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História Love Me Anyway - Powerless


Escrita por: SkyWithDiamond

Notas do Autor


Boa leitura.

Capítulo 6 - Powerless


Fanfic / Fanfiction Love Me Anyway - Powerless

Purity entrou em um galpão abandonado e colocou as duas mulheres ao chão, Lena imediatamente olhou para Kara que não tirava seus olhos de Purity, quando a mulher se aproximou de Kara a repórter fechou os olhos sentindo a dor irritante causada pela pequena pedra no anel da outra.

Lena sabia que não poderia fazer nenhum movimento contra a mulher, porque era capaz dela agredir Kara.

Purity não falou nada, sem pressa alguma ela pegou duas correntes e prendeu as mãos das duas mulheres, Purity as acorrentou contra as colunas de ferro do local, deixando uma diante da outra. Kara sentia-se fraca, exausta para falar a verdade, o medo começou a se fazer enquanto ela tentava de todo modo pensar em como tirá-las dali.

- Lena… - chamou a repórter, Purity ficou entre as duas apenas observando-as, Kara ignorou a mulher e procurou os belos olhos da CEO - Não se preocupe, eu vou tirar você daqui - garantiu e antes que Lena pudesse responder Purity gargalhou alto, tão alto e com vontade que levou uma mão ao abdômen.

- Não é assim que isso vai terminar - respondeu Purity ainda sorrindo, a mulher foi até Lena e Kara tentou se soltar, mas era como se sua força tivesse sumido, ou talvez ela não queria ter que assumir daquele jeito que era Supergirl - Veja, eu e minhas irmãs temos um propósito, vamos acabar com esse planeta… Mas Supergirl continua nos atrasando

- Supergirl jamais deixará vocês fazerem isso - exclamou cortando o discurso da destruidora de mundos.

- Ela até poderia fazer isso, mas a presença dos humanos em sua vida a deixou fraca, ela não conseguirá nos matar, ela não deixará ninguém fazer isso - Purity continuava ao lado de Lena enquanto observava Kara, a mulher se abaixou ficando na altura da CEO e Lena tentou ao máximo não parecer amedrontada - Então voltando ao plano, vamos acabar com Supergirl e depois disso não teremos mais ninguém nos atrapalhando e concluiremos nossa missão.

- Se é Supergirl que você quer por que nos trouxe aqui? Lena e eu não temos nada a ver com ela - respondeu Kara cada vez mais incomodada com a proximidade de Purity e Lena.

Purity sorriu e levou uma mão ao rosto de Lena, a CEO mexeu a cabeça tentando sair daquele toque, porém Purity segurou ainda mais firme o rosto da mulher, fazendo com que ela a olhasse bem em seus olhos.

- Por que apesar de ela se importar com todos os seres desse planeta patético, há alguém no qual parece ter prioridade na vida de Supergirl - Purity sorriu e soltou o rosto de Lena.

- E você acha que essa pessoa sou eu?! Eu sou uma Luthor, minha mãe quer exterminar Supergirl desse planeta, e mesmo assim você ainda acha que ela se importa comigo ao ponto de sacrificar o mundo para me salvar? - Lena gargalhou achando realmente engraçado a percepção de Purity.

A destruidora de mundos olhou para Kara e depois para Lena, e então sorriu.

- Supergirl virá até aqui, assim como ela veio no momento certo de você pular da sacada de seu prédio, de alguma forma ela sempre sabe como encontrar você - Purity andou pelo o galpão e fui para detrás de grandes caixas de madeira, Lena procurou pelos olhos de Kara e as duas admitiram o medo do que poderia vir a seguir - Vamos ver se ela virá a tempo dessa vez - Kara abriu a boca não imaginando por aquilo, Purity tinha uma bomba relógio em sua mão.

- NÃO! NÃO! - gritou Kara, porém foi em vão.

Purity prendeu a bomba em Lena na altura de seu abdômen, porém aquilo era o de menos, a bomba estava iluminada por uma luz verde, kryptonita e Kara nunca foi tão forte quanto naquele momento quando sentiu uma dor correr por suas veias, enquanto tentava ao máximo não demonstrar que algo estava errado com ela.

