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História Loving You is a Losing Game (Catradora) G!p - Limitations


Escrita por: strangelike

Notas do Autor


Boa leitura 💜

Capítulo 43 - Limitations


Fanfic / Fanfiction Loving You is a Losing Game (Catradora) G!p - Limitations

Adora Grayskull

-


Mara permaneceu em silêncio até a nossa chegada ao hospital. Hope solicitou uma ambulância para Huntara já que ela não acordou mesmo depois dos primeiros socorros. 

Eu pude ver o olhar aterrorizante de Catra sobre mim, não pude entender se era por preocupação, já que meu braço estava completamente ensanguentado, ou se era por medo. De qualquer forma não me restaram muitas opções além de voltar até aqui e deixar que Mara refizesse os pontos rompidos. 

— Você poderia ter matado ela - Pela primeira vez Mara murmurou, mas não olhou para mim. 

— Sim, eu deveria - Retruquei. Huntara teve a ousadia de praticamente - não, de literalmente - pedir minha namorada em casamento na porta da minha casa quando eu estava debilitada.

Bem, era o que ela pensava. Mas então ela entra no grau 1 de um coma merecido e eu sou culpada. 

Maravilha. 

— Sim, e deveria responder judicialmente por isso. Você usou um golpe crítico de luta marcial quando ela não podia se defender 

— Quando ela não podia, Mara? Ela fodeu a minha vida, de novo. Estou sendo costurada e andando mais lentamente que um aleijado porque ela fez isso. Eu não sei porquê está defendendo alguém que quase quebrou minhas costelas por uma segunda vez. 

— Adora, eu sou médica. Garantir a vida das pessoas é o meu trabalho e se você tentar matá-la o seu estado “debilitado” não vai servir de nada quando estiver com problemas na polícia.

Inacreditável. 

— Esqueça, eu não vou falar sobre isso com você. 

— Tudo que estou dizendo é que Hope e eu chegamos em casa na hora certa. Era suficiente se vocês mantivessem ela lá, consciente para que Hope a levasse presa. Mas você como sempre perde a cabeça quando se trata da Catra, ela está decepcionada com você e é compreensível. 

— Oh, ela está? Bem, porque ela não aceita a porcaria do anel quando aquela idiota acordar, afinal? - Cuspi minhas palavras afastando meu braço das mãos de Mara que respirou fundo 

— Vamos, pare com isso. Me deixe terminar-

— Chame uma enfermeira ou outro médico, Mara. Eu não consigo lidar com você agora. 

— Certo, você quem sabe - A minha irmã deixou os itens sobre a bandeja prateada ao lado de minha cama hospitalar e se retirou da sala. 

Após algum tempo uma enfermeira se apresentou e terminou o trabalho, fechando o corte novamente para que eu pudesse ser liberada da sala de observação. 

Esperei por alguns minutos até decidir que não esperaria por Mara ou por outro médico e enfiei meus braços no moletom cuidadosamente para começar a caminhar. 

No percurso até a porta de saída, passando ao lado da sala de espera, encontrei Catra e uma mulher, provavelmente a mãe da Huntara, sentadas lado a lado no canto da parede frontal. Elas estavam conversando e eu pensei em tentar chamar sua atenção, mas eventualmente desisti. 

Se ela está decepcionada comigo não vai ser agora que teremos uma conversa. O meu ferimento fisgou quando abri a porta de forma desleixada, mas finalmente estava fora e respirei fundo antes de começar uma caminhada consideravelmente longa. 

À medida que me movia, o arrependimento surgia em minha cabeça. Isso é tão mais fácil quando se tem uma muleta, droga. Mas eu não parei, continuei seguindo em frente até ser obrigada a descansar em um banco qualquer embaixo de uma enorme árvore. O vento agradável em meu rosto substituiu o sol escaldante que segundos antes queimava sobre minha cabeça, o que me fez repensar sobre estar usando um moletom. 

Verifiquei meu celular por cerca de 10 minutos enquanto estava sentada até ouvir o cascalho ser amassado por um par de tênis brancos familiares. 

— Você não tem jeito - Luz estava de braços cruzados contra o peito em minha frente, seus cabelos estavam sendo bagunçados ligeiramente pelo vento — Você não recebeu alta para sair, eu suponho. 

— Não, porque eu não preciso de uma alta. - Dei de ombros para minha amiga que se sentou ao meu lado, antes que ela o fizesse eu puxei o moletom para o meu colo — O que está fazendo aqui? 

