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História Luz e Escuridão: Um Novo Mundo. - Percy Jackson: A Maldição do Titã Parte 8


Escrita por: MestreSantos

Notas do Autor


Sem idéias do que escrever aqui, estou cansado de tanto escrever...
Muito bem! Agora fiquem todos com meu show, Catcha

Capítulo 31 - Percy Jackson: A Maldição do Titã Parte 8


Fanfic / Fanfiction Luz e Escuridão: Um Novo Mundo. - Percy Jackson: A Maldição do Titã Parte 8

Universo Percy Jackson & e os Olimpianos

Dia: 6

Local: Ferro-Velho dos Deuses - Cidade: Gila Claw - Estado: Arizona - País: EUA - Continente: América do Norte

Hora: 05:02 AM - Data: 19 de Dezembro de 2007

Pov em Primeira Pessoa.

Hamilton dos Santos / O Portador da Luz.


Nós removemos os restos da sucatas e retiramos Bianca dos destroços de Talos.

Sua respiração estava irregular e seus olhos tremulando. Ela tinha um corte feio na perna esquerda. Quando eu percebi que ainda havia um pedaço de metal no corte gigante, eu senti vontade de vomitar ali mesmo.

Ela estava viva, mas mal, muito mal. Eu espero que ela aguente até nós cruzamos em um hospital...

Zoë pegou  Bianca e carregou sozinha para debaixo de um poste de luz perto da rodovia. Ela a colocou no chão.

Ela estalou os dedos para Grover. "Bandagens e Néctar, agora."

Ele procurou apressadamente em sua bolsa e rapidamente apresentou os itens sem dizer uma palavra.

Zoë murmurou um 'desculpe', antes de arrancar o grande fragmento de metal da perna de Bianca.

Mesmo em seu estado inconsciente, ela estremeceu e gritou. Ela derramou um frasco deste líquido dourado sobre a ferida, que eu assumir ser o Néctar. Outro alimento mágico de cura que não me curaria de verdade.

Vai ser muito mais difícil me curar se eu me machucar. - pensei amargamente enquanto botava minha mochila no chão, retirado de dentro um Kit de Primeiro socorros, e logo depois eu estava enfaixado ataduras  na perna ferida de Bianca com um olhar sombrio.

Depois que eu embrulhei o ferimento na perna, Zoë então se aproximou perto dela gentilmente gotejou um pouco do líquido na boca de Bianca, e sua respiração se estabilizou instantaneamente.

Eu apenas percebi, mas Bianca tinha uma cicatriz vermelha descendo em seu olho e sobre o lábio.

Zoë suspirou e se encolheu um pouco. "Ela vai viver, mas... eu não tenho certeza dos danos em sua perna."

Todos nós relaxaramos visivelmente, mas de repente eu me senti mais leve, como se um gigantesco peso tivesse sido tirado de meus ombros.

Os outros pensaram que ela estava morta, mas eu ouvi sua luta para tira os destroços em cima dela enquanto ela lutava para sobreviver.

Eu ajudei a salvar a vida de alguém.

E eu me sentia incrível e mal ao mesmo tempo bom sentir esse tipo de arrogância numa hora desanimadora como essa.

"Me escutem," eu disse seriamente, chamando suas atenções para mim. "Eu quero que vocês vasculhem e encontrem algo para nos tirar daqui nesse ferro-velho, não importar ser e uma lata-velha ou algo fudido e magico, eu ficarei aqui e cuidarei de Bianca enquanto vocês procuram, vocês estão de acordo com isso?"

Eles balançaram a cabeça em confirmação e se afastaram de mim, indo na direção do ferro-velho em busca de alguma coisa para nos tirar desse deserto amaldiçoado.

Eu olhei para o rosto da inconsciente Bianca, e sussurrei tristemente. "Você me deixou doente de preocupação sabia disso, sua garota atrevida?" 

Obviamente eu não obtive resposta, claro.

"E você foi meu primeiro beijo... que foi roubado em um momento nada legal, lógico," eu disse, olhando para cicatriz em seu olho que terminava nos lábios. "Vou dar um jeito de curar essa cicatriz do seu rosto, e... então nós teremos uma conversa constrangedora sobre você está apaixonada por mim e por ter chutado as minhas bolas para tentar se suicida e...."

Eu continuei falando coisas sem sentido para Bianca, mesmo sem obte resposta, mas eu não me importei e continuei falando...

É. Eu estava divagando aqui, eu estava tentando me acalmar do susto de quase perder um amigo nesse lugar amaldiçoado.

E essa com certeza foi uma a pior noite da minha vida no momento...


Uma hora depois...


Uma hora depois, os outros encontraram um velho caminhão de reboque na beira do ferro-velho, que estava tão enferrujado e decrépito que eu achei que o motor não iria dar partida.

Mais surpreendemente a lata-velha funcionou, então nós não reclamamos sobre isso e entramos nele, e ninguém argumentou que Bianca (ainda inconsciente) precisava de um assento de verdade, então eu a coloquei na traseira do caminhão e fiquei ao lado dela em caso algo ter errado em seu estado de saúde enquanto ela estava inconsciente, como convulsão, tosse, cuspir sangue ou algo assim, enquanto os cinco iam para dentro com Clint dirigindo.

Enquanto eu colocava meu braço ao redor do ombro de Bianca para que ela não caía enquanto Clint  acelerou um pouco essa coisa, depois de um momento de silêncio, eu então decidi examinar essa lata-velha como mais atenção.

Parecia um caminhão de reboque normal, com um guincho montado na parte traseira em algum tipo de controle deslizante perto de mim. Pareceria ter apenas alguns anos se não fosse por seu estado decrépito e enferrujado.

Eu seriamente espero quê essa lata-velha não falha ou quebre  no meio do nada... por quê sinceramente eu não sei o que fazer se isso acontecer.


Pov em Terceira Pessoa.

Cloto, Láquesis, Àtropos/ As três irmãs do Destino.


"Que porra é essa." Cloto, uma das três irmãs do destino disse chocada.

"Eu concordo." Láquesis, sua irmã, também concordou, seu rosto estava olhando o fio de lã negro em com descrença.

"Eu concordo com vocês duas," Átropos, a última irmã do destino admitiu. "Que porra é essa?"

"Eu juro, não acabamos de cortar o fio dela?" Láquesis perguntou enquanto tentava cortar o fio negro, não obtendo sucesso para sua imensa frustação.

"Nós fizemos. Como isso é possível?" Àtropos concordou, olhando para Cloto. "Você sabe como isso é possível irmã?"

"Eu não tenho ideia. Podemos realmente ter um problema aqui... espere. Estou vendo coisas?" Cloto disse, observado em admiração o fio negro, quê brilhava em uma luz vermelha.

Láquesis olhou surpresa para o fio que brilhava em vemelho que crescia mais e mais, quase cobrindo toda a sala misteriosa que as três estavam. "O que está... o fio está desaparecendo?! "

"COMO ISSO E POSSÍVEL?!" Cloto gritou tentado usar sua seus poderes para tentar impedir que lã negra desaparecesse, mais sem sucesso nisso, para crescente Horror.

