História Love Me Harder - I Want Everything Tonight part. 1

Gabriele POV’s

Passei a tarde procurando alguma roupa, eu não achei nada, eu estou completamente perdida. Sentei em minha cama, apoiei meus cotovelos em minhas coxas e minha cabeça em minhas mãos.
Suspirei forte e sussurrei para mim mesma “o estilo próprio é a melhor escolha quando não se tem outras opções”. Levantei-me em um pulo e corri para o closet, olhei em volta, procurando a “melhor escolha” ali dentro. Quando escolhi a roupa, peguei-a e coloquei-a em cima da cama, meu sapato ao lado.

Realmente, o estilo próprio é melhor do que usar vestidos típicos de festas. Olhei para o relógio, ainda são 6:45pm, ainda tenho tempo para fazer outras coisas, bastante tempo, eu acho.

...

Estava deitada no tapete branco de pelúcia que havia na sala, minha cabeça estava escorada em um enorme urso panda, que eu havia pegado no quarto de Drew. Conectei os fones de ouvido e coloquei para tocar Thinking Out Loud do Ed Sheeran, em poucos minutos, eu estava dormindo.

Acordei, subi as escadas correndo, eu dormi demais. Entrei no banheiro do meu quarto, despi-me rapidamente e fui para baixo da água quente que caia do chuveiro.

...

Uns 30min depois, me enxuguei, vesti meu lingerie e comecei a arrumar o cabelo, secá-lo, penteá-lo...
Quando terminei tudo, só faltava colocar o meu short, e os sapatos. O fiz (1).
Passei a maquiagem, não muito leve desta vez, nem muito pesada. Olhei-me no espelho uma última vez, dei um sorriso e sussurrei para mim mesma:

- “Garotas festeiras não se magoam...”, – Era o trecho de uma música na qual eu nem me lembro do nome. – Garotas festeiras, não se magoam. – Repeti novamente, suspirei e desci as escadas, antes que eu pudesse sentar no sofá, JC buzinou.

Gritei para o meu irmão que estava indo a uma festa e que provavelmente não voltaria cedo, na verdade, tem possibilidades de eu nem dormir em casa. Abri a porta e fui até o carro, entrei no mesmo, e vi mais três garotos no banco de trás, Ricky, Sam e outro garoto que eu ainda não conhecia.

...

JC acabara de estacionar o carro, abri a porta e saí, não estava tão animada. O caminho até aqui foi meio estranho, ninguém falou nada, os garotos atrás sussurravam, minha tentativa de entender o que falavam falhou.
Sam chegou perto de mim e sorriu, e abri os braços e o abracei forte, ele estava com um perfume implacável, perfeito. Sorri em meio ao abraço e Ricky coçou a garganta, como esses meninos me amam. Sam se soltou de mim e eu voei para Ricky, abraçando-o e beijando sua bochecha.

- Quem e ele? – Falei me referindo ao garoto louro de olhos azuis, na verdade, ele é moreno, como eu sei? Reconheço quem é realmente louro.

- Trevor. – O garoto sorriu. – Trevor Moran. – Trevor era meigo, minha primeira impressão foi essa, é ele parece meigo. Eu o abracei e, outro garoto que estava com o melhor perfume da face da Terra. Não que Ricky e JC estejam fedorentos, mas não se comparam à Trevor e Sam.

Entramos na boate Sam, Trevor e Ricky me chamaram para sentar em um canto, tomar alguma coisa, cerveja provavelmente, que dúvida. Segui-os até um canto com alguns sofás e uma mesinha no centro, sentei-me ao lado de Trevor, ele me chamou a atenção, sei lá.
Sam me alcançou um copo de cerveja, tomei um gole e segurei-o na mão direita, que estava apoiada ao braço do sofá. Os meninos começaram a falar que eles queriam transar a noite toda, eu apenas os olhei e ri.

- E você, pretende transar com quem está noite, Gabriele? – Ricky perguntou, fingindo ter classe.

- Com qualquer um... – Respondi e eles sorriram. – Hoje à noite, se depender de mim, vou foder até com meu irmão. – Eles arregalaram os olhos e riram. – Brincadeira. Eu vou ser bem sincera, vai rolar com quem mais me chamar à atenção, e quando eu me recuperar, vai ter próximo.

- Wow, Kian, belo trabalho. – Sam falou, eu não gostei muito, me deixou chateada, ou algo assim. Sorri e olhei para Trevor.

