foice no escuro!

Peridot se arrependeu amargamente de ter ditado aquilo.

- Agora, traduza. Em uma linguagem que eu entenda, por favor.

- É uma expressão, Dona Chefa! É uma briga, em que usando essa ferramenta a esmo, todos por perto também saem feridos, independentemente de serem alvos ou não!

Primeira coisa que Peridot pensou:

“Ela fica muito esquisita falando certo. ”

Segunda coisa que Peridot pensou:

“ Algo errado, não está certo. ”

Peridot praticamente salta da cadeira e segue andando o mais rápido que suas curtas pernas permitiam, o que para a jasper rubra que a seguia parecia ser a velocidade de um passeio no parque. Peridot mais uma vez se arrependera de ter quebrado seu tão precioso planador, que após muitas reformas e upgrades virou mais uma grande poltrona, com direito a TV  com acesso a Netflix e tudo! A única parte ruim fora que as Gems começaram a chama-la de “Prof. Xavier”.

Vendo que cruzar toda a cidade subterrânea seria deveras demorado, Peridot estagnou, fazendo um vinco destacar-se entre suas sobrancelhas. O bondinho seria uma boa saída, mas como poucas gems trabalhavam na Torre os bondinhos que passavam eram poucos e em horários bem determinados. Correr estava fora de questão. Os metrôs paravam longe das Torres por questões estratégicas e...

- Dona Chefa, a senhora teria por acaso um power-bank escondido no seu cabelo?

Peridot encarou Red Scar com a face de “seriusly?” A mais alta estava bem entretida enquanto jogava Pokemon Go, e parecia ter acabado de encontrar um Geodude enquanto seu celular notificava a falta de bateria.

“Hum...” Pensou Peridot.

A pequena esverdeada então começou a rodear a ex-soldado.

- Costas largas, respiração regular, coxas grossas, articulações bem lubrificadas, tendões flexíveis...

- Obrigada pelos elogios, mas devo lembrar a Dona Chefa de que sou comprometida.

- Não é isso sua besta!

Peridot então escala as costas da mais alta, diferentemente das outras quartzo, Red Scar não só renegou seu posto como guerreira como abriu mão do símbolo de toda a sua honra quartz: os cabelos. Os cabelos da rubra eram brancos com finas mechas ruivas em um corte bem curto, semelhante ao que todas as quartzos tem quando brotam (referindo-se ao cabelo de Ametista no episódio onde ela conhece Greg, Mr. Universe, se eu não me engano.). Após Peridot montar em Red Scar ela berrou:

- MARCHE!

Mas a jasper não se moveu do lugar.

- Caso não se lembre, eu me aposentei do exército. Não marcho pra nenhum lugar a menos que seja pra fila do almoço.

- ANDA LOGO! Você mesma não disse que as coisas lá em baixo estavam feias?!

- Exatamente por isso! Tem uma Ruby maluca que invadiu a torre!

- Como é que é?!

- Ela está na Torre 3 e invadiu a sala de comando 42.

- Justamente a sala de comando que usaríamos pra reunião de hoje! Onde está Eyeball?!

- A Ruby em questão não está nos registros e consequentemente não faz parte da Facção Rubra.

- CHAMEM GARNET!

- Nós tentamos, Dona Chefa, mas ela não está atendendo e até tentamos contatar Pérola, mas ela também não responde!

- E VOCÊ ME VEM DIZER ISSO ASSIM?! NA MAIOR CALMA DO MUNDO?!

- Eu saí de lá de fininho, Dona Chefa, aquilo lá tá quase virando um atentado terrorista. Eu rapei fora! De besta eu só tenho a cara!

Peridot coça os cabelos nervosamente.

- Vamos logo pra lá! Anda!

- Não sou obrigada a nada, se não perante a lei e a minha namorada, e isso se eu estiver com saco, madame.

Peridot dá um chute entre as costelas de Red Scar e puxa os cabelos como rédea, ela urra e dá uma guinada até o teleportador central e ambas são teleportadas quase que imediatamente para o centro do Subsolo. A cidade estava em seu horário de pico, gems iam e viam e Peridot e Red Scar acabaram de chegar. E no caso, Peridot aprendeu da pior maneira que quartzos não tinham freios.

Red Scar não parou de correr e cruzou avenidas e trilhos a toda a velocidade e quase matando Peridot na maioria das vezes.

- Abre Alas! – Gritava Peridot ao perceber que estavam invadindo a estação de metrô (que no caso como estavam no subsolo estava mais para uma rodoviária).

