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História Love You Like A Love Song - Kids, Distance and Promises


Escrita por: megqueen

Notas do Autor


Ooooooi genteeee voltei! Capa e look aí pra vcs, boa leitura!

P.S.: Muito obrigada por todos os favoritos e comentários, eles me mantém motivada pra continuar escrevendo! Shawn e Claire agradecem vocês!

Capítulo 26 - Kids, Distance and Promises


Fanfic / Fanfiction Love You Like A Love Song - Kids, Distance and Promises

(Tainá POV)

- Ai, como eu queria estar na praia agora... – comentou Taylor.

Eu me encontrava jogando videogame com ele, Nash, Cameron e Aaron no quarto em que dormiam ele, os Jacks e o Aaron. Eu queria que Carter estivesse ali também, no entanto, o mesmo tinha saído com Matt, JJ e JG para dar uma volta, assim como Shawn saíra com Claire e Danny saíra com Giu.

- É, mas tá frio demais pra ir... – disse eu.

- Pois é...

- E então, China, há boatos de que você e o Shawn se resolveram. É verdade? – quis saber Cameron.

- Sim, é verdade. Ele gosta mesmo da Claire, não é?

- Muito. Muito mesmo. – concordou Tay. – Dá pra ver pelo jeito que ele olha pra ela.

- Sim. Ele olha pra ela do jeito que meu primeiro namorado olhava pra mim. – eu havia percebido tal fato no dia anterior.

- O que aconteceu com vocês dois? – indagou Aaron.

- O trabalho transferiu os pais dele pra Portugal, e nós dois não aguentamos a distância. – expliquei.

- Ai, catsu. – Nash paralisou, o que fez seu avatar morrer. Se ele não parecesse tão preocupado, eu até sorriria, já que ele falara igualzinho à Claire.

- Que foi?

- Claire e Shawn também vão ter que enfrentar a distância em breve. – Cameron esclareceu pelo amigo.

 

Claire POV

Naquele dia estava frio demais para ir à praia, então Shawn e eu decidimos dar uma volta por aí. Estávamos caminhando de mãos dadas e conversando. Eu desfrutava de sua companhia, da brisa fresca que brincava com meus cabelos e da minha felicidade pelo que acontecera durante a madrugada enquanto falava:

- Eu só estou tão, tão feliz por você e a China terem finalme... – minha fala se interrompeu quando uma cena do outro lado da rua prendeu toda a minha atenção. – Aimeudeus, Shawn, olha! A gente precisa ajudar! – indiquei a outra calçada, fazendo-o parar.

Havia uma mulher, uma moradora de rua, segurando um bebê em seu colo. Bebês eram o meu ponto fraco. Aquele parecia estar bem e aquecido, porém a mulher usava apenas uma blusa de manga curta, e estava tão magra que eu só conseguia me questionar sobre quanto tempo havia que ela não comia. Aquilo não estava certo. Ela era mãe de um recém-nascido. Mães não deveriam passar frio. Mães não deveriam passar fome. Mães precisavam estar bem para dar aos seus bebês amor e carinho. Bebês mereciam isso. Bebês mereciam tudo de melhor que existia no mundo.

Eu soltei a mão de Shawn e atravessei a rua, indo até a mãe e o filho e me ajoelhando ao lado deles.

- Oi. – sorri. – Você tem um minuto?

- Claro. – a moça respondeu.

- Bem, eu... Eu vi vocês aqui, e pensei que você poderia estar passando muito frio... – tirei meu casaco e o estendi a ela. – Eu ficaria muito feliz se você aceitasse. Não é o mais quente do mundo, mas já é alguma coisa.

Ela sorriu e aceitou o agasalho: - É muito legal da sua parte.

- E, também... Se você quiser, eu tenho duas barrinhas comigo. – peguei em minha bolsa. – Ah, e água.

Mais uma vez, a senhora não rejeitou minha oferta: - É muito, muito legal mesmo da sua parte.

Meus lábios se curvaram para cima, meu olhar finalmente caindo sobre a criança:- E então... Qual o nome dessa gracinha? – aproximei meu indicador de sua mão pequenina, e ela o segurou. Eu amava quando bebês faziam aquilo.

- Alice.

- Alice, que nome lindo... – comentei, e eu de fato o achava. Eu me virei para a moça. – Posso segurar um pouco?

- Claro. – me entregou a frágil Alice. Ela estava um pouco suja, mas eu não me importava. Bebês eram bebês. Seres puros, livres de maldade no coração, e o futuro da nação. Eles precisavam mais de amor do que qualquer outro ser.