- Em exatamente uma hora essa bomba vai explodir, Supergirl vai tentar salvar a bela donzela em perigo, porém vai se ver sem seus poderes por conta da kryptonita, uma morte poética, não acha? Morrer tentando salvar quem tanto importa e falhando, causando a morte das duas.

Lena não falava nada, ela ainda estava tentando processar tudo aquilo, ela olhou para a bomba presa em si, os números mudando a cada segundo.

- Não se preocupe - Purity olhou para Lena e dessa vez viu o ódio naquele olhar - Você provavelmente não vai sentir quando explodir - Purity piscou para a mulher, ela olhou para as duas novamente - Digam a Supergirl que… bom, não vai fazer diferença - Purity deu de ombros e voou para longe dali.

Lena soltou um longo suspiro e abaixou sua cabeça, Kara tentou novamente se soltar das correntes, mas era impossível, ela não poderia sair dali com a kryptonita verde tão próxima de si.

- Lena… - a voz de Kara fez a CEO olhar para a jovem, a repórter não sabia o que prevalecia naquele olhar, medo ou tristeza - Eu sinto muito… Eu sinto muito… Se não tivéssemos ido ao

- Kara, para - pediu não parecendo nervosa ou algo assim, ela estava calma para alguém com uma bomba relógio presa a si - Isso não é culpa sua, nenhuma de nós poderia prever isso - Lena olhou ao redor, o grande portão de metal estava aberto, provavelmente aquele lugar era um galpão abandonado, elas não teriam chances, não naquela situação. Kara tentou mais uma vez se soltar e gritou de dor em um momento - Não adianta Kara, não vamos conseguir nos soltar dessas correntes - respondeu não querendo que a jovem se machucasse tentando.

- Eu vou tirar você daqui! - Kara tentou mais uma vez e gritou novamente em frustração, raiva e dor.

- KARA PARA! - ordenou não conseguindo aguentar ver a dor na repórter - Por favor… para… - implorou dessa vez, presenciar quem ela tanto amava sentindo dor era angustiante.

- Isso não pode está acontecendo… Você não vai morrer… você não pode morrer… - Lena não sabia o que responder ao ver Kara angustiada. Ao sentir o poder daquelas palavras de Kara, ela não sabia como interpretar - Eu não posso perder você Lena - admitiu quando a primeira lágrima se libertou, pela a primeira vez percebeu que daquela vez não sabia como agir.

- Ei! - Winn saiu de sua cadeira e correu para alcançar a mulher que não parou seus passos pelo o corredor do departamento - Você não deveria está em casa? Já é tarde demais para você está aqui - comentou alcançando os passos de Alex.

- Estou com novas amostras de sangue da Sam, quero compará-las com as primeiras, acho que deixei passar algo - informou abrindo a porta do laboratório e sendo seguida por Winn - Mas o que você quer?

- Você sabe onde Kara está? Eu estou tentando ligar para ela, mas sempre cai na caixa postal - Winn puxou um banco e sentou-se ali, Alex procurou por luvas e em momento algum olhava para o amigo.

- Todos estão proibidos de ligar para Kara hoje, ela está em um encontro e ninguém vai interrompê-la, a não ser que queiram lidar comigo - Alex olhou para Winn e o garoto negou de imediato, se ele sempre tivesse a opção de não lidar com Alex, ele escolheria - Ótimo, agora me faz um favor.

- Claro - disse animado.

- Vai embora, preciso me concentrar - ordenou voltando a seu trabalho, Winn não falou nada, obedeceu a amiga e saiu da sala.

Kara ainda tentava pensar em como tirar Lena daquela situação, ela não se importava com o que aconteceria com ela mesma, porém era difícil se concentrar com aqueles números diminuindo rápido demais, só restavam quarenta minutos, e Kara não tinha ideia do que fazer. Lena por outro lado olhava para Kara, estudava a garota e colocava em ordem os pensamentos, Lena não tinha esperança alguma de sair viva dali, era impossível conseguir sair dali.