"EU NÃO SEI!?" Àtropos gritou enquanto observavab o Lã desaparece da existência para seu grande pânico. "Como!? Como isso possível, isso nunca aconteceu em toda a nossa história, então como!?"

"Bem, sempre à uma primeira para tudo eu suponho." uma desinteressada voz masculina disse atrás das três irmãs, fazendo todas olharem para o garoto que elas imediatamente acharam o bonito que elas já viram em todas suas vidas imortais.

O dito garoto estava vestindo um tinha uma pele levemente pálida, seus cabelos eram estranhamente todo grisalho, como se ele fosse um velho em uma idade tão jovem e seus olhos brilhavam em um leve brilho amarelo e suas pupilas eram de um preto profundo que demonstrava zero emoções que enquanto olhava para as três.

"Quem é você e como conseguiu entrar em nosso domínio sem ser detectado!" Todas as três disseram juntos perigosamente enquanto colocavam pressão na sala com seus poderes divinos, quando saíram do estupor quando olhavam a aparência do garoto desconhecido.

"Oh, onde estão o meus modos, entro em lugar deveras desconhecido sem nem ao menos me apresentar adequadamente!" o garoto disse em zombaria, claramente nada afetado pela pressão das surpresas irmãs. "Eu sou o anfitrião da Entidade da Singularidade do Equilíbrio ou como minha família é conhecida: o portador do sangue dos amaldiçoados," ele levou sua mão ao coração de forma dramática, sorrido quando enquanto observava as reações temerosas das irmãs quando elas finamente reconheceram o tal 'Portador do sangue dos amaldiçoados'. "Venho da família Santos, meu nome e Hamilton dos Sanhos do Universo das entidades do multiverso sete, mais eu acho que vocês já sabem disso, se suas reações são alguma sugestão."

"Como isso e possível?" Àtropos perguntou com apreensão. "Nenhuma entidade da sua laia deveria entrar nesse multiverso sem o poderoso Criador: Chaos, saber disso, ele provavelmente o destruiria no segundo que sentisse sua presença aqui. Então me diga como e possível você está aqui sangue dos amaldiçoados!"

"Hahahaha," O agora Hamilton do Universo das entidades riu em escárnio. "O seu grande Criador não e nada diante de um ser que pode destruí um universo com uma simples rajada de energia do seu dedo indicador, irmãs do destino," Hamilton alternativo zombou. "Então foi fácil passar despercebido pelo sentidos de onipotência do velho senil."

"O que você quer nesse universo," Cloto disse nervosamente, já sabendo quê ela e suas irmãs ou qualquer ser desse planeta não deria chance de lutar contra um ser desde porte. "Não vejo o que traria a atenção de uma entidade de outro universo para esse?"

"Ah, mais tem sim, e tem demais," Hamilton alternativo disse friamente, fazendo as irmãs ficarem tensas e alertas, temendo pelas suas vidas imortais fosse tiradas por essa coisa. "Minha irmã maldita que possuiu um corpo de uma mulher chamada Alexandra Daddario está aqui, perseguindo um ninguém que vem de um universo de bosta e sem valor que a mesma mulher que mencionei também veio, e vocês três vão me ajudar a localiza-la, ou..." para válida sua ameaça, Hamilton alternativo usou uma minúscula fração de seu misterioso poder para colocar uma esmagadora pressão na sala, fazendo as três irmãs do destino ficarem de joelhos."...Ou então eu matarei vocês três e depois destruirei esse universo como a praga que ela é em meus belos olhos... então, você irão... me ajudar senhoras?"

"S-sim!" as três imediatamente disseram assustadas. "N-Nós iremos ajudá-lo a encontrar s-sua i-irmã!"

"Excelente, eu sabia que poderia contar com suas compreensões, Ó, irmãs do destino." Hamilton alternativo disse cínico. 

Esse universo não teria paz e sossego com um ser maligno como esse vagando por aí, esses foram os pensamentos das três destino enquanto com desconforto e incômodo ouvia  o Hamilton alternativo que começou a rodear a sala. Enquanto explicava para as três destino o seu plano de como elas e ele conseguirinham encontrar sua irmã travessa no seu universo doméstico...  e daria um jeito no seu homólogo do "Universo de bosta e sem valor' nas suas palavras.


Pov em Primeira pessoa.

Perseus "Percy" Jackson / Filho de Poseidon.


No limite do ferro-velho encontramos um caminhão de reboque tão velho que deve ter sito jogado fora por conta própria.

Mas o motor ligou, e ele estava com o tanque cheio, então decidimos pegá-lo emprestado.

Clint dirigiu. Ele não parecia tão atordoado quanto Zoë, Grover, eu e Hamilton que estava ao lado da inconsciente Bianca atrás da traseira do caminhão.

Ele parecia a minha mãe quando eu me machucava ou saía em missões no acampamento meio-sangue, seu rosto preocupado enquanto olhava e  checava o pulso no pescoço de Bianca a cada dois minutos era a prova disso.

“Os esqueletos ainda estão lá fora,” Clint nos lembrou. “Precisamos continuar.” 

Clint continuou dirigindo pelo deserto, debaixo do céu limpo e azul, a areia tão brilhante que doía olhar.

Zoë sentou na frente com Thalia. Grover e eu nos sentamos no banco traseiro junto com Hamilton e Bianca (Inconsciente), encostados contra o caminhão de reboque.

 O ar estava frio e seco, mas o clima bom parecia um insulto depois de quase perdemos Bianca.

“Deveria ter sido eu,” Hamilton disse amargurado atrás da traseira do reboque, quando novamente verificava o estado de Bianca. “Eu devia ter entrado naquela coisa gigante.”

“Garoto,” Clint falou, fazendo Hamilton olhar para ele pelo vidro traseiro que tinha no caminhão. "Você não precisar ficar assim, mesmo quase dando tudo errado lá trás, tivemos sorte de não perder ninguém para aquela lata humana gigante, e Bianca está viva e bem graças ao cuidados de você e da Zoë. Então não fique amargando ai como uma criança que perdeu o doce da mamãe, esse não e o momento para isso quando todos aqui estamos fugindo de esqueletos imortais e coisas malucas desse mundo estranho pra cacete, você precisa manter a mente limpa e sã, e quando essa estranha aventura terminar, ai sim você pode berrar, chorar, se auto culpar ou que seja, você me entendeu."

"Ele estar certo, Hamilton," Thalia disse para Hamilton e para si mesma (eu percebi).  "Temos que continuar em frente, firme e forte e não amargurado no canto como um maldito corvade."

Eu e um Grover incerto concordamos com que os dois disseram.

Zoë estranhamente não comentou nada deste que essa conversa começou... eu estava começando a ficar um pouco preocupado por isso...

Hamilton ficou pensativo por um momento enquanto voltava para olhar mais uma vez o estado de saúde de Bianca (Ok. Sério? Sou só eu que estou achado esse tipo de comportamento estranho ou o quê?), então ele disse. "Sim... vocês... vocês dois tem razão, esse não e o momento para ficar amargurado feito um merda no canto," ele então olhou para todos nós. "Mesmo quase perdendo Bianca naquele velho-ferro, eu deveria está contente que ela está viva do que enterrada debaixo de peças de uma gigante lata-velha humanóide enquanto lentamente morria por falta de ar ou algo pior que realmente não quero quiser pensar."