Peridot olhou para cima. Haviam três torres no subsolo, e uma era a principal que cruzava a superfície e levava ao celeiro, e também era um dos dois únicos pontos onde havia um teleportador amplamente conectado ao planeta e à Lua, já que o material para fabricar mais teleportadores havia ficado em Homeworld, o outro teleportador se localizava no templo. As outras torres representavam os poderes do Subsolo. O Civil, O Legislativo e O Judiciário. O terceiro era o judiciário, e pior deles. Tradicionalmente, a equipe ne Peridot apenas trabalhava no setor Legislativo, a torre do celeiro, mas nos dias de auditoria, quando Garnet decidia ouvir as outra gems conselheiras e as facções que elas representavam, a equipe de Peridot ia para a torre garantir se todos os sistemas estavam nos conformes.

Logo Red Scar cansou da correria e parou na porta da Torre, sem folego e apoiada nos joelhos. Peridot não perdeu tempo e saltou para dentro da torre, deixando a subalterna para trás. Passou pela recepção rapidamente. A Torre Judiciaria, era adornada de maneira escura, e de forma que seus corredores parecessem não ter fim. Logo Peridot chegou na porta da sala de comando 42, esbaforida e sem folego. Tentou endireitar seu estado o máximo que pode e entrou, e realmente, percebeu que a frase de Red Scar se encaixava muito bem a cena que via.

“Parece briga de foice no escuro. ”

A maioria dos integrantes de sua equipe, composta por 16 gems, entre programadores, hackers e especialistas, estava abaixada em baixo de suas mesas de controle. Ônix, a Ministra do Setor Judiciário, estava com sua arma invocada, uma grande foice com quatro laminas sendo duas em cima e duas em baixo, e tentava inutilmente acertar o alvo vermelho que se mexia e esquivava com velocidade. Ônix pulava de uma mesa para a outra, quebrando botões e monitores enquanto tentava acertar seu alvo, que continuava correndo e rindo da outra.

- CHEEEEEEEEEEEEEEGAAAAAAAAAA!

Todos pararam e olharam. E não, não foi Peridot que gritou. Axel, a axinite se encontrava sem folego depois do grito, ela estava a frente de Peridot e se virou a ela.

- Comandante, perdão por não ter tido tempo de entregar os relatórios, como pode ver a situação não me permitiu. Estamos com 14 monitores quebrados e 3 CPU’s queimados graças a certa – ela encarou Ônix pela canto do olho – Ministra. Teremos que adiar a reunião.

- MAS NEM PENSAR! – Berrou Ônix.

- A Major Garnet está desaparecida, e a Conselheira Pérola e o Steven não apareceram até agora. Sem falar que A Ministra Civil, Jade, está mais do que atrasada.

Peridot recuperou a compostura e falou profissionalmente:

- Relatórios Matinais?

- Sem alteração.

- Já é um bom começo. Peça para as Bismuth’s providenciarem novos aparelhos para repor os quebrados, vamos trocar de sala para a 23, eu vou até Garnet e quando voltar espero que Jade já tenha aparecido.

Após Peridot dar as ordens sua equipe bateu continência e foi acatar o ordenado, Peridot já estava se virando para voltar a torre e ir até o Templo quando uma voz interrompeu sua linha de raciocínio.

- “Num” vai dá não.

Todos viram suas atenções para o teto, onde uma Ruby se espreguiçava entre os fios partidos da rede elétrica que ela fez de cama.

- VOCÊ! – Ônix berrou

- EU! – a Ruby respondeu ao pular para o chão e posar com naturalidade – Sinto muito mas Garnet tirou o dia de folga!

- COMO É QUE É?! – Os presentes exclamaram, com exceção de Peridot.

A maioria não sabia o fato de que Garnet era uma fusão, mas Peridot sabia, e era meio que impossível não distinguir aquela Ruby das outras. Gema nas costas da mão, faixa da testa, short preto, regata preta, e uma camisa havaiana aberta vermelha com flores amarelas. É, era A Ruby.

Mas pelo visto Ônix era do tipo bater primeiro e perguntar depois, e foi pra cima de Ruby novamente, que se esquivou da Ministra corpulenta.

- Francamente, eu não sei o que tínhamos na cabeça quando te promovemos – Desabafou Ruby.

