História Lucille - My Bad Girl

Lucille

Olho para Negan e sorrindo, acaricio seu rosto, depois seus braços e ele parece mais calmo. Ele pode até ter poder sob mim, mas eu também tenho sobre ele.

-Não querido, eu nunca vi esse garoto estranho na vida. –minto, odiando-me neste momento. –Ele deve estar se confundindo com alguém, o pobrezinho tem apenas um olho coitado! Deve ser difícil pra ele saber quem é quem.

-Verdade. –ele diz, o sorriso voltando ao seu rosto. –O que faremos com você garoto?

-Porque não o cortamos em pedacinhos e o devolvemos para seu grupo? –sugiro, Negan parece gostar da ideia, pois gargalha alto, se divertindo.

Carl me olha em choque, o pavor em seus olhos era nítido. Dava até pena dele, coitado, deve estar pensando que sou um monstro. Talvez eu seja, só espero que ele veja que estou fazendo isso pelo bem dele.

-Minha Lucille sedenta por sangue como sempre, não mudou nada não foi baby? –me dá um beijo rápido. –Mais não podemos fazer isso agora. Está com sorte garoto, hoje estou de bom humor. Minha Lucille está de volta e só por isso eu não vou te devolver em pedacinhos para seu pai. Tenho uma ideia melhor. –ele me solta, vai até Carl e joga seu chapéu fora. –Isto é ridículo garoto, fica parecendo uma mocinha. –ri, Carl apenas o encara com raiva. –Que tal um passeio? Vou te levar para o meu reino, vai ter uns dias de férias daquele seu grupo de idiotas. Vai poder fazer o que quiser.

-Inclusive matar você?

-Garoto corajoso. –diz rindo de Carl. –Gostei disso! Você tem mais coragem que o merda do seu pai.

-Não fale do meu pai! –grita furioso.

-Amorzinho, vamos pra casa? Estou no tédio e essa conversa está me cansando. –reclamo, fazendo sua atenção voltar para mim.

-Tem razão baby, você deve estar com saudades de casa. –volta para mim, segura minha mão e me leva até o carro dele. –Tragam o garoto e não façam nada com ele. Por enquanto.

Seguimos para o Santuário, o caminho é longo e eu fico pensando em quanto tempo eu passei evitando passar por ali e agora estou indo de livre e espontânea vontade. De um jeito torto, errado e louco, sinto como se estivesse voltando a ser eu, como se as coisas estivessem em seus lugares.

Ao passarmos pelos portões vejo que as coisas evoluíram aqui desde que fugi, parece maior, como uma verdadeira fortaleza.

-Bem vinda de volta ao lar baby. –ele diz sorrindo torto. Acabo sorrindo, sinto um frio na barriga ao ver todas aquelas pessoas me olhando e se ajoelhando perante mim. Ao sair do carro Negan segura minha mão. –Então meus queridos companheiros, acho que todos aqui sabem da minha jornada, o quanto procurei por algo que tinha se perdido durante anos. –ele fala alto para todos ouvirem. –Porém hoje, a sorte resolveu sorrir para mim novamente e como podem ver, a rainha de vocês está de volta. Esta é Lucille, a quem vocês devem adorar, proteger com as próprias vidas e obedecer sem reclamar. Acima das ordens dela, apenas as minhas são superiores. Quem descumprir estas regras morrerá. Ficou claro?

-Bem vinda de volta Lucille! –um homem grita e os outros festejam.

-Viu só baby? Todos amam a rainha.

-Eu sou muito amável querido. –digo mordendo o lábio, detalhe esse que não passa despercebido por seus olhos.

-Chefe, desculpe atrapalhar, mas temos um probleminha com um de nossos fornecedores.

-E você não pode resolver isso Simon? Tem que me atrapalhar agora? Sua incompetência me deixa muito, muito puto! Vai à merda, porra! Porque eu ainda te aturo mesmo?

-Desculpe chefe, mais descobrimos algo muito grave. Eles estavam montando um motim contra o senhor, tem plano de ataque e tudo, vai ser hoje. –diz de cabeça baixa, Negan solta um suspiro frustrado.

-Sinto muito baby, mas como pode ver, tenho negócios a resolver. –segura meu rosto em suas mãos. –Voltarei o mais rápido possível, prometo que lhe darei toda a atenção do mundo.

-Vou sentir sua falta.

