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História Lucky - Am I your lucky one?


Escrita por: weirdwang

Notas do Autor


Minha primeira fanfic no Projeto Starter, entrem na tag e encontrem outras fanfics pra vocês amarem muito ❤
Fiz uma fanfic bem simples, ela ficou bem pequena, nada muito pesado e bem especial, pensando em um clima natalino para pessoas azaradas como eu, espero mesmo que gostem, boa leitura ❤

Capítulo 1 - Am I your lucky one?


Fanfic / Fanfiction Lucky - Am I your lucky one?

Atrasado, eu me encontrava muito atrasado, e conseguia sentir minha morte chegando a cada estação que passava. Minha sorte resolveu fugir logo na véspera de Natal, quando eu tenho que me encontrar com meus amigos, e finalmente criar coragem pra me declarar pra quem eu amo. 

Era exatamente 23h40, o metrô se encontrava tão lotado que eu ao menos conseguia respirar, eram casais de um lado, amigos do outro, na cadeira idosos, famílias, todos felizes, encantados pelo clima natalino, e eu, o único desesperado no meio de tanta gente feliz, e por que? Porque era pra termos nos encontrado 22h30 em frente ao restaurante.

 

Meu dia já começou uma bosta quando eu passei a madrugada toda conversando com Mark e com minha família já que não passaria o Natal com eles, e fui acordar apenas às 14hs. Fui junto de Jaebum hyung comprar alguns presentes e preparativos pra depois da ida ao restaurante, e quando cheguei em casa, capotei, meu grande problema foi ter esquecido de colocar o despertador pra tocar, mas estava tarde demais pra pensar nisso. 

Acordei eram mais de 20hs, eu estava desesperado, precisava tomar banho, me arrumar, ajeitar as coisas e me encontrar com eles, não teria como chegar a tempo. Com meu carro quebrado, minha bicicleta no concerto e meu skate na casa do Yugyeom, a opção ir a pé era fora de mão, então só me restava ir de metrô, mas é claro que eu não conseguiria ir tão fácil. 

Sequei meus cabelos que mesmo curtos eram grossos, e isso ocupou mais de 20 minutos do meu pouco tempo, depois disso tive uma ideia louca, que fez com que eu queimasse a orelha enquanto tentava passar chapinha, descobri que minha calça estava suja, uma mancha enorme de café na perna, rasguei a ponta da blusa ao prende-la em um preguinho solto do guarda roupa, e não achava de jeito nenhum meu sapato. Quando finalmente estava pronto pronto, fui caçar pelo bilhete, revirei minha casa todinha até lembrar que ele ficou no bolso da jaqueta, que estava nesse exato momento na lavanderia do prédio, o que resultou em um Jinyoung desesperado. 

Sai do meu apartamento e fui em direção ao elevador, até me lembrar que ele havia quebrado na semana passada e ainda não vieram concertar, a opção que sobrara era de descer de escadas, e nesse momento, eu nunca odiei tanto morar no 6º andar e ter vizinhos indo na mesma direção que eu, a senhora do apartamento do lado, dona Kim estava prestes a descer, mas com toda educação do mundo, lhe pedi desculpa e a ultrapassei. 

Corri como se aquilo dependesse da minha vida, naquele momento a sorte estava a meu favor, pois nenhum outro vizinho resolveu sair de casa (até porque provavelmente todos eles já deveriam estar a caminho ou até mesmo no local de suas devidas comemorações), e chegando no 2 andar, eu tropecei em meus pés e rolei escada abaixo, resultando em dores no corpo, um pulso torcido, uma sobrancelha cortada e um celular estilhaçado. 

Arranjei forças - mesmo morrendo de dor - e fui até a lavanderia, onde eu agradeci por não ter colocado toda a roupa pra lavar. Quando peguei meu cartão e pensei que finalmente poderia ir, pois já estava atrasado, me lembrei de que esqueci de trancar a porta e de que todos os presentes haviam ficado em meu apartamento, e mais uma vez eu precisei subir - e desviar de, dessa vez, 5 vizinhos - e aproveitando isso, fui atrás da caixa de primeiros socorros, já que eu sentia um pouco de sangue acumulado no lado esquerdo do meu rosto. 

Quando terminei, me lembrei de fechar as janelas, já que uma possível chuva poderia acabar com todo o meu apê, e quando finalmente desci, depois de preparar tudo, fui em direção a estação de metrô mais próxima.  

Como nem tudo são rosas, eu quase torci o pé na quina, ao desviar enfiei o outro pé no monte de neve e em seguida quase escorreguei no mesmo, e como costume levei várias esbarradas, já que sempre algo aparecia em meu caminho. A chegada ao metrô não foi muito diferente, estava lotado, e estando lotado só significava algo: tudo estava mais devagar. 

As mensagens me xingando de todos os nomes já chegavam a alguns minutos e minhas mãos soavam tanto a ponto do meu celular cair no chão mais uma vez, e rachar mais um pouco o que já estava rachado, não era definitivamente meu dia de sorte. 

