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História Luz, Câmera, Ação! - Capítulo 24


Escrita por: HollyDiary

Notas do Autor


Oi pessoas, como vão?
Eu sei que demorei e o capítulo é um pouco curto. Mas como já tenho dito em alguns capítulos, não estou conseguindo desenvolver muito bem. Espero conseguir voltar as postagens regulares e peço desculpas por ainda não ter respondido os comentários do capítulo passado. Vocês me motivam! Obrigada.
Aliás, também vou estar atualizando Acasos! É meu projeto favorito até então e seria ótimo se vocês conferissem também!
Boa leitura.

Capítulo 24 - Capítulo 24


 

-É claro que eu posso fazer isso. - Ruby sorriu confiante ao colocar outra bolacha na boca, algo que tinha pegado como sobremesa após o almoço um tanto esquisito que tiveram na sala de jantar Mills. - Vai ser moleza. 

-Ótimo, obrigada querida. - O tom gentil de Cora dava calafrios em Regina. - Quanto a vocês dois... - ela direcionou o olhar para os dois assessores, que digitavam furiosamente em seus tablets- vocês vão selecionar os pontos críticos de cada uma delas. Vamos trabalhar sobre eles. 

-Sim, senhora. - Killian assentiu.- Na verdade já temos algo encaminhado, certo Rose? 

-Correto. - respondeu concentrada.

-E Swan? - outra vez os olhos predadores estavam sobre ela. - Você comentou sobre um contrato, algo com a Ursula? Era isso? 

-Cruella. - corrigiu. 

-Tanto faz. - A mulher se levantou da poltrona que havia ocupado e deu algumas voltas ao redor do ambiente. - Você vai ligar, vai dizer que a resposta é não, que não atendem aos seus requisitos e que está trabalhando outras propostas mais promissoras que te apareceram. Vamos tentar utilizar uma espécie de jogo reverso, não são eles que vão tentar te dispensar, porque acredite é questão de tempo. Isso talvez até mesmo fará que aumentem a sua proposta. A decisão será sua, não deles. 

-Ok, eu posso tentar ligar agora. 

-Espere um pouco mais. - a mulher batucou um dedo nos lábios. - Vou pensar um pouco sobre isso e te dou um feedback. Agora você, Regina... 

A morena parou de respirar. Estava esperando sua vez, não ansiosamente positiva, mas da mesma forma que sabia que apanharia ou levaria um sermão logo após a irmã, quando criança.  

-Sim, senhora? - ela sentiu os dedos de Emma apertarem seu joelho em apoio. 

-Você vai começar me dizendo quando vai anunciar para o público que não vai renovar sua temporada. Talvez pudéssemos ter anunciado antes, evitaria associações com eventos dispensáveis. -divagou. - No entanto, não podemos fazer nada no passado. 

Emma olhou para ela um tanto curiosa. Ela não iria renovar o contrato? Ou ela havia entendido errado? 

-Você o que? - questionou sem expressão, ainda tentando conectar os fatos

-Eu tinha pensado em deixar o último episódio sair para não tirar a visibilidade da série, depois a própria emissora emitiria uma nota relacionando com nossa saída. - apontou para a namorada. - Não seria nada demais, rompi o contrato já faz algumas semanas. 

-E o que você pretende fazer? - a mãe se virou curiosa para ela. 

-Eu... eu quero tirar um tempo. Já faz anos que trabalho sem pausas, além de que gostaria de vivenciar outros personagens também. - explicou sem desviar os olhos. - Não é como se dinheiro fosse problema pra nossa família, não é mesmo? 

-Quanto custou? - a pergunta fez todos segurarem o ar. 

-O suficiente. - Regina entrelaçou os dedos com os de Emma, brincando com suas mãos. - Rose e eu fizemos os cálculos, vamos retirar de volta em alguns meses. 

-Quantos? 

-Não vem ao caso, acho que temos que focar em pontos mais importantes. - Ela fez uma pausa e respirou fundo. - Na verdade um ponto muito importante, que seria descobrir quem fez isso. 

As pessoas se olharam em silêncio, é claro que ninguém ali naquela sala teria tido essa capacidade, teria? O som de um celular tocando foi a única coisa que quebrou o momento.

-Desculpem, desculpem. - Killian murmurou conforme procurava o celular nos bolsos. - Anh, oi? Alô? Amor eu não posso falar agora, ok? Eu te ligo em breve.  - e sem dar chances para que a pessoa pudesse reclamar, desligou. 

