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História Luz Nas Trevas - Escolhas


Escrita por: TatyNamikaze

Notas do Autor


Voltei! \o/ Como estão?
Espero que gostem desse capítulo.
Boa leitura!

Capítulo 6 - Escolhas


Fanfic / Fanfiction Luz Nas Trevas - Escolhas

Capítulo Seis - Escolhas

 

“Eu vou, Orochimaru... E eu vou provar que posso ser forte!”

As palavras de Sakura ecoam na mente dele incessantemente.

Ela não pode ter aceitado! Ela não pode!

Seus ouvidos só podem estar enganando-o. Pregando uma peça. Ela não havia aceitado. Não havia como aceitar uma proposta absurdamente absurda como essa.

Sakura não se afastaria dele, afinal, o motivo para ela ter fugido da vila com ele era para mantê-lo por perto, então por que diabos ela se afastará agora? Não faz sentido algum.

Ele a encara, a leve surpresa que, segundos antes, estava evidente em seu rosto, não está mais, apesar de que seu interior – antes extremamente surpreso e confuso – esteja do mesmo jeito ou talvez até pior.

- Excelente! Amanhã de manhã, você partirá.

As palavras de Orochimaru fazem o coração da rosada doer. Ela não esperava que partiria tão cedo, pensou que teria mais tempo com seu amado, mas sacrifícios são necessários algumas vezes, e esse é um motivo muito forte.

Ela precisa de poder para ajudar o Sasuke tanto na sua vingança quanto contra os novos inimigos que surgirão pelo caminho e só conseguirá se partir.

- Tudo bem. – ela concorda e continua a refeição.

O silêncio volta a se estabelecer na mesa.

. . .

- Sasuke! – ela chama o moreno que já se encontra deitado.

Ele está calado desde a conversa na mesa de jantar.

- O que foi? – a voz dele sai indiferente como sempre.

- Não está chateado por eu ter aceitado ir para o país da Ondas, não é?

- E por que eu estaria? Não faz diferença alguma. – a voz dele sai fria e ainda mais indiferente, fazendo a rosada abaixar a cabeça, tristonha.

“É como eu pensei. Ele não se importa.”

- Ah. – ela deita-se em sua cama e uma lágrima escorre de um dos seus olhos verdes.

Sasuke, mesmo de costas, percebe que ela está magoada. Apenas pelo seu tom de voz ao pronunciar somente um simples “ah”, ele pôde constatar isso. Mas, lá no fundo, o que ele queria dizer era exatamente o contrário, afinal, faz diferença sim.

O esconderijo de Orochimaru não será o mesmo sem ela. Seus dias não serão os mesmos se ela estiver longe.

Quem irá irritá-lo se Sakura não estiver por perto?

Com certeza, tudo será diferente a partir de amanhã.

Então por que ele simplesmente não falou isso? Por que precisou ser indiferente, frio e magoá-la?

Acontece que Sasuke Uchiha é assim. Ou melhor, ele prefere ser assim. Frio, indiferente, arrogante, prefere manter os outros afastados e não criar laços, mas por que, afinal? Nem ele entende realmente o porque disso. Talvez seja medo de criar algo forte com alguém e perder essa pessoa ou de desviar do seu caminho.

Só que ele sempre controlou isso muito bem, sempre conseguiu deixar sua vida e seus pensamentos em ordem, mas agora tudo está confuso. Uma bagunça.

Por fim, ele tenta pegar no sono. Com certeza, o estresse devido ao treinamento excessivo esteja mexendo com o seu psicológico e fazendo-o pensar demais em tudo, principalmente, nela. Também o dia foi bastante cheio, esses sentimentos em relação à partida – desnecessária, na opinião dele – de Sakura, devem ser alguma espécie de efeito colateral irritante de um dia consideravelmente estressante.

A rosada permanece em sua cama, imóvel e só realiza um movimento para secar a lágrima que havia caído agora à pouco.

Ela não quer se mostrar fraca. Ela não quer chorar na frente dele. Sakura pretende mostrar que pode ser forte.

Ela, enfim, se entrega ao cansaço e cai em um sono profundo, pois amanhã terá uma longa caminhada pela frente, rumo a um futuro brilhante como uma grande Kunoichi.