Ônix se levanta novamente e avança com sua arma para cima de Ruby, que não se mexe desta vez. Com a foice praticamente tocando em seu rosto, Ruby salta e fica em cima da haste da foice, ela invoca sua manopla e soca o rosto de Ônix, que voa e quebra mais um monitor no processo. Ruby vai de pé junto com a foice, que some.

- Eu creio que tentar matar sua chefe não é um ato muito sensato.

- Ora sua....!

- PAREM COM ISSO! – Peridot ordenou.

Ônix se levantou em meio aos destroços de eletrônicos e olhou para Peridot.

- Ela é Garnet! – Peridot explicou

Todos encaram a Ruby que estava pouco se lixando para os acontecimentos.

- Como é?! – Exigiu Ônix

- Garnet é uma fusão, sua besta!

A maioria dos presentes desprovidos desta informação abriram e fecharam a boca e olharam a Ruby em choque, que ao perceber tantos olhares voltados para si, resolveu falar alguma coisa.

- Exato! Sou 50% sua chefe, e estou com uma tremenda vontade de te demitir!

Ônix estava estática, e possivelmente indignada com a revelação.

- Ruby, o que ouve com Sapphire? – Peridot foi direto ao ponto.

- Aconteceu que quando eu finalmente convenço ela a tirar uma folga e descansar um pouco, a Pérola vai e surta! De novo!

- Pérola está tendo outra crise? Devia ter chamado Steven.

- Nem eu nem Connie conseguimos acha-lo, ou achar Little Rose, então eu peguei Sapphire no colo e fomos pro meu apartamento na Facção Vermelha! Ela tá dormindo e com o tanto que estamos trabalhando ultimamente eu preferi deixa-la dormindo e vir aqui avisar parra remarcarmos a reunião, mas essa doida queria me por pra fora a ponta pés!

Peridot massageou as têmporas, como era difícil administrar aquele pandemônio sem Garnet por perto.

- E Pérola? Já melhorou? O que ove desta vez?

- Adivinha! – Ruby respondeu sarcasticamente – Começa com “Ame” e termina com “Tista”.

- Ela perdeu a pedra de novo?

Uma risada grossa cortou a conversa. Era Ônix.

- Quando me contaram que vocês ainda guardavam a pedra daquela inútil eu não acreditei, mas agora?! – Ela começou a rir novamente – Francamente, ela não nos servia de nada aqui! Ainda bem que foi embora! Mas pelo visto nem durou muito num planetinha fraco como esse!

Antes de voltar a rir, recebeu outro soco de fogo de Ruby.

- Não se meta em assuntos que não lhe dizem respeito, e nem fale de Ametista. Você não é nada comparada a ela!

- Correção: Comparado ao que ela FOI!

Ruby preparava outro soco quando a posta atrás de Peridot se abriu, revelando Steven com Little Rose em seus ombros. Eles estavam rindo até se chocar com a bagunça da sala.

- Nossa! A guerra foi aqui dentro?!

- Quase. – Respondeu Peridot.

Ruby vai para perto de Steven.

- Precisamos adiar a reunião. Sapphire está exausta, Pérola está louca, Jade não veio, e eu acabei de nocautear Ônix!

- Pera aí! Como é que é?!

- O que aconteceu com a Tia Pérola? – Perguntou Little Rose

Peridot e Ruby emudeceram. Little Rose não poderia saber sobre Ametista.

- Ela... perdeu algo muito importante! – Protelou Ruby.

Little Rose olhou para o pai e ambos entenderam o que estava se passando.

- Onde está Pérola agora?

- Não fazemos a menor ideia.

E como se fosse um sinal divino, o celular de Steven apitou, e na tela se leu a seguinte mensagem

“Jasper: STEVEN! Vem tirar a Pérola da minha casa entes que eu faça um boletim de ocorrência alegando invasão domiciliar! ”

+++§§§+++

Jasper tinha sim uma vaga permanente no Celeiro, mas ela geralmente não ficava lá. Digamos que ela não combinava com o serviço administrativo. Ela, além de uma ótima ferreira, junto de Bismuth, também era uma ótima professora de quartzos, no entanto, após o resultado trágico das desventuras de Ametista, sua primeira aluna, Jasper não teve coragem de voltar a dar aulas para quartzos, muito menos de voltar a treinar pelotões, e se exilou no campo, voltando raramente para o Celeiro a pedido de Lápis.

Três colinas ao sul do Celeiro, se via a fazenda. Greg havia comprado todos os hectares que seu dinheiro lhe permitiu, e os cercou para que as gems vivessem em paz. E como dito anteriormente, as gems ficaram cada vez mais humanizadas, tanto é que comiam e dormiam. E es vosso problema. Onde arranjar comida para um exército de gems? O dinheiro de Greg não era infinito, mas por sorte, algumas gems se prédisporam a aprender um pouco de agricultura.