Todos nós acenamos com a cabeça, a idéia de perder alguém que eu já considero uma amiga faz meu estômago embrulha em desconforto, acho que os outros perto de mim pensam o mesmo, se seus rostos sombrios e tensos fossem uma clara indicação disso.


Duas horas depois...


O reboque ficou sem combustível na beirada de um desfiladeiro de rio. Isso estava bem, uma vez que a estrada havia terminado.

Nós esperamos fora do caminhão, e acabou que Bianca agora estava acordada. Embora ela mancasse ligeiramente na perna esquerda e por isso ela estava sendo carregada no estilo noiva por Hamilton, para sua imensa vergonha (eu acho que e isso, seu rosto estava muito vermelho por isso, bem, eu acho que isso...).

Clint saiu e chutou a porta do caminhão. Imediatamente um dos pneus furou. “Ótimo. Agora o quê, isso vai explodir, ou sai voando daqui?”

Nós ignoramos seu sarcasmos e eu examinei o horizonte.

Não havia muito para ver.

Deserto em todas as direções, amontoados ocasionais de montanhas áridas apareciam aqui e ali. O desfiladeiro era a única coisa interessante. O rio em si não era muito grande, talvez uns quarenta metros de largura, água esverdeada com poucas corredeiras, mas entalhava uma enorme cicatriz no deserto. Os penhascos rochosos desciam longe abaixo de nós.

“Há uma trilha,” disse Grover. “Podemos chegar ao rio.”

Tentei ver sobre o que ele estava falando, e finalmente notei uma minúscula saliência serpenteando ao longo da face do penhasco.

“É um caminho para bodes." eu disse  ironicamente.

“E?” ele perguntou.

Suspirei pele sua lentidão de não entender do que eu estava insinuado antes disse com firmeza. “O resto de nós não é bode Grover.”

“Nós vamos conseguir,” Grover falou com incerteza. “Eu acho.”

Pensei sobre isso. Já tinha encarado penhascos antes, mas não gostava deles. 

Então olhei para Thalia e vi o quanto ela tinha ficado pálida. 

Uh, por que estava assim, ela era uma Filha de Zeus, e Filhos de Zeus não deveriam se sentir confortáveis nas alturas?

“Não,” Hamilton disse enquanto olhava para Thalia. “Eu, Uh... hã, acho que devemos ir mais longe rio acima.”

Grover olhou confuso para Hamilton, “Mas-”

“Vamos,” eu disse, quando percebi que algo estava acontecendo com Thalia aqui, então por quê não ajudar uma amiga que estou apaixonado que estava se sentido desconfortável em subir em um desfiladeiro. “Uma caminhada não vai nos machucar.”

Olhei de relance para Thalia. Os olhos dela diziam obrigada de forma breve para mim e Hamilton.

Nós seguimos o rio durante quase um quilômetro antes de chegarmos a um declive mais leve que descia até a água.

Na margem havia um serviço de aluguel de canoas que estava fechado para a temporada.

"Fiquem aqui," Hamilton disse para nós enquanto colocava Bianca no chão e caminhava na direção do dito serviço de aluguel de canoas. "Eu vou entrar ai dentro... e literalmente pegar a nossa saída daqui!"

Nós paramos e observamos surpresos, quando Hamilton deu um chute espartano na porta de madeira que quebrou com bastante facilidade. Enquanto momentos depois ele arrastava duas canoas de lá. 

Grover reclamou. "Ei! Não podemos simplesmente roubar essas coisas, elas pertencem-"

Hamilton o interrompeu. "Nós podemos, e vamos. Nós realmente não temos muita escolha agora, temos?" ele olhou para Grover com uma sobrancelha arqueada, o incitando a falar em uma idéia melhor do que a dele

Grover parou de reclamar depois disso.

“Devemos subir o rio,” Zoë disse. Era a primeira vez que eu a escutava falar desde o ferro-velho, e estava muito preocupado com como ela parecia mal, como uma pessoa gripada. “As corredeiras são muito velozes.”

“Deixe isso comigo.” falei para ela.

Nós colocamos as canoas na água.

Thalia me puxou de lado quando estávamos pegando os remos. “Obrigada pelo que fez lá atrás.”

Eu coçei minha cabeça sem jeito. “Não foi nada.” eu disse.

“Você realmente pode...” ela indicou as corredeiras com a cabeça. “Você sabe.”

Eu olhei para ela de forma engraçada. “Acho que sim. Geralmente sou bom com água.” eu disse fazendo Aspas com as mãos.

“Você pode levar Zoë?” ela perguntou quase suplicante que chegou até mesmo me surpreende por isso. “Acho que, hum, talvez você possa falar com ela.”

Eu balançei mimha cabeça com apreensão. “Ela não vai gostar disso.” eu avisei solenemente.

“Por favor? Não sei se aguento ficar no mesmo bote que ela. Ela... ela está começando ame preocupar.” Thalia implorou.

Eu suspirei novamente. Era quase a última coisa que eu queria fazer, mas eu assenti.

Os ombros de Thalia relaxaram. “Eu te devo uma.”

“Duas.” eu brinquei.

“Uma e meia,” Thalia disse. Ela sorriu, e por um segundo me lembrei de que na verdade gostava dela quando ela não estava gritando comigo.

Ela se virou e ajudou Grover a botar a canoa na água.

Ambas as canoas eram grandes de três lugares, então havia espaço para todos. O único problema era que nós precisavam subir o rio, e eu não podia ver como isso seria possível.

A corrente ficou muito mais forte do que estava antes.

Eu olhei para os outros. "Meus poderes da água são bom, mais não tão bom para atravessa uma correnteza muito forte... alguém tem alguma sugestão?"

Eu olhei para Zoë, ela estava olhando com raiva para o rio, como se ele tivesse insultado sua mãe.

Quando eu fui até o rio para ver o que a deixava tão irritada, eu fiquei um pouco surpreso.

Sentadas debaixo d'água, no fundo do rio, encontrei um par de náiades me encarando.  

Elas pareciam garotas adolescentes comuns, do tipo que você encontra no shopping, exceto pelo fato de que estavam embaixo d’água.

"Ei." eu disse.

Elas fizeram um som borbulhante que deve ter sido uma risadinha. Eu não estava certo. Tinha dificuldade para entender náiades.

"Uh, Zoë, por acaso elas são problemas?" Hamilton perguntou, sua mão estava na pistola que estava guardada no coldre de sua coxa.

"Não seja bobo. Elas são náiades." Zoë disse aborrecida.

Hamilton retirou sua mão do coldre da coxa. "Bem, por que você está olhando para elas desse jeito então?" Hamilton perguntou curiosamente.

Zoë então virou-se para Hamilton com o rosto aborrecido. "Estou tentando pedir ajuda, e elas não vão-" 

Então, Bianca mancou até nós. "Ei pessoal. O que-"

As náiades reagiram imediatamente. Elas recuaram ao vê-la e olharam para todos nós.