— Skylar. Ela disse que Catra ligou para saber se você estava com ela ou a Lya. Você deveria atender, ela está preocupada - Luz apontou para o discador de chamadas ativo que vibrava com uma nova chamada de Mara. Eu silenciei as notificações no pequeno interruptor de meu telefone e olhei para a avenida

— Não, eu não vou atender. 

— Posso saber o porquê? - Luz perguntou, se acomodando no banco

— Não importa. Mas hoje aprendi que se você tem chances de deixar uma idiota ser tomada pela inconsciência, você é a pessoa má e agressiva. Mas se ela pede sua namorada em casamento na sua frente, você deve sentar e assistir até a cavalaria chegar. 

— Estranhamente específico. Mas eu já entendi - Luz riu e deu um tapa em meu braço — Vamos, Grayskull. Nós temos que voltar ao hospital. 

— Eu não vou. Estou bem aqui, sabe, eu nem acho que a Catra queira falar comigo. 

— Como eu já disse antes, você tem os músculos e o tamanho, mas ainda é uma idiota. Eu não tenho o dia todo, tenho que planejar o encontro incrível para minha namorada incrível 

Eu ergui a sobrancelha 

— Você está planejando um encontro? Para a Amity? Por que? 

— Nós não tivemos encontros antes, o que tivemos foi… Bem, eu não sei explicar. Mas não foi o que estou planejando para esta noite. 

— Você vai levá-la ao parque? 

— Eu pareço ser idiota? Não sou tão previsível. Ainda assim, estou nervosa pra caralho. 

Me levantei do banco, desistindo de deixar a Luz esperar por mim enquanto falava 

— Seja lá o que você planejou, ela vai gostar com certeza - Dei dois tapinhas em seu ombro para encorajá-la — Não há nada que você faça que a Amity não ache adorável

— Certo, certo. O túnel do amor parece brega, não é? 

— Não se você pagar para fazer algumas modificações no percurso. Você é boa com decorações, acho que isso pode servir, mas e depois? 

— Oh, eu vou levá-la ao restaurante no shopping. Na verdade é um restaurante temático que abriu semana passada 

— The Owl House? Esse não é um coffee shop? 

— E agora também há um restaurante. Eles ficam lado a lado e muitas pessoas estão visitando, mas já garanti as reservas. 

— É realmente inacreditável que você tenha planejado tudo isso sozinha - Eu ri 

— Nem me fale, eu quase tive quatro desmaios seguidos quando a convidei, e eu quero dizer, ela é minha namorada - Luz gesticulou com as mãos — De qualquer forma vou usar a ideia que você deu sobre as decorações do túnel, me parece um bom passeio.

— E é. Eu gostaria de levar a Catra para sair, mas Mara exigiu repouso total e você está me carregando de volta para toca do lobo, agora as duas vão me matar. 

— Podemos combinar que é merecido. Você não pode esperar que sair por aí ferida possa ser uma boa, Adora. 

— Eu sei - Admitir isso é mais doloroso do que todas as costuras ardentes em minha pele. Se Catra estava decepcionada, agora ela está furiosa comigo também — Apenas… Eu vi uma chance de me vingar e então fiz o que pensei que me faria sentir melhor 

— E isso funcionou para você? - Luz me encarou 

— Na verdade não. Honestamente eu… estou com medo. 

— O que que dizer, Adora? 

— Eu quero dizer.. Mara me disse que eu perco a cabeça quando se trata da Catra. E se eu estivesse nas melhores condições? Eu poderia.. você sabe, ter matado a Huntara. 

Luz riu alto e parou em nosso caminho 

— Você não a mataria, Adora. Foi apenas um soco certeiro - A morena deixou a expressão divertida derreter em seu rosto, tomando agora traços mais sérios — Não é? 

— Bem, eu.. Há uma regra sobre não atingir as pessoas na cabeça - Brinquei com meus dedos enquanto explicava — Provavelmente o golpe na têmpora pode ter feito o cérebro dela se balançar no crânio e isso provocou um coma, ele pode durar tanto quanto um coma comum, mas pode ser temporário ou ela pode… não acordar.

— Certo, você deixou a garota, que te enfiou no armário por três anos seguidos, que quase quebrou suas costelas, te bateu como uma covarde, em coma. E daí? 

— E daí, Noceda? Se ela morrer de verdade?! 

— Olha só. Nesse caso você deu um soco, quem matou foi Deus. Está brincando comigo? Ela arruinou sua vida no colegial e você vai chorar porque a deixou em coma? 

