“ Não namore um traste desse, você já é mau vista por ser estrangeira e ainda me vem com ele aqui” – Essas foras as fortes palavras de atenção que eu deveria ter ouvido da sua minha mãe, mas ignorei tudo. – Estou pagando a fiança para meu namorado que foi preso por estar “perto” de um local que nem deveria estar, essa não é a primeira vez que isso ocorre e bem provável que não será a última.
O delegado falou que estava tudo certo, assinei uns papéis e fui para o carro. Ele me ligou informando onde havia deixado o carro e depois pediu para pegar um dinheiro que ele tinha no cofre e por fim, me deu sua localização.- Resumindo, minha vida, eu como staff de outros artista me vejo em uma situação delicada todos os dias.
O vejo sair do local, sem nenhuma complicação. – Tomei as providências necessárias para não atrair nenhum fotógrafo para está região. – Após ele entrar no veículo e me olhar o silêncio era a última preocupação daquele dia:
- Eu... – levantei minha mão o fazendo parar naquele momento.
- Se continuar do jeito que estar vai ser impossível continuarmos juntos. – ele evitou meu olhar e virou a cara encarando o painel do carro. – Tive que deixar Giriboy sozinho na sua performance ao vivo na MBC porque você se envolveu com tráfico.
- Eu não comprei nada. Só estava no local errado e na hora errada! – ele se exaltou.
- Quem liga para isso! Você que a imprensa vai querer de vitimizar? – ele ficou quieto. – Me leva pra casa.
Ele ficou quieto, ligou o carro e seguimos o caminho para meu apartamento. – Chegamos rápido no local, olhei para o prédio a frente e comecei a arrumar minhas coisas:
- Me desculpa. – ele disse baixo, porém se não fosse o silêncio, não teria ouvido.
- Esquece. – suspirei cansada pelo dia complicado que tive hoje. – Amanhã vou trabalhar com sua equipe. Então esquece o fato de hoje.
Saí do seu carro. Bati a porta e arrumei a mochila na costa e fui para minha casa, cumprimentei a vizinha que acabara de chegar e fui para meu andar. – O prédio que moro é simples, fica em um bairro de classe média alta, que equipara-se a classe alta no Brasil. – Porém é cortesia por ser uma funcionária de multifunções na just music.
Uma coisa que eu não esperava era encontra a irmã do Sungmin parada na minha porta, acabei rindo e ela notou minha presença e sorriu de imediato ao me ver:
- Olha se não é a mamãe mais linda da Coreia. – ela me abraçou e tocou de leve em minha barriga. – Cadê o pai dessa criança?
- Acabou de ir embora. Tive que pegar ele na delegacia. – entramos em casa e logo depois de ouvir a porta ser trancada ela começou a tagarelar.
- Qual foi o motivo desta vez? – Haeun é a pessoa mais sensata da face da terra, se ela precisar puxar o cabelo do irmão dela para por ele na linha, ela fará isso sem pensar.
- Lugar errado, hora errada. – expliquei os motivos e como foi feito, o trabalho puxado que tive hoje e sobre o que virá amanhã. – Tenho até medo de achar se foi uma boa ideia aceitar essa criança.
- Claro que foi. – ela estava entusiasmada. – Mamãe está muito feliz que seu filho dará um netinho para ela.
- Minha mãe me deu uma bronca no início. Agora não saí do meu pé para saber me estou me alimentando. – sorri mínimo e senti o cansaço me alcançar.- Vai dormir aqui?
- Lógico. Ela me ajudou arrumar algumas coisas e formos dormir.
*** ** ***
Cheguei no trabalho com uma hora de antecedência, deixei uns papéis com uns colegas que trabalha com o Giriboy e fui para o escritório do CJamm. – Uma grávida de cinco meses trabalhando não é a melhor cena de se ver, porém todos sabiam quem era o pai e faziam questão de lembrá-lo sempre que podia:
- Bom dia! – falei entrando na sala e indo me sentar ao lado de uma amiga que me apresentou para a empresa e me fez trabalhar aqui.
- Estamos procurando se alguém viu o incidente de ontem. – ela cochichou enquanto mechia no computador abrindo diversas abas no provedor.
- Não há incidentes. Fiz o delegando e os funcionários presentes assinarem um termo de sigilo. – abri minha pasta e retirei o papel. – Pedi para abafarem o caso e se prosseguir com a investigação, que não incluísse o CJamm no caso.
- Wow. Você é realmente boa no que faz. – um dos staff me parabenizou. – Então temos que organizar agenda dele para próxima semana.
- Bateu uma fome agora. – informei a minha amiga que olhou pra mim e depois pra minha barriga.
- Bebê, aguenta só um tiquinho. – ela se inclinou e falou isso para minha barriga. – Cadê o pai?
- Não sei? – repsirei fundo e deu vontade de comer manga. – Quero uma manga.