"Sim, ela está conosco." Zoë disse.

As náiades emitiam sons borbulhantes que eu não entendia.

"Sim, ela não vai embora." Zoë afirmou.

Mais borbulhamento.

"Quanto mais cedo você ajudar, mais cedo ela vai embora." Zoë pechinchou.

As náiades pareciam ter uma conversa intensa sobre bolhas e, por fim, nadaram para trás das canoas.

Zoë virou-se para todos nós antes de dizer. "Elas concordaram em ajudar, mas não gostam disso."

Bianca franziu a testa. "Qual é o problema delas comigo?"

"Bem, elas disseram ... elas disseram que você cheira a morte." Zoë disse hesitante.

Em resposta, Bianca cheirou seu braço. "Eu não cheiro tão ruim. Quero dizer, não tomamos banho há alguns dias, sim, mas-"

"Não. Não foi isso que elas quiseram dizer. Além disso, devemos ir antes que mudem de ideia."

Antes que eu pudesse terminar de entrar na canoa, cada náiade escolheu uma canoa e começou a empurrar rio acima. Nós partimos tão rápido que Hamilton, Clint, Bianca e Grover caiu dentro de sua canoa com os cascos balançando no ar.

“Odeio náiades." resmungou Zoë.

Um jato de água esguichou da traseira do bote e atingiu Zoë na cara que fez Thalia racha de rir em nossa canoa.

“Diabinhas!” Zoë rosnou enquanto buscava seu arco.

“Epa,” eu disse preocupado para ela. “Elas estão apenas brincando.”

“Malditos espíritos aquáticos. Eles nunca me perdoaram.” Zoë resmungou novamente.

“Perdoaram pelo quê?” perguntei tentado puxar conversa.

Ela jogou o arco de volta sobre o ombro. “Foi há muito tempo atrás. Não tem importância.”

Nós aceleramos rio acima, os penhascos se elevando de ambos os lados.

“O que aconteceu com Bianca não foi culpa sua,” disse a ela. “Como Clint disse, não devemos ficar de ânimo baixo em um momento como esse, não quando estamos sendo perseguido por esqueletos imortais."

Pensei que isso daria a Zoë uma desculpa para começar a gritar comigo. Pelo menos isso poderia sacudi-la para que parasse de se sentir deprimida.

Em vez disso, seus ombros caíram bruscamente. “Não, Percy. Eu a forcei a vir na missão. Eu estava muito ansiosa. Ela era uma poderosa meio-sangue. Tinha um coração gentil, também. Eu... eu pensei que ela seria a próxima tenente.”

“Mas você é a tenente, e a ela não faz parte da... caça..." eu parei de falar quando a compreensão veio em meus olhos. "Você estava tentado convencê-la a entrar nas caçadoras deste o acampamento até aqui não é?"

Ela agarrou a alça de sua aljava. Parecia mais cansada do que jamais a tinha visto. “Sim Perseus Jackson, eu estava tentando convencê-la a aderir novamente a Caça, mas parece que ela não vai aceitar a oferta, então..." Zoë admitiu tristemente. "Nada dura para sempre, Perseus. Por mais de dois mil anos eu liderei a Caça, e minha sabedoria não melhorou. Agora a própria Ártemis está em perigo e eu não sei o que fazer ou pensar sobre isso... eu estou confusa.”

Eu refleti sobre o que ela disse enquanto olhava para rio e momento depois eu falei. “Olhe, você não pode se culpar por isso.”

Zoë olhou para mim teimosamente antes de dizer. “Se eu tivesse insistido em ir com ela-”  

“Você acha que poderia ter lutado com algo poderoso o bastante para raptar Ártemis? Não há nada que você pudesse ter feito.” eu a retruquei em troca.

Zoë não respondeu.

Thalia também não disse nada em toda a minha conversa com Zoë, se concentrado mais em... ela... estava afiado sua lança enquanto estava em uma canoa em movimento.

...Certo.

Os penhascos ao longo do rio estavam ficando mais altos. Longas sombras caiam sobre a água, deixando-a muito mais gelada, ainda que o dia estivesse claro.

Sem pensar sobre isso, tirei Contracorrente do meu bolso. Zoë olhou para a caneta e sua expressão era sofrida.

“Você fez isso." eu disse.

Zoë me olhou surpresa. “Quem contou a ti?”

“Eu tive um sonho sobre isso.” eu admitir.

Ela me estudou. Eu tinha certeza de que ela me chamaria de louco, mas ela apenas suspirou. “Foi um presente. E um engano.”

“Quem era o herói?” perguntei curiosamente.

Zoë balançou a cabeça. “Não me faças dizer o nome dele. Jurei nunca mais pronunciá-lo.”

Olhei para ela inexpressivel. “Você age como se eu devesse conhecê-lo.” eu disse sem emoção.

“Tenho certeza que conheces, herói. Vocês garotos não querem todos ser justamente como ele?” ela perguntou. Sua voz estava tão amargurada que decidi não perguntar o que ela quis dizer.

Olhei para Contracorrente e, pela primeira vez, imaginei se era amaldiçoada. “Sua mãe era uma deusa da água?” perguntei.

“Sim, Pleione. Ela teve cinco filhas. Minhas irmãs e eu. As Hespérides.”

“Essas eram as garotas que viviam em um jardim nos limites do Oeste. Com a árvore de maçãs douradas e um dragão que a guardava.” eu disse quando o conhecimento veio a mim... ou Annabeth me forçando a estuda a história da mitologia grega...

“Sim,” Zoë disse, saudosa. “Ladon.”

“Mas não eram somente quatro irmãs?” eu perguntei

O rosto de Zoë escureceu enquanto ela dizia. “Agora são. Fui exilada. Esquecida. Obscurecida como se nunca tivesse existido.”

“Por quê?” eu perguntei, agora com genuína curiosidade.

Zoe apontou para a minha caneta. “Porque eu traí minha família e ajudei um herói. Tu também não vais achar isso na lenda. Ele nunca falou sobre mim. Depois que seu ataque direto a Ladon falhou, dei a ele a ideia de como roubar as maçãs, como enganar meu pai, mas ele levou todo o crédito.”

Eu franzi minha testa em confusão. “Mas-” tentei dizer, mais fui interrompido por um som em minha mente.

Glub, glub, a náiade falou em minha mente. A canoa estava desacelerando. Olhei à frente, e vi por quê.

Isto era o mais longe que elas poderiam nos levar. O rio estava bloqueado. Uma represa do tamanho de um campo de futebol estava no nosso caminho.

“Represa Hoover,” disse Thalia. “É enorme.”

Nós ficamos na beira do rio, olhando acima para uma curva de concreto que se elevava entre os penhascos. Pessoas estavam caminhando ao longo do topo da represa.

Elas eram tão pequenas que pareciam pulgas.

As náiades foram embora resmungando muito, não com palavras que eu pudesse entender, mas era óbvio que elas odiavam essa represa bloqueando o seu bonito rio.

Nossas canoas flutuaram de volta rio abaixo, rodopiando no rescaldo de uma das aberturas de descarga da represa.