- Sabe… - aquela simples palavra fez Kara interromper seus pensamentos e olhar para a CEO. Lena sorriu e aquele ato acalmou o coração de Kara, mesmo que por alguns segundos - A minha vida toda eu tentei, eu sempre tentei, tentei ser a melhor da turma, tentei ser a melhor no clube de debate, tentei ser a melhor amiga, tentei ser a melhor filha, eu sempre tentei ser a melhor em algo… Quando você é uma Luthor você não tenta, você faz, você é, e carregar essa pressão não é fácil, principalmente quando se vive uma vida solitária - Kara queria tanto abraçar a mulher, queria tanto tirar aquela dor que ela sabia que Lena carregava por trás dos comentários sarcásticos sobre seu sobrenome - Eu fui assim, até que um dia simplesmente eu já não precisei mais tentar, porque eu entendi que coisas assim eram bobagens, que havia muito mais do que ser a melhor para todos, quando na verdade você precisa apenas ser a melhor para você mesma… E você Kara Danvers, você me fez ver isso - Kara sentiu todos os clichês do filme que vira há pouco tempo, as borboletas no estômago, o coração acelerado - Você me fez entender que eu não precisava provar para ninguém o meu valor, você acreditou em mim quando minhas inseguranças gritaram alto demais. Eu não sei o que vai acontecer depois que esse relógio parar, mas eu quero que saiba que você mudou minha vida, e serei eternamente grata por isso, você sempre vai ser meu herói favorito.

- Não faz isso comigo - pediu não disfarçando seu medo - Não fala como se isso fosse um adeus…

- É exatamente o que é Kara… - disse fechando os olhos obrigando suas lágrimas a não descerem - É um adeus - quando voltou a olhar para Kara a repórter viu as lágrimas nos olhos de Lena, viu a dor e Kara não poderia permitir que aquilo fosse o final.

- DROGA! - Alex jogou os objetos do balcão da mesa ao chão, os tubos quebraram fazendo uma bagunça ali, a agente levou as mãos aos rosto e suspirou. Ela nunca esteve tão frustrada quanto com aquele caso.

- Wow, parece que alguém está chateada - Mon-El desviou da bagunça ao chão e ficou ao lado de Alex.

A agente respirou fundo, tudo que ela menos precisava era alguém como Mon-El ao seu lado.

- Eu nunca vou me cansar de dizer isso a você, vai embora Mon-El - pediu sem paciência. O rapaz ignorou e continuou ali ao lado de Alex.

- Eu sei que eu não sou sua pessoa favorita…

- Sério? O que me entregou? - respondeu de modo sarcástico. Alex resolveu limpar sua bagunça, se abaixou e começou a coletar os cacos de vidro.

- Eu ainda não sei o que fiz tanto para você me tratar dessa forma - ele permanecia calmo e sem querer começar uma discussão, ele ouviu a gargalhada da agente e sentiu uma ponta de ofensa.

- Não sei, talvez pelo o fato de que era difícil demais para mim assistir minha irmã presa a um relacionamento abusivo - Alex olhou para o rapaz e negou impedindo que ele falasse - Eu suportava você por respeito a Kara, mas de tudo o que minha irmã já passou você foi a pior coisa, ela estava cega e apaixonada.

- Eu nunca agredi Kara, você não pode me acusar assim, eu jamais encostaria um dedo nela! - Mon-El não havia gostado da acusação de Alex. A agente levantou e colocou os cacos de vidro sobre o balcão.

- Não é só agressão física, até porque se você fizesse isso já estaria morto, por mim é claro. Você não a apoiava, você não cansava de a subestimar, você a queria só para si, não passava de um egoísta com um passado de realeza, que usava mulheres como um passatempo, que escravizava povos, cada um tem seu passado e claro que uma pessoa pode mudar, mas eu ainda sim consigo ver os fragmentos em você. Kara pode ter sido a melhor coisa que aconteceu a você Mon-El, mas você definitivamente foi a pior coisa que aconteceu a ela.

- Você não sabe do que está falando, não sabe o que eu tive que passar, não sabe da minha história! - Mon-El segurou o braço de Alex impedindo que ela deixasse o local.

Alex nem ao menos se esforçou, torceu o braço do garoto e o pressionou contra o balcão, deixando o rosto do rapaz bem próximo dos cacos de vidro sobre o balcão.

