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História Lovers, Friends and Dreamers - All I can say is it was enchanted to meet you...


Escrita por: lovelyzayn

Notas do Autor


Dica: Quando chegar no " ** " coloque a música Enchanted ( Taylor Swift ) pra tocar. - link esta nas notas finais caso precise.

Capítulo 7 - All I can say is it was enchanted to meet you...


Fanfic / Fanfiction Lovers, Friends and Dreamers - All I can say is it was enchanted to meet you...


Quando Antônia saiu, eu olhei pros lados procurando alguma coisa para fazer para aproveitar aquele entusiasmo que eu estava tendo. Arrumei à sala, meu quarto, a cozinha. Depois separei as maquiagens que usaria, o sapato, acessórios e tudo isso com um sorriso enorme no rosto.
Por fim, quando não tinha mais nada, eu simplesmente conectei meu ipod no amplificador e deixei o cd do Black Eyed Peas tocar no máximo, enquanto eu dançava igual uma boba na frente do espelho tentando decidir o que faria com o cabelo.
Quando escutei uma batida forte na porta da sala e imaginei ser Antônia , fui atender com o cabelo preso num coque em cima engraçado que foi uma tentativa fracassada de um penteado e abri a porta praticamente dançando.
E lá estava um garoto alto, pele clara cabelo escuro um pouco despenteado. Camiseta azul desbotado, e as mãos dentro dos bolsos frontais da calça jeans. Quando levantou a cabeça, vi que seus olhos eram tão escuro quanto o cabelo.
Parei de dançar e tentei disfarçar, já sentindo minha bochecha corar.
Ele olhou primeiramente para mim, e logo após para o meu coque, e tentou controlar um sorriso. Rapidamente eu peguei o controle, desliguei o som e puxei o grampo que prendia o cabelo, e tentei disfarçar isso também.
- No que eu posso ajudar? - eu disse séria, morrendo de vergonha, querendo me enterrar na neve do Alasca e morrer congelada.
Ele me olhou e sorriu de canto.
- Desculpa o incomodo - coçou a nuca, e enquanto falava fez uma leve careta - eu moro aqui do lado, e geralmente som alto não me incomoda, mas eu tenho uma prova gigante amanhã na faculdade e eu, bom...
- Ah! Ah - eu falei, agora com mais vergonha ainda - não, tudo bem. Desculpa, eu vou desligar - eu falava rápido demais e não sabia o que falar ao certo - desculpa, eu... Desculpa.
- Não, não, desculpa eu... Eu não queria ser chato... - ele também falava rápido.
- Não! - cortei - Imagina!
Ele assentiu e sorriu.
- Obrigada - e foi para o apartamento do lado - tchau.
- Tchau - eu levantei a mão para acenar mas achei muito estranho e abaixei.
Ele viu e acenou, mas quando eu abaixei a mão ele ficou sem graça e abaixou também.
Enfim, ele fechou a porta e eu fechei a minha dando fim naquele meu mico.
Me dei um tapa na testa.
- Por que eu só pago mico nessa vida? - me perguntei, sentindo as bochechas vermelhas.
Outra vez ouvi batidas na porta. Tentei abrir parecendo normal, mas quando abri era Antônia .
- Ah, é você - suspirei de alívio.
Ela riu e disse entrando:
- Sim, sou eu. E que cabelo é esse?
Passei a mão no cabelo e percebi que o coque ainda estava lá.
- Droga! Tinha mais um grampo! - arranquei-o com raiva.
- Que? - Antônia gritou já no quarto - ah Não importa, vamos escolher logo um.
Quando cheguei ela esticava os vestidos na minha cama. O primeiro que eu vi era um reto inteiro de lantejoulas.
Peguei aquilo e observei de perto.
- Gostou desse aí? - ela perguntou animada - vai brilhar na festa se for com ele - ela fez o trocadilho rindo.
- É... - respondi ainda observando como ele refletia a luz - vou brilhar tanto que vão me pendurar no teto achando que sou o globo de luz.
Antônia revirou os olhos.
- Esse não, é muito chamativo - enfim descartei o primeiro.