-Oh eu sei do que você sente falta Lucille, mas vamos recuperar todo o tempo perdido, isso eu garanto. –sorri malicioso, me beija com paixão, fazendo meu corpo ficar mole, aquela atração nos ligando de novo, nos completando. –Sabe onde fica nosso quarto. Ainda está do mesmo jeito que deixou. Até logo baby! –pisca para mim e se vai.

Solto um suspiro, o vendo caminhar até o carro. O filho da mãe era puro sexo com aquele andar de dono da porra toda, aquele charme que só ele tem atraindo olhares de todos. Como ele pode me atrair tanto assim? Negan vicia, é como droga, você quer mais e mais. E assim como as drogas, ele é letal.

Levam Carl para um dos quartos da casa de Negan, parecem que estão levando a serio mesmo o lance de tratar ele bem, o que é bom e me poupa de matar algumas pessoas. Não foi difícil encontrar nosso quarto, ainda me lembrava muito bem de toda a casa, que apesar de ser grande demais, eu a conhecia bem. Na sala vejo o ferro de tortura no Negan, colocado dentro da lareira, do mesmo jeito que era antes.

Entro no quarto, meu coração perde uma batida, estou tremendo por conta de todas as lembranças que invadem minha mente. A cama, o sofá grande, o tapete de pele negra no chão perto da lareira, uma jaqueta jogada em cima da poltrona dele tudo isso era muito nós. Aquele era o nosso mundo, onde eu podia ser apenas a Lucille dele e Negan apenas meu, e não o casal assassino que todo mundo conhecia e temia.

Jogo minha marreta no tapete, ela esta suja de sangue, mas não me importo e nem Negan se importa com isso também. Sigo para o banheiro, vejo a banheira e sorrio com as lembranças que aquele lugar me trás. Tiro a roupa e ligo a água, espero a banheira encher, cantarolando. A água quente leva meus problemas e preocupações embora, eu relaxo.

“–É um anjo sim. O meu anjo.”

Daryl. O nome amarga em minha boca, sinto um aperto no peito. Ele vai me odiar pra sempre quando descobrir, Carl já me odeia. Eu não deveria ter me envolvido com ele, mas não consegui evitar. Quando vi, já estava aos seus pés. O que sinto por ele é muito diferente do que sinto pelo Negan. É doce, puro, quente, me trás paz, parece ser o certo, sem falar que aquele homem é perfeito. Lindo, sexy, aquela cara de mal, mas com o coração bom. Um verdadeiro conquistador de corações, que agora está sozinho e disponível para aquela idosa idiota! Sinto raiva, ciúmes talvez, mas o que posso fazer? Tomei minha decisão, voltei para o meu lugar, vou ajudar o Carl a voltar para casa em segurança e seguir com minha vida depois. Esquecer o Daryl é o melhor a se fazer, é o melhor pra ele. Se Negan desconfiar do que aconteceu entre mim e ele, Daryl morrerá e eu não vou suportar isso.

Termino meu banho tentando tirar os problemas da minha cabeça, vou até o closet, minhas antigas roupas ainda estavam lá, mas havia novas também, parecia que nunca tinham sido usadas. Pego uma calça preta, uma blusa cinza e um conjunto de lingerie vermelho. Depois de me vestir, passo meu perfume que ainda estava na penteadeira, passo lápis preto, prendo os cabelos e me olho no espelho. A antiga Lucille sorrindo para mim, eu estava de volta. A Rainha voltou.

Saio do quarto, seguindo para o quarto onde Carl estava preso. Um homem na porta me deixa passar com apenas um olhar meu não precisei dizer nada. Carl se assusta quando escuta a porta ser aberta.

-Nos deixe sozinhos. –falo para o homem que não sai do quarto.

-Não posso senhora. O chefe me mata se eu a deixar sozinha com ele e...

-Já disse pra sair! –sussurro friamente. –Se não sair, não vai ser o seu chefe que vai matar você, mas sim eu.

-Sim senhora. –ele sai rapidamente.

-Olá Carl. –digo calma, sem me aproximar muito. –Sei que deve estar sendo confuso pra você, mas eu posso explicar.

-Explicar o quê? O modo como você traiu e mentiu para todos nós? Nós te recebemos como alguém da família e o que você faz? Mente! Se diz ser Lucy quando na verdade é Lucille, a vadia do Negan! –joga na minha cara, furioso.

