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História Lua Negra. (Renesmee e Jacob) - Teimosia -parte final.


Escrita por: LilitaBrita

Notas do Autor


Demorou, mas chegou! E dessa vez um pouco mais compridinho...

Capítulo 11 - Teimosia -parte final.


Fanfic / Fanfiction Lua Negra. (Renesmee e Jacob) - Teimosia -parte final.

—É tudo que eu mais quero.—eu disse enquanto fitava a casa.

Meus lábios salientes curvaram-se em um longo sorriso. Fazia alguns meses que eu não sorria assim, que eu me sentia tão, tão...viva! Isso, viva! Eu podia sentir a ansiedade correr pelo meu corpo como uma corrente elétrica, dando choques e queimando com força. Eu podia sentir uma sensação de liberdade invadir todo o ambiente, era como se eu fosse um pequeno pássaro que foi liberto da gaiola, que finalmente pôde chacoalhar as asas e voar. A casa estava próxima, eu já podia encarar o lustre da sala, apagado. Todavia, percebi que haviam algumas luzes acesas no último andar, aquilo me intrigou bastante. Por que diabos o último andar estava iluminado e o anterior completamente apagado? Será que todos estavam realizando algum tipo de reunião entre os clãs e justamente por esse motivo fui excluída? Eu tinha esse problema, fazia milhares de perguntas a mim mesma como se eu tivesse a resposta. Mas na verdade, eu nunca tinha. Acredito que Seth, observando meu longo transe, deveria estar rindo. Quando despertei, notei que estava parada entre o chão e o primeiro degrau, quase tropeçando. 

O vento frio soprou meus cabelos causando um frescor intermediário em minha nuca. Instintivamente, abracei meu próprio corpo. O clima estava tão gélido que era possível ver fumaças de gelo se dissiparem no ambiente. Cravei os olhos na porta de madeira enquanto girava a maçaneta com força. É, estava trancada. Soltei um suspiro baixo e olhei de relance para Seth. 

Ele, por sua vez, bateu na lateral de suas costas. Franzi a testa sem entender o que ele queria me dizer. Logo, meus olhos foram guiados para uma janela. Quando chegamos, ele empurrou meu corpo para dentro do cômodo e rolou logo em seguida. Olhei para ele, segurando uma risada que estava quase escapando. Seus cabelos estavam completamente desgrenhados e sua camiseta tinha todos os botões abertos. Balancei a cabeça, soltando um gritinho incontido.

Ele tirou a jaqueta, como se eu lembrasse que ele ainda estava vestindo e a pendurou no cabide do meu armário. Olhei o relógio por hábito, algo que eu sempre me preocupava em fazer. Desci as escadas devagar, e a cada degrau que eu alcançava, um estranho frio percorria o meu corpo e tocava a espinha. Ao chegar ao último nível da escada, um borro incomodou a minha visão. Como era embaçado, não consegui notar o que estava ao meu redor. Cocei os olhos na expectativa que a minha visão voltasse ao normal, mas de repente, percebi que ela só piorou. O "borro" foi tornando-se mais nítido, e como naqueles filmes que surgem uma nova dimensão, eu pensei ter visto espirais. E eram formas e formatos, de tamanhos diversos e cores diferentes. Eu estava perdida, hipnotizada. As espirais simplesmente sumiram, e eu agora, pude olhar tudo com clareza. Já não estava mais em minha sala, o lugar era desconhecido, escuro e fedorento. Bem, não era um cheiro desagradável. Diria que era um cheiro peculiar, um cheiro de algo que eu ainda não conheci. Uma grande onda sonora circulou aquele ambiente, eram vozes embargadas, ruídos e gritos. O local desconhecido, antes escuro, ganhara mais nitidez, mais luz. Havia três tronos, a madeira tão escura ressaltava o douramento abrangente, o arco ogival era sustentado por enormes pilares gregos. Então, finalmente me lembrei. Era aquele mesmo lugar que eu havia sonhado há algumas semanas atrás, mas ainda havia um diferencial. A aura daquela região fora alterada, eu podia sentir de longe uma presença familiar naquele lugar. Medi os passos, caminhando na ponta do pé. Olhando para todos os lados. Ao ouvir um simples barulho, me escondi em uma cortina vermelha. Peguei pedaço do pano e pude ver a tonalidade de minha pele se sobressair pelo tecido, a seda me entregaria, com certeza. Prendi a respiração e encolhi os ombros. O som de sapatos pisando forte ecoavam em meus ouvidos. Olhei firmemente o rosto de um deles, e era como se ele tivesse me visto também. Encarou a cortina por alguns segundos e disse:

    —Aro. —um homem de madeixas loiras encarou a cortina por mais um tempo.

  —Diga, Caius.

Ah, então seu nome era Caius. Percebi que ele usava um manto preto e cachecol vermelho, seus cabelos loiros iam até aos ombros. Possuía um rosto pálido como alabastro. Sua pele era perfeita como porcelana, e eu tinha a impressão que ela quebraria a qualquer instante. Que homem mais esquisito!

  —Percebe um volume extremamente anormal nesta cortina?  —O tal do Aro se aproximou. —Posso ouvir um coração pulsar forte, um cheiro delicioso de vida. —seus dentes cresceram e suas íris ganharam uma tonalidade mais vermelha. 

Naquele momento, mordi os lábios. Meu corpo suava frio e tremia. As batidas do meu coração dispararam. 

   —O engraçado é que o cheiro vai se esvaindo, é como se sumisse e voltasse. —Uma jovem que trajava a mesma vestimenta, se aproximou ouvindo a conversa de longe. 

  —Exato, consigo perceber o mesmo. —Aro se aproximou e olhou no fundo dos meus olhos. 

  Meus lábios tremiam, e se eu pudesse descrever, diria que eles estavam com câimbras. Os dentes tremelicavam fazendo baixos ruídos. Eu estava tomada pelo terror, exalava um terrível hálito de pânico. Ainda coberta pela cortina vermelha, minhas mãos acolheram o topo da cabeça, liberando um murmúrio inaudível de desespero. Eram vampiros, ouviriam qualquer movimento meu. Percebi que todos eles retrocederam e olharam novamente para a cortina.  Ainda tinha as mãos grudadas na testa, queria projetar uma espécie de escudo mental, mas a alternativa me parecia uma utopia. Eu era somente mais uma. Apenas um híbrida com poderes idiotas de transmitir pensamentos. Eu não tinha mais chances. 

   —Renesmee! Você está me ouvindo? —Seth perguntou, me olhando com os olhos arregalados.

  —Se-eth, o-o que aconteceu? Como vim parar aqui? —gaguejei, perplexa.

  —Você desmaiou, Nessie. Eu te chamei milhares de vezes e você não respondia. —Pausou a fala devido sua respiração ofegante. —Você está bem?

 —Eu, eu, eu não sei...acho que sim. Onde? Onde estão?  

 Ele me lançou um olhar sensato e me abraçou. Toquei seu pescoço na tentativa de chamar a sua atenção novamente. Queria questionar mais, mas as palavras fugiam de mim.

  —Vamos voltar, eles não estão aqui. —Seth disse baixo, para a minha maior frustração.

Encolhi meu corpo ainda sentada no chão, abracei minhas pernas e encaixei minha cabeça entre os joelhos. Não queria que ele me visse chorar, não queria que ele visse o quanto eu era sensível. Enquanto lágrimas silenciosas escorriam de meus olhos, seus dedos fizeram um carinho suave em meus cabelos. 

   


Notas Finais


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