- Bom, e esse...? - ela pegou um outro.
Ele era reto e sem nada. Apenas reto, justo e curto.
- Sem graça... E não vai me entrar! - disse logo de cara.
Descartamos o segundo.
- Tcharam! - ela pegou outro que era todo solto e prendia com um cinto.
- Vou experimentar...
- Ok... E esse? - mostrou um outro com brilhos em alguns lugares específicos.
- Ahn... Não.
- Esse? - um com mangas bufantes e corpo tão curto que chegava a ser menor que as mangas.
- Cadê o resto? - brinquei.
Ela riu.
- Vai experimentando esse então - me entregou o que tínhamos gostado - e eu vou continuar vendo aqui.
- Ok. Tirei a roupa e coloquei o vestido, e me olhei no espelho. Ele era lindo, mas era fofo demais. Eu não queria algo fofo demais...
- Ah... - comecei falar enquanto me olhava no espelho - eu gostei mas...
- Não, não, não! - ouvi Antônia dizer e me virei.
- Tira isso aí, que eu tenho um perfeito aqui!
- Qual? - perguntei.
Ela ergueu um vestido de renda e mangas compridas, curto e justo. Do busto pra cima era só renda, incluindo as mangas compridas. Atrás, até a lombar, também era só renda. O forro cobria o busto, a barriga e a saia.
- Não acha muito vulgar? - perguntei meio em dúvida.
- Confia em min - ela disse - vai ficar perfeito.
Peguei o vestido, tirei o que eu estava e o vesti. Sem me olhar no espelho, imaginei que eu estaria parecendo uma louca, era muita renda em todo lugar. Mas não era tão justo quanto parecia.
Quando me olhei no espelho fiquei surpresa. A saia até a metade da coxa, por ser um pouco mais aberta, permitia meu corpo parecer uma silhueta perfeita, e as mangas de renda bem vazada deixava meu braço e minhas costas aparecendo, mas não deixava vulgar. Ele realmente era perfeito.
- Nossa - falei - ele ficou bom!
- Lindo, você quis dizer né? - ela disse sorrindo.
- É - sorri satisfeita.
- Então escolhido. O que vai fazer com o cabelo?
Estava difícil escolher antes de ver o vestido, mas agora com ele, eu tinha em mente a imagem que eu queria.
- Você vai ver - falei.
Ela sorriu e saiu do quarto.
- Pode deixar que eu te levo de carro, não precisa pegar metrô - disse enquanto saia.
Tirei o vestido e coloquei uma camiseta para poder arrumar meu cabelo. Lavei-o na pia mesmo, sequei como minha cabeleireira mandava secar e eu nunca obedecia: torcendo ele para deixá-lo com volume. Quando estava só úmido, desliguei o secador e peguei os grampos. Enrolei para os lados e depois enrolava até a raiz e prendi ele todo assim, com exceção da franja.
Quando terminei olhei o relógio.
22:30. Não tinha muito tempo para deixar ele secar, então liguei o secador e o sequei a base dele mesmo.
Deixei preso enquanto fazia a maquiagem e colocava o vestido, os sapatos e acessórios.
Ouvi alguém batendo na porta e logo após Antônia perguntava se eu estava pronta. Quando vi já era 23:30.
Abri a porta e ela quase gritou:
- Ainda não soltou os cachos?
Eu ia falar alguma coisa, mas ela não deixou.
- Você solta no carro, vamos.
Peguei meu celular e minha bolsa de mão vermelha.
- Adorei essa maquiagem - Antônia me examinava no elevador - e o sapato vermelho ficou ótimo!
Ela deu um suspiro.
- Queria ser bonita assim - disse.
Eu gargalhei.
- Falou a modelo que vai semana que vem para Milão.
Ela riu.
- Mas não tenho nem metade da sua beleza natural.
- Ah, me poupe, Antônia .
No caminho, ela me perguntou porque eu havia mudado de ideia, e eu contei sobre a mensagem enquanto eu soltava meus cachos e acabava de arrumar o cabelo com base no mini espelho do porta-luvas.
- Só isso? - ela estava morrendo de rir - só porque ele disse que gostava de vestidinhos pretos?
