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História Love or not Love ? - Ix


Escrita por: EuSemideus

Notas do Autor


Oi... Posso me desculpar? Sim? Ah, gente.... Autora de vcs eh uma iludida. Pensou q ia ter tempo pra escrever alguma coisa no fim de semana do ENEM... Fim de ano eh fogo, provas finais, feiras da escola (q se vc n participar perde 5 pontos em todas as matérias)... Sabem quantas provas eu fiz esse ano na escola? Levando em conta q eu nunca fiquei de recuperação? 170!!! Isso eh coisa pra burro! E ainda faltam 10!!!
Bem, vou deixar vcs lerem, espero q gostem.

Capítulo 10 - Ix


IX

Autora/Nanda/Eu

Haviam duas semanas que eles não se viam, duas longas semanas. Bem, ver não era exatamente o termo correto. Os encontros na entrada e saída da faculdade eram inevitáveis, mas não passavam de cumprimentos casuais. Não que Percy não tentasse uma aproximação, porém Annabeth não permitia tal.

A verdade era que a loira estava assustada, como a muito não sentia-se. O que sentia pelo rapaz de olhos verdes era um segredo até para ela mesma, a única coisa que sabia era que não queria aquilo em seu coração. Contudo seus métodos pareciam à cada dia mais inúteis. Passar horas e horas em um escritório, fazendo extras seguidas, não tiravam-no de sua cabeça. Afundar-se no estudo, em sua tese do mestrado, não apagava-o de seus pensamentos. Perseu havia se instalado para não mais sair.

Já o próprio Percy sonhava acordado, como fizera poucas vezes na vida. Sentia falta de seus olhos tempestuosos, do sorriso brincalhão, dos cachos loiros caindo por seus ombros. Sempre que dormia via-se incompleto. Faltava-lhe o corpo dela acomodado em seus braços, a respiração compassada contra seu pescoço, a mão repousada em seu peito. O fato de não ouvir a voz de Annabeth doía-lhe os ouvidos. Não sabia se alguma vez na vida sentira tanta falta de alguém quanto sentia dela. Qual feitiço aquela sereia teria jogado sobre o pobre rapaz?

O afastamento dos amigos assustava os que com eles conviviam. Era algo inesperado e completamente não plausível. A decisão de Annabeth não parecia fazer sentido para ninguém, incluindo ela mesma.

Pegara-se pensando nele diversas vezes nos dias que haviam se passado. Só quando resolveu manter distancia do rapaz é que notou o quando sua companhia era agradável. Apesar de um tanto ingênuo quando o assunto eram sentimentos, pelo menos na opinião na garota, Perseu era inteligente e engraçado, uma ótima pessoa para se conversar. O problema é que seus pensamentos não paravam por aí. Eles logo se dirigiam a frase da vovó Lise, "Quero bisnetos logo", junto com ela a imagem daquela criança, que ela já se pegara desejando.

O único pensamento na mente de Annabeth era que precisava fazer tudo aquilo parar. A aposta não havia terminado, era a vez dela de jogar. Então jogaria pesado. Convenceria Perseu, de uma vez por todas, que aquilo que ele chamava de amor não existia e, juntamente, faria seu coração voltar a acreditar em tal coisa.

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Percy

Percy tentava ao máximo concentrar-se na estrada. O silêncio em seu carro era perturbador. A garota fitava atentamente o caminho, murmurando somente para lhe dar direções.

Percy não entendia o que estava acontecendo. Porque ela estava agindo daquela maneira. Eles estavam bem, mais próximos do que nunca, o moreno sentia-se cada vez mais perto de provar a existência do amor quando... PUM! Tudo pareceu desabar.

Sem mais nem menos ela havia passado a evita-lo e mal olhava-o nos olhos nos poucos cumprimentos que trocavam.

Se ele a amava? Aquilo era algo tão óbvio para Percy que perguntar-se tal coisa parecia idiotice. E fora esse amor que viera do nada, e parecia não querer se afastar tão cedo, que o fizera sofrer tanto no tempo que passou praticamente no escuro, sem entender o que realmente estava acontecendo.