. . .

Ela acorda ainda meio sonolenta e segue para o banheiro para tomar um banho antes de partir. Assim que abre a porta do pequeno cômodo, Sakura olha para trás, mas Sasuke permanece do mesmo jeito.

Mal sabia ela que ele não conseguiu dormir direito à noite por sua causa. Por causa da maldita decisão que ela tomou.

Ela fecha a porta após entrar no banheiro e deixa Sasuke sozinho naquele quarto, perdido em meio aos seus pensamentos confusos e irritantes.

Ele não entende porque tudo está confuso, não entende porque está incomodado com a partida dela, afinal.

Sakura voltará em algum momento, então porque a simples ideia de ficar longe dela por um tempo o incomoda? E se incomoda, por que ele simplesmente não diz invés de ficar mascarando seus reais sentimentos e dizendo totalmente o contrário do que está sentindo?

Sasuke Uchiha é um ser muito complicado. Nem o mais difícil dos enigmas já criados consegue vencê-lo no quesito “mistério”.

O Uchiha é uma incógnita impossível de ser descoberta.

É uma charada impossível de ser resolvida.

É um questionamento cuja resposta é totalmente desconhecida.

Sakura volta do banheiro vestida com seu típico vestido qipao vermelho e com os cabelos – agora um pouco mais compridos que antes – molhados, despertando Sasuke de seus devaneios.

Ela começa a arrumar suas coisas em sua mochila, e Sasuke decide levantar da cama. É inútil tentar dormir.

Sakura coloca a última peça de roupa em sua mochila e olha para o moreno. Os orbes ônix se encontram com os verdes, e Sakura pensa se é realmente uma boa ideia ir embora.

“Não, Sakura! Você não pode desistir. Você precisa ir para ficar forte.”

Com esses pensamentos, ela coloca a mochila nas costas e respira fundo enquanto ainda encara os olhos ônix de Sasuke.

- Eu tenho que ir. – ela diz, e ele apenas segue em direção ao banheiro.

- Hmm... – murmura antes de chegar até a porta.

O semblante de Sakura fica ainda mais triste. Perceber que ele não dá a mínima para ela é horrível, mas a Haruno quer dizer tantas coisas para ele – coisas que ela havia desistido agora à pouco de falar –, mas, como não vão se ver por um bom tempo, essa será a única chance.

A rosada levanta o rosto, determinada.

- Eu sei que você não me suporta, Sasuke. E até agora não sei porque me trouxe mesmo me odiando. Mas, você me deu uma chance e quero provar que posso ser útil, que posso ser forte. Eu vou embora para realizar o meu objetivo, vou ficar forte para cumprir o que eu disse. E, quando eu voltar, te ajudarei na sua vingança.

Ela dá um último sorriso enquanto as lágrimas banham o seu rosto, fitando os ônix inexpressivos do Uchiha.

- Adeus, Sasuke.

Sakura dá uma última olhada no moreno à sua frente e atravessa a porta, adentrando um corredor sombrio e abafado. Uma última lágrima solitária escorre pela sua pele pálida, afinal, ela está partindo para uma longa jornada longe de Sasuke, mas é por uma boa causa.

Ela precisa de poder para ajudá-lo, para provar tanto para ele quanto para si mesma que pode ser uma grande kunoichi.

“Eu voltarei em breve, Sasuke. E bem forte.”

Sakura seca a lágrima que escorreu há pouco e continua seu caminho silencioso até a escada da entrada do esconderijo subterrâneo, onde Kabuto já a espera.

- Vamos? A senhora Asaye já está avisada. Vou levá-la até ela.

A rosada apenas assente com um movimento discreto com a cabeça e começa a segui-lo pela floresta ao redor do esconderijo do sennin lendário.

Kabuto e Sakura pulam a toda velocidade pelos galhos fortes das árvores de grande porte, ambos em silêncio, focados no longo trajeto que terão que seguir até chegarem à Asaye, uma senhora de idade, porém uma grande ninja médica e antiga kunoichi da aldeia da Grama, ainda conhecida em alguns lugares por sua fama, de décadas atrás, como uma grande Shinobi de sua aldeia.