— É mais fácil lidar com as coisas quando você não provoca a quase morte de alguém na frente da sua namorada. Catra me olhou de um jeito estranho pra caralho e eu juro que não quero ter a sensação que eu tive quando vi seu rosto de novo. 

— Adora, eu garanto que a Huntara não vai morrer. Sim, deveria ser uma probabilidade, mas ela está reagindo bem e sem ajuda de aparelhos pelo que Skylar me contou. E Catra não pode culpá-la por isso e se ela fizer, bem, nós vamos ter que repensar sobre seu namoro, afinal a Huntara quem a pediu em casamento na sua frente, digamos que o soco foi um adicional para lembrá-la de que você estava lá - Luz deu de ombros

— Obrigada, eu me sinto muito melhor. - Revirei os olhos e nós seguimos o caminho. 

Cinco minutos de caminhada e estávamos de volta ao hospital, na porta demos de cara com Sky, Lya e Catra que pressionava o telefone na orelha, isso até notar minha presença. 

— Bem na hora, a madame estava prestes a ligar para a polícia - Skylar riu fazendo menção para Catra 

Luz me ajudou a subir as escadas e me deixou de frente para minha namorada. Comprimi os lábios apertando o tecido do moletom em meus dedos 

— Está irritada? - Murmurei 

Profundamente - A francesa cruzou os braços e ergueu uma sobrancelha — Vamos lá para dentro e vamos esperar sua alta. De verdade desta vez. 

O silêncio de volta para sala quase rasgou meus tímpanos. Era ensurdecedor. Mas o que exatamente eu poderia esperar? Enquanto ela estava ligando para todos os nossos amigos eu estava em um banco no meio de uma praça recuada da avenida, que serviu de escapatória até a Luz chegar. 

Falando nisso, ela se despediu de nós rapidamente e disse que ia resolver algumas coisas pendentes sobre o encontro. Espero que saia tudo como o planejado. 

Skylar e Lya permaneceram na sala de espera. 

O cheiro forte de medicamentos utilizado para limpar meu ferimento invadiu minhas narinas ao voltarmos para a sala de antes. Eu não esperei Catra falar nada, apenas entrei e me sentei sobre a poltrona estofada. O que me surpreendeu no segundo seguinte foi a minha namorada se acomodando em meu colo, tomando cuidado com os meus ferimentos recém costurados e entrelaçando seus braços em torno de meu pescoço. 

— O que eu faço com você? - Sua cabeça se inclinou e eu senti meu estômago me trair com tantas reviravoltas 

— E-eu… E-eu sinto muito, não deveria ter saído daquela maneira - As palavras se enrolaram em minha língua, não era possível que eu estava de volta ao início do ensino médio por um mísero gesto 

— Adora, você pode tentar não se machucar? Eu estou implorando - Minhas sobrancelhas franziram com sua pergunta 

— Pensei que estivesse decepcionada 

— E estou. Eu não quero mais ter que ver você neste hospital e sempre acabamos aqui. Apenas… Vamos com mais calma até que você se recupere. 

— De qualquer maneira eu precisava sair um pouco 

— Eu fiquei preocupada com você, Grayskull - Catra comprimiu os lábios — Eu quase senti que ia desmaiar quando vi o seu braço 

— Ele está bem agora - Deixei minhas mãos pousarem delicadamente em sua cintura — Eu prometo 

Catra moveu seu braço para segurar meu queixo e me puxar para perto, mal me restando tempo para reagir ao sentir seus lábios macios contra os meus. 

O beijo foi lento, gentil, mas completamente desesperado. Isso se refletiu na maneira em que ela me puxou para mais perto enquanto respirava fundo pelo nariz quando eu a beijei de volta profundamente. 

Antes que possamos passar dos limites ela se afasta, deixando beijos suaves contra meu lábio inferior. E porra, eu realmente quero beijá-la de novo.

— Eu odeio essas limitações - Resmunguei com clara frustração 

— Eu também - Catra ofegou — Acredite, isso é difícil pra caralho. 

— O que exatamente é difícil? 

— Resistir a você, eu acho - Catra franziu a testa — Tem sido um verdadeiro teste de autocontrole. 

— Você sabe que eu não estou tão mal assim. 

— Eu sei. O que também não significa que está tão bem assim - Ela rebateu e eu sorri, puxando-a de volta para perto

— Nós veremos isso, Laurent.



Notas Finais


:)


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