“Mais de duzentos metros de altura,” eu disse. “Construída na década de 30.”

“Cinco milhões de acres cúbicos de água.” Thalia falou.

Grover suspirou. “Maior projeto de construção dos Estados Unidos.”

Zoë nos encarou. “Como vós sabeis tudo isso?”

“Annabeth e claro / Annabeth,” Hamilton e eu dizemos em uníssono. "Ela é louca por arquitetura / Ela gosta de arquitetura!”

“Ela e louca por monumentos também!” Thalia sorriu, também entrando na brincadeira.

“Despejar fatos o tempo todo,” Grover disse enquanto ria. “Tão irritante.”

“Queria que ela estivesse aqui, para que nós víssemos sua reação! Isso seria tão hilária!” falei enquanto Hamilton, Thalia, Grover eu riamos feito loucos.

Clint e Bianca balançaram suas cabeças, claramente não entendendo o que nós estávamos falando. Zoë ainda estava olhando estranhamente para nós, mas eu não me importei.

Parecia ser um destino cruel e engraçado que nós tínhamos chegado até a Represa Hoover, uma das favoritas de Annabeth, e ela não estava aqui para ver.

Ah, espera só eu conta isso pessoalmente pra ela.

“Nós devíamos subir lá,” eu disse. “Por ela. Apenas para dizer que fomos.”

“Sois malucos,” Zoë decidiu. “Mas é lá que a estrada está.” Ela apontou para um imenso estacionamento perto do topo da represa. “Então, passeio turístico será.”


Uma hora depois...


Tivemos que andar por quase uma hora antes de acharmos uma passagem que levasse para a estrada. Ela ficava no lado leste do rio. Então nós caminhamos de volta na direção da represa. Estava frio e ventando no topo. De um lado, um grande lago se espalhava, rodeado por áridas montanhas do deserto. No outro lado, a represa descia como a mais perigosa rampa de skate do mundo, indo até o rio mais de duzentos metros abaixo, e a água que espumava pelas aberturas da represa.

Thalia andava ao lado Clint no meio da estrada, bem longe das beiradas. Hamilton estava observado tudo ao redor com curiosidade e de vez enquanto perguntava se Bianca, que estava ao seu lado estava bem da perna ou se precisava ser carregada, a mesma revirando os olhos e dizendo que não era uma inválida ou coisa assim e Grover ao meu lado que continuava farejando o vento e parecendo nervoso.

Ele não falou nada, mas eu sabia que ele havia sentindo cheiro de monstros.

“Quão perto eles estão?” perguntei para ele.

Ele balançou a cabeça. “Talvez não estejam perto. O vento na represa, o deserto ao nosso redor... o cheiro pode ser carregado por quilômetros. Mas está vindo de várias direções. Não gosto disso.”

Eu também não. Já era quarta-feira, apenas dois dias antes do solstício de inverno, e nós tínhamos um longo caminho a percorrer. 

Não precisávamos de mais nenhum monstro aqui, nos estávamos muito cansados para isso.

“Tem uma lanchonete no centro de visitantes.” Thalia disse.

Eu me virei para ela. “Você esteve aqui antes?” perguntei com interesse.

“Uma vez. Para ver os guardiões.” Ela disse apontado para o fim da represa. Entalhadas na lateral do penhasco havia uma pequena praça e duas grandes estátuas de bronze.

Elas meio que se pareciam com estatuetas do Oscar aladas. “Elas foram dedicadas a Zeus quando a represa foi construída,” disse Thalia. “Um presente de Athena.”

Turistas estavam aglomerados em volta delas. Eles pareciam estar olhando para os pés das estátuas.

“O que eles estão fazendo?” perguntei confuso.

“Esfregando os dedos,” Thalia disse indiferente. “Eles acham que traz sorte.”

“Por quê?”

Ela balançou a cabeça. “Mortais têm ideias malucas-"

"Ei!?" Hamilton e Clint gritaram indignados pelo insulto de Thalia.

"...Eles não sabem que as estátuas são consagradas para Zeus, mas sabem que há alguma coisa especial sobre elas.” Thalia terminou presunçosa, ignorado Hamilton e Clint que olhavam mortalmente para ela.

Eu olhei para os dois com pena e logo me virei para Thalia antes de perguntar. “Quando você esteve aqui da última vez, elas falaram com você ou algo assim?”

A expressão de Thalia escureceu. Eu podia dizer que ela viera aqui antes esperandoexatamente isso, algum tipo de sinal do seu pai. Alguma ligação. “Não. Elas não fazem nada. São apenas grandes estátuas de metal.” ela zombou.

Pensei na última grande estátua de metal que havíamos encontrado. Aquilo não tinha ido muito bem. Mas decidi não tocar no assunto.

“Vamos achar a lanchonete represa.” Zoë disse. “Devemos comer enquanto podemos."

Grover esboçou um sorriso. “A lanchonete represa?”

Zoë piscou. “Sim. O que é engraçado?

“Nada,” Grover disse, tentando manter a cara firme. “Poderia comer algumas batatas fritas presas.”

"Sim," Hamilton disse enquanto sorria. "Vamos tomar também uma água presa!"

"Verdade!" Clint entrou na brincadeira. "Eu preciso comer um sorvete represada!"

Até Thalia riu com essa. “E eu preciso usar o banheiro entalado.”

“Eu quero usar a fonte de água represada.” Grover disse.

“E...” Thalia tentou tomar fôlego. “Quero comprar uma camiseta imprensada.”

"Há um médico de represa por aqui?" Bianca disse, seu rosto estava vermelho por conta dela está segurando as suas risadas.

Talvez fosse o fato de que nós estávamos tão cansados e esgotados emocionalmente, mas comecei a gargalhar, e Thalia, Clint, Hamilton, Bianca e Grover se juntaram a mim, enquanto Zoe olhava para nós. “Eu não entendo.”

Rolei de rir, e continuaria gargalhando o dia inteiro, mas escutei um barulho: "Moooo."

O sorriso derreteu no meu rosto. Imaginei se o barulho estava apenas na minha cabeça, mas Grover também parara de rir. Ele estava olhando ao redor, confuso. “Eu acabei de escutar uma vaca?”

“Uma vaca presa?” riu Thalia.

“Não,” disse Grover. “É sério.”

Zoë escutou. “Eu ouço nada.”

Thalia estava olhando para mim. “Percy, você está bem?”

"E garoto, você tá legal." Hamilton disse preocupado.

“Sim, eu tô legal cara,” eu disse. “Vão na frente. Eu alcanço vocês daqui a pouco.”

“O que está errado?” Grover perguntou.

“Nada,” falei. “Eu... eu apenas preciso de um minuto. Para pensar.”

Eles hesitaram, mas acho que eu aparentava estar chateado, porque eles finalmente entraram no centro de visitantes sem mim.

Assim que eles se foram, corri até o limite norte da represa e olhei em volta.

“Mooo.” Ela estava no lago, quase dez metros abaixo, mas eu podia vê-la claramente: minha amiga do Estuário de Long Island, a vaca-serpente Bessie.

