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História Lovely Friend - Céu ou Inferno


Escrita por: Tommofada

Notas do Autor


PRIMEIRAMENTE OBRIGADA AOs FAVOTIROS E COMENTARIOS TIPO AHHHHHHHHHHHH AMO VOCÊS ;3 MUITO OBRIGADA MESMO, TIPO ESTOU TÃO FELIZ.

Segundamente me desculpem, tipo mil desculpas, eu demorei para postar esse capitulo devido eu estar muito cansada ultimamente e o pc pegou virus e então meu irmao foi arruma-lo e ai eu perdi tudo que tinha feito, ai tive que começar de novo, emfim peço que me desculpem....
Enfim BOA LEITURA E OBRIGADA

Capítulo 7 - Céu ou Inferno


Fanfic / Fanfiction Lovely Friend - Céu ou Inferno

Após a viagem tudo voltou ao normal, as aulas, os amigos, os dias, tudo, e infelizmente o meu relacionamento com o Louis também.

- Mas que porra é essa? – Ele apontou para a tela, indignado. Sua sobrancelha está franzida e ele está com aquela expressão que diz “to puto”. – Eu ‘to parecendo um retardado.

Eu estava mostrando as fotos que tirei à ele, na sala de aula e o mesmo ficava irritado a cada foto que eu passava na tela. E esse era um dos típicos momentos.

- Mas você é.- Respondo o obvio e recebo seu dedo do meio, junto de sua língua esticada pra fora de sua boca - Olha essa, você parece um mongol.

Gargalho, recebendo um peteleco em seguida.

- Me dê isso! – Ele pede, após ver a foto, esticando o braço até a câmera, porém sou mais rápida e me afasto.

- Não a câmera é minha! – Nego com a cabeça, rindo por sua careta irritada. Ele ficava tão bonito daquela forma, o maxilar mais proeminente e os olhos escuros.

- Que bem vai te fazer ao ter essa foto? – Seus braços se cruzam sobre o peito, coisa ao que meus olhos não conseguem desviar.

- Eu poderia fazer umas copias e colocar no corredor das salas. – Coloco a mão no queixo em forma de pensamento, sorrindo em seguida ao ouvi-lo bufar.

- Eu vou te bater – Encaro seus olhos, furiosos. Suas mãos se fecham em punho, mas sei que ele não me machucaria – É assim que você trata o cara de quem gosta?

- Porque que você tem que ficar falando essas coisas? – O olhei incrédula alterando o tom de voz, soltando meus braços ao lado do corpo.

- A culpa é sua, será que não deu para perceber? – Seu tom de deboche me irrita. Trinco os dentes, antes de respirar fundo.

- Agora eu vou mesmo fazer mais copias. – Sorri cinicamente, empinando o nariz. Sua boca se abre, e sua expressão zombeteira muda para furiosa – E...

Fiz uma pausa para dramatizar, erguendo o dedo e sorrindo vitoriosa.

- Vou distribuir para todo mundo! – Seus olhos cerram, ele está muito irritado e isso me faz sorrir e erguer o nariz desafiadoramente.

- Eu Ajudo! – Madison grita do canto da sala, me fazendo sorrir ainda mais.

- Eu vou bater mesmo em você. – Ele avisa e avança um passo.

Continuo estática.

- Vai em frente, se tiver coragem. – Desafio, me aproximando mais de si, deixando nossos rostos tão próximos que sou capaz de sentir sua respiração bater contra meu rosto.

Por um momento sinto que vou ceder, quando Louis arqueia uma sobrancelha e sorri daquela forma debochada a qual só ele sabe fazer, enquanto sou envolvida por seus olhos muito azuis e seu cheiro muito bom.

No entanto, alguém nos afasta levemente. Olho irritada para a pessoa, mas suavizo quando vejo que é Liam.

- Vocês voltaram ao normal, pelo jeito. – Ele sorri, mas continua com uma mão em meu ombro e a outra no de Louis.

- Normal até demais. – Madison diz, sua voz está um pouco mais grave e baixa, assustadora. Olho para ela e engulo em seco ao receber seu olhar sinistro.

Após algumas aulas, quando Louis já desistiu de tentar apagar suas fotos de minha câmera, eu e Mad vamos até o pequeno campo de futebol da escola, e nos sentamos em um espaço mais afastado.

 - Droga – Suspiro. Madison me olha com tedio, já sabendo que irei começar a falar sobre meu melhor amigo – Agora Louis sabe da minha maior fraqueza. Isso está me deixando louca.

Agarro meus cabelos, os puxando em seguida.

- Agora não é hora para ficar brava. – Ela me empurra com o lado do corpo, me fazendo cambalear um pouco. – Pensei que você ia fazer o Louis se arrepender de ter te rejeitado.

- Isso é mais fácil falar do que fazer. – Solto meus cabelos e junto minhas pernas sobre meu peito, observando Louis chutar a bola para o gol, forte e certeiro.

- Mesmo assim, não fique assim com essa cara melancólica, pense. – Ela me encara, apertando meu ombro confortavelmente – O Louis te rejeitou porque pensa em você como praticamente um irmão, amigo e até a dupla dele, a Bianca.

- É algo parecido. – Escondo meu rosto sobre meus joelhos, dando de ombros.

- É exatamente isso! –– Ela praticamente grita, me dando um tapa. Ergo minha cabeça rapidamente, colocando o indicador sobre os lábios e fazendo shiu. - Você não pode ficar fazendo gracinhas e coisas de menino com ele, muito menos ficar brigando. Você tem que usar a sensualidade, use a sensualidade.

Ela acena com a cabeça e sorri, orgulhosa de suas próprias palavras.

- Sensualidade? – A encaro confusa, cerrando os olhos.

- Sim. -  Ela agarra os próprios peitos e os aperta. - Coloque os peitos pra fora e vá em frente.

- Como eu poderia fazer isso? – Pergunto horrorizada, olhando pros lados a procura de alguém que tenha visto essa cena vergonhosa.

- Depois tire toda a roupa na casa dele. – Ela se empolga, erguendo um braço e socando o ar.

- A mãe dele me mataria. – Digo, pasma, tampando a boca com a palma da mão.

Madison abaixa o braço e suspira, revirando os olhos.

- O que eu quis dizer é pra você ter atitude, Alysson. - Ela coloca a mão na testa, abaixando a cabeça.

Como é que é? Qual é dessa história de tirar os peitos pra fora?!

Após as aulas eu acompanhei Madison e Niall em uma lanchonete aqui perto, para que pudéssemos resolver tudo essa história de peitos e sensualidade. Na verdade, Madison me arrastou, Niall apenas foi pela comida.

- Alysson, o que foi? – Niall parou de dar atenção pra Mad, percebendo que eu fazia borbulho em meu refrigerante por estar irritada.

Engoli o suco e me afastei do canudo, antes de responder:

- Nada, apenas me ignorem. – Balancei a mão, voltando a beber meu suco.

- Aly, você tem planos para o Natal, não tem? – Madison mordeu um pouco da batata frita, sorrindo enquanto mastigava de lado. Graças a Deus Niall não ligava para isso.

- Não. – Suspirei, brincando com o canudo.

- Então porque não convida o Louis? – Niall concordou com a cabeça, me encarando com seus grandes olhos azuis, enquanto Madison sorria – Diga a ele que quer passar a noite de natal junto dele, sozinhos.

Ela abaixa o tom de voz, maliciando. Ignoro.

- Ele me rejeitou, não ia conseguir pedir isso a ele depois daquilo. – Me encolho no banco, desviando meu olhar para a janela ao meu lado.

- Ele já sabe que você gosta dele.- Niall diz suavemente, sorrindo de canto quando olho para ele – Nada pode ser mais vergonhoso que aquilo.

“Eu ainda gosto de você, Louis, Lembre-se disso”.

- Vocês me fizeram lembrar de coisas que eu não queria. - Balancei a cabeça tentando me livrar dos pensamentos, enquanto Mad e Nialler trocavam olhares – Ai que vergonha.

Cobri meu rosto com ambas as mãos, sentindo minhas bochechas muito quentes.

- Mas Alysson, o Louis não falou que não gosta de você, anime-se. – Pelo aperto macio e suave em meu ombro, percebi ser Niall, porque se fosse Mad seria forte e doloroso.

- É verdade, Aly, se esforce e tudo vai dar certo. – Revelei meu rosto, vislumbrando uma ruiva sorridente e um loiro falso voltando a comer suas batatas.

- Mas eu não posso sair por ai mostrando meu peito. – Digo, soltando os ombros e suspirando.

- Peito? - Niall me olhou confuso, fazendo uma careta fofa.

- Idiota, eu não disse pra você fazer isso literalmente, eu quis dizer ter atitude mulher. – Madison revirou os olhos, apontando para mim com o pote de ketchup.

- Alysson, você é uma das garotas mais legais e perfeitas que já conheci. – Niall me olhou de uma forma tão carinhosa que eu senti vontade de morde-lo. Madison tem tanta sorte.