- Você é tão linda... – eu disse para a menina. – Eu não tenho comida pra você, nem uma roupa que te sirva, mas... – peguei o dinheiro que tinha comigo e dei para a moça. – A mamãe vai te comprar tudo que você precisar, não se preocupe, anjinho. – depositei um beijo na testa de Alice.

- Ah, eu não sou mãe dela... Encontrei esse tesouro abandonado. – me contou. – Mas a amo como se fosse minha filha.

- Então, você é a mãe. A mãe de coração. – sorri para a mulher e então (não que fosse minha vontade) lhe devolvi a criança. – Sinto muito, mas preciso ir. Tem uma pessoa me esperando. – dei uma rápida olhada em Shawn, que sorria com ternura para mim da outra calçada.

- Tudo bem. Obrigada por toda a ajuda. – ela me agradeceu. – Você parece que gosta muito de crianças. Espero que você e seu namorado ali tenham muitas, e sejam muito felizes.

Meus olhos transbordaram. Por um momento único e especial, havíamos sido somente Alice e eu. Assim que a segurei em meus braços, me esqueci de todo resto. Eu amava crianças. Muito, muito mesmo. E pegá-la no colo despertara uma sensação maravilhosa em mim, despertara meu lado mais bonito e bondoso. Eu me sentia cheia de alegria, compaixão, afeto... Fora simplesmente mágico. E, mesmo depois de soltá-la, a sensação continuou comigo, me preenchendo. Mas então, aquelas palavras chegaram aos meus ouvidos – um balde de água fria, quebrando violentamente e de uma vez só todo o encanto. Trazendo até mim a verdade, a dura verdade. Shawn e eu nunca teríamos um filho sequer, quem dirá vários. Shawn e eu nunca iríamos nos casar. Em um mês, nem juntos estaríamos mais.

- Obrigada. Que Deus esteja sempre com vocês duas. – agradeci e atravessei a rua novamente.

- Tá tudo bem, vida? Por que você tá chorando? – Shawn me perguntou quando cheguei até ele.

- Quero ir pra casa. Preciso ir pra casa. Agora – comecei a andar apressadamente na direção da residência em que vivemos nos últimos dias.

Shawn vinha me seguindo, perguntando o que estava acontecendo, mas eu não respondi. Passei o caminho inteiro fazendo um único som: a adorável mistura de fungadas com tosses. Assim que chegamos, eu saí correndo e me tranquei no banheiro do nosso quarto. E então chorei. Pra valer.

- Vida, abre a porta, por favor... Deixa eu te abraçar... Prometo que não vou te perguntar nada... – Shawn ficava repetindo do lado de fora.

Eu estava me sentindo uma idiota. E me perguntando por que eu não conseguia passar mais de um dia sem derramar lágrimas. Eu só queria parar de sofrer... E precisava de Shawn para me ajudar. outra verdade chegou até mim.

Respirei fundo e abri a porta. Devia estar em um dos momentos menos atraentes da minha vida: sentada no chão gélido do banheiro, tremendo e chorando como uma garotinha assustada e indefesa. No entanto, Shawn me olhou como se eu fosse uma preciosa e delicada joia, se agachou, me pegou no colo e me carregou até a cama de casal que dividíamos, onde ele tirou o casaco e o colocou em mim.

Shawn cumpriu sua promessa e não me fez nenhuma pergunta. Nem sequer falou alguma coisa. Apenas permaneceu em silêncio, enquanto eu fiquei abraçada junto a ele, pensando em como seria horrível perdê-lo, derramando minha dor em sua camisa e soluçando. Eu sentia seu corpo quente, sua respiração compassada, seu cheiro familiar, e imaginava como seria minha vida se nunca mais pudesse sentir nada disso. E também se jamais novamente sentisse seu abraço, seus beijos, suas mãos entrelaçadas às minhas ou me fazendo carinho, seus cabelos macios em meus dedos...

Foi então que fui dominada pela incrível sensação que era ter sua mão gelada contra minhas costas quentes. Aquele carinho era o melhor do universo. Fez com que eu relaxasse consideravelmente em seus braços. Parecia que, a cada vez que seus dedos subiam e desciam por minha pele, era um passo a mais em direção da normalidade em minha respiração. Quando ela, assim como meus dutos lacrimais e batimentos cardíacos decidiram parar com o show, eu me inclinei para pegar água no criado mudo. Porém, não consegui alcançar.