Percy decidiu prestar atenção a estrada. Era a vez de Annabeth jogar, de argumentar, e, ele admitia, temia o que ela poderia lhe mostrar para provar sua tese.

Notou que estavam na entrada do Brooklyn. A parte do bairro mais próxima ao centro da cidade era bonita e arrumada. Haviam restaurantes bons, prédios bem estruturados, shoppings... Não era um lugar ruim para se estar. Porém o que preocupou-o foi Annabeth guia-lo cada vez mais para o interior da região. Aos poucos tudo pareceu envelhecer, tornar-se mais carente. As pessoas tinham a cara fechada, grades e cercas elétricas estavam em todos os lugares. Por fim, encontraram-se em um local onde as construções pareciam cair aos pedaços. Não haviam crianças nas ruas e todos pareciam andar rápido e de cabeça a baixa.

- Annabeth, para onde estamos...

- Pare o carro! - ela mandou interrompendo-o.

Percy freiou por impulso e acabou parado atrás de uma grande caçamba de lixo.

- Mas o q... - ele tentou perguntar novamente.

- Olhe - ela pediu tocando seu braço.

O contato repentino deixou-o um tanto zonzo, de modo que nem mesmo protestou. No centro de seu campo de visão havia uma espécie de praça. Os paralelepípedos do chão saiam, os bancos de cimento estavam sujos e quebrados. Os restos do que um dia havia sido um parquinho jazia lá, abandonado, como um fantasma trazendo lembranças de uma época que a muito se passara.

No centro da praça havia um grupo de rapazes. Todos eram bem jovens, Percy seria capaz de apostar que a maioria era menor de idade. Um deles estava com os braços presos atrás das costas e sendo segurado por outros dois. Ele tinha o queixo levantado e uma postura superior, apesar de seu estado. De frente para ele estava outro que parecia ser o líder. Este, assim como todos os outros ali presentes, estava armado. Uma metralhadora cruzava suas costas e uma pistola jazia em sua mão direita. Ele gritava palavras baixas e acusações, apontando a arma para o que estava preso, que nada dizia e nem mesmo reagia.

- Acho de devemos chamar a polícia - disse Percy levando uma das mãos até o bolso de suas calças, em busca do telefone.

- Não adianta - disse Annabeth meio em transe - Eles não vem até aqui.

Percy voltou a olhar para frente, incomodado. Não havia nada que ele pudesse fazer. O que exatamente Annabeth estava tentando provar?

A multidão em volta da praça aumentava. Algumas pessoas pareciam preocupadas, outras somente curiosas e ainda haviam os doentes que achavam tudo aquilo divertido. Assustado, Percy percebeu do que se tratava. Um tribunal. O líder era o advogado de acusação e o rapaz preso, o réu. Porém a diferença era que ninguém se arriscaria a ser o advogado de defesa, e o juiz... Esse parecia ter nunca ter existido naquela sociedade.

Do meio da confusão que ali já havia se formado, um menino surgiu. Magro, cabelos necessitados de um corte e roupas velhas. Seu rosto estampava puro desespero. O garoto, que não passava dos doze anos para Percy, correu até o rapaz que estava preso. Este, ao vê-lo, pela primeira vez em todo aquele tempo, pareceu ter medo. Gritou para que o mais novo fosse embora, mas já era tarde. Um dos capangas do líder já o tinha pegado.

Por conta do burburinho da multidão, Percy passou a ter dificuldade para escutar o que o líder dizia. Contudo, captou em meio ao barulho um "seu irmão". Não precisou de mais tempo para saber que ele se referia ao menino que correra para o meio da praça. O rapaz preso gritava por misericórdia para o irmão. Ele debatia-se, tentando livrar-se do aperto dos que o prendiam, mas de nada adiantava. O líder soltou uma gargalhada sarcástica tão alta que o moreno de dentro do carro tremeu ao ouvi-la. Logo em seguida um tiro ecoou.