E com algumas eu quero dizer, seis gems. O casal de unakitas, Nina e Nani, que ficavam com a quarta fazenda e plantavam frutas, uma rodonita chamada Rhana que só plantava batatas na fazenda seis e era praticamente uma beata e seu estilo meio monge fazia as outras fazendeiras quererem distancia de seu olhara de “Vou comer seu coração com farofa”, uma obsidiana defeituosa de nome Trix, brotou de tamanho inferior as demais obsidianas que geralmente tinham como objetivo primário serem assassinas de ponta, mas isso não fazia dela menos mortal, Trix também era conhecida por ser namorada de Red Scar, a quartzo rubra, Trix só plantava aboboras e seus parentes leguminosos e vivia na terceira fazenda. Também havia a amazonita, que como não se identificava por nome nenhum, as outras gems acabaram a apelidando de Zoan, ela era preguiçosa e vivia deitada em uma rede entre duas laranjeiras, ela plantava todo o tipo de legume mas tinha um favoritismo por feijões. E por fim a prasiolita, uma gem bastante reservada que tinha sido uma das mais próximas de White Diamond, ela criava galinhas e outras aves na fazenda cinco.

Tempos depois, após o baque que foi para Jasper ver como Ametista terminara, como mestra e como a espécie de mãe/irmã que se tornou, ela se exilou nas fazendas, onde encontrou apoio das demais fazendeiras, que também tinham como intuito na fazenda buscar se redimir por seus erros e reiniciar suas vidas. Jasper ficou com a fazenda um, que Nani abandonou após se casar com Nina, Jasper agora criava porcos e plantava milho.

No entanto, nesta especifica tarde, ela estava completamente voltada para a árdua tarefa que era tirar Pérola de seu chiqueiro.

- POR QUE, RAIOS, A PEDRA DA AMETISTA ESTARIA NO MEU CHIQUEIRO?! – Perguntava Jasper pela milésima vez e quase fazendo seu cigarro de palha voar da boca.

- Eu não faço ideia! Mas com você no comando eu não duvido de nada! – Respondia Pérola jogando o sexto porco examinado para uma pilha onde demais suínos roncavam confusos por uma gem que nunca tinham visto aparecer e examinar o conteúdo do estomago deles.

- Pérola – Jasper passou os dedos entre o vinco que se formou na testa e reuniu toda a paciência que lhe sobrara – eu posso lhe assegurar, que nenhum dos meus porcos fugiu, arrombou o templo, deu um jeito de entrar no seu quarto sem que você visse, e comeu a pedra de Ametista sem que ninguém notasse! E solta já o Mini-Mike!

Pérola então soltou o pequeno porco que estava examinando.

- Mini-Mike?

- É! Bisneto de Michael, neto de Michael III, filho Mike Junior!

- Você faz a árvore genealógica dos seus porcos?

- Sou uma fazendeira! Tudo aqui é cronometrado! As plantas frutíferas têm que crescer antes do verão! As sementes têm que ficar no sol de 10 às 16, se pegar sereno elas murcham! Se eu deixar meu milho amadurecer demais eles criam tumores! Se eu não verificar se uma fêmea entra no cio de 21 a 21 dias terei uma ninhada inesperada e não terei nem ração, nem vacinas o suficiente! Então entenda de uma vez por todas, nenhum porco, periquito, papagaio, cachorro, vaca, ou galináceo saiu do campo sem que uma das fazendeiras soubessem!

Após o sermão Pérola encolheu. Onde raios estava a sua Ametista? E bem nessa hora, Steven, Ruby, Peridot, e Little Rose aparecem de um portal montados em Lion.

- Calma! Muita calma nessa hora! Muita hora nessa calma! – Steven disse desmontando de Lion junto com as outras gems.

- Pérola, quer ter o seu ataque de pelanca em outro lugar! Já estamos cheios de problemas na Terceira Torre e eu não tô podendo consolar viúva neste momento! – Falou Peridot esfregando os olhos com uma mão em sinal de impaciência.

- Não me chame de viúva!

- Por que viemos aqui afinal? Meu trabalho é lá! – Peridot questionou Steven.

- Nem olha pra mim! – Falou Ruby, catando um cigarro de palha e começando a mascar – Eu estou tecnicamente de folga, e se meus contatos tiverem sucesso, vou ter um atestado de uma semana amanhã.