- Concordo com o meu Nini. – Mad sorriu o abraçando de lado. As bochechas dele coraram, mas ele sorriu, engolindo mais batatas - Use um pouco do seu charme e o Louis já era.

Disse confiante, balançando a cabeça positivamente, enquanto seus olhos pareciam muito maliciosos para mim.

Eu quero que o Louis se apaixone por mim, então eu preciso me esforçar mais e tentar de tudo, afinal, o que eu tenho a perder?

- Muito bem! Eu vou tentar! – Me levantei empolgada, sorrindo amplamente para os dois que se assustaram com meu súbito movimento – O grande plano para o natal!

- Isso mesmo. – Niall e Mad me acompanharam na empolgação, batendo palmas.

- Vou comprar um presente pra ele. – Aponto, ignorando os olhares ao meu redor.

- Isso! – Concordam, segurando seus copos de suco no alto.

- E então mostrar os meus peitos. – Ergo os braços, rindo comigo mesma.

- Er... Não. – Eles negam. Madison balança a cabeça negativamente e Niall segura-se para não cair na gargalhada.

 

  Após nosso encontro, tentei formular meu pedido a Louis para passar o Natal comigo. Tentei de vários jeitos, até treinei e frente ao espelho, mas nenhum ficou bom o suficiente.

Quer saber, foda-se, na hora eu falo e deixo rolar.

No dia seguinte, após ao termino das aulas, eu e Louis estávamos indo para uma loja revelar as fotos que tiramos em Paris. Embora nós andemos por uma longa e bela rua natalina juntos, Louis não mostrava nenhum interesse em mim.

- Louis. –Comecei, tentando soar o mais casual possível. Ele olha pra mim, me incentivando a continuar – No natal, minha mãe e pai vão festejar na casa do namorado da Alice e como eu não vou querer ir, você não gostaria de ir comigo no show que terá aqui em Londres na véspera?

Falo de uma vez, mordendo o lábio em seguida em nervosismo. Não consigo tirar meus olhos dele, o que me faz esbarrar em algumas pessoas.

- Hm. – Ele faz uma pausa, muito longa em minha opinião, o que serve apenas para me deixar ainda mais nervosa – Claro, eu ia ficar sozinho também, então eu vou.

Dá de ombros, e meu sorriso vem imediatamente.

- Serio? – Pergunto só para ter certeza. Ele assente, o que me faz suspirar – Beleza.

 Andamos mais um pouco e a cada vento gelado que batia em meu rosto eu espirrava, Louis me olhava e fazia uma careta, o que estava começando a me irritar.

- Você espirra que nem um velho. – Ele zomba, franzindo o nariz perfeito de botão.

- Acho que peguei um resfriado. – Cocei os olhos, sentindo meu nariz ainda mais irritado – Lou, que tipo de garota você gosta?

Puxei o assunto, já que o silencio me incomodava e ele parecia confortável o suficiente para me dizer.

- Do tipo que não espirra parecendo gente velha. – Diz, deboche evidente em sua voz. Reviro os olhos, me segurando para não belisca-lo – Quando uma garota espirra ela deve cobrir com as mãos. Tipo essa garota ai...

Ele aponta para uma menina que espirrou e cobriu o nariz ao passar por nós.

- É assim que s.... – Louis parou de andar e falar de repente, olhando surpreso para a garota a sua frente. Troco o olhar entre os dois, sem entender – Eleanor?

A garota parece tão surpresa quanto ele, mas logo sorri, animada.

- Tommo! – Ela dá um passo, um pouco hesitante, mexendo no cabelo em seguida.

- Quem é Tommo? – Sussurrei pra Louis e o mesmo não desviou o olhar da garota.

- Eu. – Ele responde, o que me surpreende. Arregalo os olhos, encarando a menina em seguida.

- Já faz algum tempo. – Ela diz melodicamente, o que me faz fazer uma careta e Louis concordar com a cabeça. – Você está bem?

- Sim. – Para minha surpresa ele força um sorriso.

A garota estava bem vestida, com cabelos longos castanhos escuros, assim como os olhos amendoados. Ela tinha mais ou menos minha altura, talvez um pouco mais baixa, e aparentava ter minha idade.

- Eu estou com um pouco de pressa... Então. – A tal Eleanor desviou o olhar, colocando uma mexa do cabelo atrás da orelha. Qual era o problema dela com seu cabelo? – Tchau.

Ela se aproxima rapidamente e beija a bochecha de Louis indo embora em seguida, apressada.

Minha boca, assim como a de Louis, está aberta enquanto nós dois a acompanhamos com os olhos.

- Quem era? – Pergunto, pasma.

- Não é da sua conta. – Responde rude, voltando a caminhar.

- E aquele papo que você não esconde nada de mim em? – o acompanhei, apressando meus passos para manter-me ao seu lado.

- Ela já foi minha namorada. – Murmurou, não muito confortável com o assunto.

A palavra entrou em minha mente e ficou. Namorada? Eu sabia que Louis sempre ficava com várias meninas mas não fazia ideia que ele já namorou. Antes do ensino médio ainda, muito novo, muito novo mesmo.

- Ela é sua ex-namorada? – Falei desesperada, sem acreditar. Meu coração não aguentava, precisava de explicações, precisava saber de tudo.

 - Por que você está tão surpresa? – Ele olha para mim, um pouco ofendido, alterando o tom de voz.

- Não dá para acreditar Louis – Coloco a mão na boca, pasma, vendo-o revirar os olhos. – Você sempre só ficou com garotas sem relacionamentos sérios. Você está mentindo.

- Por que eu mentiria sobre isso? Ainda mais para você! – Cruza os braços, franzindo o cenho. Realmente ofendido.

- Como se você não mentisse, afinal você é Louis William Tomlinson. – O imitei fazendo o mesmo gesto.

- Hei, eu já vivi por 16 anos, é normal que eu já tenha namorado. – Se defende, soltando os braços.

- É, mas eu não. – Coloquei as mãos na cintura, enquanto ele faz careta.

- Isso não é algo de se orgulhar. – Ele ri, balançando a cabeça.

- Que choque. – Coloco a mão no coração, ofendida e Louis revira os olhos, murmurando que sou dramática. – O choque final.

Caminhamos mais um tempo em silencio e então chegamos a loja, revelamos todas e fizemos copias, as originais ficaram comigo e as copias com o Louis.

Ele me deixou em casa e a primeira coisa que fiz ao entrar em meu quarto foi ligar para Madison.

- Pelo o que o Niall me disse, Eleanor era representante de sala e a queridinha por todos - Mad explicava, enquanto eu caminhava pelo quarto, de um lado para o outro - Ela era filha do treinador do Louis, eles estudaram juntos desde o ensino fundamental até a oitava série. Eles namoraram durante 2 anos, e o que parece Louis gostava realmente dela.

- Então ele realmente não mentiu. – Me joguei na cama, suspirando, ao concluir isso.

 No dia seguinte estava eu e Louis levando alguns relatórios e atividades dos alunos para a sala dos professores, ele estava um pouco distante de mim, não conversou muito comigo, nem fez gracinhas como de costume, o que me deixou um pouco acanhada. Realmente ele tinha uma namorada e eu nunca soube, eu sempre achei que ele não curtia relacionamentos sérios e melosos assim como eu, além disso, pensei que não havia segredos entre nós. Agora eu me sinto sendo deixada de lado.

- Louis, por que você terminou com a tal Eleanor? - Cochichei em seu ouvido, ele deu um pulo de susto, me olhando assustado.

 - Por que quer saber?! - Perguntou eufórico, quase deixando as folhas caírem, me olhando com os olhos arregalados.

- Por que eu não entendo, se você tinha uma namorada então porque terminou com ela? – Suspiro, coçando o cabelo, sem conseguir compreender toda aquela situação. - Ela por acaso foi o motivo por você ter mudado de escola?

- Eu não terminei com ela. – Ele me encarou, suspirando ao que eu continuei confusa. – Ela terminou comigo.

Ele voltou a caminhar e eu o acompanhei esperando que ele continuasse.

- Lembra do Jack? – Perguntou, me olhando por breves segundos, assenti antes dele voltar a atenção para a frente. – Ela era a namoradinha dele, mas como eram novos era meio que namorico de criança, na sétima série ela se apaixonou por mim e largou o Jack, eu gostava dela, então namoramos por uns 2 anos até o final da oitava, então ela gostou de outro menino, o jogador queridinho do pai dela, me deixou e ficou com ele, pelo o que sei eles namoram até hoje. O treinador me tirou do cargo de capitão, minhas notas diminuíram, meus pais estavam se divorciando, a escola era uma merda, então resolvi mudar de escolar, fazer o ensino médio aqui, onde conheci você.

Ele sorriu suavemente para mim, me fazendo suspirar.

