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História Lua Negra. (Renesmee e Jacob) - Crescendo...


Escrita por: LilitaBrita

Notas do Autor


Segundo capítulo chegou! Espero que gostem.

Capítulo 2 - Crescendo...


                                              JACOB BLACK

            Capítulo 2: Crescendo...

  —Ela está crescendo mais devagar.—Carlisle comentou enquanto olhava atentamente para a fita métrica.—Aproximadamente uns cinco centímetros.

  —Está desacelerando. —eu murmurei, entredentes.

  —O que vamos fazer? —perguntou Bella, assustada. —É terrível pensar que ela pode chegar à velhice com apenas quinze anos de idade. Temos que fazer alguma coisa!

  —Bella tem razão.  —concordou Edward.

  —Estou fazendo o melhor que posso. — Carlisle disse desanimado, dobrando a fita métrica e a enfiando no bolso do paletó. —Não conheço a reação e o desenvolvimento de sua espécie, nunca tive um contato tão amplo sobre híbridos. E jamais imaginava a possibilidade da existência desses seres, além de Jacob.

Bella enrijeceu. Edward enlaçou seu corpo com os braços, protegendo-a.

  —Bella, amor. Vai ficar tudo bem.

                                                                     Meses depois

Nessie dormia tranquilamente no sofá da mansão dos Cullen. Ela estava diferente, não muito, mas estava. Sua pele de porcelana reluzia com alguns raios solares, vindos da janela. Seu corpo estava maior, um pouco mais definido. As mãos mais finas e mais parecidas com as de um adulto. O cabelo estava cerca de cinco ou seis centímetros maior, e haviam mechas mais claras que criavam um contraste ondulante em seus cachos. Os dentinhos quadrados e branquinhos. Não seria exagero dizer que ela é mais bonita que qualquer coisa que qualquer pessoa possa imaginar. Agachei perto dela, o suficiente para ouvir a estranha palpitação de seu coração e sua respiração. Ora regular, ora irregular. As bochechas coraram muito rápido e um músculo facial denunciou um sorriso. Devia estar sonhando com algo feliz. Os metade-humanos e metade-vampiros amadureciam intelectualmente e fisicamente a partir da faixa dos setes anos. Não haviam passado nem um, e eu via Renesmee disparar em seu crescimento em inteligência. Ela havia se transformado de um bebê, para uma garotinha de cinco anos. Naquele ritmo de crescimento...involuntariamente, sua mãozinha quente pousou em em meu rosto. E eu fui atingindo por um turbilhão de pensamentos. Hipnotizado, fiquei observando os seus sonhos. 

—Cachorro idiota!—resmungou Rosalie.—É perturbador te ver aqui obcecado pela minha sobrinha. Vendo-a dormir, de boca aberta. Por que não vai cuidar da sua matilha nojenta?

Desde o nascimento de Renesmee, eu não conseguia passar mais de dois dias longe dela.

  —Rose.—interveio Esme com a expressão cautelosa.—Não é necessário.

—Tudo bem, Esme. Já estou acostumado com as implicâncias da Barbie de gelo. Nem ligo.—dei de ombros.

Rosalie deu uma risadinha e cruzou os braços. Se ela achava que havia ganhado a discussão, estava enganada.

  —Por que a loira colocou um dicionário na panela com água quente? 

     Rosalie revirou os olhos.

    —Para fazer sopa de letrinhas!  

  —Cachorro, você ainda não percebeu que as suas piadas não tem graça alguma? 

Antes que Rosalie falasse mais alguma coisa, Emmett  já estava rindo novamente.

—Rá, rá. Muito engraçado! 

O barulho pareceu acordar Renesmee, seus olhinhos castanhos cor de chocolate olharam delicadamente para cada um de nós. Ela arrumou os cachos grossos sob o rosto e colocou as pequenas mãozinhas apoiadas nas maçãs do rosto. A baixinha franziu o cenho.

 —O que aconteceu?—Renesmee perguntou com a sua voz calma, mas firme, sem qualquer ruído. Às vezes parecia estranho, uma menina com apenas meses de idade saber pronunciar qualquer palavra sem gaguejar, ou possuir um intelecto que eu me perguntava se já não havia ultrapassado o meu. 