-Tudo bem, eu menti, mais foi para proteger vocês.

-Ah fala sério! Tá me achando com cara de idiota?

-Eu estava fugindo do Negan! E se ele soubesse que eu estava lá, teria matado a todos antes de perguntar qualquer coisa. Você não entende não é? Negan é louco, mas quando o assunto sou eu, ele fica ainda pior. O que ele fez com seu amigo, não seria nem metade do que ele faria se soubesse que vocês tinham me acobertado.

-Não adianta se fazer de coitadinha! Eu não acredito mais em você! –grita e isso me magoa. –Você está aqui agora com ele, cheia de amor pra dar, mesmo depois de saber o que ele fez com a gente. Mesmo depois dele quase ter feito meu pai cortar meu braço!

-Eu sei Carl, mas estou aqui para...

-Não quero saber! Vá embora! Não quero te ver mais na minha frente! –manda me empurrando.

-Tudo bem, eu entendo. Só não...

-Não se preocupe, não vou dizer para o Negan que já te conhecia. Fui burro em acreditar em você, mas não vou ser burro em fazer isso.

Saio do quarto magoada e triste, gostava mesmo do Carl, ele era um bom garoto. Mas agora ele me odeia e com motivos, afinal eu menti pra ele, trai o grupo, magoei o Daryl, deixei o Abe e a Judith. Eu destruo tudo o que toco mesmo. Deveria ter me afastado, mas não o fiz, agora tenho que aguentar as consequências.

Negan

Cada partícula de meu corpo esta clamando por ela, Lucille. Passou-se tanto tempo longe de mim, que tudo o que mais quero agora é ficar com ela, senti-la em meus braços, saber que ela é minha de novo.

Eu sabia que um dia ela voltaria para mim, só que Lucille sempre me surpreende e nunca decepciona, com uma chegada triunfal e estupidamente sexy, ela voltou para mim. Fiquei tão hipnotizado com seu retorno, que até esqueci-me da raiva que eu senti durante esses anos por sua fuga, até a perdoei por ter matado alguns dos meus homens. Mas ela é Lucille, o que eu não faço para vê-la feliz?

Ao chegar em casa, subo direto para o quarto, ignorando todos que apareciam na minha frente. Não a vejo assim que entro, mas sinto sua presença. Deixo meu taco em cima da poltrona, tiro a jaqueta e o lenço, as luvas e as botas também são jogadas pelo quarto.

Sinto mãos circularem minha cintura e um corpo quente encostar-se em minhas costas. Um sorriso satisfeito espalha-se por meus lábios, quando a viro em meus braços.

-Olá amorzinho! –diz sorrindo e me tira o folego.

Lucille está simplesmente perfeita, só de lingerie vermelha, os cabelos soltos e os olhos brilhantes me olhando e tirando tudo de mim.

-O que é isso baby? Está querendo me matar do coração? –pergunto acariciando sua pele macia, ela sorri safada.

-Me lembrei de que você gostava sempre de me ver pelada, só que não deu tempo tirar tudo, você chegou antes. –diz com ar inocente.

-É sempre um prazer te ver pelada baby. –digo enquanto distribuo beijos por seu pescoço, não suportando ficar mais longe. Seu cheiro, sua pele, seu toque, me enlouquecendo como na primeira vez. –Você é o ser mais perigoso que existe, minha querida Lucille. É minha ruina.

-Sentiu minha falta? –pergunta sussurrando em meu ouvido. –Sentiu saudades disto? –acaricia meu membro por cima da calça, solto um suspiro de prazer.

-Lucille, minha garota malvada. É claro que senti falta disto, só você me deixa assim, apenas com um toque. –encosto minha ereção nela que sorri maliciosa.

-Muito bom saber. –diz e me empurra para a cama, deixo ela me levar, Lucille senta-se em cima de mim, nossos sexos se chocando, separados pelas roupas. Solto um gemido rouco e ela sorri ainda mais, está se divertindo com as reações que provoca em mim. –Queria muito, mais muito mesmo brincar com você agora, mas algo me deixou realmente muito puta, amorzinho.

-O que foi baby? Diga-me que eu resolvo pra você. –não sei mais o que estou falando, meus pensamentos estão nublados pelo desejo. Ela coloca minhas mãos sob seus seios cobertos pelo sutiã, os seguro com força, ela geme baixinho.