- Você foi ao futuro e voltou, e mesmo assim ainda não aprendeu que não se deve tocar em uma mulher a não ser que ela queira? - Alex o soltou e antes que ele pudesse pedir desculpas ela apontou um dedo para o garoto - Kara está bem melhor sem você, claro que foi difícil no começo, mas ela está melhor, se você tivesse um pingo de consciência veria que Kara merece alguém bem melhor do que você.

- O quê? Uma Luthor? Kara merece alguém cujo a família tenta constantemente assassinar os Super?

- Lena não é um sobrenome, Lena fez tudo o que você não fez, Lena é tudo o que você não é. Então para de choramingar, e pelo menos tenha respeito com sua esposa. Imra é mais do que você merece e mesmo assim você a trata como se ela não fosse importante - cansada da conversa Alex saiu do laboratório deixando o garoto sozinho.

Mon-El jogou os cacos de vidro de volta ao chão mostrando sua irritação.

Kara continuava tentando se soltar das correntes, mas cada tentativa era falha, e mesmo Lena pedindo para que ela parasse, a loira insistia, Kara nunca iria parar de lutar se isso significasse salvar Lena.

Kara parou por um momento, estava exausta, seus pulsos provavelmente estavam machucados de tanto tentar sair daquelas correntes. Então Kara parou, e se lembrou, se lembrou de todos os momentos em que compartilhou com Lena, lembrou-se de cada sorriso, cada gargalhada, cada olhar em que Lena usava para mostrar afeto a Kara. Lembrou-se de todas as vezes em que Supergirl salvou a CEO, e em como em cada um desses momentos o medo de perder Lena a deixava cega.

A esperança de Kara não queria lhe deixar, porém a repórter sabia que se aqueles fossem seus últimos momentos ela não poderia fazer nada além de se render, ela já não conseguia lutar contra sua vontade, seu desejo e mesmo arriscando tudo, ela iria ser sincera.

- Eu posso perguntar algo? - novamente as palavras de Lena trouxeram Kara de volta para a realidade. Kara concordou, seu peito apertou quando ela viu que já havia passado meia hora e a bomba continuava a diminuir o tempo - Na noite em que Supergirl me salvou, eu fui para casa, e lembro de acabar adormecendo na varanda e quando acordei estava em meu quarto - Kara engoliu a seco e isso não passou despercebido por Lena - Eu tenho certeza de que não fui sozinha para minha cama, então quando eu acordei encontrei esse botão azul, e ele é exatamente igual com o botão que está faltando na blusa que você está usando - Kara olhou para sua blusa e se amaldiçoou por ter sido descuidada - Você esteve no meu apartamento naquela noite?

Kara olhou para a CEO e mesmo parecendo adorável com suas bochechas rosadas, Lena não sorriu.

- Me perdoa, eu não deveria ter invadido sua casa - Kara não poderia contar que Supergirl apareceu, mas também não poderia negar quando Lena tinha uma prova daquelas - Eu fiquei sabendo do acontecido, Alex e eu fomos até seu apartamento, bati em sua porta, mas você não veio, fiquei preocupada e Alex meio que conseguiu abrir sua porta. Vi você na varanda adormecida, então eu e Alex colocamos você no quarto. Eu não queria te acordar, e eu sei que não deveria ter invadido sua privacidade - Lena sorriu, céus como ela estava apaixonada…

Foi então que Lena percebeu que não teria aquilo, não teria mais os sorrisos, não teria a oportunidade de ter Kara em seus braços, não teria a oportunidade de saber o que elas poderiam ser, até onde iriam.

- Supergirl não vai aparecer, não é? - foi mais uma pergunta para si do que para Kara - Se eu pudesse pedir algo a ela, seria para salvar você.

Kara não poderia acreditar que mesmo naqueles momentos finais Lena preferia se sacrificar para salvar alguém, Kara tinha apenas vinte minutos e mesmo que tudo acabasse ali, ela iria falar a verdade.

