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História Luz, câmera, ação: "On the Tale"! - Prólogo


Escrita por: Hiranut777

Notas do Autor


É altamente recomendável a leitura da fanfic "Ketchup e Lembranças", da mesma autora, antes de ler esta fanfic.

Capítulo 1 - Prólogo


Fanfic / Fanfiction Luz, câmera, ação: "On the Tale"! - Prólogo

O cheiro de caramelo e canela se espalhava pela cozinha de Toriel; o céu apresentava nuances de laranja e vermelho, e o sol se punha vagarosamente apenas para se deixar ser admirado por mais tempo. Para melhorar o cenário, ainda por cima era uma sexta-feira; na realidade, até mais do que isso para uma certa garota:

“Férias! Aleluia!” gritava Frisk internamente, percorrendo as ruas da cidade com sua mochila pesada e o seu suéter preferido, costurado pela própria Toriel. “O primeiro semestre de todos é sempre o mais puxado”, dissera sua colega veterana da faculdade uma vez; e ela estava tão certa.

Parou no ponto de ônibus, ainda cantarolante. Dezenas de pessoas e alguns poucos monstros também aguardavam sua condução por lá; apesar de quase uma década após a reintegração dos monstros à vida na superfície, e do aumento da taxa de natalidade da população monstra, a comunidade humana ainda era muito mais numerosa.

“Ei” - disse uma voz familiar de repente. Frisk se virou e constatou, surpresa, que era ninguém menos que Sans, carregando o seu costumeiro sorriso. “Oi!”, ela respondeu animada e instintivamente procurando Papyrus com o olhar. “Cadê o seu irmão?”, indagou.

“Ele saiu hoje cedo, disse que tinha umas coisas importantes para fazer”, respondeu Sans fazendo um gesto despreocupado.

“Legal”, murmurou Frisk ajeitando o cabelo. E ficou em silêncio, esperando que talvez o esqueleto fosse falar mais alguma coisa, mas ele apenas a encarou com o seu olhar de sempre e deu uma piscadinha.

Aquele clima entre os dois chateava um pouco a humana: há alguns meses, o que era para ter sido apenas uma noite de filmes na casa de Papyrus e Sans, acabou resultando em um envolvimento inédito – principalmente de caráter sexual – entre ela e o esqueleto menor; desde aquele acontecimento, os dois passaram a ter ainda mais intimidade do que quando eram somente amigos…

“…Aquele não é o seu ônibus, Pivete?”, ele perguntou de repente, indicando um Ônibus que se aproximava, exibindo “Rua Quatro – Vila Dois”, local onde Frisk residia com Toriel em Nova Cidade da Superfície, em seu painel de destino. Obviamente, fora Asgore que nomeara as ruas e bairros da cidade.

Frisk fez sinal para que o automóvel parasse, e tão logo a porta do ônibus se abriu, ela e os monstros que também estavam no ponto, entraram. Estranhamente, Sans acompanhou a pequena multidão e, sem esperar qualquer convite, sentou-se ao lado do assento que Frisk ocupara.

“Ué, você vem junto?”, indagou a jovem. Normalmente, o esqueleto se locomoveria a pé mesmo, ou simplesmente pegando seus misteriosos “atalhos”. Sans se recostou preguiçosamente, colocou os braços atrás da cabeça e fechou os olhos, aparentemente pronto para um cochilo.

“Não queria que eu viesse?”, ele perguntou de volta abrindo apenas um olho.

“Não… Quero dizer, sim!”, exclamou Frisk corando ao ver que Sans ria da confusão dela. “Eu adoro a sua presença” - ela teve vontade de dizer, porém se conteve.

Aquela situação que estava vivendo com Sans não era ruim, mas também estava longe de ser ideal: eles se viam praticamente todas as semanas, passavam um tempo juntos no Grillby's comendo, conversando e rindo à beça, e aos fins de semana Frisk esporadicamente passava a noite na casa dos irmãos; mais precisamente na cama de Sans, abraçada ao seu ombro ossudo.

“Você parece preocupada com algo”, murmurou Sans, observando que o ônibus se enchia mais e mais a cada parada.

“Só estou um pouco cansada” - ela respondeu, fugindo do olhar instigante de Sans. “Ainda bem que hoje foi o meu último dia de aula”, disse em seguida, verdadeiramente contente e aliviada.

Queria saber que tipo de relacionamento era aquele que eles estavam vivendo há alguns meses, mas tinha medo de acabar pressionando-o. Ela sabia que o esqueleto odiava fazer promessas, logo ele não estaria muito inclinado a se envolver em qualquer relacionamento sério, concluíra. Seu maior receio era, sem querer, acabar exigindo demais de Sans e causar um possível afastamento dele.

Sansacional”, ele disse piscando, e segurou a mão de Frisk com naturalidade. Sans exibia demonstrações óbvias de afeto a ela sempre que se encontravam razoavelmente a sós, mas ainda assim não era claro para Frisk se de fato eles estavam… namorando, ou algo do tipo.

***

Frisk e Sans desceram do ônibus tão logo ele se aproximou do endereço da humana; ela sequer precisou perguntar se o esqueleto queria entrar em casa, e ele simplesmente já foi abrindo a porta na frente.

“Surpresa!”, exclamou Toriel assim que sua filha entrou em casa. Undyne e Alphys, que assistiam à algum anime na sala de estar, se viraram e abriram um largo sorriso ao ver Frisk.

“Uau, todos estão aqui”, disse Frisk após cumprimentar todos com um abraço. Então foi por isso que Sans a acompanhara durante todo o caminho. “Bom trabalho”, disse Toriel baixinho à Sans em tom de cumplicidade.

Frisk sentou-se à mesa, onde uma enorme torta de caramelo e canela a esperava, ainda fumegante.

“Quando falei pro pessoal que hoje seria seu primeiro dia de férias, vieram correndo pra cá” - explicou Toriel servindo chá e torta para os convidados, como a ótima anfitriã que era. “Só faltou o Papyrus, mas parece que ele está ocupado desde hoje cedo”, completou.

“ESTÃO FALANDO DO GRANDE PAPYRUS? NYEH HEH HEH HEH!”, exclamou de repente o próprio, parado à porta. Apesar do típico tom de voz triunfante, o rosto de Papyrus mostrava sinais de cansaço.

O esqueleto entrou, se acomodou à mesa ao lado de Frisk e prontamente lhe foi servido uma xícara de chá e um pedaço generoso de torta. “EU NÃO SABIA QUE VOCÊS ESTAVAM REUNIDOS AQUI!”, ele disse de boca cheia. “PASSEI NA CASA DE UM, ANTES DE VIR PRA CÁ” - bebeu um gole do chá e respirou um pouco. Estava ainda mais agitado do que de costume, pois normalmente elogiava a torta de Toriel. “SORTE QUE CORRI BASTANTE, NYEH HEH HEH!”

“Está tudo bem, Papyrus?”, indagou Toriel. O esqueleto comia tão rápido que parecia que iria se engasgar a qualquer momento. Papyrus imediatamente esvaziou sua xícara, encarou Toriel e arregalou os olhos, como se tivesse lhe ocorrido uma catástrofe. Undyne resolveu falar, visivelmente preocupada com seu amigo: “Er… Papy-”

Então ele se levantou com tudo, derrubando a cadeira e fazendo com que todos o olhassem, espantados: “SIM! SIM!! SIM!!! TRAGO NOTÍCIAS GLORIOSAS – fez uma pausa dramática, comovido: “TODOS NÓS VAMOS ESTRELAR EM UM FILME!!!”

 



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