Quando queremos algo, parece que tudo vai contra, haviam se passado 2 minutos e na minha cabeça, eu já passara dos 10 minutos. Quando o metrô finalmente chegou, eu me empurrei de todas as formas possíveis pra entrar naquele vagão, eu não poderia demorar mais ou meu amigos me matariam, tudo que eu menos queria, era morrer antes de me declarar para Mark ou ele ouviria poucas e boas quando chegasse no inferno e me encontrasse lá. 

 
 

Eu nunca pensei que aquela bosta demoraria tanto, meu pensamento já foi e já voltou na minha rotina de hoje duas vezes, eu já nem acreditava mais em milagres de natal, ainda mais depois de um senhor de idade ficar ao meu lado fedendo a sovaco e cigarro, o que eu não conseguia ver nada de agradável. Pensei que tudo melhoraria depois de o moço do metrô anunciar a estação e eu descer nela. 

Sai e fui andando pela estação, eu já estava quase na porta, realmente estava feliz, até ver uma placa enorme com o nome em branco escrito Sangsu, nunca me senti tão frustrado por ter errado uma estação de metrô, ainda tendo um nome completamente diferente do de Hapjeong

Eu estava prestes a ter um colapso mental, minha angústia e minha vontade de chorar só aumentavam e eu apertava tanto os presentes em meus dedos, que os nós entre eles estavam completamente esbranquiçados, causando um certo incomodo, mas o medo de perdê-los e mais uma coisa dar errado era bem maior. 

Voltei para a plataforma e esperei o metrô chegar, mandei uma mensagem pros meninos dizendo que estava a caminho, passar o natal com eles era com um ritual que fazíamos desde que entramos na faculdade, a 3 anos atrás, e quebrá-lo era quase que impossível, o ultimo que quebrou foi Youngjae que precisou passar o Natal com uma suposta namorada, e devo afirmar que não foram só coisas boas não aconteceram. 

A questão é que eu nunca fui um cara muito sortudo, desde novinho sempre comecei as coisas pelo pé esquerdo, e fui contra todas as superstições, e nunca acreditei muito em sorte. Quebrei algumas coisas valiosas, perdi outras, fui atropelado não uma ou duas vezes, mas sim 5 vezes, já me queimei no fogo por falta de cuidado, já passei a faca nos dedos, já cai do telhado, já quase fui atingido por um raio, já me afoguei no raso, e essas são algumas das minhas muitas lembranças. 

Era algo comum em minha vida, eu só não conseguia de fato me acostumar, mesmo com 22 anos nas costas, até meus 21 anos eu tive muita esperança de que aquilo um dia acabaria, mas falhar 6 vezes na prova de direção por 2 anos seguidos, ter ficado de dp por ter perdido o horário para a apresentação de um trabalho e de uma prova e ter perdido um emprego por derrubar tudo e presenciar 2 assaltos na lojinha (algo que por aqui é muito raro) me fez acreditar de que realmente a sorte não estava ao meu lado. 

 

Minhas lágrimas caíram de emoção quando as portas se abriram na estação Hapjeong e eu já tremia feito bobo quando meus pés pisaram pra fora do metrô. Andei mais alguns passos com as pernas bambas com medo de pegar meu celular e derruba-lo mais uma vez. A estação estava bem bonita o que até me fez dar um sorriso depois de um dia cheio e complicado, e faltando apenas alguns minutos pra 00h, eu comecei a andar, indo em direção à saída, onde era pra eu ter me encontrado com os garotos algumas horas atrás. 

— JINYOUNG!! — me virei, e lá encontrei Mark com um grande sorriso no rosto, um pinguim de pelúcia em suas mãos, cabelos em um tom de loiro escuro levemente bagunçados e uma roupa linda que se encaixava perfeitamente em seu corpo, o meu sorriso correspondeu involuntariamente na mesma hora 

— Hyung — minha voz só saiu por um fio, não pensei duas vezes e fui em sua direção, minhas mãos estavam tremendo, todos passavam por nós, alguns com pressa pra contagem, outros apenas aproveitando o momento, tinha gente que até mesmo me seguiam com o olhar — eu pensei que não chegaria a tempo 

— Mas você chegou, não se preocupa Jinyoung — ele me puxou pela mão, até um canto — eu precisava te falar algo, por isso vim te ver 

— Eu também precisava Hyung, eu-eu meu dia foi uma bosta — resmunguei deixando a lágrima cair

— Relaxa, respira fundo, pode começar, eu deixo você falar primeiro - passou uma das mãos em meu cabelo, tentando me acalmar, mas esbarrando em minha orelha e reparando a vermelhidão no lugar

— Eu tinha planejado tudo, eu ia chegar cedo, preparar tudo, quando estivesse perto da 00h eu pediria a atenção de todos, pediria sua atenção, eu falaria seu nome, na frente de todo mundo, pra saberem que era exatamente você, depois eu me declararia hyung, eu diria tudo que eu estava preso em minha garganta durante esses 5 anos de amizade, desde a escola, eu preparei todo um discurso, tinha quase 2 folhas frente e verso 

— Jin...  