  —Satisfeito, pulguento? Acordou Renesmee!  

Ela trincou os dentes e soprou o ar que estava segurando.

  —Não, tia. Eu já estava acordada. Vocês são engraçados discutindo, por favor, continuem.

Sua plateia riu. E antes, a discussão que formava o espetáculo, tornou-se ofuscada por ela.

                                          Alguns anos depois

 Mais alguns meses se passaram e a data predileta de Nessie chegou. O natal. Ela me olhou com um sorriso sapeca. Eu já imaginava o que ela pediria.

—Jacob, vamos montar bonecos de neve?—perguntou Nessie, com um enorme sorriso nos lábios.

—Claro. Vamos fazer um bem grande.—em ato de empolgação, levantou-se do sofá em um pulo.

Alguns minutos depois, a avistei no corredor com as mãos cheias. Ela caminhava com certa dificuldade, decidi me aproximar para ajudá-la.

—Não precisa, Jake. Eu sou forte.—quando sentenciou essa frase, uma cenoura despencou de seus braços.

—Ops.—sussurrou baixinho.—Eu sou forte, mas ainda não tenho três braços.

—Estou vendo que não precisa de ajuda, mocinha.—debochei, pegando a maioria dos objetos em minhas mãos. —Pra que serve essa cenoura?

—O nariz do boneco, não sabia?

—Ah, é claro que eu sabia. O nariz de cenoura é um clássico.—disfarcei, coçando o pescoço sem jeito.

Eu não fazia ideia de como se montava um boneco de neve.

—Tem certeza que sabe pra quê serve, Jacob?—Edward perguntou, exibindo um sorriso esperto.

Sanguessuga intrometido. Leu meus pensamentos. E provavelmente leu este.

—Claro que sei. Como eu não teria certeza?

 —Poderia estar mentindo.—deu de ombros mantendo sua expressão impenetrável.

Renesmee ficou imóvel movendo seus olhos de Edward até mim.

Esme estava debruçada no sofá, Carlisle ainda não chegara em casa. Jasper e Alice arrumavam a mesa da ceia animados, trocando beijos e conversando algo que pra mim, parecia desinteressante. Bella desceu as escadas com o olhar fixo em Edward, ostentava um belo vestido bege. Na mesma hora reconheci aquele vestido. Ela o usara em seu casamento. Edward sorriu, seus olhos brilharam ao vê-la.

—Você está linda, Sra. Cullen.—ele brincou.

—Você também.—ela sorriu envergonhada, logo depois seus olhos pairaram em Renesmee.

—Pode ir brincar com o Jacob.—comentou Edward, lendo os pensamentos dela.

E antes que eu pudesse dizer algo, a mão gelada de Nessie encostou na minha, talvez estivesse acabado de enterrar as palmas na neve, assim como eu, ela também era quente. O choque entre o frio e o calor causou um arrepio em meu corpo.

Ela se sentou na neve fazendo pequenas bolinhas. Como começamos com isso? Bem, eu não me lembro...

—Jake, me ajuda. Assim não terminaremos nunca.—disse, me encarando com uma expressão impaciente.

Olhei para ela novamente, estava muito maior. Seus cabelos tornaram-se mais vistosos e cacheados, cor de bronze. O olhar ainda era inocente, mas ela já não era tão criança como antes. Biologicamente, Nessie tinha apenas quatro anos, mas já aparentava ser uma menina de onze ou doze anos. Sua beleza era inexplicável. Uma boneca de porcelana.

—O que é uma boneca de porcelana, Jake?—levei um susto com sua voz me acordando repentinamente, do meu transe.

—Quem disse isso, Nessie?—estranhei o fato de ter acabado de mencionar aquilo em meus pensamentos.

—Você disse que pareço uma boneca de porcelana. Isso é bom?

—Eu disse? Achava que estivesse somente pensando. E sim, é bom. Pelo menos eu acho.

—Eu acho que disse. Se você acha bom, eu confio em você. Agora vai, me ajuda.—deu um leve tapinha em minhas mãos, despejando alguns flocos de neve sobre ela.