- Sei, contatos... – Debochou Jasper.

- PESSOAL! - Steven exigiu atenção. – Bem eu trouxe vocês também porque eu quero que me acompanhem até a clínica. – Explicou pacientemente.

- Não obrigada.

- Passo.

- Tenho mais o que fazer.

- Aquele lugar me dá arrepios!

- Solta o Mini-Mike!

Steven teve um leve espasmo na sobrancelha e fechou os olhos com força. Suspirou fundo e tentou mais uma vez.

- Acreditem. Vocês têm que ver isso. E Pérola, solta já esse porco!

+++§§§+++

Meia hora depois, todos estavam na UTI da Ala Vermelha. Lotada de tanques, Steven e Little Rose conduziram Pérola, Garnet, Jasper, Peridot e Lápis até o ultimo da fileira no canto da parede.

Os tanques funcionavam da seguinte forma; gems eram formadas por compostos químicos básicos em alta pressão, adicionando a nutrição da terra apenas no brotar da vida. Para corrigir uma gem, haviam enormes tanques que faziam pressão, o que forçava as rachaduras a se fundirem novamente. O vidro não aguentaria tal pressão. Mas após ser desligado e passar pela descompressão, uma tela de vidro era acoplada a frente para analise clínica, e para visitantes que queriam ver seus entes queridos.

- Bom, o que têm a nos mostrar a final de contas? – Questionou Garnet, um tanto azeda por Sapphire ter sido acordada às pressas.

Steven se pôs de costas para o tanque, junto de Little Rose. O pai deu um empurrãozinho na filha para que ela começasse a falar. E como resposta ela se escondeu dentro do jaleco do pai e tapou o rosto. Steven riu da vergonha da filha e do jeito infantil da garota, não que ele fosse muito diferente na idade dela.

- Bom... Digamos que nos últimos anos essa garotinha tenha feito umas traquinagens com a Ametista, não é mesmo Rose? – Ela acenou positivamente com a cabeça de dentro do jaleco do pai.

- Eu já conversei com você sobre isso, Rose! – Pérola falou, apesar de irritada ao presumir o final da história, corrigiu Little Rose em um tom o mais paciente possível.

- Aí é que está! – Little Rose falou saído do jaleco do pai – Dessa vez deu certo!

Todas as gems ficaram com uma interrogação estampada nos rostos. Afinal, o que tinha dado certo? Steven não esperou muito para elas formarem suas teorias e apertou um botão no painel que tinha de fronte para o tanque. Um braço mecânico pendurado no teto e conectado a todos os tanques da sala, se prontificou em pegar uma placa de vidro reforçada e colocar em um encaixe frontal do tanque, e aparafusou. Por fim, Steven deu o comando para a segunda camada do tanque levantar. Revelando outra chapa cilíndrica, com um visor de vidro, não muito maior que trinta polegadas. E dentro, estava uma gema Ametista. Totalmente nova e curada. Não estava morta, do contrário estaria opaca.

A maioria não teve reação descritível, mas Pérola foi a primeira a se aproximar do tanque. Ela reconhecia. Pequenas lagrimas cristalinas, acompanhadas de um sorriso trêmulo acompanhavam a face de Pérola. E logo não era só ela chorando na sala. Pérola se virou para encarar Little Rose.

- Você fez isso?

A menina assentiu com a cabeça. Pérola ficou de joelhos de frente a criança, pegou sua mão pequenina e de um beijo nela.

- Obrigada. – Falou entre lagrimas, e logo foi abraçada pela pequena.

- Você pode voltar a ser feliz agora. – A menina sussurrou no ouvido da albina, que soluçou com o comentário.

Steven se afastou brevemente para pegar uma maca e a prontificou na frente do tanque. Havia uma escada de aço aparafusada ao lado de cada tanque que levava até a comporta que era localizada no topo do tanque. Steven subiu e após garantir que a descompressão fora concluída, ele abriu a comporta. Todos afora estavam no mínimo receosos com o que aconteceriam a seguir. Steven buscou dentro da água a gema e rapidamente a trouxe para a superfície. Pulou do tanque para o chão, onde a maca estava prontificada e depositou a gema no centro. Nunca era previsível a hora em que uma gem iria voltar a sua forma física e tinham que ter o cuidado para que não tomassem forma nos braços de alguém e acabassem caindo e fraturando sua pedra mais ainda.