Eu virei amiga do Louis no meio do ano passado, quer dizer, passei a considera-lo meu amigo nesse tempo, mas o conhecia desde o começo do ano letivo. Zayn e Liam já estudavam comigo, Harry e Niall se mudaram pra essa escola junto com Louis. O começo da nossa amizade não foi tão natural, Madison meio que ficou loca pelo loiro de olhos azuis, foi se aproximando dele, e meio que acabou que eu e Louis ficávamos sempre de vela, o que nos levou a conversas aleatórias e de interesse mutuo, percebemos que tínhamos muito em comum e viramos amigos.

Foi nesse tempo que o professor nos apelidou de Bernardo e Bianca.

No meu aniversário do ano passado foi a primeira vez que Louis me chamou de melhor amiga, eu me senti lisonjeada por aquelas belas palavras e passei a dar muito valor a ele. Nossa amizade cresceu rapidamente e logo estávamos grudados, brigando sempre e voltando a nos falar sempre, como irmãos. Louis me contava de tudo, compartilhava todas as suas experiências comigo, desde como a mãe dele conheceu o pai dele, até como ele perdeu a virgindade, tudo o que você pode imaginar, menos Eleanor, não compreendi o porquê dele não ter me contado, mas não irei perguntar, não quero que ele me ache intrometida, talvez haja um motivo que o impedido de dizer isso a mim.

- Você gostava tanto dela assim? – A pergunta escapa, mesmo que eu tenha medo da resposta.

- Gostava tanto ao ponto de chorar que nem garotinha quando ela me deixou. – Ele ri, fazendo careta. – Mas se eu falar algo assim de novo é capaz de você me bater, além disso eu era só uma criança estupida, achava que a amava, mas não era amor, era só... meu primeiro romancezinho.

Ele sorriu, um sorriso meio doloroso.

- Louis! – O olhei com carinho, tentando lhe passar conforto. - Você será feliz um dia. Acredite.

Coloquei minha mão em seu ombro e o encarei, sorrindo.

- Assim eu me sinto um inútil. – Ele felizmente ri, me deixando aliviada. Ele me olha por alguns segundos, segundos demais, de um jeito diferente, não há diversão ou malicia em seus olhos, há só... Eu não sei -  Caso eu não encontrar ninguém, eu me caso com você.

- Serio? – O soltei pasma, sentindo meu coração explodir dentro do meu peito enquanto as borboletas são agitadas por um liquidificador.

- Não. – Ele gargalha da minha face, voltando a caminhar -  Eu sou perfeito, consigo uma garota linda, fácil, fácil.

Debocha, erguendo o nariz. Eu reviro os olhos, mas sorrio, abraçando seus ombros com um de meus braços, ele felizmente não se afasta.

Depois das aulas chatas e tediosas finalmente acabarem, eu vou embora com a Madison, contando a ela sobre o que havia descoberto.

- Merda. – Interrompo minha própria fala, parando no meio da calçada – Esqueci meu fone com o Louis.

- Como você consegue essa proeza? - Madison bate a mão na testa, revirando os olhos.

- Pode ir embora, depois mando uma mensagem. – Digo apresada, já me afastando, ela apenas revira os olhos novamente e me dá as costas.

Eu estava correndo quando parei bruscamente perto da escola ao ver Louis conversando com a tal Eleanor. Me aproximei deles de mansinho e me escondi sem que eles percebessem, pude escutar a conversa dos dois que não me agradou em nada. Sei que isso é imoral e ridículo, mas não posso me segurar.

- Então, dia 24 terá uma festa na minha casa, com os alunos da nossa antiga sala e com os jogadores do time, eu e meu pai gostaríamos muito que você aparecesse. – Ela sorri meigamente, mas parece um pouco nervosa.

Louis desvia o olhar e coça a cabeça, parecia incomodado com a presença dela. Não sei direito.

- Você vai, não vai? – Ela se aproximou dele, mordendo o lábio. Faço careta, mas não desvio o olhar - Tem algo que eu quero lhe dizer.

Ela beija sua bochecha e sai rapidamente, enquanto ele continua ali, parado. Mas que cara é essa Louis? Poderia ele ainda gostar dela? Não, não pode ser.

- Mas dia 24 eu ...- Ele sussurra, mas a garota não escuta devido à distância.

- Tudo bem, pode ir. – O interrompi aparecendo atrás dele, sorrindo ao que o mesmo leva um susto – Eu vou ao show sozinha.

Ele me olhou surpreso, dando um passo para trás, balançando a cabeça negativamente. Respiro fundo para poder continuar dizendo aquilo que estava me quebrando por dentro.

 – Ela quer lhe dizer algo, não? Então vai, pois vai que ela quer voltar com você e se você não for pode se arrepender, e não quero que você me culpe. – Digo, tentando parecer mais verdadeira o possível e confiante.

Ele pisca surpreso.

Eu estava mentindo, cada palavra que saia da minha boca era uma mentira. Eu não queria que Louis fosse a essa festa, não queria que ele voltasse com ela, mas ver Louis com essa expressão me machuca, ver ele triste e diferente a cada dia, me matava aos poucos. Louis sempre foi especial pra mim, ele era um irmão que eu nunca tive, a qual infelizmente meu amor de irmão transformou-se para amor de alma.

- Alysson, não sei se é uma... – Ele tenta dizer, mas o interrompo.

- Eu estou falando para você ir, Lou – Forço um sorriso, abanando a mão, enquanto ele parece pensativo, como se tivesse uma luta interna – Não se preocupe comigo, a Aly aqui ficará bem.

Apontei pra mim mesma, logo fazendo um joia e Louis suspira, sorrindo em seguida.

Pego de volta meus fones, dizendo que esse era o único motivo por eu ter voltado e ele resolve me acompanhar até em casa, comigo tagarelando sobre o show.

Louis foi embora assim que chegamos, e eu liguei para Madison logo em seguida.

- Eu ficarei sozinha no natal, poderia passar com você? – Pergunto meio sem jeito, era a minha melhor amiga, mas sabia que ela queria ficar com Niall.

“Alysson eu te amo e adoraria passar o natal com você, irei passar com a família do Niall, se quiser pode vir.” Ela explica, a voz surpreendentemente calma, como se sentisse pena de mim.

- Não, tudo bem, eu entendo, não quero segurar vela, obrigada. – Suspiro, olhando para a casa de Louis através da janela de meu quarto – Não há nada de ruim em ficar sozinha no natal, afinal nós Britânicos não fazemos nada demais mesmo.

Madison ainda insistiu em me levar com ela, mas eu neguei e me despedi dela alguns minutos depois.

É natal e logo chegará o ano novo, então seria legal se um milagre acontecesse comigo, como nos filmes românticos de fim de ano. Mas como eu era azarenta, não tinha muitas esperanças que papai Noel fosse me presentear com Louis.

 Eu e minha família estávamos na casa da família do namorado de Alice, para comemorarmos a véspera de natal, depois da ceia eu pedi ao meu pai para que levasse meus presentes para a casa quando acabasse.  Me direcionei para o centro da cidade de Londres onde haveria ao show, cabisbaixa, eu estava com tanto tedio que cheguei cedo demais.

O lugar estava todo enfeitado e belo, com coisas natalinas, haviam famílias e casais, caminhando por todo lugar felizes e só eu ali parecendo uma idiota sentada mandando mensagens e pior, sozinha. Eu mandei mensagens dando feliz natal adiantado para todos, e todos eles me responderam menos o Louis, aquele infeliz, mas não fico brava por muito tempo. Era aniversário dele, ele devia estar comemorando, eu suponho, com a Eleanor.

Todo mundo deve estar se divertindo agora, e o Louis deve ter voltado com a sua ex-namorada, devem estar trocando presentes, em volta da arvore de natal perto da lareia, ceando e, Deus, ela pode estar com o canto da boca sujo de alguma sobremesa e, como um cavalheiro que ele não é, limpará a boca dela. Que nojo! Não posso nem imaginar isso que já me sinto péssima.

O que eu devo fazer? Fui deixada de lado e agora que o Louis tem uma namorada, com certeza ele irá parar de passar o tempo comigo. Ele pararia, não? Ele me trocaria pela Eleanor? Provavelmente sim, do jeito que ele ama ela. Ama? Espero que não, pois não aguentaria saber que o homem que eu amo, ama alguém que o já fez sofrer.

Droga, pensamentos me deixem em paz!

Há uma movimentação perceptível na onde estou, todos já estão se aglomerando para ver o show, a qual já vai começar, mas que diferença faz eu assistir ou comemorar o natal, se não tenho alguém para dividir esse momento, se eu não tenho o Louis para dividir minha felicidade.

Pego meu celular, não é meia noite, o que significa que ainda é aniversario do Louis. Clico em seu contato e respiro fundo, é simples, só mandar um parabéns, dizer coisas boas e que sinto sua falta, que... queria ele comigo e...  Não! Não posso escrever isso, ele talvez nem veja, estará ocupado demais com a...

- Alysson! – Ouvi um grito um pouco distante, a qual me fez erguer os olhos do celular rapidamente.