- Eu pego pra você. O que você quer? – Shawn me perguntou.

- Água. – minha voz não passava de um murmúrio.

- Aqui. – entregou a garrafa em minha mão. Eu acabei com o que ainda restava de uma só vez.

Continuei mais um tempo ali com ele, quietinha, até que resolvi levantar e meus pés me levaram até o armário. Aquele era o nosso último dia no Guarujá. Eu peguei a pequena mala que havia levado, abri as gavetas com as minhas roupas e comecei a dobrar e guardar tudo. Shawn apenas ficou me observando sem nada dizer.

Já tendo concluído a tarefa, voltei a ficar parada e em silêncio. Ergui o olhar até ele. Shawn não parecia muito bem. Fato que fez com que eu também me sentisse mal. Fui até meu namorado e beijei-lhe o rosto.

- Me desculpa. – pedi, baixinho, acariciando seu cabelo enquanto ele me envolvia em seus braços.

- Pelo quê?

- Por tudo. Por te ignorar enquanto estávamos vindo pra casa, por não abrir a porta pra você... Por tudo. – repeti. – Eu não queria te chatear. Também detesto te ver mal. E adoro seu sorriso. Ele é tão lindo...

A menção ao seu sorriso o fez sorrir: - Não estou chateado. Você não queria falar com ninguém, algo compreensível e que ocasionalmente acontece com todo mundo. Eu só queria cuidar de você até que se sentisse melhor. Me saí bem?

Meus lábios imitaram os seus: - Sim, muito bem. Obrigada. – me inclinei para beijá-lo.

- Não foi nada. Se quiser conversar agora, estou aqui. – ofereceu.

Eu sacudi a cabeça negativamente: - Podemos esquecer esse meu pequeno surto?

- Podemos. – Shawn assentiu. – Por ora.

Contive um suspiro: - Você não vai mesmo descansar até que eu esteja livre de toda e qualquer preocupação, não é?

Ele assentiu de novo: - Não. Não vou.

Eu sorri e ia responder com um “Você é o melhor”, mas neste instante ouvimos Giu e Danny entrando em casa e dizendo: - Melhor todos estarem prontos e de malas feitas, porque vamos voltar pra casa!

(...)

- Venha, minha cara, sente-se aqui e prepare-se para ouvir muitos comentários bons. – Shawn deu alguns tapinhas no espaço ao seu lado. Caminhei até a cama do meu quarto em São Paulo e me sentei ali, esperando que ele começasse a ler os comentários da Boyfriend Tag. – Vamos lá, vamos começar. “Finalmente, depois de quase 3 anos acompanhando a Claire, ela está namorando! Feliz por vocês dois” “ Vocês são muito fofos juntos” “Perfeitos um pro outro” “Vocês deviam fazer covers juntos” “O casal das vozes perfeitas”  – ergueu o olhar da tela para me ver. Eu abri um sorriso e ele voltou a ler. – “Vocês são muito engraçados” “Shawn: Carregamento... de vídeos no Youtube. Conta? Hahaha” “Shawn: Nada que minha princesa faz me irrita. Owwwn!” “Façam mais vídeos juntos” “Eu shippo  vocês dois” “Claire e Mahogany: as únicas garotas que as magcults shipariam com qualquer um dos meninos”.

- Shawn, não é possível, você tá inventando tudo isso! – eu mal podia acreditar.

- Não tô, pode ver! – me entregou o notebook.

De fato, todos aqueles comentários estavam ali. É claro que ele tinha dado uma filtrada e lido apenas os bons, mas não tinham muitos comentários maldosos.

- É... Acho que enfrentar medos não é tão ruim assim. – comentei.

- Claro que não é! E é por isso que agora vamos assistir mais American Horror Story, e amanhã cantar juntos na Magcon, certo?

- É... Pode ser. Que música nós vamos cantar? – eu quis saber.

- Nossa música, porque aí não erramos que nem aquele dia em Nova Iorque. – rimos juntos ao nos lembrar da noite em que ele me pediu em namoro. – E pode escolher alguma do Coldplay, porque eu sei que você ama e porque é cultura.

- Amar é pouco, é minha banda favorita! – afirmei.

- É, vida, tô vendo. – gesticulou para minha TV. Eu olhei na direção, e o móvel que a sustentava estava cheio de CDs, sendo muitos deles do Coldplay. Rimos juntos outra vez.

- Que músicas você conhece deles? – perguntei, me aconchegando em seus braços enquanto esperávamos a série carregar.