- Ok, gente, eu já entendi. – Ricky falou gritando, praticamente. – A Gabi quer transar com o Trevor. – Ele gritou e metades das pessoas olharam para nós. – Fala sério, Gabi, você gostou do Trevor? – Ricky perguntou sem vergonha alguma.

- Olha, quem não gostar desse garoto é estupidamente burro. – Falei e tomei um gole da minha cerveja. Trevor olhou pra mim e deu um sorriso, suas bochechas ficaram rosadas, ele é uma graça, parece uma pequena criança. – Você tem quantos anos? – Perguntei virando o copo contra minha boca.

- Dezesseis. – Engoli a cerveja e arregalei os olhos, Ricky e Sam riram, mostrei o dedo.

- Não quero que tenha pensamentos ruins ao meu respeito. – Falei próximo ao ouvido de Trevor. – Mas eu posso fingir que você é um pouco mais velho. – Terminei a frase e dei um beijo no canto da boca dele, levantei-me e fui ao banheiro.

...

Eu já tomei umas três cervejas até agora, eu acho, e um copo de Uísque. Estava sentada no bar, esperando a Vodca que eu pedi há um tempo. Meu celular vibrou, era uma mensagem, o abri e li:

“Amiga, sinto muito pelo Kian, vamos nos encontrar amanhã, beijos.”.

Resmunguei para mim mesma, eu não quero vê-la amanhã, não quero passar a tarde assistindo filmes de romance adolescente, comendo sorvete e engordando. Digitei uma mensagem, dizendo que tudo bem, porém eu iria escolher o programa. Nem vou olhar a próxima mensagem, vai ser ou um “tudo bem” ou uma discussão enorme.
Bebi o líquido do copo que acabara de chegar e caminhei até a pista de dança, Dangerous do David Guetta acabou e o som calmo de Heroes do Tove Lo ecoou no local, a música passa uma tranquilidade e certa energia. Comecei a me mexer, conforme as batidas da música. Mexia a cabeça vagarosamente, fazendo com que meus cabelos mexessem junto. Na parte mais agitada da música, eu balançava meu quadril de um lado para o outro, pude imaginar que vários olhares estavam voltados para mim, me desculpe, mas eu sou diva.
Virei-me de costas para o palco que o DJ estava, e dei de cara com Sam, mordendo o lábio inferior, ele estava olhando para minhas pernas e bunda, sorri fraco e colei nossos lábios, ele pareceu surpreso, mas de forma alguma negou.

Seus lábios macios em contato com os meus, era uma maravilha. A língua de Sam contornou meus lábios, pedindo passagem, eu a dei. Nossas línguas dançavam juntas, ferozmente. Coloquei minhas mãos em seus ombros, as mãos dele rolavam, de minha cintura, até minha bunda, quando elas voltaram a minha cintura, apertaram-na, puxando-me para mais perto dele. Minha mão esquerda foi até os cabelos negros dele, puxando-os vagarosamente. Rompi o beijo por falta de ar, ele me deu um selinho e sorriu.
Continuei a dançar, Sam sumiu segundos depois que Heroes parou de tocar e começou a tocar uma música desconhecida para mim, porém com um bom ritmo para dançar e chamar atenção, meu objetivo esta noite.

Prestei atenção na letra da música, “garotas festeiras não se magoam”, parei um minuto para pensar, e lembrei que a música era Chandelier da Sia. A minha frase é desta música, ótimo saber. A música era remixada, admito ser melhor que a original.

Senti duas mãos em minha cintura, que estava um pouco descoberta, me arrepiei, a mão estava gelada, o contado me deixou, animada. Dancei ao ritmo da música que acabara de começar, eu não conhecia, mas era o ritmo perfeito para excitar a pessoa que estava colada ao seu corpo.
Eu continuava de costas para o homem atrás de mim, mexia meus quadris ao ritmo das batidas e conforme me mexia, minha bunda roçava no membro do cara, que já estava animado. Virei-me para ele e o beijei, sem ao menos saber quem era, nossas línguas também dançavam, fazendo-me queimar por dentro. Pousei minhas mãos nos ombros do cara, e que ombros, eles eram familiares para mim, passei as mãos em seus braços e voltei para os ombros, não pode ser ele. Continuei o beijo, um pouco assustada, mas continuei. Minha mão direita fora até os cabelos do cara. Eu os reconheci, puxei o ar e era o mesmo perfume da última vez, eu não sei como me lembro, mas eu lembro.
Rompi o beijo para ter certeza de quem era, eu não estava enganada, eu o reconheci mesmo sem vê-lo, oh céus, e agora?