- Parecia a voz do Louis – Sussurro, alarmada, não seria coisa da minha cabeça, seria? Me viro, para ter certeza que não estava alucinando, deparando-me com um garoto correndo em minha direção. Conhecia muito bem aqueles cabelos lisos acobreados, o corpo pequeno e a forma como corria, só podia ser ele – Louis!

- Finalmente encontrei você. – Ele diz ao que chega até mim, esforçando-se para sorrir, mas então sua cabeça se abaixa e ele coloca as mãos sobre os joelhos, respirando com dificuldade – Onde você estava?

- Louis? Mas o que você está fazendo aqui? – Pergunto sem acreditar, surpresa demais, feliz demais. Meu coração estava batendo tão rápido que... que... Deus eu iria cair, bem na frente dele.

- Nós vamos no show que marcamos de ir. – Ele ficou em uma postura ereta jogando um pouco do cabelo para trás, o rosto serio meio avermelhado. Lindo.

- Mas e a Eleanor? – Tentei entender o que estava acontecendo, enquanto agarrava minha blusa sobre o peito com força, querendo acalmar meu coração para que ele não explodisse deliciosamente dentro de mim.

- Ela pode esperar a próxima vez. – Ele sorri, respirando fundo antes de dar de ombros. Pisco, sentindo meus olhos arderem. – Afinal eu marquei com você primeiro. E eu posso ter hesitado um pouco, mas eu não iria quebrar uma promessa, ainda mais se essa promessa tem a ver com minha melhor amiga.

- Idiota. – Foi a única coisa que consegui dizer à esse ser perfeito em minha frente, quase gaguejando – Porque está fazendo isso?

Pergunto bobamente, mordendo o lábio inferior, enquanto minha garganta entala e minhas pernas tremem.

- Eu idiota? – Ele franze o cenho, fazendo sua careta bonita e adorável. – Pare de me xingar e vamos logo, o show vai começar.

Louis revira os olhos, agarrando minha mão e me puxando em direção ao lugar do show. Deixo-me ser arrastada por ele, sem prestar atenção no caminho, porque tudo que consigo ver é sua mão pequena e macia envolvendo a minha.

 A mão do Louis... É tão quente.

O show foi incrível, Louis foi incrível, as vezes eu simplesmente agarrava seus ombros e o balançava como uma louca e ele apenas ria e me balançava de volta, gritando junto comigo. Foi um dos melhores dias da minha vida, pois Louis estava ali comigo, segurando minha mão fortemente para que de forma alguma nos separássemos.

Eu nunca me separaria dele. Ele, como eu sabia que seria, acabou sendo meu milagre de natal. Talvez meu milagre da vida toda.

Quando chegou dia 31 de dezembro, Madison fez uma festa na casa dela, para passarmos o réveillon. Quando cheguei a sua casa, havias só alguns primos e primas de Madison, mas nada dos meninos e de Louis.

 Fiquei um tempo por lá, tentando me enturmar com aquele bando de ruivos, quando finalmente Niall e os outros chegam, todos lindos e gostosos, mas o Louis estava parecendo um anjo, vestido todo de branco, com o cabelo penteado em um topete e com o cheiro doce e suave. Como sei? Porque eu meio que o agarrei e fiquei gritando feliz ano novo para ele, só para poder continuar abraçada a si e apreciando seu cheiro. Ele apenas ria, me perguntando se eu já havia bebido.

E eu apenas suspirava com vontade de beija-lo todinho.

 O jeito que o Louis me faz ficar caidinha por ele todos os dias, meio que me irrita.

Eu havia acabado de beber algumas taças de champanhe e de batidas, quando comecei a dançar junto com Madison na sala de estar ao ouvir o som de Nicki Minaj. Eu estava me divertindo, não me considerava bêbada, apenas um pouco mais leve. Louis estava encostado na parede ao lado de Harry, bebendo uma taça de champanhe, enquanto ria de nós duas desengonçadas. Após algumas danças eu estava indo em direção ao banheiro, ao que Niall havia pegado meu par para ele, quando Louis me parou dizendo:

- Você é engraçada, em. – Ele ri bobamente, me fazendo cerrar os olhos. Bêbado? Harry não estava mais com ele. Louis estava sozinho, perto demais. Hm...

- O que tem em mim que é engraçado? – Cruzo os braços, arqueando as sobrancelhas.

- Eu estava elogiando você. – Ele fitou a taça em sua mão, fazendo uma careta, antes de erguer os olhos novamente para mim e sorrir feito um canalha e ao mesmo tempo como um ursinho. Suspiro.

- Não, você com certeza estava me chamando de idiota. – Tiro a taça do mesmo e bebo um pouco do liquido, sorrindo internamente quando ele abre a boca descrente.

- Você é barulhenta, em. – Ele diz novamente, com a face contorcida, me fazendo questionar quantas taças ele já havia bebido.

- E esse seu sorrisinho está me dando nos nervos. -  Largo a taça em sua mão novamente e aperto suas bochechas, enquanto ele ri tentando me afastar.

- Agora todo mundo está rindo de nós. – Ele se referia aos primos e primas de Madison que nos observava e ria. Louis passou as mãos nas bochechas as massageando logo após que retirei minhas mãos do mesmo.

- I daí? não me importo. – Respondo, mostrando o dedo do meio para todos, ele gargalha abaixando minha mão e então cambaleia para perto do sofá, suspiro e vou ao banheiro.

 Quando finalmente deu meia noite e todos nós comemoramos, meus pais me ligam me desejando feliz ano novo, eu retribuí e mandei uma foto de nós na festa. Depois de um tempo, todos já estavam indo embora, mas Madison resolveu que seria uma boa me dar um sermão naquela hora, então me chamou em um canto da sala e cochichou:

- Escuta, de agora em diante você deve se esforçar. – Ela segura em meu braço para que eu não me afaste, olhando-me bem nos olhos.

- Com o que? – Pergunto um pouco confusa, piscando sem entender.

- Com aquele peito que você não revelou no natal, então revele agora. – Ela alterou o tom de voz, cutucando meu tórax com seu dedo indicador.

- Para uma garota, você é bem sem vergonha. – Debochei, a mesma me deu um tapa, me fazendo grunhir de dor.

- Cala a boca, Alysson, presta atenção. – Assenti, com medo de seus olhos demoníacos no escuro – Essa oportunidade é única, Louis está meio sóbrio meio bêbado, então ele não está tão idiota ainda, porque você não fica com ele até de manhã?

- Até de manhã? – Berro e Madison tampa minha boca, me fuzilando com o olhar. Ela olha em volta, percebendo que todos estavam ocupados se despedindo. Tiro suas mãos de mim - Lá vem você com essas coisas vergonhosas.

  - Alysson, anda logo. – Louis berra na porta, nos encarando. Ele me apressa, pois iria me acompanhar até em casa.

- Já vou. – Grito de volta e olho para Madison ao que ela suspira.

- Você entendeu né, Aly? Tenha atitude! – Diz firmemente, cutucando minha cabeça.

Concordo para que ela me deixe ir e felizmente a mesma o faz, então caminhamos até os outros. que já estavam fora da casa.

- Até mais tarde gente. – Niall abraçou Madison de lado, acenando para nós, ele iria dormir lá, algo já comum.

- Louis, leve a Alysson direito até a casa dela. – Liam manda, protetor como sempre, após beijar o topo de minha cabeça carinhosamente.

- Ta, ta  - Ele balança a mão, revirando os olhos.

Suspiro, abraçando Harry e rindo quando ele me ergue do chão. Terminamos de nos despedir e gritar feliz ano novo todos juntos, e então cada um vai para sua casa, andando calmamente. Diferente de mim, que está nervosa ao lado de Louis.

 - O que a Madison estava falando com você? – Ele pergunta quando já estávamos sozinhos, nem se esforça para tentar ser casual, vai direto ao ponto.

- Nadinha. – Desvio o olhar, engolindo em seco.

- Hm, entendo. – Diz, mas não parece satisfeito com minha resposta. - Então o que vamos fazer? Você está cansada?

- Nem tanto. – Dou de ombros, olhando para o céu – Se eu ir para casa talvez fique assistindo series, sei lá.

- Então...  Vamos fazer algo até de manhã? – Pergunta, se animando um pouco, paro surpresa e ele faz o mesmo, sorrindo daquele jeito sacana e encantador. - Que tal você ir na minha casa?

- O que você quer dizer com isso? – Pergunto, pensando em malicia, o que sinceramente não era uma ideia ruim, no entanto, eu não estava preparada.

- Poderíamos jogar vídeo game. – Ele diz, lentamente, enquanto me avalia com os olhos, parecendo um pouco confuso com minha pergunta.

Forço uma risada, nervosa.

- Ah! Então é isso. – Suspiro aliviada, Mad queria que eu tomasse atitude, mas era muito difícil.

- No que você estava pensando? – Pergunta, sorrindo de canto, enquanto me olhava de forma estranha.

- Nada não. – Ele me olhou desconfiado, enquanto eu abanava as mãos.