- Eita que o bebê já tem espirito de nobre. – ela me ajudou a ficar de pé e me acompanhou até o local que Sungmin deveras estar.
Ao chegar na sala, minha amiga saiu para resolver alguns assuntos enquanto eu focava minha atenção nele que estava bem concentrado no computador:
- Bom dia! – ele olhou pra mim e sorriu tímido. – O que estás preparando?
- Uma música. - Ele mexeu mais um pouco e deixou algo tocando. – Como você está?
- Cansada. Ontem foi estressante. – observei ele desviar o olhar e então pegou uma garrafa de água sobre a mesa e me ofereceu. – Não, obrigado.
- Quer alguma coisa? – ele se preocupava comigo e ficou um pouco mais culpado depois da noticia da gravidez, ele não consegui evitar o estresse que me causa.
- Estou com vontade de comer manga. – ele arqueou a sobrancelha e suspirou fundo. – Pode comprar? Eu dou o dinheiro.
- Não precisa. – ele sorriu de canto e ficou de pé. – Me espera aqui, vou ver se por aqui perto tem. – afirmei a ele.
Assim que ele saiu da sala, eu fui resolver outras coisas que ficaram pendentes de ontem, arrumei minha mesa e encontrei Giriboy na sala tomando algo:
- Hey menina. – fui chamada por ele, que mexia a mão sem parar. – O que houve ontem?
- Nada demais. – sorri afastando a dúvida que persistia em sua face.
- E esse menino. Como anda? – Giriboy é atencioso, deixou claro que não me demitiria por ter engravidado, mas também deixou claro que quando eu voltasse o trabalho seria em dobro.
- Enquanto ele estiver aqui dentro. Está tudo bem. – olhei o pai do meu filho chegar com uma sacola na mão e sorria ao passar pelos funcionários. – Vou indo. Com licença. – cumprimentei eles saindo da sala.
Ele me viu e parou na porta me esperando, fui onde ele e o mesmo abriu a sacola me mostrando duas mangas. – E pela embalagem, é a manga de ouro da Coreia. Porque o preço dela é para ricos:
- Poderia ter comprado da mais barata. – informei a ele, que balançou a cabeça negando.
- Essa daqui é mais doce. E é para saúde do bebê. – sorri do seu jeito de cuidar. – Falando nele... – ele segurou minha mão e formos andando até sua sala. – O berço chegou ontem pela manhã, já até montei. Talvez o guarda-roupa chega amanhã.
- Sua irmã comprou mais roupas para ele. – avisei a ele e o mesmo entortou a boca.
- Se ela continuar deste jeito. O bebê terá roupa para cada troca de fralda sem repetir. – afirmei concordando com o que ele dizia. – Os produtores querem que eu anuncie sua gravidez, mas preciso saber se você concorda ou prefere fazer isso só quando o bebê nascer.
- Espera ele nascer. – chegamos na sala, ele cortou a manga e me deu um garfo. – Está muito boa. – comi ela e dei um pedaço para ele. – Que cara é essa?
- Temos que ir no cartório ainda hoje assinar aqueles papéis. – concordei com ele e lembrei da minha amiga. – Tem que haver testemunhas. Já sabe quem vai?
- Sim. – ele comeu mais um pedaço e voltou ao trabalho enquanto eu saboreava minha querida manga. – Toma cuidado quando sair.
Ele avisou quando joguei a embalagem no lixo e beijei sua bochecha em seguida. – Cuidando, mas dando trabalho, o combinado era sem casamento somente assinatura dos papéis como fora combinado para aquela tarde. – Tudo ocorreu bem, assinamos os papéis, voltamos para terminar o trabalho e enfim formos para casa dele:
- Suas vitaminas estão no armário. Toma logo umas agora. – acenei e fui para o local, ele levou minhas coisas para o quarto.
Tomei elas e fui para o quarto onde o bebê ficaria, o berço já estava no canto a poltrona fica perto janela e o local onde provavelmente ficaria o guarda-roupa, estava com algumas caixas:
- Essas caixas são com roupas? – ele colocou a cabeça em meu ombro e afirmou. – tem bastante coisas.
- Isso é o que temos aqui. Na sua casa tem outras. – afirmei sorrindo. – Pelo menos roupas a vontade ele terá.
Me virei e beijei seus lábios fazendo ele sorrir enquanto segurava minha cintura juntando mais nossos lábios:
- Acho que ele já tem o suficiente. – respondi abraçando ele.
- Seremos ótimos pais. – ele afirmou beijando minha testa em seguida. – Vamos dormir. Você parece exausta.
- Imagine quando este mocinho der as caras. – comentei indo para nosso quarto.
- Ao menos teremos as avós babona dele. – sorrimos em afirmação. – E me desculpa pelo ocorrido, prometo não seguir mais por esse caminho.
- Assim espero. Não quero ter que ir te visitar em cadeia e muito menos fazer meu filho crescer sem pai. - informei aconchegada no peito dele. - Boa noite.
- Boa noite meu amor.
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