O caminho a percorrer é bem longo, afinal, o país das Ondas fica muito longe dali, mas isso não importa, vai valer a pena. Ela voltará uma nova Sakura.

. . .

- Estamos chegando. – Kabuto fala quando cruzam a fronteira norte do país das Ondas, rumo a um lugar afastado de tudo, sem nada – a não ser vegetação – ao redor.

Distante, ela pode ver uma pequena casa. Sakura está nervosa, já que não faz ideia de onde está se metendo. O que ela sente é um misto de medo, ansiedade e alegria. Medo por estar longe do Sasuke, ansiedade por causa do treinamento e alegre porque se tornará uma grande kunoichi – pelo menos, é o que ela espera.

Eles caminham pela estrada de terra até a edificação simples onde uma senhora já se encontra do lado de fora, lendo um livro sobre ervas medicinais, sentada em uma cadeira de balanço.

Os dois ninjas se aproximam e, sem retirar os olhos do livro, a senhora diz:

- Vocês chegaram cedo. Pensei que só chegariam à noite. – a voz de Asaye é bem doce, o que faz Sakura lembrar-se da sua mãe, Mebuki e sentir-se um pouco mal por tê-la abandonado – Essa é a tal garota que disse? Sakura, não é?

A senhora de idade volta seus olhos para a garota de cabelos rosados e sorri abertamente, mostrando seus dentes um pouco amarelados. Ela parece uma boa senhora aos olhos de Sakura.

- Sou Asaye.

- Oi. – a rosada responde timidamente.

- Você recebeu o último pergaminho de Orochimaru? – Kabuto pergunta ao ajeitar os óculos no rosto.

- Sim, ele já explicou tudo. – a senhora diz.

- Bom, então já vou indo. – ele dá as costas para as duas – Boa sorte com seu treinamento, Sakura. – e some da vista delas antes que a rosada pudesse dizer algo.

Sakura fita o chão, desconfortável, afinal, ela não conhece a senhora à sua frente e não sabe como iniciar um diálogo com sua futura sensei.

- Você era da aldeia da Folha, não é? – os orbes verdes voltam-se para os ônix da senhora de idade e a analisam.

Asaye tem, aproximadamente, sessenta anos, mas está em boa forma para sua idade, apenas algumas rugas em seu rosto e a pele um pouco mal cuidada denunciam a sua idade. Ela veste um quimono verde simples, amarrado com uma faixa branca na cintura, e seus cabelos negros vão até um pouco abaixo do ombro.

- Sim. – a voz da rosada sai baixa e fina.

- E por que saiu de lá para se juntar a alguém como Orochimaru?

- É complicado. – Sakura abaixa a cabeça.

- Tudo bem se não quiser falar. – Asaye olha para a figura tímida e desconfortável da Haruno – Bom, por que não vamos lá para dentro e tomamos um suco, não é?

A rosada levanta o rosto e sorri levemente, assentindo com um movimento delicado com a cabeça.

- Venha! – ela começa a caminhar, e Sakura a segue. Asaye parece uma senhora realmente boa, a rosada não tem porque ficar com receio de se aproximar dela – Entre! Fique à vontade.

Os olhos verdes da Haruno percorrem toda a sala simples e arejada, em tons pastéis, mas muito aconchegante. No centro, um sofá de couro preto e uma mesa de centro de madeira escura se destacam devido à cor forte, em contraste com o tom das paredes e a madeira clara dos outros móveis. No canto direito, há um armarinho com porta de vidro, com algumas louças dentro e, no outro, uma escada que dá acesso ao segundo andar. No fundo do cômodo, uma porta aberta chama a atenção da rosada e, pela fresta, é possível ver uma mesa de jantar de quatro cadeiras onde, provavelmente, deve ser a cozinha.

- Pode deixar suas coisas aqui na sala mesmo, depois você leva para o quarto. – Asaye diz e Sakura faz o que ela disse, depositando a mochila sobre o sofá – Você deve estar com fome depois dessa viagem, não é?

- Sim. – Sakura responde, ficando mais à vontade com a presença da senhora.

- Então vou preparar algo para comermos, Sakura. – Asaye segue para a geladeira e retira alguns alimentos de lá enquanto Sakura senta-se na mesa, observando tudo ao seu redor e pensando no quanto sua vida será diferente a partir de agora.