- Eu menti para você Lena - Kara viu a repentina decepção nos olhos da CEO, e céus… como doeu - Quando você me perguntou o motivo do cinema, não era porque eu apenas gostava da sua companhia, ou do filme, o real motivo foi porque eu percebi que o que eu sentia já não fazia parte da nossa amizade, Lena… Eu já não sei se o que sempre senti foi amizade - Lena conseguia ouvir as próprias batidas de seu coração pulsando em seu ouvido - A verdade é que - Kara fechou os olhos, o nervosismo e o medo afirmavam a parte humana de Kara. A loira abriu os olhos e encarou Lena - Eu estou completamente apaixonada por você Lena Luthor - ao admitir isso em voz alta foi como voar pela primeira vez, libertador.

Lena tinha a boca semi aberta, ela definitivamente não esperava por aquela confissão.

- Eu sei que é demais para assimilar, eu sei o quanto valorizamos nossa amizade, mas eu já não conseguia sufocar o que eu sentia - Kara só queria poder está mais perto de Lena, ela queria ouvir o coração da CEO e comparar com as batidas do seu - Ver você ao lado de James me matava aos poucos, mas eu sufocava tudo o que eu sentia porque se você estava feliz com ele eu teria que está, porque eu jamais poderia ser egoísta a ponto de querer minha felicidade acima da sua. Eu deveria ter dito antes, eu deveria ter sido corajosa, eu dev

- Você tem ideia de quantas vezes eu tive esperanças de que você me visse além de uma amiga? - o sorriso um pouco triste apareceu em Lena e agora ela não escondia suas lágrimas - Cada abraço, cada olhar, eu te amei nas entrelinhas esperando que você um dia notasse.

As duas se olharam tão intensamente que Kara não conseguia disfarçar as lágrimas. A repórter parecia respirar ofegante e foi quando uma outra vez tentou sair daquelas correntes, o grito só causava ainda mais dor em Lena, era como se Kara estivesse sofrendo mais do que ela poderia imaginar.

Os dez minutos se fizeram na bomba, e ao ver isso Kara tentou incansáveis vezes repetir o ato, ela não deixaria Lena morrer.

Winn viu que Alex estava saindo da DEO e correu, o garoto ficou diante da mulher e quando Alex deu um passo para desviar ele fez o mesmo a bloqueando.

- Winn, eu realmente não estou com paciência hoje - admitiu. Ela queria deitar em sua cama e relaxar por algumas horas.

- Eu sei que você disse para não incomodar Kara, mas eu realmente precisava falar com ela, mas novamente ela não atendeu e eu fiquei preocupado, porque eu sou um bom amigo e eu fico preocupado com Kara já que - Alex empurrou o amigo e o pressionou contra parade - Ok, ok! - exclamou nervoso - Eu fiquei preocupado com o que pudesse ter acontecido, então eu rastreei o celular dela - Alex soltou o amigo imaginando que algo bom não estava para acontecer - E a localização me levou a um galpão ao norte da cidade.

- Kara não tinha planos para outro lugar e duvido muito que Lena tivesse. Winn, onde minha irmã está?

Winn correu para seu computador e foi acompanhado por Alex, o garoto voltou a teclar rapidamente, a agente olhou para o amigo e soube que algo estava errado.

- Oh…

- Oh? O que isso significa?! - perguntou nervosa.

- Está vendo essas marcas de calor - disse apontando para o computador - Indica duas pessoas - explicou, porém não era a pior notícia - Está vendo esse ponto piscando? - Alex concordou - É uma bomba, Alex… ela vai detonar em cinco minutos. Não tem como chegar até esse galpão em cinco minutos - disse preocupado.

Alex pensou em J’onn, mas o homem não estava ali, foi então que ela viu Mon-El e por mais que o odiasse, ele era sua única esperança no momento.

O relógio marcou cinco minutos e Kara continuava a lutar contra o bloqueio da kryptonita.

- Kara para… me ouve… eu preciso que você me ouça - Lena deixava suas lágrimas rolarem em seu rosto enquanto Kara negava, ela não queria aceitar o fim - Eu sei que não tivemos a oportunidade de desfrutar do que sentimos, eu sei que queríamos mais tempo, eu sei… mas mesmo sendo tarde demais eu quero que saiba que você foi importante para mim, você sempre será.

- Não! Isso não pode acabar assim, eu ainda preciso te levar a minha cidade natal, Eliza ainda precisa fazer mil perguntas a você, Alex precisa me irritar por ser tão boba quando estou com você… Eu ainda preciso dizer que sempre vou está com você depois de um dia ruim… Eu ainda preciso de tudo, de você.