O corpo do menino pareceu desfalecer em câmera lenta. Seu grito de dor, provavelmente o último som que emitiria, parecia eterno. Aquilo era mais que um crime. O assassino havia tirado o direito daquela criança de viver, de ver o mudo, de tomar suas próprias decisões. Tinha arrancado-lhe a vida de forma tão bruta e desnecessária, como um espécie de vingança para com aquele que estava preso.

Percy sentiu a raiva subir por seu corpo. Um sentimento de compaixão por aquele garotinho atingiu-o em cheio, obrigando-o a fazer algo. Ele soltou o cinto de segurança e já estava com a mão na porta do carro, quando Annabeth segurou-o. O moreno encarou a mulher ao seu lado, os olhos cinzas estavam avermelhados e o rosto manchado por lágrimas.

- Perseu, não... - mas ela não pode terminar.

Um estrondo horrendo interrompeu a garota. Percy fechou os olhos. Não precisava olhar a praça para saber que o rapaz preso jazia no chão, junto de seu irmão. Quando tomou coragem, olhou para Annabeth, que havia enterrado o rosto nas mãos.

- Por favor, me tire daqui - ela pediu num sussurro quase inaudível.

Só naquele momento o moreno notou. Ela não esperava por nada daquilo, não fazia parte de seus planos mostrar tal atrocidade a ele. Percy ligou o carro e última coisa que viu antes de manobrar, foi uma mulher correndo até os corpos, a gritar e chorar, abraçando-os naquele lugar que se tornara o pano de fundo de um trágico assassinato.

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Annabeth

Annabeth sentiu as lágrimas escorrerem por seu rosto e tombarem em seus lábios. O gosto salgado do choro pareceu reafirmar o estado deplorável em que a garota se encontrava naquele momento. Olhos vermelhos e inchados, o rosto, manchado pelas lágrimas, enterrado nas mãos, e o tronco balançando com os soluços.

Nunca havia visto de perto tal cena de violência, ou algo que sequer aproximasse-se. Quando pensara em levar Perseu até aquele local, sua ideia era mostrar-lhe adolescentes grávidas drogando-se ou crianças sendo exploradas. Nunca uma execução pública. Não tinha sangue frio ou estômago para tanto.

Lembrou-se do menino indo ao chão. O cimento encharcando-se de sangue ao redor de seu corpo sem vida, enquanto um último grito de dor ainda ecoava nos ouvidos da loira. O pequeno nada tinha feito, a não ser proteger o irmão, e morrera por tal ato. Algo tão injusto e cruel que a própria Annabeth não podia entender.

- Como é possível? - ela perguntou quando os soluços finalmente pararam - Como pode existir amor quando alguém é capaz daquilo?!

A garota levantou a cabeça, recebendo um olhar rápido de Perseu, que comprimia os lábios. Ele logo voltou a fitar o caminho, desviando ocasionalmente de um carro ou outro.

Annabeth notou que o clima havia mudado. O sol fraco daquela manhã havia sido substituído por nuvens de um cinza triste, tornando o dia um tanto frio e depressivo.

- Ninguém nasce sabendo amar - respondeu Perseu depois de algum tempo - Nem mesmo o choro é algo voluntário em um recém nascido que da seu primeiro suspiro. É, sim, uma reação de protesto, quando a primeira lufada de ar invade seus pulmões intocados, causando um sensação não muito agradável de início, mas com a qual aprendemos a conviver.

"Ter amor a sua vida é algo fácil, mas mesmo assim muitas pessoas não o sabem, não desenvolveram tal amor. Amar a si mesmo, aceitar-se como ser humano, levando em conta defeitos e qualidades, erros e acertos, já não é tão fácil. Mas amar outra pessoa... Não é algo que se desenvolve sozinho no coração do ser humano, esse amor começa através do exemplo. Por ações de outros com a pessoa, ou até com alguém que nem é ele. O amor a vida dos outros não é algo que nasce conosco, mas que surge em nosso coração com a convivência com os mais diversos tipos de amor. Se alguém não tem acesso a esse amor...