Olhei ao redor. Havia grupos de crianças correndo ao longo da represa. Vários cidadãos idosos. Algumas famílias.

Mas ninguém aparentava estar prestando atenção em Bessie... ainda.

“O que você está fazendo aqui?” perguntei a ela.

“Moo!” A voz dela era alarmada, como se estivesse tentando me avisar sobre algo.

“Como você chegou aqui?” perguntei. Estávamos a milhares de quilômetros de Long Island, centenas de quilômetros no interior. De maneira nenhuma ela poderia ter nadadoaté aqui.

Mais ainda assim, aqui estava ela... 

Bessie nadou em círculo e bateu sua cabeça contra a lateral da represa. “Moo!” Ela queria que eu fosse com ela. Estava me dizendo para me apressar.

“Não posso,” disse a ela em desculpas. “Meus amigos estão lá dentro.”

Ela olhou para mim com seus tristes olhos castanhos. Então ela fez mais um urgente. “Mooo!" deu uma cambalhota e desapareceu dentro d’água.

Eu hesitei. Algo estava errado. Ela estava tentando me dizer isso. Considerei pular por cima da borda e segui-la, mas então eu fiquei tenso.

Os pelos dos meus braços se eriçaram. Olhei abaixo para a estrada da represa em direção ao leste e vi dois homens andando vagarosamente na minha direção.

Eles vestiam roupas de camuflagem cinza que tremeluziam por cima de seus corpos esqueléticos.

Eles passaram por um grupo de crianças e as empurraram para o lado. Uma criança gritou “Ei!” Um dos guerreiros se virou, sua face se transformando momentaneamente em uma caveira. “Ah!” a criança berrou, e todo seu grupo recuou.

Corri para o centro de visitantes.

Estava quase nas escadas quando escutei pneus cantando. No lado oeste da represa, um furgão preto desviou rapidamente para uma parada no meio da estrada, quase batendo em alguns idosos.

As portas do furgão se abriram e mais guerreiros esqueleto se precipitaram para fora.

Eu estava cercado.

Desci disparado pelas escadas e através da entrada do museu. O segurança no detector de metais berrou. “Ei, garoto!” Mas eu não parei.

Corri pelo meio das exibições e me agachei atrás de um grupo de passeio. Procurei pelos meus amigos, mas não conseguia vê-los em lugar nenhum.

Onde era a porcaria da lanchonete?

“Pare!” o cara do detector de metais gritou.

Não havia outro lugar para ir a não ser o elevador com o grupo de passeio. Eu me esgueirei para dentro assim que a porta se fechou.

“Vamos descer mais de duzentos metros,” nossa guia turística falou, animada. Ela era uma guarda-florestal, com longo cabelo preto puxado para trás num rabo-de-cavalo e óculos coloridos. Acho que ela não percebeu que eu estava sendo perseguido. “Não se preocupem, senhoras e senhores, o elevador dificilmente quebra.”

“Ele vai até a lanchonete?” perguntei a ela.

Algumas pessoas atrás de mim abafaram o riso. A guia turística me olhou. Alguma coisa no olhar dela fez minha pele formigar. “Para as turbinas, meu jovem,” a moça falou. “Você não estava escutando a minha fascinante apresentação lá em cima?”

“Oh, hum, claro. Tem outro jeito de sair da represa?” perguntei curiosamente enquanto disfarçava minha urgência na pergunta.

“É um beco sem saída,” um turista atrás de mim disse. “Pelos céus. O único jeito de sair é pelo outro elevador.”

As portas se abriram. “Sigam em frente, pessoal,” a guia turística nos disse. “Outro guarda-florestal está esperando por vocês no fim do corredor.  

Não tive muita escolha a não ser sair com o grupo. “E meu jovem,” a guia turística chamou. Olhei para trás. Ela havia tirado seus óculos. Seus olhos eram surpreendentemente cinzas, como nuvens de tempestade. “Existe sempre uma saída para aqueles inteligentes o bastante para encontrá-la.”

As portas se fecharam com a guia turística ainda dentro, deixando-me sozinho.

Antes que eu pudesse pensar muito sobre a mulher no elevador, um ding veio do canto. O segundo elevador estava abrindo, e eu escutei um som inconfundível de um tinir de dentes esqueléticos.

Corri até o grupo turístico, por um túnel entalhado na pedra sólida. Parecia continuar para sempre. As paredes eram úmidas, e o ar zunia com eletricidade e o rugido da água.

Saí em uma sacada em forma de U que dava vista para esta enorme área de armazéns.

Quinze metros abaixo, enormes turbinas estavam ligadas. Era uma sala grande, mas eu não via nenhuma outra saída, a menos que eu quisesse pular dentro das turbinas e ser triturado para gerar eletricidade.

E eu não queria isso não...

Outro guia turístico estava falando no microfone, contando aos turistas sobre os suprimentos de água em Nevada. Rezei para que Hamilton, Bianca, Thalia, Zoë, Clint e Grover estivessem bem.

Eles podiam já ter sido capturados, ou estar comendo na lanchonete, completamente ignorantes de que estávamos sendo cercados.

E que estupidez a minha: eu havia me aprisionado num buraco centenas de metros abaixo da superfície.

Legal...

Fiz meu caminho ao redor da multidão, tentando não parecer óbvio. Havia um corredor no outro lado da sacada, talvez um lugar onde pudesse me esconder?

Mantive minha mão em Contracorrente, pronto para atacar.

No momento em que cheguei ao lado oposto da sacada, meus nervos dispararam. Fiquei de costas para o pequeno corredor e observei o túnel pelo qual viera.

Então, bem atrás de mim eu escutei um agudo Chhh como a voz de um esqueleto.

Sem pensar, destampei Contracorrente e girei, golpeando com minha espada.

A garota que eu tinha acabado de tentar fatiar ao meio ganiu e deixou cair seu guardanapo.

“Ó, meu deus!” ela gritou. “Você sempre mata as pessoas quando elas assoam o nariz?”

A primeira coisa que me veio à cabeça foi que a espada não a tinha machucado. Havia passado limpa através do seu corpo, inofensivamente. “Você é mortal!”

Ela olhou para mim incrédula. “O que isso quer dizer? É claro que sou mortal! Como você passou essa espada pela segurança?”

“Eu não... Espere, você pode ver que é uma espada?” perguntei surpreso.

A garota rolou os olhos, que eram verdes como os meus. Ela tinha cabelo crespo castanho avermelhado. Seu nariz também estava vermelho, como se estivesse gripada.  Ela vestia um grande moletom grená de Harvard e jeans cobertos de manchas de canetinhas e pequenos buracos, como se ela usasse o tempo livre para espetá-los com um garfo.

“Bem, ou é uma espada ou é o maior palito de dente do mundo,” ela disse sarcasticamente. “E por que não me feriu? Quero dizer, não que eu esteja reclamando. Quem é você? E, uau, o que é isso que você está vestindo? É um casaco de detetive?”

Ela me fez tantas perguntas, tão rápido, que era como se ela estivesse jogando pedras em mim.