 

 

 

 

Sasuke Uchiha

 

Vejo Sakura saindo pela porta para ir treinar com uma tal de Asaye no país das Ondas e algo dentro de mim me incomoda. Eu não entendo porque ela tem que ir embora e, muito menos, porque a sua partida me incomoda tanto. Eu devia ficar feliz, afinal, aquela irritante irá embora, mas não consigo.

Eu não sei porque tudo está confuso. Ultimamente, não estou entendendo mais nada.

Desisto de tentar compreender meus pensamentos e abro a porta do banheiro. Caminho até o chuveiro em passos lentos, retiro as minhas roupas, deixando-as em um canto qualquer do cômodo e entro embaixo da água, mas, por mais que eu tente parar de pensar no que está acontecendo, não dá.

Agora tudo será diferente, afinal, Sakura não estará mais aqui comigo, ela não fará mais, irritantes, os meus dias. E isso, de certa forma, é bom, não é? Ela é irritante demais. Entretanto, por que não consigo ficar feliz com sua partida?

Mas, que pensamentos irritantes!

Desligo o chuveiro e pego a toalha, pendurada no gancho, para me secar. Enrolo-a na cintura e caminho de volta para o quarto.

Mesmo após um banho, ainda continuo com sono devido à noite mal dormida – que nem sei por qual motivo – e, com certeza, deve haver olheiras enormes no meu rosto.

Pego minhas peças de roupas e visto rápido, afinal, Orochimaru já deve estar esperando-me para treinar, pois hoje tentarei desenvolver um novo jutsu através do Chidori.

Caminho em passos lentos até a porta e olho para trás, percorrendo toda a extensão do cômodo com o olhar. É estranho não ver uma figura de cabelos rosados andando por aqui. É estranho não escutar um barulho sequer ecoando pelo cômodo. Não escutar uma voz irritante.

Não que eu esteja sentindo falta disso tudo. Claro que não. Nunca sentiria falta daquela irritante. É só que, após esse tempo todo convivendo com ela, acostumado a escutar a sua voz irritante, a conviver com ela, é... Diferente. Isso! Essa é a palavra.

É diferente não tê-la por perto agora.

Afasto esses pensamentos que não faço ideia do porque de estarem “martelando” minha cabeça e adentro o corredor sombrio, caminhando em direção à sala de treinamento onde o sennin lendário já se encontra.

- Você demorou.

Apenas olho para ele com meu semblante sério, não estou afim de conversar, então faço uns selos e um Chidori surge em minhas mãos para começar logo esse treinamento.

- Bom, vamos começar então.

 

 

 

 

. . .

 

 

 

 

- Não acredito que a Testa de Marquise foi embora da vila com o Sasuke. Com o meu Sasuke! – Ino praticamente grita, sua voz está carregada de raiva, afinal, quem Sakura pensa que é para fugir com o lindo Uchiha?

- Calma, Ino! – Shikamaru diz – E até parece que o Sasuke e você tinham algo.

- A gente não tinha, mas íamos ter em breve se a Sakura não tivesse estragado tudo! – Ino suspira, irritada – Mas, ela vai pagar. Eu vou achar o Sasuke e mostrar para ele que sou melhor que a Sakura.

- Ino, aceita logo. Ele levou a Sakura, não você. Esquece o Sasuke. – Shikamaru suspira, ele não aguenta mais a Ino falando do Uchiha no seu ouvido.

Por que essa loira tem que ser tão chata? Ino é sua amiga, mas não dá mais para aguentar essa chatice toda de Sasuke para cá, Sasuke para lá. A Yamanaka precisa entender que o Uchiha não liga para ela. Se ligasse, ele a levaria naquela longa jornada em busca de poder, não a Sakura.

- Cala a boca, Shikamaru. A Sakura não vai me vencer.

- Ela já venceu. – o Nara sussurra.

- O que disse? – a Yamanaka está com uma das sobrancelhas arqueadas.

- Nada. – Shikamaru se desencosta do parapeito da ponte e olha para o fim da rua, onde avista Naruto caminhando, com uma mochila nas costas, ao lado de um dos sennins lendários, Jiraya.