- Idiota - eu ria da risada dela - não é só isso!
- O que mais então?
- É que "Eu gosto de vestidinho preto" foi o que ele disse naquela noite, na festa - expliquei - e quando ele disse isso, eu percebi que eu realmente queria ir. E ele queria que eu fosse - dei de ombros, sorrindo igual uma idiota.
- Aw, que graça! - ela exclamou rindo.
Mais alguns minutinhos e chegamos no hotel.
- Uau - do carro ainda, Antônia olhava o tamanho dele.
Eu também olhei e senti um calafrio. Por um momento, tentei me lembrar porque estava lá.
- Acho que não vai rolar, Nina - disse.
- Não! Nem pensar! Vai logo, anda! - ela me empurrava.
- Eu to com medo! - admiti,
- Medo de que! - ela gritou inconformada - ele é um cantor e não um bicho selvagem! Ele só morde se você der permissão!
- Antônia ! - repreendi.
- Eu vi a marca do chupão na sua coxa.
Arregalei os olhos, e olhei meu vestido.
- Relaxa, o vestido tampa!
Respirei fundo, abri a porta e sai do carro. Mas antes abaixei até a janela.
- Acha mesmo que eu devo fazer isso? - perguntei.
- Aproveitaaa! - foi tudo que ela disse antes de acelerar o carro e me deixar sozinha na rua movimentada.
Respirei fundo outra vez e fui em direção ao hotel. Pensei no que deveria dizer para o recepcionista, talvez Harry tivesse mandado uma mensagem avisando.
"To te esperando" - foi o que eu li quando liguei a tela do celular.
E me senti encher de coragem. Caminhei confiante até a recepção.
- Eu vim para a festa na cobertura - disse.
O recepcionista pegou uma caderneta.
- Qual seu nome e qual deles te convidou? - perguntou.
- Ana Laura, Harry.
Ele olhou mais uns segundos a caderneta, me olhou e indicou o elevador.
- PH2 - disse.
Quando entrei no elevador, entendi o que ele tinha falado. Era o andar.
Cliquei o PH2. O hotel tinha 21 andares mais o PH1 e o PH2. E cada andar parecia levar duas horas para subir. E enquanto isso eu respirava fundo e procurava manter a calma.
Quando o elevador apitou, indicando que tinha chegado, a porta abriu e dava para um pequeno corredor, e no fim uma porta com um segurança.
Caminhei até ele, e quando cheguei perto ele perguntou meu nome.
- Ana Laura.
- Sobrenome?
- Bernardes, mas acho que não tem meu sobrenome aí - avisei.
Harry não sabia meu sobrenome. Sacudi a cabeça para jogar longe as paranoias que vinham chegando.
- Realmente - o segurança quase riu.
Abriu a porta pra mim, e fez gesto para que eu entrasse.
- Obrigada - eu disse e entrei.
Aquilo não me parecia um quarto de hotel. Eu entrei no que parecia ser uma sala gigante, já que tinha sofás para todos os lados. A sua arquitetura era clássica, com um lustre de cristais no meio. Muito luxuosa.
Havia muitas pessoas, por todos os lugares. Sentadas, conversando, dançando. E a música era alta, apesar de eu apenas ter a escutado depois que a porta foi aberta.
Logo que entrei, fiquei deslumbrada com o glamour do lugar e logo em seguida me senti perdida. Não tinha um rosto se quer que eu conhecia, e dessa vez não tinha Antônia ou amigas dela para me salvar.
Notei alguns olhares em mim, depois de meio segundo, muitos outros olhares. Não sabia direito o que fazer em relação a aquilo.
Dei graças a Deus quando ouvi chamarem meu nome. Olhei para trás, e era Louis.
Ele falou com uma menina com quem estava abraçado e ela apenas sorriu e esperou parada enquanto ele caminhava em minha direção.
- Você veio! - disse.
Eu apenas sorri de volta.
Não sabia se ainda era nervosismo ou se era surpresa e animação por Louis Tomlison lembrar meu nome.