—É gelada.—comentei, enterrando as mãos sobre os incontáveis flocos.

—É claro que é, cachorro. É neve.—a voz de Rose soou irônica pela janela.

Revirei os olhos.

—Jake, você está derretendo a neve.—Nessie comentou com os olhos arregalados, suas mãos cobriam sua boca.

—Eu sou bem quente. Está uns quarenta e sete graus aqui.

—Isso não é justo.—bufou, contrariada.—Quero um abraço quentinho, agora.

Uni as sobrancelhas fingindo bravura. Logo depois, desatei em uma risada, entornando um tom de obviedade sob o meu rosto. Renesmee esticou os braços na direção dos meus, enquanto eu estendia os meus para ela. Ela se encaixava tão bem em meus braços como se tivesse sido feitos para ela. Ergueu a mão no caminho do meu rosto, e encostou a palma em minha pele. O calor de sua mão, imediatamente, irradiou sob a minha. Não queimava, apenas aquecia. Obrigada, Jake. Eu amo você. Ela disse, mentalmente. Abri um sorriso que se refletiu no seu, quase que instantaneamente.

  —Eu também amo você. 

Sorriu novamente e retirou com calma a mão do meu rosto.

O boneco de Nessie mais se parecia com um monstro deformado ou alguém com os membros desfigurados. Tudo bem, Nessie, você não tem talento para esculturas. A cenoura já estava sobre a barriga, e os olhos...bem, os olhos estavam no traseiro do boneco. Nessie sorriu com o resultado de seu primeiro boneco de neve. Era pra estar sorrindo?

—O que você achou, Jake?—perguntou com os olhos ansiosos por uma resposta positiva.

Ergui as sobrancelhas coçando a nuca enquanto pairava os olhos sobre a neve. Eu não saberia mentir olhando em seus olhos.

—Interessante.—pigarreei.

—Você não gostou.

—Como sabe? Eu gostei, quer dizer, um pouco.

—Renesmee, Carlisle chegou!—gritou Esme com a voz entonada, a alegria era perceptível em seu tom de voz.

O loiro se aproximou de Renesmee plantando um beijo no topo de sua cabeça. Sua boca se retorceu em um sorriso grotesco, tão espontâneo que eu senti uma pontada de inveja invadir o meu peito. Aquele sorriso poderia ser direcionado a mim, a culpa era minha por não saber fazê-la sorri assim. Prendi o maxilar enrijecendo a postura, eu estava mesmo com ciúmes de Carlisle?

—Jacob, não seja patético. —Edward sibilou ao redor do meu ouvido.

Soou tão baixo que se minha audição não fosse aguçada, nunca teria ouvido aquilo.

[...]

—Eu tenho um presente pra você, Nessie. —Edward disse, entregando-lhe em mãos um embrulho grande e colorido.

Nessie rasgou o embrulho com força. Ela exibiu um sorriso alegre ao ver o que era. Um álbum. Era um simples presente. Porém, ideal. Ness adorava registrar momentos especias. Bella lhe entregou um colar, ambas possuíam o mesmo modelo. Beijou o centro de sua testa e sussurou algo que eu não pude ouvir. Os presentes dos outros sanguessugas também foram criativos. Até que a surpreenderam. Mas o meu, queria que fosse o melhor. O mais especial.

—Eu também tenho um presente pra você.—inclinei meu corpo até o seu e puxei seu pulso delicadamente.

—Agora feche os olhos.—pedi e ela obedeceu.

Coloquei a mão no bolso retirando a pulseira que fiz mais cedo. De madeira, com um pingente de lobo. Um pouco diferente da que dei de presente à Bella. 

—Pode abrir.—seus olhos foram se abrindo vagarosamente. Seu olhar recaiu sobre a pulseira.

Um sorriso iluminado ofuscou a todos que estavam ali. Eu não conseguia tirar os olhos de Renesmeee para encarar a expressão de qualquer um dos vampiros, ela apertou fortemente a minha mão e o outro braço livre envolveu firmemente a minha cintura.

—É linda, Jacob. Mas o que significa este pingente de lobo?

—Significa que sempre estarei contigo. Sempre. 

 


Notas Finais


Revisando.


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