Não é capaz de amar, Annabeth completou mentalmente. Seu choro havia cessado e as palavras do rapaz ao seu lado pareciam ecoar por sua mente. Tinha um motivo para ser tão difícil convencer Perseu de algo: ele era inteligente, mas inteligente do que aparentava. Seu argumento fazia sentido e, talvez, pudesse ser comprovado. Mas o mais importante, e o que ela nunca admitiria, uma parte de seu cérebro concordava e acredita piamente no que o moreno dizia.

- Talvez você tenha razão - murmurou Annabeth mais para si mesma.

Perseu não deu nenhum sinal de que tinha ouvido-a, mas ela sabia que sim. Antes que ele se pronunciasse, um som estridente, porém já conhecido por ambos, reverberou pelo carro. Logo o aparelho de celular já estava contra a orelha da loira, enquanto sua mãe falava.

- Filha, você pode vir até aqui? - perguntou ela. Annabeth notou um certo tremor na voz da mãe, só aquilo foi o bastante para preocupa-la.

- Agora? - indagou a garota - Mãe, aconteceu alguma coisa?

Annabeth torcia para que sua voz não carregasse vestígios do choro recente, assustar a mãe não estava em sua lista de prioridades.

- Só venha até aqui, por favor - pediu dona Athena.

Annabeth suspirou.

- Tudo bem, estou aí em quinze minutos - ela cedeu.

A loira desligou o telefone e fechou os olhos. Não importava o quão abalada estivesse, nem o quanto seu coração estava confuso, precisava estar forte para a mãe. Ela não sabia o que estava acontecendo, mas era algo sério, sem dúvida alguma.

A garota abriu os olhos e fitou Perseu. Este a olhou rapidamente e disse:

- Casa dos seus pais?

Annabeth sorriu fracamente e viu-o retribuir tal ato. Não viu o caminho. As avenidas, carros e prédios passaram desapercebidos por seus olhos. Em verdade, estes em nada focaram durante os minutos restantes no carro. Só quando o automóvel parou, pode enxergar a tão conhecida residência.

Virou-se para Perseu sem saber muito bem como prosseguir, por fim resolveu não quebrar o ciclo. Aproximou-se o rapaz e beijou-lhe a bochecha.

- Até, Perseu - disse.

Antes que pudesse se afastar, o rapaz segurou sua nuca. Annabeth sentiu os lábios dele pressionados contra sua testa, depositando ali um beijo carinhoso.

- Até - ele disse com um sorriso perceptível.

A garota saiu do carro um pouco balançada, mas não deixou-se abalar. Não esperou dez segundos para a porta de casa ser aberta, após tocar a campainha.

As bochechas de sua mãe, assim como seus olhos, estavam avermelhados. Suas íris não apresentavam o brilho vívido de sempre e seu semblante era triste, parecendo combinar com o céu.

Sem que nenhuma das duas se pronuncia-se, caminharam até as poltronas da sala e sentaram-se. Athena olhou nos olhos da filha e permaneceu impassível. O rosto passou a não demonstrar qualquer emoção. Annabeth segurou-se para não engolir em seco. Sua mãe havia baixado a "máscara de ferro", protegido-se do impacto a notícia traria.

- Filha, seu tio está internado - ela soltou.

Annabeth franziu as sobrancelhas, já sentindo o coração acelerar.

- Tio Max? - ela perguntou.

Sua mãe assentiu. O desespero aumentou levemente. - O que ele tem?! - perguntou a garota.

Athena respirou fundo e olhou no interior dos olhos da filha. O que ela disse a seguir , fez Annabeth sentir-se sem chão pela primeira vez em anos.

- Ele tem câncer de pulmão, Annabeth - explicou sua mãe - Está em estagio terminal.


Notas Finais


A fic começa agr, minha gente hehehehe
Gente!! Nós passamos de 60 FAVORITOS!!! Cara, to, tipo, MUITO FELIZ!!!!!
Bjs, n esqueçam de comentar!
Até!
EuSemideus


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