Eu olhei para o casaco que Hamilton me deu enquanto estávamos no caminhão de reboque, ele me disse que não iria precisa mais dele por por que iria vestir o casaco de pêlo do Leão da Neméia por ser mais resistente e leve e me perguntou se queria o casaco dele.

E é lógico que eu aceitei, esse casaco era indestrutível e legal, e eu parecia muito estiloso com ele, mesmo que fosse um pouco pesado em vestí-lo eu não me importei, talvez isso me fizesse ficar mais forte?

Eu sabia que os guerreiros esqueleto ainda estavam me perseguindo. Não havia tempo a perder... mas eu apenas continuei encarando a menina ruiva.

Então me lembrei do que Thalia fez em Westover Hall para enganar os professores.

 Talvez eu pudesse manipular a Névoa?

Eu me concentrei bastante e estalei meus dedos. “Você não vê uma espada,” eu disse dramaticamente à garota. “É apenas uma caneta esferográfica.”

Ela piscou. “Hum... não. É uma espada, seu esquisito.”

“Porra! Quem é você?” eu xinguei enquanto exigia resposta.

Ela retrucou, indignada. “Rachel Elizabeth Dare, seu ignorante! Agora, você vai responder às minhas perguntas ou devo gritar pelos seguranças?”

“Não!” eu disse apreensivo. “Quero dizer, estou meio que com pressa. Estou com problemas.”

“Com pressa ou com problemas?” ela perguntou curiosamente.

Eu olhei ao redor nervosamente e depois me virei-me para ela. “Hum, acho que os dois.”

Ela olhou sobre os meus ombros e seus olhos se arregalaram. “Banheiro!”

“O-O quê?” perguntei surpreso pela sua preocupação.

“Banheiro! Atrás de mim! Agora!” ela falou com urgência.

Não sei por que, mas eu a escutei. Escorreguei para dentro do banheiro masculino e deixei Rachel Elizabeth Dare permanecer do lado de fora.

Depois, aquilo me pareceu covarde. Também estou quase certo de que salvou minha vida.

Ouvi os sons tirintantes e sibilantes dos esqueletos enquanto eles se aproximavam. Meu aperto se intensificou em Contracorrente.

O que eu estava pensando? Eu deixei uma garota mortal lá fora para morrer.

Estava me preparando para irromper e lutar quando Rachel Elizabeth Dare começou a falar no seu jeito de metralhadora automática. “Ó, meu deus! Vocês viram aquele garoto? Já era tempo de vocês chegarem aqui. Ele tentou me matar! Ele tinha uma espada, pelo amor de Deus. Vocês da segurança deixaram um espadachim lunático entrar em um monumento nacional? Quero dizer, nossa! Ele correu na direção daquelas coisas das turbinas. Acho que ele foi pela lateral ou algo assim. Talvez tenha caído.”

Os esqueletos tirintaram excitadamente. Eu os escutei indo embora. Rachel abriu a porta. “Tudo limpo. Mas é melhor você se apressar.” Ela parecia abalada. Sua face estava pálida e suada.

Espiei o canto. Três guerreiros esqueleto estavam correndo em direção ao outro extremo da sacada. O caminho para o elevador estava livre por poucos segundos. “Eu te devo uma, Rachel Elizabeth Dare.” eu agradeci aliviado.

“O que são essas coisas?” ela perguntou. “Pareciam-”

“Esqueletos?” eu perguntei.

Ela assentiu, apreensiva.

“Faça um favor a si mesma,” eu disse enquanto começava a andar em direção a lanchonete. “Esqueça isso. Esqueça que alguma vez me viu.”

“Esquecer que você tentou me matar?” ela disse irônica

Rolei meus olhos. “É. Isso também.” eu zombei

“Mas quem é você?” ela perguntou.

“Percy-” eu comecei a dizer. Então os esqueletos se viraram. “Tenho que ir!”

“Que tipo de nome é Percy Tenho-que-ir?” ela perguntou...  novamente...

Não tiver para isso e disparei para a saída.


Momentos desesperadores depois...


A lanchonete estava repleta de crianças aproveitando a melhor parte do passeio — o almoço da represa.

Hamilton, Bianca, Clint, Thalia, Zoë e Grover estavam justamente se sentando com suas comidas.

“Temos que ir,” arquejei em pânico. “Agora!”

“Mas nós acabamos de pegar nossos burritos!” Thalia disse.

"É cara, e caso você não sabia, eu estou morrendo de fome..." Hamilton parou de disse. "Uh, pessoal, acho que estamos com sérios problemas aqui..." ele bateu nervosamente nos braço de Thalia e Bianca, que estavam sentadas a cada lado dele enquanto apontava além de meus ombros, a janela eu percebi.

Então todos nós olhamos pela janela.

As janelas da lanchonete envolviam todo o andar de observação, o que nos dava uma linda visão panorâmica do exército de esqueletos que viera nos matar.

Contei dois no lado leste da estrada da represa, bloqueando o caminho para o Arizona. Mais três no lado oeste, guardando Nevada. Todos estavam armados com cassetetes e pistolas.

"Não podemos fazer uma pausa, podemos?" Bianca disse exasperada.

"Ouvi dizer que qualquer lugar que não seja aqui é ótimo nesta época do ano." Clint sugeriu enquanto se levantava do lugar.

Mas nosso problema imediato estava bem mais próximo. Os três guerreiros esqueleto que estiveram me perseguindo na sala das turbinas apareciam agora nas escadas.

Eles olharam para Hamilton do outro lado da lanchonete e rangeram seus dentes.

“Elevador!” Grover disse. Disparamos naquela direção, mas as portas se abriram com um agradável ding, e mais três guerreiros pisaram para fora.

Todos os guerreiros foram contabilizados, menos o que Bianca tinha explodido em chamas no Novo México.

Estávamos completamente cercados.

"Maldição! Malditos esqueletos..." Hamilton disse.

"Hamilton! Agora não é hora para trocadilhos!" Thalia repreendeu.

Hamilton se encolheu. "Foi mal Thalia. Não foi intencional."

"Pessoal, eu tenho um plano," Grover disse. Então ele  teve uma ideia brilhante, totalmente no estilo Grover. “Guerra de burritos!” ele gritou, e arremessou seu Guacamole Grande no esqueleto mais próximo.

Agora, se você nunca foi atingido por um burrito voador, considere-se sortudo.

Em termos de projéteis letais, está no topo da lista junto com granadas e balas de canhão.

O lanche de Grover acertou o esqueleto e derrubou completamente seu crânio de seus ombros. Não tenho certeza do que as outras crianças na lanchonete viram, mas elas enlouqueceram e começaram a jogar seus burritos e cestas de batatas fritas e refrigerantes umas nas outras, guinchando e gritando.

Os esqueletos tentaram mirar suas armas, mas foi inútil. Corpos e comidas e bebidas estavam voando por toda parte.

No caos, Clint e eu derrubamos os outros dois esqueletos nas escadas e os mandamos voando para a mesa de condimentos.

De repente, o caminho estava livre.

"Vamos!" Bianca disse, esquivando-se por um momento para se esquivar de um burrito perdido.

Então nós todos corremos escada abaixo, Guacamoles Grandes zunindo pelas nossas cabeças.