Lena já não aguentava mais a dor em seu peito, a dor por não poder viver tudo aquilo.

- Fomos tarde demais Kara… - admitiu.

Kara gritou uma última vez e foi quando parte do teto caiu mostrando uma aterrissagem perfeita de Mon-El.

- Kara! - Mon-El correu direto para Kara e Lena sentiu algo estranho lhe irritar.

- Não! Salve Lena! Vai! - ordenou sabendo que faltaria poucos minutos.

Mon-El concordou e foi para a morena, ele olhou para a bomba e trocou olhares com a CEO.

- Se você arrancar de mim a bomba vai disparar, e tenho minhas apostas de que você não é inteligente o suficiente para desarmar - sussurrou Lena e Mon-El estava se arrependendo de está ali para Lena - Se você não tirá-la daqui ela vai morrer junto comigo, e eu não posso deixar isso acontecer.

- Ela não vai permitir - sussurrou de volta, ele só tinha dois minutos e a certeza de Lena, se ele arrancasse a força, a bomba dispararia.

- Ela não tenha escolha, não a deixe morrer. Por favor tire a daqui. - implorou.

Mon-El concordou e se afastou um pouco de Lena. Kara observou a cena ainda tentando entender e quando conseguiu ela negou. Faltava dois minutos e Kara sabia o que estava prestes a acontecer.

- Lena, não se atreva! - pediu.

Lena voltou a chorar, mas nunca deixou os olhos que tanto lembraria.

- Eu sempre estarei com você, Kara… - admitiu.

Lena olhou para Mon-El e ele entendeu o que aquilo significava. O jovem correu para Kara e quebrou suas correntes com facilidade. Kara tentou correu para Lena, mas Mon-El a segurou aproveitando a fraqueza de Kara diante a kryptonita e a tirou dali.

- LENA! NÃO! - gritou ao ser levada por Mon-El. Lena olhou para a bomba e viu que ainda tinha um minuto. A jovem CEO sorriu apesar da situação, ela amou e foi amada mesmo que por pouco tempo, ela estava preparada para o que viria a seguir.

Mon-El soltou Kara no meio da estrada vazia e Kara o empurrou sentindo sua força voltar.

- VOCÊ A DEIXOU PARA MORRER! EU JAMAIS VOU PERDOAR VOCÊ! - a fúria de Kara era algo que Mon-El nunca tinha visto antes. Kara tentou voar, mas ele a impediu.

- Se você for até lá você morre, a kryptonita vai te deixar fraca e as duas vão morrer - respondeu ainda olhando para Kara, ele não pôde deixar de sentir inveja da forma como Kara estava preocupada com Lena.

- Eu tenho que tentar, ela é importante demais para mim - respondeu certa e segura - Eu vou tentar!

Kara voou de volta e antes que pudesse entrar no local ela desceu e usou suas pernas para correr para dentro do galpão.

- KARA NÃO!

Kara ignorou e correu para Lena, porém assim que chegou até a mulher ela sentiu seus poderes sendo sugados, provocando dor. Kara encostou sua testa na de Lena e as duas não falaram nada, Kara viu que faltava cinco segundos, ela olhou para Lena fitando aqueles belos olhos.

- Eu nunca vou abandonar você - sussurrou Kara em meio a dor física e emocional.

As duas ouviram o último som do relógio e fecharam os olhos esperando a explosão, porém nada aconteceu, ao invés disso o relógio se desligou, parando até mesmo a luz da kryptonita.

Kara não sabia o que havia acontecido, não imaginava que diante do computador da DEO, Winn conseguiu desativar a bomba usando o satélite.

Kara sorriu e olhou para Lena, antes havia tanta dor e angústia agora só podia-se ver naqueles olhos alívio e a esperança restaurada. Naquele momento elas sabiam que todas as palavras trocadas naquele momento de angústia foram verdadeiras, cada palavra e cada sentimento. Kara sorriu, Lena fez o mesmo, aquele era o começo de uma nova jornada.


Notas Finais


Calma que o beijo supercorp tá chegando.
Bjors


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