- Você estava achando que...

- Não! – Berro, fazendo o rir, sentindo minhas bochechas ficarem quentes. – Deus, não diga nada.

Tampo meus ouvidos andando apressadamente na frente dele.

- Alysson! Alysson... – Ele cantarola, de forma lenta e sensual, vindo atrás de mim. – Cat está envergonhada, sua safada!

Olho para trás, com olhos arregalados, ele gargalha, começando a correr atrás de mim. Corro o mais rápido que posso, felizmente não fiz o que Madison pediu e fui de tênis, em vez de usar um de seus saltos. Louis poderia facilmente me alcançar, no entanto ele se mantem atrás de mim, berrando meu nome e dizendo barbaridades maliciosas, enquanto eu rio e corro até sua casa.

Passei a noite toda até amanhecer na casa dele, jogando GTA 5 e vários outros jogos, eu e Louis as vezes discutíamos, riamos, comíamos e então brigávamos de novo, mas era divertido, era somente nós. E eu estava tão radiante, transbordando felicidade, porque bem, Bernardo e Bianca estavam de volta!

Sentia tanta falta de vocês. Nunca mais me deixem!

 Depois dessa noite eu fiquei um tempo sem ver o Louis, as férias haviam chegado e eu teria que ficar quase dois meses sem fazer nada ou quase nada.

 Madison viajou novamente com Niall e sua família, e eu não falei com ela desde então. Zayn e Liam não me deram notícias, acho que viajaram juntos também, já que suas famílias eram muito próximas.

 Alguns dias de nossas férias eu ficava com Harry e Louis, na maioria do tempo jogávamos vídeo game, íamos a parques de diversões e em alguns lugares divertidos de Londres, ou então apenas ficávamos comendo e conversando, mas as vezes minha mãe me obrigava a sair com Alice, para fazer coisas de meninas, ou ficar com a família, já que eu não estava muito social com nosso sangue.

 Devido a isso eu não via muito o Louis e o Harry, mas eles sempre estavam juntos, então não ficava muito preocupada com o que eles estavam fazendo, já que Harry é um bom garoto, não deixaria Louis fazer nada de burrice enquanto eu estivesse fora.

Minha mãe então resolveu viajar para a casa da minha tia, por parte de pai, bem distante da minha casa, fiquei umas duas semanas longe de Louis e de Londres, e quando voltei, as aulas já estavam para começar. Só tinha mais uma semana de férias, e nessa semana eu arrumei tudo que tinha para arrumar para um bom ano.

Esse era o ano em que as coisas iriam dar certo pra mim, não só no amor, mas também em meu espirito e mente, serei uma nova garota. Ou tentarei ser. Quero que tudo mude, não só o meu relacionamento com o Louis, mas eu também, esse ano eu irei me esforçar ao máximo para fazer o Louis se apaixonar por mim.

Quando as aulas voltaram, a primeira coisa que Madison fez foi me xingar até não poder mais.

- Mas você é uma imprestável! – Ela gritou, agarrando os cabelos, enquanto eu me encolhia a sua frente – Não acredito que a primeira coisa que escuto de você quando começa as aulas é essa idiotice. Você passou o ano novo jogando vídeo game com o Louis? E nas férias não aconteceu nada com você e ele? Por que porra?

- É que...- Tentei achar uma desculpa rapidamente, mas não a encontrei. Suspirando disse a verdade:  – Eu não sei.

- Não me diga que você ainda está preocupada com a tal Eleanor. – Ela suaviza um pouco a voz, parecendo um pouco mais compreensiva, no entanto seu olhar ainda é assustador.

- É claro que estou! – Bato o pé no chão e os braços ao lado do corpo dramaticamente– Eleanor é toda perfeitinha, diferente de mim.

- Isso não é verdade. – Madison balança a cabeça, suspirando. – Ela só sabe ficar bebendo café.

Faço careta, como ela sabia disso?

- Dei uma investigada no Facebook. – Responde, já entendendo minha cara confusa.

Assinto, ignorando isso

- E eu já fui rejeitada uma vez. – Volto ao tópico principal, abraçando a mim mesma.

- Mas você disse que ia continuar tentando. – Ela me lembra, dando um tapinha em minha cabeça – Uma ex-namorada é só uma ex-namorada, no final das contas, e você tem seus pontos fortes.

- Como oque? – Pergunto, a fazendo arregalar os olhos. Ela fica um tempo com as mãos no queixo, tentando pensar em algo. – Você não consegue pensar em nada?

Pergunto incrédula, enquanto a mesma respira fundo, sorrindo um pouco.

- Bonita, legal, divertida, engraçada... Engraçada. É isso! Você é muito engraçada. – Ela parece muito satisfeita ao dizer isso, sorrindo empolgada – O Louis sempre fala isso e ele também adora pessoas engraçadas que fazem ele rir, lembra? Então porque você não usa as suas técnicas cômicas para conquistá-lo?

- É mesmo, eu sou engraçada. – Percebo, começando a me empolgar – Comedia por amor!

Ergo o braço, como se tivesse vencendo algo. Madison ri e aplaude, reforçando ainda mais o quanto eu era engraçada.

 Após minha conversa com a ela, fui ver os meninos, abracei todos e os cumprimentei, eles estavam como sempre, lindos e gostosos. Todos os dias agradecia a Deus por ter essa sorte e ser amiga deles.

 Louis chegou um tempo depois, eu corri para cima dele e ele fez o mesmo para me abraçar, me apertando contra seu peito com seus braços tão macios e aconchegantes. Era muita emoção que quase chorei.

Depois de muito chororô e brincadeiras ao rever os amigos, o diretor nos ordenou que fossemos para o pátio, pois ele queria dizer algumas palavras.

- Queridos alunos, mais um ano se passou e mais um ano chegou para nós trabalharmos como sempre, só queria dizer aos terceiros anos agora, para se prepararem para o vestibular, faculdades e sobre o que seguirão como carreira. – Ele diz assim que consegue a atenção de todos.

É verdade, estou no terceiro ano do ensino médio, esse será meu último ano estudando com essas pessoas, com Louis, depois tenho que me decidir o que fazer da minha vida, todos praticamente já sabem o que vão ser, menos eu. Tenho medo de pensar em como será daqui pra frente, e depois que tudo isso acabar, se eu ainda vou continuar a ter contato com Louis e os outros. O diretor está nos pedindo para pensarmos em nosso futuro, mas eu só consigo pensar em como vai ficar meu relacionamento com o Louis.

Como que eu posso criar um clima mais romântico? O que seria isso entre nós, afinal?

Eu estava bem no fundo, junto com Zayn e Liam, Madison estava mais a frente com o Niall, e bem na primeira fileira estava Louis e Harry.

Notei que Madison me encarava meio preocupada, tentei entender, mas não entendi, então recebi uma mensagem dela, que dizia: ”Me encontre perto do campo, depois desse papo furado do diretor, não demore”. Assenti. a olhando de volta.

Como mandado de Madison eu fui até o local correto, ela estava sentada na arquibancada olhando as unhas.

- Oi, o que foi? – Me aproximei, ficando parada a sua frente.

- Vou ser direta para não te machucar mais. – Ela ergue o olhar, respirando fundo.

- Já não gostei disso. – trinquei os dentes, me sentando ao seu lado.

-  Eleanor terminou com o namorado dela. – Ela me olha, preocupada, já esperando minha reação.

- Mas o que?! – Berro, me levantando.

- Fala baixo. – Ela colocou o dedo sobre a boca, me puxando de volta para que eu sentasse.

- Mas você está me dizendo que a Eleanor terminou com o namorinho dela, o mesmo a qual ela trocou o Louis por ele? – Ela assente, mordendo o lábio inferior. Cubro o rosto com as mãos, me afundando em mim mesma. – Caralho.

- Niall me disse agora de pouco, ele e Harry estavam conversando sobre a Eleanor e então o Harry disse que soube que ela terminou com o carinha lá.

Explica, massageando minhas costas.

- Mas as informações do Niall nem sempre são confiáveis, não é mesmo – Eu tentava achar alguma desculpa para não acreditar no que estava acontecendo, recebendo uma risada triste da ruiva.

- Não, dessa vez é verdade, eu perguntei ao próprio Harry e ele disse que cruzou com a Eleanor por aí, ela mesma falou que terminou com o cara, e que o término foi antes do natal.

- Serio? – Pergunto só para ela confirma novamente, um pouco irritada. - Merda, então talvez fosse isso que ela queria falar com o Louis.

Divago, enquanto Mad assente. Ela sabia da conversa que eles tiveram, porque eu havia contado. Contava tudo a ela. A única pessoa a qual eu não guardava segredo algum.

- E ele? – Me refiro ao Louis, ajustando minha postura. Um pouco mais calma - Já sabe disso?

