Capítulo I
Pulando de felicidade, uma jovem atravessou os jardins ensolarados de sua casa e com um grande sorriso no rosto a garota entrou correndo em casa, parando somente para jogar as sandálias para algum canto perto da porta, no processo derrubando o suporte para guarda chuvas. Era tanta a sua euforia quase derrubou uma de suas irmãs.
- Porque tanta pressa?
- Papai nos enviou uma carta – disse contente – veja só! – A jovem ergueu o envelope ainda lacrado para a irmã
- Papai esta voltando? – A mais nova das irmãs veio correndo para perto das outras duas
- Não sei ainda não li a carta – disse a outra
- Então leia!
- Estamos todas aqui!
- Ahh certo, vou ler – Sob o olhar atento de todas suas irmãs a jovem abriu a carta e rapidamente passou seus olhos por ela – Err... Ele disse que vai se casar – leu
- Casar? Com quem?
- Asahina Miwa – respondeu, ouvindo um coro de exclamações
- Como sera que ela é?
- Ouvi dizer que é bonita
- Eu vi uma foto dela em uma revista de moda...
- É como ela é?
- É uma mulher realmente bonita
- O que mais diz na carta?
- Que ela também tem treze filhos – respondeu sorrindo – Imagina só, apenas conosco lotaríamos uma igreja – comentou arrancando risadas das outras – Papai disse também que vamos nós mudar...
- Onde vamos morar?
- Com os filhos da Miwa...
- O quê? Com os filhos dela? Por quê?
- Para uma boa convivência – leu inclinando a cabeça tentando entender
- Não acho que vá da certo.
- Seria bem legal – disse a mais nova – Eu teria ainda mais gente para brincar
- Eu não tenho certeza se é uma boa ideia...
- É por que?
- Por que temos manias que seriam inadequadas, para viver em uma casa cheia de homens...
- Ahh... isso é bem verdade...
- A qual é! O que poderia dar errado?
As treze garotas se entreolharam, imaginando o que de mais poderia acontecer, se fossem morar em uma casa que até agora pertencia a homens... Ehhh nada de mal poderia acontecer, certo?
[...]
A elegante mulher atravessou o salão do restaurante em direção a mesa, onde se encontrava um homem de porte austero e sorriso cativante a esperava. Ao alcança-lo, teve a mão tomada com gentileza.
- A noite está perfeita, não acha? – perguntou ele ao beijar-lhe o dorso da mão e conduzi-la a seu assento.
- Sim, com certeza a noite está maravilhosa – A mulher sorriu.
- Não tão maravilhosa quanto você, minha querida – cantou o homem
- Ora, não seja tão galanteador, Eiiji-san
- Eu não disse nada menos do que a verdade, Miwa – disse arrancando suaves risadas da dama – Eu já fiz os pedidos se não se importar.
- Esta tudo bem, confio em você.
- Como foi sua conversa com seus filhos?
- Agradável – respondeu ela com um sorriso contido
- Agradável? – repetiu
- Meus filhos já são em sua maioria homens feitos – ela sorriu ao se lembrar deles – Alguns deles até ficaram felizes com a novidade.
- Só alguns? - Miwa riu com gosto da pergunta dele.
- Ohh, não se preocupe Eiiji, meus filhos não iriam tentar mata-lo ou algo assim, estão felizes pela mãe deles.
Eiiji sorveu um gole do vinho, e sorriu para a mulher quando o jantar foi finalmente servido. A conversa deles fluía agradavelmente com risadas contidas para não atrapalhar os outros clientes.
- E suas filhas? – Miwa finalmente perguntou – Conversou com elas?
- Enviei-lhes uma carta – disse – Acho que reagiram bem – disse incerto – não recebi nenhuma ligação ou mensagem delas até agora.
- Você tem que ir até elas – Miwa franzia a testa – Não pode apenas lhes dizer que vai se casar por uma carta.
- Eu irei amanhã – tranquilizou Eiiji com um sorriso – Assim como seu meninos tenho certeza que compreenderam.
- Eu estive pensando...
- Hun?
- Você não acharia bom que nossos filhos se envolvessem?
- Como assim?
- Ora, começassem um relacionamento amoroso, como nós – Miwa explicou.
- Eu não sei se será uma boa ideia
- Por que não? Seria perfeito, assim não teríamos que nós preocupar com pessoas com más intenções e...
- E...
- Evitaríamos que se magoassem... – respondeu com um suspiro pesaroso ao se lembrar de um dos filhos
- Você pode estar certa... – Eiiji ponderou a questão – Mas também pode ser uma faca de dois gumes, Miwa – disse serio – A relação deles também teria prós e contras, querida, assim como qualquer relacionamento e também podem sair magoados.
- Eh eu acho que você também tem razão, mas eu gostaria que pelo menos tentassem.
- Tudo bem vamos fazer assim, já que nossos filhos iram morar juntos, vamos deixar que as coisas fluam em seu próprio ritmo, sem forçar nada e se vier a ser, será.
Miwa sorriu agradecida para o homem a sua frente e deixou que ele tomasse sua mão entra as suas num gesto carinhoso.
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.