-Fiquei sabendo que montou um arem e isso me deixou muito, muito brava com você!

-Ciúmes? –digo rindo. –Tente me entender querida, eu tinha que descontar minhas frustrações em algo.

-E me substituiu por um arem?

-Ninguém nunca pode substituir você. Você é única na minha vida Lucille. –digo tentando tirar o sutiã dela, minha calça já estava ficando apertada e eu explodindo de tesão.

-Quero ir lá. –diz do nada.

-Ir lá onde? –pergunto confuso.

-Onde você deixa as vadias que você come.

-Para quê isso agora Lucille? Vamos só aproveitar o momento. –peço tentando voltar ao clima, mas ela sai de cima de mim.

-Não! Eu quero ir agora. –diz batendo o pé no chão. Quando ela faz essa cara sei que não vai mudar de ideia a ter o que quer.

-Baby, vai me deixar assim? –pergunto mostrando o quão louco por ela eu estava.

-Depois eu resolvo isso. Agora vamos! –diz já vestindo uma roupa.

Suspiro frustrado e irritado vou até o banheiro jogar água fria na cara. Quando volto ela já está me esperando na porta. Seguimos para a casa que ficava ao lado da minha, era um pouco menor, mas servia para elas. Entro primeiro e todas elas se agitam, umas ficam felizes em me ver, outras já tentavam me atrair com decotes enormes e pernas expostas, mas todas ficam surpresas quando vê Lucille entrar.

-Mais uma? Nós não somos o bastante para você Negan? –uma delas pergunta fazendo biquinho.

-Elas estão mesmo achando que sou mais uma delas? –ela me pergunta baixinho, confirmo com um sorriso.

-Ela é tão magrela e parece ser apenas uma criança. Quantos anos têm? 17? Não sabia que estava curtindo novinhas agora Negan. –a mulher continua, noto a mudança sutil na posição de Lucille. Seus olhos faíscam de raiva, mas ela continua sorrindo friamente. –Ele vai enjoar de você rapidinho garota, então pode tirar esse sorriso do rosto. Você não faz o tipo dele!

-Não faço o tipo dele? –ela diz e gargalha. –Querido, pode dizer para estas vacas quem eu sou?

-Está é Lucille, minha mulher. –apresento sorrindo provocante. –A minha única e oficial mulher.

-Como é? –outra mulher pergunta, todas estão de boca aberta.

-É isso mesmo o que você ouviu e agora estou de volta! E sabe o que isso quer dizer? –pergunta e ninguém responde. –Que vocês não servem para mais nada! Estão dispensadas!

-O quê? Não pode fazer isto! Diga a ela amorzinho! –pede a primeira mulher que falou, acho que seu nome era Lauren.

Vejo Lucille fechar as mãos em punho, ranger os dentes e tremer levemente. A raiva que saia dela, podia ser sentida e vista por todos.

-Acho que você se ferrou agora. –digo rindo, Lauren me olha assustada.

-Amorzinho? Ela disse amorzinho? –me pergunta com ódio.

-Sim, ela disse isso mesmo. –confirmo e ela vira-se para Lauren que estremece diante do olhar de fúria de minha mulher.

-Amorzinho, me empresta a Lucille? Quero brincar! –pede sorrindo de forma doce, com o olhar maligno.

-Claro baby. –respondo e lhe entrego o taco.

-Agora você vai ver o que é amorzinho sua puta! –grita furiosa e sem dar tempo para Lauren reagir ela acerta a cabeça dela com o taco. Lauren cai no chão e Lucille gargalha. –Até que isso é divertido sabia? Gostei dessa Lucille.

-Ela é maravilhosa, como você. –pisco para ela que sorri. –Divirta-se querida.

Ela volta a acertar a cabeça de Lauren, enquanto as outras mulheres gritam de horror. Encosto-me na porta e fico observando o quão foda minha mulher é. Lucille é letal, linda e hipnotizante. Ela é perfeita pra mim e quando fica assim, fica ainda mais sexy.

-Chefe, o que está acontecendo aqui? –um dos homens chega preocupado.

-Nada demais, só a minha garota se divertindo. –respondo sorrindo, sem tirar meus olhos dela.

-Mais ela está matando uma de suas mulheres chefe! –me diz horrorizado.