- Não, não queremos que ele comece a ter ideias, por isso nem o Harry nem ninguém irá contar pra ele. – Ela me assegura, sorrindo fracamente, mas sua face acolhedora dura pouco - Mas o que eu realmente quero dizer é que você terá que fazer de tudo, para nada acontecer entre os dois, pois se ele dizer algumas palavras doces para ela... Os sentimentos dela irão mudar. E devido a uma garota como ela... Os sentimentos dele...

Ela gesticulava, me dando a entender milhares de coisas. Trinco os dentes, agarrando seus ombros, ela se assusta levemente, arregalando os olhos.

- Mas quem foi que me disse que “uma ex é só uma ex, no final das contas?”

- A situação mudou. – Ela falou de cabeça baixa, fazendo careta pelas próprias palavras, suspiro, me encolhendo e a soltando.

Meu coração praticamente parou, e eu quase não conseguia respirar, se Louis souber de Eleanor, e se ele for gentil com ela como foi comigo, ela pode tentar voltar com ele, e se ele aceitar? Merda estou fodida.

Eu passei o resto do dia pensando em Louis e a tal Eleanor, não fazia nada além disso, Louis as vezes me olhava estranho devido eu não falar com ele, e tentava puxar assunto, mas minha cabeça estava na lua ou no Louis e a vadiazinha da ex-namorada dele. Quando finalmente acabou a aula, eu pedi a Louis que levasse algo para a sala dos professores, pois não estava afim de ir, graças a Deus ele foi sem dar um pio. Madison estava indo em bora junto comigo, nós estávamos no estacionamento da escola, paradas perto do carro de Niall.

- De qualquer jeito, temos que impedir que essas informações sobre a Eleanor, chegue ao Louis. – Ela dizia sem parar, comigo apenas concordando, não conseguia fazer nada além disso.  – Não fale sobre a Eleanor na frente do Louis ouviu?

Assenti de novo. Como se eu fosse burra o suficiente para falar dela perto dele. É eu acho que sou

 – É nós precisamos de algumas precauções para que eles não se veem ou se encontrem de jeito ne...

Madison falava quando parou de repente olhando para o lado oposto do meu, direcionei meu olhar para onde ela olhava e vi o demônio em pessoa.

Eleanor.

- Boa tarde. – Ela falou baixo, se aproximando com um copo de Starbucks na mão, confirmando o que Mad havia me dito antes.

Eca.

Odiava Starbucks.

- Porra! – Eu e a ruiva berramos juntas, agarrando uma a outra. – Ela apareceu.

- Como disse? - Eleanor nos olhou confusa, franzindo o cenho.

- Nada não. – Madison coça a cabeça, enquanto eu sorrio forçado.

- Você é amiga do Louis não é? – Ela se direcionou a mim. E eu apenas assinto, sem mudar a expressão. – É claro que é, só pode ser, se não me engano você estava com ele, quando nos encontramos, e eu não tive uma apresentação muito amigável, me desculpe.

  Ela esticou a mão para que eu apertasse e eu fechei os punhos. Não, por favor, não.

- Sou Eleanor Calder, prazer. – Eu fitei sua mão e com um pouco de nojo a apertei, pensando no fato de que essa mão já havia tocado meu Louis.  

- Alysson Mackenzie. – Digo e então afasto minha mão da sua rapidamente, mas sem demonstrar que quero muito isso. Eu não podia demonstrar nada a ela, pois se não tudo estaria acabado. – Você veio ver o Lou?

Dou ênfase em seu apelido, para que ela entenda que eu e ele somos próximos. Coisa que eu não quero que ela volte a ser com Louis, e escondo minhas mãos no bolso da minha jaqueta jeans azul, quer dizer, na jaqueta de Louis. Ela parece perceber isso, ao que seus olhos param por alguns segundos no tecido em meu corpo. Sorrio internamente por pensar que mesmo depois de três anos, a roupa ainda cabia perfeitamente no corpo pequeno de Louis. Mas meu sorriso dura pouco ao que o pensamento dela já possivelmente já ter usado a jaqueta pisca em minha mente.

- Sim, ele apareceu na festa, mas me disse que não ia ficar devido a um compromisso que marcou com alguém, com uma garota importante, então não poderia ficar. – Eu arregalei os olhos ao que ela explicou, sentindo meu coração acelerar bruscamente e as borboletas começarem a dançar a dança da chuva, berrando Louis, Louis, Louis! Eu era importante para ele? Ele havia dito a ela que eu era importante? Duh! É claro que eu era importante, era sua melhor amiga afinal. – Era você, não é? A garota a qual Louis se referiu.

Sorrio convencida, empolgada em jogar na cara dela que sim, era eu, Alysson Mackenzie. Deus! Eu havia finalmente vencido na vida!

- Clar... – Eu ia responder mas ela me interrompeu, como se sua pergunta fosse teórica e não desse a mínima para minha resposta, como se não importasse nada.

Mad assim como eu percebe isso, posso ver em seu olhar assassino sobre a garota. Já posso imaginar o que se passa na cabeça vulcânica dela. Pegar o café e tacar na cara de falsa da garota. Eu aprovo.

- Eu gostaria muito de conversar com ele, por acaso ele já foi embora? – Ela ignora o olhar da ruiva sobre si, olhando em volta.

 Imploro internamente para que Louis ainda esteja sendo segurado pelo seu professor de treino.

Sim! – Madison disse apressada, seu tom saindo meio arrogante e alto, consequentemente atraindo olhares de alguns alunos – Ele já foi.

Era mentira, claramente mentira. E ela pareceu desconfiar. Então como não podemos deixar que eles se encontrem de jeito nenhum, eu reforço a mentira. Meu tom saindo bem sai sutil e calmo perto do da ruiva.

- Sim ele já foi e faz algum tempo. – Ela me olha como se esperasse mais, como se quisesse alguma explicação. Pisco, forçando um sorriso. Vai logo embora!

- Entendo. – Ela suspira, parecendo cansada de nós duas. Madison revira os olhos, enquanto eu limpo a garganta, tentando segurar a risada pelo fato da ruiva estar resmungando. – Eu só vim convida-lo para ir o jogo que terá com os outros jogadores, que eram amigos dele no fundamental. E vocês pode vir se quiserem, eu adoraria a presença de pessoas alegres a minha volta.

Então era verdade, eu sabia, ela realmente terminou com o namoradinho. E nós não iriamos de jeito algum! Louis não iria de jeito algum!

- Então vocês poderiam avisar ao Tommo sobre o jogo que acontecerá domingo? – Ela pede, sorrindo fracamente.

Tommo? Isso é ridículo.

Seguro a vontade de revirar os olhos, mas Madison o faz novamente forçando um sorriso.

- Sim, claro – Ela balança a cabeça, acenando lentamente, como se prolongasse o fato de que quer que a garota a sua frente saísse dali.

- Obrigada, então tchau. – Felizmente a garota percebe isso, o que deixa claro que ela não é nenhuma lerda, mas ela é estupida e vai embora, bebendo seu café também estupido.

- O que faremos agora? – Agarro Mad assim que a garota está em uma distância segura, ela me olha questionadora e irritada – Se ele for...

- Ele não vai se não souber – Ela se solta de mim, suspirando. – Só não diga nada, e tudo ficará bem!

Assinto, roendo as unhas.

- E ai, vamos? - Louis aparece junto com os outros, e eu imediatamente tiro a jaqueta e soco em sua cara, o assustando – Mas que merda.

Ela me olha pasmo, com aqueles olhos incrivelmente azuis. O ignoro e lhe dou as costas, ouvindo Madison suspirar.

Nós estávamos caminhando por Londres, Louis estava no meio entre mim e Madison e nós duas o encarávamos, ele parecia estar incomodado com aquilo, fazendo careta e se encolhendo cada vez mais.

- O que há com vocês duas? – Ele pergunta, após bufar e se espremer dentro de sua jaqueta. É obvio que eu havia me arrependido de tê-la devolvido, estava muito frio!

- Tommo? -  Digo em deboche, afinando a voz e piscando os olhos de forma estupida como uma garota estupida faz.

- Mas que merda é essa, Alysson? – Ele para e eu faço o mesmo, cruzando os braços. Ele arqueia uma sobrancelha. -  Está me chamando assim porque?

- Apenas uma imitação da Eleanor. – Falei de nariz empinado e ele me olhou confuso, enquanto eu fazia ânsia de vomito.

- Hã? – Ele disse sem entender, mas parecia que queria rir.

Suspiro. Cansada.

- Ela apareceu na escola, mais cedo. – Falo por final, sabia que se eu não dissesse, ele acabaria sabendo uma hora ou outra, ignorando os protestos silenciosos de Mad atrás dele – Ela disse que terá um jogo...

- É, eu sei – Ele dá de ombros, forçando um sorriso. -  Meus amigos da outra escola me avisaram.

Pisco, surpresa, mas então...

- Alysson. – Madison me empurrou para um canto longe deles, tão surpresa quanto eu. Era assustador quando pensávamos juntas.  – Se o Louis já sabia, com certeza Eleanor também, ou seja, ela veio aqui para ver ele pessoalmente.