- O Harry está cuidando da caixa do som, parece que deu um defeito e ele está tentando arrumar, mas já volta - disse - Enquanto isso, vem que eu vou te apresentar minha namorada.
Quanta simpatia! Naquela noite, quando Caroline me perguntou quem era meu preferido, eu realmente tinha gostado muito de Louis. Ele era divertido e muito simpático, além de lindo, mas eu não imaginava que fosse ser o mesmo fora dos shows.
Enquanto seguia ele, olhei para os lados procurando se Harry estava vindo, mas tudo que notei foi estranhos me olhando.
Me convenci que aquilo era só impressão minha.
- Essa é a Eleanor - Louis disse.
Alta, magra e fashion. Usava uma camisa branca, calças skinny cheias de glitter e um sapato gladiador lindo. Além do cabelo que caía em cachos, um pouco mais curto que o meu.
- Els, Essa é a Ana Laura, uma das estudantes que fizeram nos filmaram hoje no show.
- Prazer! - ela disse sorrindo - adorei seu vestido!
- Obrigada, sua roupa é um máximo também - agradeci, sorrindo também.
- Olha só quem voltou! - Louis exclamou, olhando para algo atrás de mim.
Virei apenas o rosto procurando quem era, e vi Harry vindo em nossa direção. Ele estava de calça jeans escura e camisa branca com os três primeiros botões desabotoados, deixando a mostra sua tatuagem no peitoral. Trazia um copo de whisky na mão, vazio.
Quando me viu, parou. Eu virei totalmente para sua frente, e ele me olhou de baixo até em cima e abriu a boca para falar alguma coisa mas nada saiu. Fiquei satisfeita em ter feito ele perder a fala e mostrei isso num sorriso.
- Uau - ele disse sorrindo de lado - então você veio.
- É, eu vim...
Ele sorriu e balançou a cabeça me olhando, e devemos ter ficado assim, apenas nos olhando sorrindo, durante uns cinco longos segundos.
- Ahn... - finalmente ele disse alguma coisa - desculpa a demora, eu estava aqui o tempo todo te esperando, mas aí alguém derrubou alguma coisa na caixa de som e eu tive que ir ver... E você chegou bem quando eu não estava - riu.
- Sem problemas.
- Quer alguma coisa para beber?
- Não! - fui rápida em responder.
Não iria me afogar em álcool outra vez.
- Por que não? - estranhou - pensei que gostasse de beber - sorriu meio confuso.
- Eu gosto - ri - e como gosto! Mas...
Não tava a fim de correr o risco de menciona e o fato sobre minha preocupação em relação aquela noite.
- Ok, um copo só por enquanto. O que têm para beber? - perguntei.
Ele olhou para os lados, e me puxou pela mão atravessando a sala. No caminho ás vezes parava e cumprimentava algumas pessoas, e me apresentava a elas como Ana Laura, apenas.
Chegamos numa mini cozinha no canto da sala, que tinha como divisória apenas uma bancada.
Sentei em um dos bancos da bancada enquanto Harry entrou, bateu de leve nas costas de um dos homens que estava preparando uma bandeja e disse que só iria pegar uma coisa rapidinho.
Abaixou debaixo da pia e quando levantou, tinha uma garrafa de champanhe nas mãos. Caminhou até um armário, pegou duas taças, foi para minha frente, do outro lado da bancada e debruçou em cima dela, ficando com o rosto na frente do meu.
- Você gosta de champanhe?
- Gosto - respondi, sorrindo.
Ele sabia mesmo ser sedutor. Parecia que nem tentava, só era.
- É o melhor que eu tenho - disse servindo duas taças.
- Você já não estava bebendo whisky? - apontei para o copo que ele havia deixado na pia.
- Não, era água - sorriu.
- Ah.
Peguei a taça e dei o primeiro gole enquanto ele contornava a bancada para ficar ao meu lado.
- Muito bonito aqui - eu disse olhando em volta.
- Nossa acessória sempre escolhe os melhores hotéis - deu de ombros.
Era um fato normal para ele... Fazer o que, né?
- Mas nesse hotel, o que eu mais gostei foi a varanda - comentou - tem uma vista muito linda de Nova Iorque.