Após o resgate de Matsuri, uma missão complicada onde Gaara se mostrou forte e conseguiu controlar o Shukaku uns dias antes, Naruto tinha dito que iria treinar com Jiraya e, julgando pela mochila em suas costas, ele deve estar indo para essa longa missão agora.

De longe, Ino, Chouji – que até a pouco não havia feito nada além de comer seus salgadinhos – e Shikamaru acenam para Naruto que, em resposta, abre seu típico sorriso de orelha à orelha.

- Agora ele também ficará forte e, quando voltar, vai se achar o melhor. – Chouji comenta, jogando mais alguns salgadinhos na boca.

- Sim, mas ele precisa ser forte para trazer seus companheiros de volta. – o Nara comenta enquanto observa o loiro sumir do seu campo de visão – E ele não vai desistir disso.

. . .

- Vamos tentar aprimorar o seu Rasengan mais uma vez, Naruto. – Jiraya diz.

Já faz dias que eles treinam pesado, afinal, Naruto precisa ficar mais forte para trazer seus antigos companheiros de time de volta.

O treinamento está sendo muito duro, incessante. Naruto quase não para, não desiste, não se cansa. A sua determinação é extremamente grande.

Ele assente com a cabeça, concordando com o que o “Sábio Tarado” disse e levanta a mão, colocando-a na altura do peito. Naruto fecha os olhos, concentra-se e acumula chakra na palma da mão. O chakra em movimento giratório fica visível em sua palma, assumindo o tamanho de um Rasengan normal. Aos poucos, o chakra em sua mão vai ficando mais intenso e a quantidade aumenta, dando origem a um Rasengan maior que o de costume.

O jutsu ainda não está do jeito que ele queria, afinal, ainda não está gigante, porém o simples fato dele ter aumentado consideravelmente de tamanho já é um grande progresso.

- Excelente! – Jiraya elogia, sorrindo.

- Eu consegui, Sábio Tarado! – Naruto fala todo sorridente.

- Não se anime tanto, ainda falta muito para você ficar realmente forte.

O sorriso de Naruto some.

- Eu sei, Sábio Tarado e eu vou conseguir. – o garoto ergue mais a mão e atinge uma árvore próxima com seu jutsu, derrubando-a no chão.

- Vamos tentar aperfeiçoar mais o seu Rasengan esses dias, porque depois vou te ensinar Genjutsu.

- Você vai me ensinar a fazer Genjustu? – Naruto pergunta todo animado.

- Não, vou te ensinar a escapar de um. – a animação some da face do Uzumaki – Não me olha com essa cara! Eu não sou bom em Genjustu e aprender a sair de um é importante, já que Sasuke é um usuário do Sharingan, ou seja, bom em Genjutsu.

- Você tem razão, Sábio Tarado. – Naruto diz e levanta a mão na altura do peito outra vez, concentrando-se em acumular chakra na palma e tentando fazer outro Rasengan, só que ainda maior que o anterior.

“Vou trazê-los de volta, Sakura, Sasuke!”

 

 

 

 

Sakura Haruno

 

Asaye é uma senhora adorável, durante todo os dias em que estive aqui, ela me tratou bem e dedicou cada segundo do seu tempo para me ajudar a ser uma grande Kunoichi, e hoje está fazendo dois meses que estou aqui com ela, treinando.

Daqui para frente, tudo vai mudar, porque eu sinto que já não sou a mesma Sakura de antes, não sou mais fraca como todos pensavam e, com mais treinamento, serei melhor ainda. Esse pouco tempo com Asaye, eu aprendi a confiar em mim mesma e a nunca desistir sem antes lutar.

Mesmo feliz com o fato dos meus treinamentos estarem dando muitos resultados em tão pouco tempo, eu não consigo esquecer uma certa pessoa. Desde o dia em que parti do esconderijo de Orochimaru, Sasuke não saiu da minha cabeça.

Eu já imaginava que isso iria acontecer, afinal, eu o amo demais, só não imaginava que seria tão difícil assim. Às vezes, penso que seria melhor ter ficado por lá, ao lado dele, quem sabe assim ele poderia desenvolver algum sentimento por mim, mas eu precisava ficar forte para ajudá-lo, para lutar contra Itachi Uchiha, que é um ninja extremamente poderoso, e eu só conseguiria isso vindo para cá...