- Ai, merda – Digo, mordendo o lábio, enquanto Madison parecia trajar um plano em sua cabecinha diabólica.

- Parem de cochichar, vocês vão ao jogo? - Louis aparece atrás de nós. O maxilar está travado como se ele estivesse irritado. Ele realmente parece irritado.

- Sim. – Madison diz, quase berrando, ela sorri, confirmando que realmente havia trajado um plano diabólico.

- Não. – Retruco, fechando a cara como uma criança birrenta.

 

Louis bufa, revirando os olhos.

- Escuta aqui. – Ela me puxa ainda mais para longe de Louis, que abre a boca indignado, e então sussurra apressadamente – Se você não for, não terá ninguém para atrapalha-los, imagine os dois sozinhos conversando, ela chega toda meiga e diz: “Acabei de terminar com o meu namorado, estou tão solitária”, qualquer homem fará alguma coisa sobre isso.

Diz seria, revirando os olhos enquanto nós duas imaginamos a cena. Ew. Fizemos careta.

- Parem de cochichar. – Louis diz, o tom de voz ácido e arranhado como sempre. Ele segura meu braço e me puxa para si, talvez para que eu parecesse de fugir com Mad - Vocês vão ou não?

Ele pergunta no plural, mas seus olhos estão direcionados aos meus, como se ele quisesse saber somente da minha resposta. Seu nariz possui a ponta avermelhada, assim com suas bochechas por conta do frio e ele está tão lindo com a toca cinza. Suspiro, tocando a ponta de seu nariz com meu dedo indicador, ele fica vesgo e eu finalmente saio do transe que seus olhos me causam.

- Sim. – Respondo, atraindo seu olhar de novo para o meu.

Ele faz aquilo que acaba comigo, mas ao mesmo tempo me aquece e preenche de uma coisa que não devia acontecer. Ele sorri. Um sorriso genuíno e imenso, com que faz ruguinhas aparecem nos cantos de seus olhos e suas bochechas inflamarem. Ele está feliz porque eu o verei jogar como todas as outras vezes. É claro que eu iria, se fosse o fazer sentir seguro, feliz e capaz, mesmo que isso me machucasse profundamente.

Ele me abraça de lado e tudo o que eu posso pedir é que ele nunca mais me solte, mas ele o faz. 

Quando domingo chegou todos nós fomos na antiga escola de Louis, quando chegamos seus amigos, que eu não conhecia, vieram todos abraça-los. O de olhos azuis parecia muito feliz em revê-los, eles pareciam legais, já que estavam fazendo meu pequeno rir, mas um deles me irritou, ele começou a cochichar algumas coisas sobre Eleanor pra meu Louis.

- Essa não, ele está tentando fazer Louis e Eleanor voltarem. – Madison me olhou assustada, ao compreender do que se tratava, assim que Niall veio fofocar para ela o que os garotos estavam conversando. - Com certeza eles já sabem do termino do namoro. Alysson! Eleanor já está aqui.

 Procurei em volta e parei meu olhar na garota que entrou na quadra, por uma das laterais ao fundo, se encostando em uma parede. Seu semblante era triste, mas acho que ela estava forçando aqueles olhos cabisbaixos e aquele bico. Com certeza eram falsos!

- O que nós faremos agora? – Pergunto, sem conseguir pensar em nada. Na minha dupla secreta com a ruiva ela era o cérebro e eu os músculos, mesmo que eu não tivesse – Ela está obviamente solitária.

Digo, trincando os dentes e trocando o olhar entre Eleanor e Louis, que ainda não tinha percebido a presença da guria.

- Isso é mal, muito mal. – Mad murmurava algumas coisas, enquanto roía as unhas e Niall tentava acalma-la, acariciando seus cabelos – Ela está com uma aura de imploração de me console. Merda!

Os toques e carinhos pela primeira vez não estavam dando certo. Niall, pisca surpreso, então se afasta um pouco.

- Ei o que estão fazendo? – Paramos nossa atenção a Eleanor, quando ouvimos a voz de Louis.

Olho diretamente para ele que estava sendo puxado por seus amigos em direção a... Não!

- Nada, nadinha. – O garoto ri junto com os outros, enquanto empurra Louis pela quadra.

 - Alysson faz alguma coisa! – Madison me encara tão desesperada quanto eu. Mordo o lábio inferior. Pensa... Pensa... – Chame a atenção dele, se não ele será engolido por aquela aura. Qualquer coisa, para não deixarem eles conversarem.

Eu estava desesperada, Louis estava se aproximando de Eleanor, e eu mal conseguia pensar. Olhei em volta, tentando pensar em algo, não podia simplesmente correr até ele e o puxar de volta.  Meus olhos caem sobre uma bola rapidamente corro até ela e a chuto com toda a força que minhas pernas possuem em direção a Louis.

A bola é certeira em suas costas. Comemoro, atraindo sua atenção assim que ele grita de dor, se virando e procurando o culpado.

- Golaço! – Madison berra, batendo palmas.

- Mas que porra é essa? – Seus olhos caem em mim, com meu sorriso vitorioso e braços erguidos– Porque você fez isso, Alysson?

Seus olhos azuis me encaram furiosos e meu sorriso só aumenta, pois os arrotos param de empurra-lo e ele está voltando em minha direção com passos pesados.

- Por você ser idiota – Ele me lançou um olhar sinistro e mostrou o dedo, pronto para dizer algo, no entanto seus colegas, sim colegas, aqueles animais não deviam ser considerados amigos, o puxam de volta para perto da garota.

- Louis! Louis! – O chamo desesperada, andando apressada até eles. Ele se vira, suspirando. – Vamos jogar futebol? Viemos para isso!

Digo, sem pensar, pegando a bola do chão que havia batido em suas costas e voltado.

- Por que isso agora? – Ele franze o cenho, soltando-se de seus amigos para conseguir me dar atenção.

- Anda logo Louis. Olha lá – O garoto segura seu rosto e o obriga a olhar para a Eleanor, que está o olhando de volta. -  p futebol? Viemos para isso!eus amigos para conseguir me dar atençvolta para perto da garota.ara ela o que os garotos estavaViu, a Eleanor está sozinha e deprimida. Por que você não vai lá e pergunta o porquê?

O garoto o solta e Louis parece pensar por alguns segundos, tempo a qual eu uso para correr até ele e segurar seu braço assim que ele dá um passo para a frente.

- Louis! – O olho, sentindo meu coração doer só com o fato de que ele estava indo até ela, por vontade própria.

Ele me encara e sua expressão muda para confusa e ao mesmo tempo preocupada. Droga, estava tão visível assim em meu rosto o quanto eu estava magoada com aquilo?

- Anda logo cara. – O garoto o puxou e eu também, não iria solta-lo de jeito algum, e ele parecia determinado a isso também então meio que ficamos fazendo cabo de guerra, mas o cabo era o Louis.

- Me soltem, isso dói – Louis berrou e eu e o outro garoto continuamos puxando cada vez mais forte seus braços, tentando ir para trás.   – Mas que merda, me soltem.

Ele puxou com toda a força os braços, fazendo eu e o menino cair para trás. Minha bunda doí, mas nada se compara com a dor que eu sinto quando ele me olha reprovador.

 – Eu posso ir a até a Eleanor sozinho. – Ele disse furioso para o garoto, apontando para ele antes de voltar os olhos para mim, furioso – E eu posso jogar futebol com você outra hora.

Louis se vira e então se aproxima da menina, continuo quase deitada no chão, com meus cotovelos doloridos, observando ele começar a conversar com ela. Sinto alguém me puxando para cima e então sou arrastada por Mad para mais perto, para que pudéssemos ouvir.

Louis percebe, mandando um olhar feio para nós, mas desviando a atenção quando a garota o chama.

- Tommo. – Ela sorri e eu sinto vontade de vomitar.

- Oi, aconteceu alguma coisa? – Ele foi logo ao ponto. Típico do Louis.

- Hã? – Ela o olhou assustada, como se não esperasse isso dele.

- Você parece triste – Ele coça a cabeça desconfortável? Ou nervoso? Que seja desconfortável, pelo amor de Deus.

- É bem...

- Nós vamos ver o Louis voltar com a Eleanor em primeira mão depois de tanto tempo. – O grupo de amigos riram ao ver os dois conversarem. Eu prestava atenção atentamente, junto de Mad que apertava cada vez mais meus braços.  – Vai na fé Louis!

- Calem a boca. – Louis berrou para eles, mostrando o dedo do meio.

- Tommo? – Ela o chamou de novo, tocando em seu braço.

Engulo em seco.

- Que foi, merda? – Ele voltou a encarar a menina e a mesma o olhou assustada. Ele rapidamente percebeu o que dissera e tentou concertar, sorrindo culpado.  – Me desculpe, eu estou acostumado a gritar com garotas.

Claro, as garotas era eu, Louis só gritava comigo e nunca se desculpava. Por que será?  Deve ser porque ele só me vê como uma irmã briguenta. Ou talvez pelo fato de eu nunca me chatear ou apenas rebater de volta sem me sentir ofendida. Mas agora... me sinto diferente em relação a isso.