- Ahn, deixa eu ver... – pensou um pouco. – Tem The Scientist, que eu acho que você não vai querer cantar. – e eu não queria mesmo. Ela lembrava um momento não muito bom do nosso namoro. – Viva La Vida, Paradise, Yellow...

- Yellow! – interrompi. Eu adorava aquela música.  – Pode ser essa?

- Pode. – Shawn assentiu. - E, então... Por que você ficou tão triste hoje de manhã?

A pergunta pegou de surpresa a mim e aos meus dutos lacrimais: - Não posso falar...

- Por que não?

- Porque nós prometemos... – uma sensação ruim começou a crescer dentro de mim.

- Ah, é sobre setembro? – questionou, acariciando meus cabelos. Eu assenti. – Pode falar, não tem problema.

- Mas eu não quero falar...

- Você sabe como é pior quando guarda as coisas pra si mesma, não sabe? – Shawn fez questão de me lembrar. Aquilo me convenceu.

 - É só que... A moça disse que esperava que nós tivéssemos muitos filhos, e fôssemos muito felizes... – minha voz falhou um pouco. – Mas nós nunca vamos ter filhos... – e então o choro começou.

 

Shawn POV

Aquelas palavras fizeram doer algum lugar bem lá no fundo de mim. Eu queria poder ficar com ela para sempre. Queria que algum dia nos casássemos, tivéssemos filhos... Mas quem garantia que aguentaríamos a distância? Eu queria que as coisas acontecessem do jeito que minha mãe dissera. Que, quando eu saísse de casa, fosse para os Estados Unidos e pudesse ficar com Claire. No entanto, até lá as coisas poderiam ter mudado entre a gente. E, ainda,  eu não queria ter que ficar longe de minha família.

- Claro que vamos, vida. Nossa pequena Katherine Grace. – tentei arrancar um sorriso dela, mas falhei. – Ou nosso pequeno Peter.

- Não vamos não... – ela discordou, em prantos. – Não vamos porque vamos ter terminado...

- Não é certeza. – sequei algumas de suas lágrimas.

- Então você está pensando no relacionamento à distância? – sua expressão se iluminou um pouco. Eu não a culpava por chorar tanto. Fora o fato de a pessoa que Claire mais amava no mundo ter acabado de morrer, tinha ainda o fato de que eu a fazia passar por uma espécie de término todos os dias. Não era saudável o que estávamos fazendo. Meio que marcar uma data para terminarmos, nem tão longe e nem tão perto, e fingir que ela não existia até que chegasse.

- Estou. Estou considerando a ideia. – lhe garanti, fazendo com que Claire sorrisse como se eu tivesse acabado de dizer que escolhera tal opção, não apenas refletira sobre ela.

E eu realmente a tinha considerando alguns dias atrás, vendo como Giulia e Daniel acreditavam nela. Porém, o que diferenciava o caso deles do nosso era: os dois tinham datas certas para se verem; Claire e eu não. Esta era parte do motivo por trás de eu não abraçar a ideia. Fora isso, Claire precisava de alguém para cuidar dela, lhe abraçar, lhe fazer carinho, secar suas lágrimas. Eu não podia cuidar dela estando longe, não do jeito que ela precisava. À distância, só havia uma coisa que eu podia fazer: fazê-la esperar por mim. Mas e se eu continuasse no Canadá para sempre? E se eu não voltasse?

- Ah, Shawn, isso é tão bom! – a alegria tomou conta de Claire, o que fez com que o alívio tomasse conta de mim. Eu não conseguia pensar direito quando Claire chorava. Só para ver seu sofrimento passar, eu era capaz de prometer que, não importava o que acontecesse, nós continuaríamos juntos. E isto era algo que eu não podia prometer.

- Viu como é melhor me contar quando não se sente bem? – perguntei a ela.

- Sim, é mesmo. – concordou. – Me promete uma coisa?

- O quê? – apareceu em mim a curiosidade, que se juntou com o alívio, este já existente.

- A partir de hoje, nunca mais vamos esconder nada um do outro.

- Tudo bem. – concordei.

- Promete? – estendeu o dedinho dela para que assim selássemos o juramento.

- Prometo. – confirmei sem hesitar. Aquela era uma promessa que eu podia cumprir.

 


Notas Finais


E aí, será que ele vai cumprir mesmo? Haha vamos esperar que sim!

Gente, quem aí shippa Tainá e Carter?? (Não tem Maggie na fic)


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