— Calma, agora me deixe terminar — ele assentiu — eu planejei tudo, palavras bonitas, um presente bonito, mas como tudo acabou dando errado, e como você sempre diz "imprevistos acontecem", eu vou me dar meu jeito e você vai me ouvir — tive um resmungo como resposta mas seu sorriso já não escondia mais nada — Mark hyung, eu te amo desde o dia em que nos conhecemos, quando vocês entrou na escola todo tímido, eu te amo desde o dia em que você me pediu ajuda com a lição de matemática e eu propus um acordo, eu te ajudava com matemática e com seu coreano que era péssimo, e você me ajudava com meu inglês, que era 4 vezes pior 

— Jinyou.... 

— Eu te amo desde o dia em que você se disse alérgico a pimenta depois de comer kimchi pela primeira vez, e eu corri com você em meu colo pro hospital mais próximo, eu te amo desde o dia em que você precisou dormir na minha casa por conta de uma viagem a negócios de seus pais, e lá eu descobri que você morria de medo de escuro, e nós dormimos abraçados, comigo cantando canções de ninar até você se acalmar — seus olhos estavam completamente marejados, os meus não estavam muito diferentes, mas eu não podia me calar, não agora depois de ter falado tudo isso — Mark hyung, eu te amo desde o dia em que te vi sair com o Jackson hyung, e um novo sentimento cresceu dentro de mim, o de ciúmes, eu te amo desde o dia em que você prometeu estar ao meu lado quando minha avó acabou por vir a falecer, e você realmente ficou hyung, ficou ao meu lado em minha cidade natal, em um cemitério debaixo de chuva, e na manhã seguinte em um hospital pequeno e fedido. Eu te amo desde o dia em que passamos na mesma faculdade e pudemos nos encontrar todos os dias pelo campus, eu te amo desde o dia em que você me comprou uma refeição após eu ter passado meu primeiro semestre sem nenhuma nota baixa, eu te amo desde o dia em que eu precisei sair de casa pra te buscar na balada pois você acreditou nas palavras do Bambam de que era um hyung sem sal que precisava sair mais, e eu cuidei de você mesmo estando bêbado e insuportável. Eu disse tudo isso pra chegar a um ponto, eu te amo todos os dias, eu te amei ontem, eu te amo hoje, e vou te amar amanhã também, não importa o que você faça, e mesmo que você não aceite esses sentimentos, eu vou continuar te amando, porque é algo mais forte do que eu e você podemos imaginar — a contagem começou a ser feita 

 10, 9, 8, 7, 

— Jinyoung.... só vamos aproveita esse clima... eu preciso fazer algo 

6, 5, 4 

— O-o que? 

3, 2, 1 

— Isso — e, debaixo de um visco, em meio a estação Hapjeong, uma das mais movimentadas da Coréia, eu finalmente estava me entregando a quem eu realmente amava, algo finalmente estava dando certo, não por já ser dia 25, não por ser uma brincadeira do destino, mas sim por uma certeza, era algo desenhado em nossa história. 

Eu não precisava dizer mais nada, pois todo meu sentimento estava sendo todo entregue naquele beijo em meio a tantas pessoas, naquele momento tudo o que mais importava, era expressar o quão forte era o que eu sentia por aquele garoto magro na minha frente. 

Suas mãos que já haviam soltado o pinguim estavam em meu rosto, fazendo um leve carinho em minha bochecha direita e na curva do lado esquerdo de meu pescoço, já as minhas seguravam sua cintura, enquanto nossas línguas batalhavam por um mesmo espaço. 

Seria muito clichê pensar isso, mas esse foi o melhor beijo da minha vida, não por ser o beijo mais recente do qual eu me lembrava dos detalhes, mas por ser um beijo compartilhado com alguém que realmente fazia meu coração palpitar até quase sair pela boca. 

A trilha sonora de natal que tocava a nossa volta junto dos gritos de comemoração só eram mais um detalhe pra todo aquele momento especial que estávamos usufruindo, e nada conseguiria deixar aquilo mais que perfeito. Quando o ar nos faltou, colei nossas testas e continuei com o carinho em sua cintura, tentando encaixar todas as peças de nosso quebra-cabeças 

— Isso foi... 

— Meu presente pra você, um Milagre de Natal, um beijo debaixo de um visco depois de um péssimo dia, ele quer dizer que é recíproco tudo que sente por mim, todos os dias, eu te amo Jinyoung, te amei ontem, te amo hoje, e vou te amar amanhã, Feliz Natal 

— Feliz natal — e selamos nossa noite com mais um beijo.


Notas Finais


YAAAAAAAAAAAH que vergonha, eu não sou boa pra notas finais, mas espero que tenham gostado e entendido esse lado meio louco do Jinyoung.
Obrigada por ter lido tudo até aqui, e obrigada ao projeto Starter por ter aberto essa oportunidade, prometo que vou melhorar nas próximas histórias, e que mais cedo ou mais tarde vou fazer uma revisão melhor dessa, boa noite, e mais uma vez, obrigada ❤


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