-Amor? - Ruby perguntou curiosa. - Tá saindo com quem? 

-É a Kristin? - Emma perguntou desconfiada. 

-S-sim. - ele respondeu um tanto temeroso por estar sendo vítima do olhar silencioso de Cora. Aquela mulher lhe dava arrepios. 

-Kristin? Aquela mulher que encontramos no seu apartamento aquela vez, Emma? - Regina franziu o cenho. 

-A própria, ela é amiga da... - de repente, Emma arregalou os olhos. - Killian! Você disse alguma coisa pra ela?? Ela é amiga da Mulan e você sabe muito bem disso! E se foi ela que contou para a minha ex e tudo isso virou o que virou? - Emma se levantou, não suportando a ideia de ficar sentada e muito menos a possibilidade que tinha acabado de pensar. 

-O que? Não, impossível! - Ele se defendeu. - Nós temos um combinado sobre não conversar sobre o relacionamento de vocês duas. Então está fora de... - ele fez uma pausa antes de engolir em seco. - Cogitação. 

-Você tem certeza? - Dessa vez foi Cora quem se pronunciou, continuava sentada e rolando algum conteúdo em seu tablet. 

-Eu... - ele olhou para Tinker querendo apoio, sendo ignorado pela mulher que, muito inteligente, preferia ficar calada naquela situação. - Bom, eu posso ter comentado algo bêbado uma vez, mas já faz tanto tempo! Ela nem deve se lembrar. 

-Jones, você fez o quê? - Regina quase rosnou para ele. 

-E-eu, não me lembro. - Ele engoliu em seco outra vez. 

-Eu encontrei a Mulan na sexta. Ela me disse uma coisa que parece fazer sentido agora. - Emma andou em círculos e ignorou o diálogo que acontecia fora de seus pensamentos. 

-O que ela disse? -Cora deixou a cabeça tombar para o lado. 

-Ela me disse algo sobre a proposta que recebi da Cruella e também me contou que estava aqui para fazer um trabalho com a Vogue. - Emma olhou para Regina como se estivesse se desculpando. - Eu, eu não dei tanta atenção e acho que ela ficou chateada, comentou algo sobre ainda podermos ficar felizes com a vida da outra e que eu deveria ter me importado mais em respeito a tudo que vivemos. Eu não lembro direito o que eu disse, só sei que ela comentou que todo mundo sabia que nosso relacionamento não era de verdade. - procurou os olhos castanhos, tentando se desculpar pelas palavras dos outros. 

-Como? - Cora perguntou. - Precisamos mudar essa imagem imediatamente. Srta Lucas, se prepare, vou redigir um texto e vamos entrar em contato com alguma revista, esse depoimento precisa sair ainda hoje. 

-Sim, senhora. 

-Vocês dois, eu quero que me mandem a pesquisa que pedi. - ordenou aos assessores. - E vocês duas, vamos começar uma espécie de limpeza nas suas redes sociais. Vamos começar com pequenos posts no Twitter, amanhã podemos ter um vídeo ou outro. Mas, agora... - ela fez uma pausa e buscou a loira, esperando contato visual, que veio em instantes. - Você vai ligar e rejeitar a proposta. 

-Ok. 

-Ótimo. - Cora batucou os dedos no braço da poltrona e olhou para todos uma outra vez. - Muitas irresponsabilidades em uma só sala, as vezes me pergunto como vocês ainda não foram cercadas por paparazzis. 

-Acabamos? - Regina ignorou a todos e caminhou até a namorada, que já estava levando os dedos até a boca para roer a unha. 

-Eu preciso só finalizar com a Srta. Lucas. - Cora abanou as mãos como se dispensasse o restante. 

-Emma... - Regina puxou a mão de sua boca. - Não faz isso. 

-Desculpe eu só estou... nervosa, eu acho. 

-Eu sei, querida. - Entrelaçou seus dedos. - Sobe comigo. - pediu em voz baixa. 

-Mas o Henry ele...

-Zelena vai pegá-lo. 

Sem mesmo olhar para trás, as duas subiram os degraus em silêncio, de mãos dadas. Regina abriu a porta do quarto e ligou o ventilador de teto, que ainda usava como saída para dias que não precisavam de ar-condicionado. 

-Você falou com a sua irmã, então? 

-Eu só pedi esse favor. - Retirou os saltos e subiu na cama, esperando que a mulher fizesse o mesmo. 