Ele bebeu um pouco do champanhe.
- Imagino - comentei e bebi um pouquinho também.
Não passaria daquela taça, disse a mim mesmo, então era melhor eu ir com calma.
- Quer ver? - perguntou.
- Ahn... Claro - respondi e só depois achei que deveria ter pensando melhor.
Peguei a taça e levantei, seguindo Harry, que outra vez, atravessava a sala mas em sentido diferente.
Chegou na frente de uma porta e a abriu. A porta dava para um pequeno corredor entre algumas portas fechadas e uma parede de vidro enorme que clareava a lugar.
Depois que nós entramos Harry estava fechando a porta, e eu pensei se haveria algum perigo de eu fazer algo que não deveria, mesmo estando sóbria, se ficasse sozinha com ele.
- Quer que eu deixei aberta? - ele perguntou, e percebi que eu tinha encarado a porta.
- Não... Pode fechar - tentei agir naturalmente.
Harry apenas a encostou, e isso me fez ter mais confiança nele.
Foi em direção a parede de vidro, e pediu que eu segurasse sua taça por um minuto. Esticou o braço até o topo do vidro para destravar a porta, e quando fez isso, sua camisa levantou deixando um pouco de sua pele exposta. Olhei por poucos instantes e desviei antes que ele visse. Logo a porta abriu, e ele pegou a sua taça da minha mão.
Em seguida, ele pegou a minha mão e me olhou.
Eu apenas sorri e ele fez o mesmo, me puxando para a varanda. Quando saímos, senti o ar quente e ouvi o barulho da cidade. Havia alguns jogos de sofá, e até mesmo uma mesa de sinuca tampada. Mas o melhor foi poder ver as luzes a noite da cidade que nunca dorme.
Caminhei até a beirada, ainda segurando minha taça e observei. Por um instante esqueci que era Harry Styles ali perto, e que estava na varanda de um hotel caro e sofisticado, e apenas pensei que estava em Nova Iorque, e como era lindo!
(** - coloque a música agora)
Os carros e táxis na rua, as luzes e holofotes, os grandes prédios. Era tudo muito incrível, muito lindo.
- Uau - eu disse, ainda observando.
Vi Harry se encostar na beirada ao meu lado, e observar também.
- Não disse que era incrível.
- É... É incrível. Queria minha câmera aqui para bater uma foto - comentei.
- Ah, eu tenho uma no meu quarto, quer que eu vá buscar? - se ofereceu, na maior boa vontade.
- Não precisa não - olhei para ele e ri - mas obrigada.
- Tudo bem - ele também me olhou - mas se quiser...
Voltei a admirar a visão. Harry apontou alguns prédios famosos que davam para ver de lá, e falou seus nomes e até mesmo a histórias de alguns.
- Como sabe tudo isso? - perguntei.
- Eu assisto muitos seriados e filmes que se passam em Nova Iorque... CSI, Castle, Um Duende Em Nova Iorque, O Diabo Veste Prada... - riu.
- Esse filme é ótimo - concordei.
- E você? - ele perguntou - Gosta de assistir o que?
Dei de ombros.
- Geralmente assisto o que tiver passando - admiti - a não ser The Big Bang Theory, que eu até coloco despertador para não esquecer o horário.
Harry pegou a taça e sentou-se em um sofazinho que tinha lá perto. Sentei-me ao seu lado.
- E o que faz para passar o tempo? - perguntou, bebericando o champanhe.
- Toco, escuto música, fotografo - dei de ombros.
- Toca o que?
- Bom... Eu toco violão
- Violão? - perguntou surpreso.
- É... Saber tocar violão meio que me salvou nesses anos, já que foi o único trabalho que consegui.
- Você trabalhava com o que? - estranhou.
- Eu tocava a noite em uma banda de um barzinho.
- Parece legal.
- Não era - falei - a mulher não cantava músicas que eu gostava o que significa que eu era obrigada a tocar músicas que eu não gostava. Não era bem um trabalho, mas era a forma de não depender cem por cento dos meus pais enquanto procurava algum rumo na vida - dei de ombros.