 Suspiro, me encolhendo.

Eleanor arregala os olhos e se encolhe contra a parede. Eu e Mad reviramos os nossos, bufando.

- Não quis dizer isso, é que, minha amiga, eu grito com ela apenas, só isso, mas ela não liga. Enfim, como está o bosta do seu namorado? Quer dizer, o Jordan...

- Nós terminamos a pouco tempo. – Ela abaixa a cabeça, sussurrando algo a qual eu não consigo ouvir. E Louis arregala os olhos, surpreso.

- Alysson? – Madison me olhou preocupada quando me viu suspirar e me afastar de si, dando um passo para trás.

- Eu acho que já vou indo embora -  Paro de prestar a atenção, desviando o olhar. Era doloroso demais. – Preciso ir, Mad. Não aguento isso.

- Quer que eu vá com você? – Ela pergunta compreensiva, tocando minha mão com a sua gelada. Balanço a cabeça negativamente.

- Não, eu só quero ficar sozinha. – Forço um sorriso ao que ela me olha preocupada, dando um beijo em sua testa pálida. – Mande uma mensagem se tiver acontecido algo drástico demais ou por milagre algo bom.

Ela suspira e então ri um pouco acenando com a cabeça.

Me despeço de Niall e de Harry que conversavam com alguns dos garotos e então saio depois de dizer e repetir que estava tudo bem e só precisava de ar.

Não podia ficar mais ali. Precisava ficar longe daquele lugar, de Eleanor, de Louis.

Eu não podia ir para a casa, pois sabia que eu choraria e provavelmente Alice iria me irritar, fazendo perguntas, então caminhei até a ponte de Londres, que não ficava tão longe dali. Me encostei e olhei para o mar, a vista era tão linda, e ainda com a London Eye à vista, ficava tudo mais perfeito e triste, uma bela visão pra quem quer chorar dolorosamente.

A essa hora, Louis já deve ter consolado Eleanor e quando eles forem embora, já estarão juntos de novo.

Quando ele conversa com ela, é todo calmo e gentil, mas quando é comigo ele fica todo rude e grosseiro. Eu já sabia, uma amiga idiota como eu não é páreo para uma ex-namorada perfeita. 

Eu já estou farta desse Louis!

Digo a mim mesma, tentando me convencer.

Suspiro quando não consigo e sinto meus olhos aguarem. Eu só queria ficar sozinha com ele, ouvir sua risada enquanto aprecio o som e me deleito com seu rosto tão bonito e emoldurado, enquanto ele me faz rir como uma idiota bobona.

Enxugo meus olhos e minhas bochechas que estavam com um pouco de lagrimas, segurando o choro. Sinto ainda mais frio ao que algo gelado toca minha bochecha. Olho para cima e vejo... Neve.

Sorrio verdadeiramente pela primeira vez essa noite.

Eu amava tanto a neve como amava o Louis. Mas ela não tinha graça se eu não tinha o Louis para se divertir nela comigo. Dei uma última olhada na vista de London Eye e voltei a caminhar, limpando as lagrimas, que se formavam em meus olhos.

- Então você veio para cá. – Meu coração dispara ao que ouço minha voz preferida. Ergo meus olhos lentamente e afasto minha mão de meu rosto apenas para confirmar que não estava ouvindo coisas e que era ele na minha frente – Se você ficar em um lugar desses vai se resfriar.

Paro, perplexa.

Louis está realmente parado na minha frente, com o corpo encolhido em seu moletom grosso e o gorro quase cobrindo toda a sua testa. Ele sorri como se não fosse nada, como se a presença dele e suas palavras fossem nada!

- Mas... Mas o que você está fazendo aqui Louis? – O encaro sem entender, controlando minha vontade de correr até ele, abraça-lo fortemente e beija-lo com todo meu amor e fúria.

- Eu pensei que talvez você estivesse chorando ou algo parecido. – Ele da de ombros, olhando para cima e sorrindo. Um sorriso preguiçoso e lindo. – Está nevando, você ama a neve.

Eu amo você.

- Por que? Por que? – Pergunto bobamente, quase aos sussurros, conseguindo dar um passo até ele, com minhas pernas tremulas. – E a Eleanor?

- Fazia um tempo que não conversava com ela. – Ele divaga, resolvendo se aproximar já que eu não conseguira, parecendo muito relaxado – Não sei porquê, mas foi bem cansativo.

- Você estava nervoso? – Engulo em seco, quando ele já está bem perto.

Seus olhos encontram os meus e ele suspira ao acompanhar as lagrimas escorridas em minha bochecha.

- Não, não era isso. Por que será em? Eu mesmo não sei o porquê. – Ele ri, tirando uma das mãos sobre o bolso do moletom e então estica até próximo do meu rosto.

Por um instante meu coração falha e acredito que ele vai me tocar suavemente com as pontas de seus dedos macios e enxugar minhas lagrimas, mas ele hesita e toca meus cabelos, os bagunçando.

- Porque? – Era a única coisa que eu conseguia dizer, não compreendia o porquê dele estar ali comigo e não com a Eleanor. Meus olhos se encheram de lagrimas, novamente.

Agarro sua mão e afasto de meus cabelos, mas não a solto.

- Você já está chorando? – Ela me encara, não parece surpreso, na verdade acha graça. Ele ri de mim! – Idiota.

- Idiota é você! – Murmuro, socando seu ombro, ele ri mais um pouco, enquanto eu resmungo. – O que é tão engraçado?

- Não sei – Ele aprece realmente verdadeiro, me olhando com seus olhos muito azuis, daquela forma diferente, quase como afetiva, enquanto fica ainda mais lindo sobre a luz da lua. -  Mas talvez alguém como você seja mais o meu tipo.

- Como assim? – Questiono, sentindo as borboletas comemorando enquanto sambam um carnaval em meu estomago. Sinto algo gelado tocar a ponta de meu nariz, e antes que eu possa raciocinar o dedo de Louis está sobre ele, da mesma forma como eu havia feito antes. Meu coração treme e eu sinto que devo beija-lo. Eu vou beija-lo.

- Estou falando sozinho. – Ele ri, e então afasto o dedo depois de cutucar minha bochecha– Que tal jogarmos algum jogo em casa? Comprei alguns jogos novos.

- Como você é chato. – Resmungo, agarrando parte de meu suéter sobre o peito, tentando acalmar os batimentos de meu coração e meus pensamentos incoerentes. Eu realmente ia beija-lo?!

- O que?! – Ele me olha daquela forma fingida de irritação, tentando reprimir um riso - Mas eu nem falei nada de ruim!

- Cala a boca, você me irrita de mais. – Empurro seu corpo, passando por ele pisando forte e cruzando os braços, ele ri e eu sorrio ao ouvir seus passos atrás de mim.

- Eu estou te convidando para jogar vídeo game comigo, o que isso te irrita? – Pergunta irritantemente, ficando na minha frente facilmente e andando de costas enquanto olha para mim.

- Idiota. – Digo, tentando esconder meu sorriso com a manga de meu suéter, mas Louis o vê e ri infantilmente. – Você vai bater em alguém e eu vou rir da sua cara.

- Pode rir, eu adoro a sua risada. – Diz com sua voz melodiosa e ao mesmo tempo sensual.

É claro que meu coração não explode em confete e meu cérebro não se derrete. De forma alguma.

- Já eu odeio a sua risada – Abraço a mim mesma por conta do frio, rindo ao que Louis faz uma careta indignado e só para me irritar começa a forçar uma risada muito, muito chata, que faz com que no fim ele estava ao meu lado gargalhando verdadeiramente comigo.

Ele me abraça e dessa vez não me solta.

Toda vez que o Louis diz ou faz alguma coisa, eu acabo indo para o céu ou para o inferno. Meu mundo tem girado ao redor do Louis, girando e girando.

E eu não dou a mínima. Só quero vê-lo sorrir. Só quero ser importante pra ele de alguma forma. Só quero esses momentos para sempre.

Só quero amar ele.

 

 

 

 

“Nós terminamos a pouco tempo e... Eu senti sua falta”

“Que pena, eu sinto muito.”

“Tudo bem”

“Que estranho... Por que a Alysson foi embora?”

“Não sei, mas será que a gente poderia se encontrar de novo, qualquer dia desses, Tommo? Tem algo que eu gostaria de conversar com você”

“Hm... acho que não posso fazer isso, Eleanor”

“Por que não?”

“Bem... Tem uma idiota que provavelmente vai chorar se eu a ver de novo. Então...Desculpa, não posso fazer isso.”

 


Notas Finais


OBRIGADA MAIS UMA VEZ E ME DESCULPEM, espero que deu pra entender esse capitulo e o final dele :) espero que tenham gostado e por favor COMENTEM <3 amo os comentarios tipo muito <3 Então comentem por favor OBRGADA, até o proximo capitulo <3
Beijos


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