-Você acha que ela está melhor com tudo isso? - Emma se aproximou e Regina se aconchegou em seu corpo. 

-Não sei, mas eu estive pensando essa manhã e eu tenho que tomar algumas decisões. 

Os olhos verdes analisaram seu rosto com cuidado, deixando um afago em sua bochecha. 

-É mesmo? Que tipo de decisões? 

-Eu vou falar com ela e também quero conversar com o Henry, eu acho que não precisamos passar por todo esse processo. - Ela se calou e respirou fundo antes de continuar. - Acho que ser mãe é mais do que só ter a presença de alguém, venho me sentindo tão egoísta, só pensei em mim durante todo esse tempo. Ele já me disse que gostaria de estar com o pai e que está animado para ter um outro irmão. Eu não tenho que impedi-lo, se essa é a vontade dele... eu não posso negar. 

-Uau... - Emma parou um pouco e encarou os olhos castanhos. - Você... ok. 

-O que isso significa? Esse uau, você, ok? 

-Eu só estou surpresa. Não imaginava que você fosse tomar uma decisão como essa. 

-E o que você acha? - questionou. 

-Não sei se devo opinar sobre isso, não é algo que me diz respeito. - Respondeu um tanto sem jeito. 

-Mas é claro que é, Emma. - Suspirou e ergueu o queixo na namorada até que os olhares se encontrassem. - Nós estamos juntas, o que me afeta te afeta e do mesmo jeito o contrário. 

-Eu acho que é uma decisão que deve ser pensada. Você precisa ter certeza sobre isso, porque depois você pode se culpar por não ter tentado mais. - Respondeu um tanto acanhada. 

-Eu sei, mas eu já pensei sobre isso. - suspirou. - A questão é que não quero deixar meu julgamento sobre como o meu casamento funcionou, misturando a parte Robin Marido, com a parte que ainda sobrou para o meu filho, que é exatamente esse Robin Pai. E são coisas completamente distintas, Emma! Ele não foi exatamente um péssimo marido, só... não deu certo e as coisas se complicaram no fim. Mas ele é um bom pai. E disso eu jamais vou poder reclamar. 

Emma concordou com um gesto de cabeça 

-É claro, amor. - beijou sua testa com carinho. - Eu entendo. Converse com o garoto, veja o que ele acha. - Se afastou um pouco e suspirou. - Mas agora eu também tenho que fazer uma ligação. 

-Boa sorte. 

Emma não respondeu nada, apenas discou o telefone que havia gravado na última semana. Chamou algumas vezes, já estava quase desistindo quando finalmente foi atendida:

-Emma Swan? - A voz ofegante de August Booth foi ouvida. 

-Booth, temos que conversar sobre a sua proposta. 

** 

-Obrigada por trazer ele pra mim. - Regina agradeceu a irmã quando a encontrou na cozinha, se servindo de um copo de água. As visitas já haviam ido embora, Cora utilizava o escritório e Emma estava passeando com a Lola e o Henry. 

-Não foi nada. - Zelena não se deu o trabalho de virar. Não queria fazer contato visual. A irmã mais nova sabia que se deixasse, a ruiva correria daquele cômodo sem nem pensar duas vezes e não iria deixar que aquilo acontecesse. 

-Eu tive vergonha. - Regina começou. - Eu tive vergonha de achar que você pensaria que eu nunca conseguiria um bom relacionamento de verdade. Que, outra vez, eu teria que pagar alguém para estar comigo, independentemente do que seria dado como moeda de troca. Você é minha irmã e também a minha melhor amiga e eu quis muito poder te contar, mas eu não consegui. Eu não pude, para falar a verdade. A gente iniciou como uma espécie de contrato, a Emma tinha uma postura muito irresponsável e eu iria me submeter ao processo de disputa de guarda e eu só queria um outro motivo pra fazer o meu filho querer ficar. Então fez muito sentido que a gente se ajudasse dessa forma. Mas eu me apaixonei, me apaixonei e pude me ver melhor, me entender melhor. Sei que estava sendo egoísta, que queria Henry para não ficar sozinha, mesmo forçando o garoto a escolher algo que não queria. Hoje eu vou falar com ele também, dizer que espero que seja feliz, mesmo que a gente se veja apenas nas férias ou datas especiais. 

A ruiva ficou parada, Regina não teve sinal de que ela havia realmente prestado atenção. Respirou fundo uma última vez, a garganta se apertando cada vez mais. Queria chorar. 