- Entendo... Antes do One Direction eu trabalhava em uma padaria - ele disse, rindo.
- Sério? Eu nunca soube disso! - ri também - Harry Styles era padeiro.
- Pois é...
Ele começou a me contar sobre como era o dia a dia em uma padaria, e logo estava me contando sobre o sonho que tinha de se tornar um cantor famoso e ganhar a vida fazendo o que ama. Me disse que tinha uma banda, e eu contei sobre não ter dado certo em nenhuma faculdade que tentei antes do curso de fotografia e ele comentou sobre algumas das dificuldades até chegar onde estava. Depois começou a falar sobre a One Direction e sobre os outros integrantes. Eu o observava contar sobre os acontecimentos do ano encantada com o jeito que ria no final de alguma coisa engraçada, fazendo suas covinhas aparecerem. E ele escutava com paciência enquanto eu falava sobre o concurso que Antônia me fez participar. Logo estávamos falando sobre as expectativas para o futuro.
Era uma conversa que eu nunca tinha tido com ninguém, nem com meus pais nem com Antônia. Isso me fazia me encantar mais ainda com ele, porque ninguém nunca havia se interessado em saber todas essas coisas. E quando eu parava, achando que talvez ele estivesse com tédio, ele sempre perguntava mais alguma coisa se demonstrando atencioso no que eu falava.
Quando o assunto sobre carreira acabou, começamos a falar sobre livros e depois sobre música.
- Não tenho música preferida, pra falar a verdade - ele disse - e meu gosto é bem variado. Eu curto muito The Rolling Stones e ao mesmo tempo adoro as músicas da Katy Perry. Mas se eu tivesse que escolher uma música... Acho que seria Free Falling, do John Mayer.
- Ah, essa música é linda! - eu disse.
- É... Acho interessante como ela demonstra a cabeça dura de um bad boy que ama de verdade pela primeira vez - explicou.
- Você entende de ser um bad boy? - brinquei.
- Não... Eu sou um bom garoto - me olhou e sorriu - e a sua música preferida?
- Bom... - pensei um pouco - acho que provavelmente é a Dreamers, do Jean Phillip Verdin. Mas tem uma música que lançou ano passado e eu gosto muito dela, chama... - tentei lembrar o nome - Sovereign Light Café, do Keane.
- I'm going back to the time when we owned this town... - Harry cantou esse pedacinho para identificar.
- Essa mesmo! - sorri.
- Acho que a "Dreamers" eu nunca ouvi... Por que gosta dessas?
- Bom, a Dreamers eu gosto porque... - tentei arrumar as palavras - é como um consolo pra quem sonha. Ouvir alguém cantando ela é como se dissesse para todos os sonhadores: "vocês não estão sozinho, eu entendo vocês". E sinceramente, tenho certeza que o compositor era um grande sonhador, o jeito que usou as palavras, que demonstrou os sentimentos... - dei de ombros.
Olhei para ele e ele sorria.
- E a outra?
- Ah - olhei para o céu pensando em como começaria a explicar - a Sovereign Light Café fala de um amor jovem e puro, antes de conhecerem a vida de verdade e se afastarem. Da vida de dois amigos que se amavam, contada só por um deles, e da saudade que é simplesmente saudade. É uma música para o mundo. Eu imagino dois colegiais que namoraram depois de anos de amizades, e foram para a faculdade em lugares diferente. É uma música possível, dá pra sentir o arrependimento dele não ter percebido que a vida era linda pura do jeito que era, e acho isso uma mensagem legal para o mundo. Não precisamos de muito mais que "amor"... "We were friends and lovers and clueless clowns"- citei minha frase preferida dela.
Quando me virei de volta para Harry, ele ainda me olhava, mas agora sério. Seus olhos encontraram os meus, e eu percebi o quão perto estávamos.
O fraco vento levou minha franja pra frente do meu olho, e Harry levantou a mão e delicadamente a colocou atrás da orelha. Deslizou o dedo da orelha contornado o meu rosto até chegar ao meu queixo, enquanto eu ainda o olhava nos olhos. Rapidamente ele olhou para minha boca, onde seu polegar tocou por ultimo.