-Eu sei. Mais o que eu não faço para ver minha garota feliz? –pergunto no instante em que ela acerta outra mulher com o taco.

Há sangue por todo o lugar, quatro mulheres morreram, mas isso não era o mais importante. Lucille estava feliz, estava de volta ainda melhor do que antes.

-Odeio que mexam no que é meu! Vadias! –diz depois que acaba com a quarta.

-Já chega baby, vamos para casa. –a chamo, ela me entrega o taco todo sujo, seu rosto está sujo de sangue, mas mesmo assim ela está sorrindo.

Voltamos para casa como se nada tivesse acontecido, entramos no quarto e ela se joga em meus braços me beijando fortemente, suas mãos rasgam minha camisa e eu rasgo a roupa dela, não aguentava mais um segundo sem ela e toda aquela cena me deixou com um baita tesão por ela. Coloco as pernas dela em minha cintura quando todas as roupas já estão longe de nossos corpos, a penetro em pé mesmo, só para depois deita-la na cama, enquanto satisfaço nossos corpos com movimentos fortes e precisos.

-Odeio você. –ela diz e geme em meu ouvido. –Odeio amar você!

-Eu sei disso querida, mas não há nada que você possa fazer com isso. –digo acelerando os movimentos.

Lucille suspira, geme, derrete-se e se entrega em meus braços. É linda, sua cara de prazer me enlouquece. Uma deusa que me enfeitiça e que me tem preso a ela para todo o sempre.

Não ficamos satisfeitos na primeira vez ou na segunda, só quando nossos corpos ficaram cansados é que caímos no sono. Juntos de novo. Como deveria ser.

No dia seguinte acordo com Lucille toda enrolada em mim, me levanto com cuidado para não acordá-la, tomo um banho rápido e desço para tomar café. Já estou terminando meu café quando Lucille aparece na sala de jantar.

-Bom dia! –diz sorrindo.

-Bom dia baby! Está feliz?

-Sim. –responde e me dá um beijo. –O que vamos fazer hoje?

-Pensei em irmos dar uma volta, o que acha?

-Perfeito! –concorda animada. –Vou me trocar.

Sobe correndo as escadas, enquanto isso dou as ordens certas para meus homens, ela volta minutos depois, usando um vestido preto, botas de cano curto e o cabelo preso. Perfeita.

-Vamos?

-Sim! –ela diz entrando no carro.

Alguns minutos na estrada, apenas curtindo o vento no rosto e o toque de Lucille em minha mão, até que ela o quebra.

-Ainda não me disse para onde estamos indo.

-Estamos indo deixar algo.

-Onde?

-Alexandria. –respondo observando Alexandria à nossa frente.

Lucille fica tensa de repente e isso me deixa curioso.

-O que houve baby?

-Nada. Só estou surpresa por ter-me trago para algo assim. –responde, mas ainda está nervosa, fico desconfiado. –O que vamos entregar?

-O garoto. –respondo tentando descobrir o motivo de seu nervosismo. –Eu sempre te trazia para fazer coisas assim antes, porque a surpresa?

-Desacostumei, eu acho. –dá de ombros.

Resolvo deixar isso pra lá e resolver isso depois, com mais calma. Os portões de Alexandria se abrem, entramos com nossos carros. Todo o grupo está reunido mais uma vez a nossa espera, Rick parece ainda mais cansado e preocupado, aposto que é por causa do filho.

-Olá Rick! Vim aqui lhes dar um presentinho. –digo saindo do carro. Faço um sinal com a mão e eles trazem o garoto.

-Carl?! –ele grita e o garoto segue até ele.

-Ele entrou em um dos nossos caminhões, não sei porque e nem pra quê, mas como estou de muito bom humor, resolvi fazer uma boa ação. –dou um sorriso cínico, no momento em que a outra porta do meu carro é aberta. Vejo que ninguém mais presta atenção em mim, estão todos pasmos. Sigo o olhar deles e vejo Lucille caminhando até mim. Ela fica ao meu lado, seguro sua cintura e ela sorri de lado. –E aqui está o motivo do meu bom humor.

Volto meu olhar para o grupo e me surpreendo ao ver o caipira encarando Lucille de uma forma estranha e ela correspondendo esse olhar. Só durou um segundo, mas foi o suficiente para me chamar atenção. Se tinha algo ali eu iria descobrir.

-Está é Lucille, a verdadeira Lucille.