-Eu só queria que você soubesse de tudo isso. - Continuou. - Obrigada, outra vez, por ter trazido ele pra mim. 

Sem esperar por mais respostas, se virou e subiu as escadas. Ela sempre brigava com o filho para que não subisse correndo, mas lá estava ela, subindo de dois em dois. Ela precisava respirar. As coisas precisavam entrar no lugar. 

Quando fechou a porta, se sentiu ainda mais sozinha. A presença de Cora nesse momento fazia com que tudo tomasse um rumo ainda mais drástico. Ela odiava que acontecesse dessa forma. 

-Regina? - escutou a voz da irmã pela porta fechada. - Abra a porta... por favor. - Acrescentou após alguns segundos. 

Quando os olhos castanhos e os verdes se encontraram, Regina quase perdeu o equilíbrio quando cabelos ruivos tomaram todo seu campo de visão e ela foi sufocada em um abraço. 

Mills respirou profundamente. Era alívio. Era alívio a sensação que a envolvia naquele instante. 

Elas ficaram abraçadas por minutos. Palavras não precisavam ser ditas. Elas se conheciam muito bem para saber que tudo estava bem agora. 

-Vou querer lasanha para a janta. - A ruiva se afastou e com uma sobrancelha erguida desafiou a irmã a ir contra sua vontade. 

Era tradição, sempre que uma delas pisava na bola, a outra podia escolher o jantar quando faziam as pazes. Faziam isso desde os 20 anos de Regina, quando ela realmente aprendeu a cozinhar. 

-Você compra a sobremesa. 

-Fechado. 

Quando mais tarde o barulho da porta da cozinha se abrindo foi ouvido, vozes muito animadas e muito altas foram escutadas. 

-Emma... - Regina repreendeu baixinho antes de descer as escadas para encontrar seus dois amores. 

-Mãe! A Emma caiu! - O menino gargalhou pelo que parecia ser a milésima vez. As bochechas estavam coradas, assim como as de Emma, que na verdade pareciam coradas de vergonha. 

Ela reprimiu a própria risada ao ver um pequeno esfolado no antebraço esquerdo da namorada. 

-Você está bem?

-O meu ego provavelmente está ferido mas eu vou ficar bem. - Respondeu ignorando a outra sequência de risadas do menino. 

-Alguém pode me explicar o que aconteceu?

-A Lola me deu um baile e eu acabei tropeçando. - Respondeu emburrada. 

-Mãe, ela caiu muito engraçado! Você não tem noção, eu queria ter filmado!

Ela deixou que os dois detalhassem a cena, sorrindo ao ver os olhos brilhantes do filho e escutando gargalhada gostosa. Ela teria quanto tempo para aproveitar esses momentos? 

Emma viu o toque de tristeza tomar os olhos castanhos. Swan sabia o que estava se passando dentro dela. 

-Quem vai querer lasanha para o jantar? - a irmã perguntou ao se juntar ao grupo. Os olhos interrogativos de Emma encontraram outra vez os olhos castanhos. O sorriso de lado era uma promessa que conversariam depois e parecia servir para acalmar os ânimos dos olhos esverdeados. 

-Eu!! - Henry se animou. 

-Garoto, vai querer o quê de sobremesa? - a tia o puxou pelo braço. - Vamos comprar o que você quiser essa noite. 

Emma assistiu os dois discutirem opções enquanto saiam em direção ao carro para as novas compras. 

-O que eu perdi? 

Regina suspirou e encarou a namorada. 

-Nos desculpamos. Estou cem por cento mais leve, pode apostar. 

-Eu tenho certeza. - Emma se aproximou e a puxou pela cintura até seus corpos se colarem. - Cadê a sua mãe? 

-Deve ter sumido, provavelmente. - Sussurrou contra os lábios rosados. - É a cara dela fazer isso. 

-Falando em mãe... - Emma murmurou após deixar um selinho na boca da mulher.- Será que a minha teria alguma coisa a ver com tudo isso? As vezes acho tão suspeito que Mary tenha vindo tão de repente. 

-Você suspeita da sua mãe? 

-Você não suspeita da sua? 

A pergunta trocada fez algo parar dentro de Regina. Cora não faria isso, faria?

 


Notas Finais


Nossa lista de suspeitos vem crescendo cada vez mais!
Seria Mulan? Killian? Mary? Cora?
Nosso enredo não deve demorar muito a ser finalizado!
Eu disse que terminaria essa história, e nós vamos! Fiquem comigo!
Nos vemos.


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