Estávamos mais perto ainda. Senti o cheiro do seu perfume. Ele brincava com os dedos delicadamente na minha pele, e examinava cada traço do meu rosto.
- Eu nunca encontrei alguém assim - ele sussurrou como se falasse pra si mesmo.
Tinha hálito de champanhe.
- Assim como? - perguntei.
- Tão intensa em tudo que é e faz - respondeu, levantando os olhos para os meus.
- Como assim? - perguntei baixinho.
Meu coração acelerou. Abri a boca para falar mais alguma coisa, mas o que eu falaria depois daquilo? Eu só conseguia respirar, nem mesmo tirar os olhos dele eu não conseguia.
- É cedo demais para gostar de você? - perguntou, sem parar de olhar nos meus olhos.
- É - respondi sem nem pensar.
Não tínhamos nos afastado um centímetro se quer, nossos narizes quase se encostavam.
- Quer voltar lá pra dentro?
- Não - respondi a verdade.
- Mas você está tão linda - voltou a tirar uma mecha da franja que caiu no meu rosto - é quase um pecado te manter aqui fora quando você está assim.
Meu coração acelerou outra vez. Eu não conseguia pensar em nada, apenas o via na minha frente e cada palavra daquela se repetia sem parar na minha mente.
- Não foi pra eles por quem me arrumei assim - eu respondi, erguendo a mão e passando entre seus cabelos, aproximando nossos rostos um pouco mais.
Enfim, Harry me beijou. Lenta e tranquilamente, me permitindo aproveitar cada movimento. A suavidade com que ele me beijava, e o carinho que fazia com as mãos na minha nuca e no meu braço, tornava muito diferente da primeira vez, em que fomos movidos por álcool e desejo.
Ali, naquela hora, era diferente. Havia uma conversa anterior, havia confiança estabelecida e um lugar silencioso. E cada movimento era movido por mais que mera atração. Eu só não sabia o que era ainda.
Mas não queria que acabasse.
Hora nenhuma Harry ou eu aumentamos o ritmo, e desde que seus lábios tocaram os meus, eu não havia aberto os olhos. O máximo onde colocou sua mão foi na minha cintura, e eu variava entre fazer carinho na sua nuca e no seu cabelo.
O beijo estava tão calmo que meu coração se acalmou também e voltou ao ritmo normal.
Ficamos um tempo assim, aproveitando aquele momento que eu nunca havia tido se quer parecido.
Quando acabou, eu tive medo de abrir os olhos e descobrir que não era real. Mas quando o fiz, ele estava lá. Testa encostada na minha, mãos abraçando minhas costas, olhos olhando nos meus.
Respiramos fundo e soltamos o ar juntos. E Harry abriu um sorriso lindo, e me deu um selinho rápido.
- Viu? - ele disse baixinho ainda sorrindo - intensa em tudo que é e faz.
Eu apenas sorri de volta.
Nessa hora, eu ouvi meu celular apitar. Delicadamente, soltei o braço do seu pescoço e a mão do seu cabelo e ele desfez o abraço.
Abri a bolsa de mão e peguei o celular. Já eram duas e meia da manhã! Havíamos ficado esse tempo todo lá.
Me concentrei na mensagem de Antônia:
"To no drive-thru do McDonalds ai perto, se já quiser ir embora posso te levar"
Suspirei. Já era hora de ir embora.
"Pode vir" respondi.
- Eu preciso ir - olhei para ele e disse.
- Eu te levo pra casa, sei onde é - levantou, esticando a mão para me levantar.
- Não precisa - aceitei sua ajuda e fiquei de pé em frente a ele - já te tirei da sua festa esse tempo todo, não precisa.
- Da outra vez você não ligou pra isso - me puxou pela cintura, rindo.
- Da outra vez a festa não era sua e eu não estava nas condições certas - respondi, também rindo.
- Tá bom - concordou - quer que eu desça com você?
- Não precisa, até eu descer Antônia já terá chegado - falei.
- Então... Te acompanho até a porta- sorriu.
- Tudo bem - eu sorri de volta.
Meio hesitante, ele soltou os braços e deixou que eu caminhasse, e me seguiu.
