Depois da bronca que meu pai me deu, eu volto para o meu quarto, sem intenção de sair de lá.
Coloco um outro demônio para fazer meu trabalho pelo resto desse dia.
Passo o resto do dia no meu quarto, esperando que meu pai apareça para me punir.
Na última vez que ele fez isso, ele fez o mais temido dos demônios gritar.
Porém tudo que eu ouço é uma briga muito alta. Meu pai deve estar furioso com algum dos seus servos. Confesso que sou tomado pela curiosidade, e vou até a porta da sala do trono para ouvir a briga.
- QUE MERDA! - Grita meu pai.
- Sinto muito meu rei, não posso impedi -lo de vir aqui.
- Certo, saia daqui, quero falar a sós com meu irmão.
- Certamente meu rei. - Diz o servo saindo do salão.
Pouco tempo depois que ele sai, entra um homem que com certeza não pertence a este lugar. Ele veste uma armadura branca e azul, e possui um par de asas enormes, tão brancas quanto a sua armadura. Um anjo. Provavelmente de alta patente. As chamas infernais não chegam a toca-lo. É como se o inferno estivesse com medo dele.
- Olá Lucifer. A quanto tempo. - Diz o homem fechando suas asas
- O que o trás aqui Gabriel?
Gabriel? Eu pensei que meu pai tivesse dito aquilo só para me intimidar. Mas o mensageiro de Deus realmente está aqui.
- Você sabe porque estou aqui irmão. Tem mandado demônios para o mundo espiritual? Acho que você sabe que isso é contrário às regras.
- Não adianta tentar te enganar não é irmão? Você sempre foi muito esperto.
- Sejamos rápidos Lucifer, eu não tenho tempo para perder nesse buraco. Por que você mandou um demônio lá para cima?
- Eu precisava que ele buscasse algo para mim.
- Buscar o que? Aquele anel? Eu já havia levado ele ao céu a muito tempo.
- Sim, eu queria a única lembrança que tinha de quando eu era um anjo.
- Eu vim até aqui para dizer que se eu souber que mais um demônio foi ao mundo espiritual e atacar a minha sobrinha. Eu vou resolver o problema pessoalmente. Entendeu?
- Foi o pai quem mandou você fazer essa ameaça?
- Não, não foi.
- Então não sou só eu quem está contra as regras.
- Eu vou proteger Ariel. Não importa o que isso custe. Então recomendo que não mande mais ninguém para lá.
Gabriel vira as costas e sai da sala. Consigo ouvir o bater de suas asas.
- Entendido. - Diz meu pai.
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