“E agora?” Grover perguntou quando irrompemos ao ar livre.

Eu não tinha uma resposta. Os guerreiros na estrada estavam se aproximando por ambos os lados. 

Atravessamos a rua correndo para o pavilhão com as estátuas aladas de bronze, mas isso apenas colocou nossas costas contra a montanha.

Os esqueletos se adiantaram, formando um semicírculo à nossa volta. Seus irmãos da lanchonete estavam correndo para se juntar a eles.

Um ainda estava colocando seu crânio de volta sobre os ombros. Outro estava coberto de catchup e mostarda. Mais dois tinham burritos alojados entre as suas costelas.

Eles não pareciam felizes com isso. Sacaram seus cassetetes e avançaram.

“Sete contra onze,” Grover murmurou. “E eles não podem morrer.”

“Foi legal me aventurar com vocês crianças.” Clint disse, enquanto ele e Zoë atiravam flechas certeiras nos esqueleto, ganhado um pouco de tempo para nós.

Algo brilhante capturou minha atenção pelo canto do meu olho. Olhei às minhas costas, para o pé da estátua. “Uau,” eu disse. “Os dedos deles realmente são brilhantes.”

“Percy!” Thalia repreendeu. “Este não é o momento.”

Mas não consegui parar de encarar os dois caras gigantes de bronze com altas asas cortantes como abridores de cartas.

Eles estavam marrons por sua exposição ao clima, exceto pelos dedos dos pés, que brilhavam como moedas novas por causa de todas as vezes que as pessoas os esfregaram para ter sorte.

Boa sorte. A benção de Zeus.

Pensei sobre a guia turística no elevador. Seus olhos cinzas e seu sorriso. O que eladissera? Existe sempre uma saída para aqueles inteligentes o bastante para encontrá-la.

“Thalia,” eu disse. “Reze para o seu pai.”

Ela me olhou fixamente. “Ele nunca responde.”

“Apenas esta vez,” eu súpliquei. “Peça ajuda. Acho... acho que as estátuas podem nos dar alguma sorte.”

“Faça logo!” gritei desesperado.

“Não!” Thalia disse teimosamente. “Ele não vai me responder.”

“Oh! Pelo amor dos Deuses! Desta vez é diferente!” eu exclamei ainda desesperado.

“Quem disse?” Thalia me perguntou.

Eu olhei incrédula para ele, e eu hesitei. “Atena, eu acho.”

Thalia franziu a testa como se tivesse certeza que eu havia enlouquecido. "E como você saber disso?"

"Caralho!? Eu não tenho certeza. Mas vamos lá, tente alguma coisa, qualquer coisa!? Porra!?" gritei aborrecido pela sua incessante hesitação de nós ajudar aqui.

"Oh, droga! Tudo bem." Ela disse, virando-se para eles. Então ela fechou os olhos. Seus lábios se mexeram em uma prece silenciosa.

Coloquei minha própria prece para a mãe de Annabeth, esperando que eu estivesse certo sobre ter sido ela naquele elevador... e nada aconteceu.

Quando eu abrir meus olhos e voltei a olhar para o caminho de onde nós viemos, eu entrei em pânico.

Bianca, gravemente ferida, não conseguiu acompanhar. Ela estava mancando pela estrada. Mas, pelo menos, Hamilton se lembrava, e a estava ajudando, passando o braço por cima do ombro.

Os cinco esqueletos de cada lado da barragem estavam se fechando.

Como se não bastassem, atrás deles, três esqueletos saíram da cafeteria. Eles sacaram as armas de seu lado e miraram, junto com o resto.

Bianca tinha a pele do Leão da Neméia vestida nela (acho que Hamilton colocou nela para protegê-la das balas dos esqueletos), mas sua cabeça estava vulnerável e Hamilton estava completamente desprotegida sem o seu casaco que eu estava vestindo no momento.

Eu corri para frente, enquanto gritava. "ATRÁS DE VOCÊS!?"

Assim que Hamilton começou a se virar, os esqueletos abriram fogo.

Uma sombra caiu sobre mim. Pensei que talvez fosse a sombra da morte.

Então percebi que era a sombra de uma asa enorme que pousaram na frente de Bianca e Hamilton, os protegendo das balas que bateram inutilmente nas asas.

Os esqueletos olharam para isso... mais já era tarde demais.

Um lampejo de bronze, e todos os cinco carregando cassetetes foram varridos para o lado.

Os outros esqueletos abriram fogo. Levantei meu casaco indestrutível para me proteger, mas nem precisava. Os anjos de bronze passaram à nossa frente e entrelaçaram suas asas como escudos. Balas retiniam nelas como chuva em teto ondulado. 

Ambos os anjos golpearam para fora, e os esqueletos saíram voando pela estrada.

“Cara, é tão bom levantar!” o primeiro anjo disse. Sua voz soava metálica e rústica, como se ele não tivesse bebido nada desde que fora construído.

“‘Cê’ vai olhar pros meus dedos?” o outro falou. “Santo Zeus, o que esses turistas estavam pensando?”

Por mais atordoado que eu estivesse com os anjos, eu estava mais preocupado com os esqueletos.

Alguns deles estavam se levantando de novo, reagrupando-se, mãos ossudas tateando por suas armas.

“Problema!? Estamos com problemas aqui, caramba!?” eu gritei erguendo Contracorrente enquanto fatiava habilmente dois esqueletos em um golpe suave.

“Oh Droga!? Tirem-nos daqui!?” Thalia gritou.

Os dois anjos olharam para ela. “Filha de Zeus?”

“Cacete Sim!" Thalia afirmou desesperada.

“Posso ter um por favor, Senhorita Filha de Zeus?” um anjo perguntou.

Thalia olhou incrédula para o anjo metálico. “Merda! Por favor!”

Os anjos olharam um para o outro e encolheram os ombros. “Podia me esticar um pouco,” um decidiu.

De repente um deles agarrou Thalia, Bianca e a mim, o outro agarrou Zoe, Clint e Grover, e nós voamos direto para cima, sobre a represa e o rio, os guerreiros esqueleto diminuindo até serem minúsculos pontos abaixo de nós e o som de tiros ecoando nas laterais das montanhas.

"Ah, Percy, Thalia," Bianca disse momentos depois, sua voz apreensiva. "Cadê o Hamilton?"

"Como assim? Ele não está com Grover e os outros," eu disse confuso, olhando para o outro anjo metálico, e vi que Hamilton não estava lá. "Oh... merda, esqueçemos dele não foi."

"Sim, nós totalmente esquecemos ele!" Thalia disse, seu estava em pânico enquanto ela para represa Hoover logo trás, que tinha desaparecido por os anjos estarem voando em velocidade absurda, mais eu conseguir enxergar um pequeno brilho verde no Horizonte distante, provavelmente que vinha da represa Hoover...





Notas Finais


E Corta!?
Como eu disse nas notas iniciais, eu estou sem idéias do escrever aqui, eu estou muito cansado por escrever demais...
Bem, até o próximo capítulo meus queridos consagrados...
(Minha está quebrada, então sem o ZUM aqui... MALDIÇÃO!? 😭😭😭)


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