Steven fez um sinal com a cabeça para que as outras o seguissem e começou a discursar.

- Não sei o que ouve ao certo, pelo o que especulo Little Rose deve ter manifestado seus poderes e deve ter curado parcialmente Ametista. Quando a encontrei ela tinha criado forma de maneira totalmente absurda. O pé tinha brotado na cabeça, o dorso estava literalmente torcido, a boca tinha ido parar na coxa esquerda, e ela sequer conseguiu regenerar suas roupas junto. Tinha uma bela de uma rachadura de gema dela, eu a pus no tanque assim que pude. O tratamento por pressão deixa a gema mole por algum tempo e em estado febril, ela pode ficar confusa nas primeiras horas e demorar a criar forma. Também pode ter, amnesia temporária, enjoo, tontura, e surtos de agressividade espontânea também são comuns em quartzos.

Finalmente chegaram ao quarto onde ela seria alocada e encaixaram a maca lá. Todos se puseram ao redor da gema, que ainda estava quente. Ninguém percebeu estar prendendo a respiração até soltarem o ar. Olhavam para a maca apreensivos. Não era do feitio de Ametista demorar muito para criar forma.

O brilho se manifestou não muito tardiamente. A criação de forma foi bem mais lenta que o normal, geralmente não demoravam mais que alguns segundos, Ametista precisou de treze minutos contados para finalmente terminar de se regenerar. E o resultado não foi o esperado.

Ametista estava mal. Ela vestia um macacão laranja de alguma penitenciaria, a qual estava sem as mangas, foram provavelmente arrancadas, e um top branco cobria seus seios apesar de deixar o colo e sua gema a mostra. O cabelo tinha cortado de forma desleixada e raspado na lateral direita. O rosto estava contorcido em pura agonia. Ela gemeu de dor. Steven se prontificou em examina-la detectando algo estranho na irmã de criação. Pérola segurou a mão de Ametista, que a segurou com força e começou a tentar falar com ela. Steven continuou examinando e não vendo nada de errado na forma física, foi examinar a pedra de Ametista. E viu um sintoma, no mínimo, preocupante. Jasper, que o seguia com os olhos, teve o mesmo pensamento que ele.

Steven afastou Pérola da maca e tentou falar com Ametista.

- Ametista, - Ele estalou os dedos nos ouvidos dela –  pode me ouvir?

Ela gemeu algo em resposta com o rosto ainda retorcido.

- Ametista, está sentindo alguma coisa? Preciso saber aonde dói, entendeu?

Ametista deu um solavanco e praticamente levantou as costas da maca, para depois se encolher e virar em posição fetal, segurando fortemente a própria pedra e começar a tremer.

Steven olhou para Jasper e ambos se retiraram rapidamente da sala. Eles praticamente corriam pelo corredor.

- Você viu, não viu? – Perguntou Jasper

- Vi. Mas tenho que ter certeza.

- Não há certeza maior! A pedra dela estava expurgando!

- Eu preciso ter certeza Jasper!

Ambos correram novamente até o tanque esverdeado onde Ametista foi tratada. Pularam até o topo e abriram a comporta, não vendo tempo para procedimentos, Steven simplesmente mergulhou na água.

Ele abriu os olhos dentro da água de coloração esverdeada. Havia manchas negras ao redor nas paredes do tanque. Ele voltou a superfície e ficou de pé com a ajuda de Jasper.

- TIREM ELAS DE LÁ! – Berrou o mestiço.

As poucas enfermeiras de plantão ficaram perdidos com uma ordem tão vaga, mas se predisporam e ficaram ao lado dele esperando ordens.

Steven, ainda molhado, se pôs a correr com Jasper e as enfermeiras em sua cola. No entanto, não ouve tempo o bastante para prevenir as outras.

De repente, um rugido gutural estremece a estrutura da clínica. E quando Steven vira ao corredor onde estava a sala de Ametista. Ele vê destroços de parede, as pedras de Ruby e Sapphire jogadas no chão, Peridot estática, e uma mão roxa gigante erguendo Pérola a metros do chão pelo pescoço.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

CONTINUA...


Notas Finais


Antes de tudo, quero dizer que não desistirei da fic. Vou continuar postando. Mas não tenho mais previsão para quando farei isso. Entendam, meu cachorro foi diagnosticado com câncer a pouco tempo e não sei se terei cabeça para escrever nas próximas semanas.

Mas tirando esse infeliz atraso, vou logo dizendo que faltam apenas mais dois caps para finalizar a fic.


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