Saímos da varanda, e ao passarmos pela porta, a festa já parecia ser outra. Música estava muito mais alta, havia muito mais pegação do que gente conversando, e dava para notar que não tinha um sóbrio lá.
- Harry! Finalmente te achei, cara - um garoto se aproximou de nós e abraçou o Harry.
Dava pra sentir o cheiro de vodka de longe.
- Deixa eu te perguntar uma coisa? - ele pediu pra Harry.
Harry me olhou.
- Fica - falei sorrindo - sei o caminho daqui pra frente.
Quando me virei, ele pegou na minha mão, me virando de volta pra ele.
- Espera - disse - vai me ligar dessa vez?
Achei graça do jeito que falou, parecendo um menino cobrando um presente do pai.
- Vou - respondi.
Depois me virei, e um sorriso inabalável se instalou no meu rosto. Tudo que eu conseguia pensar era nos acontecimentos daquela noite, e em cada gesto, palavra e sorriso de Harry.
Quando cheguei na porta, Louis estava encostado na parede e Eleanor na sua frente. Os dois olharam pra mim quando passei.
- Tchau - acenei animada, e isso pode ter estranhado os dois, mas naquela hora eu nem liguei muito.
- Tchau - disseram juntos.
Chamei o elevador, esperei, desci e dei boa noite para todos que vi na recepção.
Antônia tinha estacionado bem na saída do hotel. Entrei no carro, e ela comia uma batata fria do McDonalds.
- Quer? - me ofereceu.
- Não, obrigada - agradeci sorrindo.
Ela fez uma cara estranha e ligou o carro, deixando a batata presa no meio das pernas enquanto dirigia. Mas rapidamente eu me desliguei, e voltei a pensar na noite que eu tinha acabado de viver.
- Tá legal - Antônia disse do nada - essa já foi a terceira vez que te olhei e você tava sorrindo. Vai me contar ou eu tenho que pedir?
Eu olhei pra ela e ri.
- Contar o que? - me fiz de ingênua.
- Começa pela simples pergunta: foi boa a festa?
- Sei lá - admiti rindo - não fiquei na festa.
Ela abriu a boca em espanto.
- Ficou no quarto, foi? - falou rindo.
- Não, não dessa vez...
E contei resumidamente para ela, sem muitos detalhes pra ela não cansar.
- Meu Deus! - ela disse sorrindo - ainda bem que você mudou de ideia.
- É... Ainda bem - concordei.
Quando cheguei em casa, apenas joguei a bolsa em um canto, peguei o celular e abri nas mensagens.
Fiquei um tempão olhando pra tela pensando no que eu deveria mandar... Estava quase desistindo quando uma nova mensagem chegou.
"Ja chegou em casa?" - ele perguntou.
Sorri de canto a canto.
"Já :)"
Mais um minuto, e tinha outra.
"Ta indo dormir?"
"Na verdade, to sem sono. Só to deitada"
"Eu também"
"Hahaha é claro que está sem sono, você está numa festa"
Ele demorou um pouco para responder essa.
"Vim deitar no quarto. A melhor parte da festa acabou"
Voltei a sorrir de canto a canto, mas fiquei sem saber o que responderia. E quase me desesperei, mas estava alegre demais pra isso.
"Quando vamos nos ver outra vez?" - ele perguntou.
"Você tem meu telefone, e eu tenho o seu" - foi tudo que respondi.
"Tá certo hahahaha"
Ficamos conversando mais um pouco por sms, até que eu aleguei ser três e meia e não ter me preparado pra dormir ainda. Nos demos boa noite, e eu deixei o celular no criado ao lado da cama.
Olhei para o teto, e não pude controlar outro sorriso. Apertei as mãos contra o rosto, e revivi aquela noite na mente.
- Ah, Harry Styles... - eu disse, quase dormindo.
 


Notas Finais


http://www.youtube.com/watch?v=QSMOcaZlMUI - Enchanted Taylor Swift
Quer ver o trailer e alguns detalhes a mais? Dá uma olhadinha no tumblr da fanfic! http://loversfriendsdreamers.tumblr.com


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