- Não se distraia, Sakura! – volto para a realidade com a voz de Asaye. Ela está vindo para me atacar com uma kunai, porém a distância entre nós é pequena demais.

Em um movimento rápido e por puro reflexo, retiro uma kunai, com a mão esquerda, do meu porta-kunais e bloqueio a dela, concentro chakra na outra mão, fechando os punhos bem firme e desfiro um soco em sua barriga, fazendo-a deslizar para trás.

- Impressionante! – Asaye elogia ao se recuperar do golpe, usando ninjutsu médico no local atingido – Mas, estava distraída antes, o que houve?

- Nada. – minto enquanto caminho até a mesa de piquenique onde um livro sobre jutsus e ervas está.

Enquanto sento na cadeira de madeira com o livro em mãos, sinto que ela me observa atentamente. Asaye sabe que algo me incomoda.

- Está pensando nele, não é? – eu não respondo nada e ela entende – Não fique assim, logo irão se ver. – ela caminha devagar pela grama do quintal até mim.

- Não quero falar sobre isso. – folheio o livro em minhas mãos e paro em uma técnica da qual a imagem me chama muita atenção. É a mesma marca que tem na testa da Godaime Hokage – Byakugou? Que técnica é essa?

- É algo muito difícil de se conseguir. Eu mesma nunca consegui. É uma técnica proibida que requer um ótimo controle de chakra. – ela faz uma pausa na explicação – Bom, resumindo, você precisa juntar chakra por cerca de três anos atrás de sua testa para conseguir o byakugou. É um trabalho difícil, mas vale muito a pena.

- Hmm... – penso nessa possibilidade enquanto leio as habilidades que se pode adquirir por meio dessa técnica que, por sinal, são formidáveis.

Se eu conseguisse adquiri-la, seria impressionante. Perfeito.

Enfim, fecho o livro e me levanto, colocando-me em guarda.

- Vamos continuar. – digo e Asaye sorri.

- Você está bem diferente de quando chegou. Tenho certeza de que ele perceberá o quanto você mudou para ajudá-lo.

. . .

Alguns meses depois...

A lua está bonita no céu enquanto eu observo a imensidão escura e estrelada, deitada na grama. Está fazendo quase três anos que eu saí de Konoha e um pouco mais de dois, que não vejo Sasuke Uchiha. Meu coração dói a cada lembrança dele e do cabeça oca do Naruto. A saudade foi minha companheira por todo esse tempo, mas, mesmo assim, não me arrependo das escolhas que fiz.

Hoje eu vejo que tudo de errado que fiz valeu a pena, cada escolha, cada ação. Hoje me considero forte. Uma grande Kunoichi. Com Asaye, aprendi taijutsu, aperfeiçoei o ninjutsu médico que Kabuto me ensinou e, acima de tudo, aprendi a confiar em mim.

Agora só falta o Byakugou, pena que ainda falta um tempo para acumular a quantidade de chakra necessária.

Enfim, hoje é meu último dia aqui, vou sentir falta de Asaye, ela se tornou uma pessoa muito importante para mim, só que a saudade de Sasuke e meu desejo de ajudá-lo na sua vingança e de ficar com ele para sempre é surreal, é tão grande que é impossível medir.

- Vou sentir a sua falta. – escuto a voz de Asaye e só então percebo que ela se aproximou de mim.

- Também sentirei a sua. – meus olhos enchem de lágrimas.

- Queria que você ficasse mais, porém vejo que seu lugar é ao lado de quem você ama.

- Pena que ele não sente o mesmo por mim. – olho para o céu, tristonha.

- Você é uma garota incrível, se tornou uma grande Kunoichi, tenho certeza de que, mais cedo ou mais tarde, ele vai perceber que te ama assim como você o ama.

- Eu espero. – continuo a observar a lua cheia no céu e penso em como Sasuke deve estar agora.

Será que ele sentiu minha falta? Duvido muito.

Suspiro, desanimada.

- Ouvi rumores sobre uma organização... – Asaye começa um assunto curioso e sento na grama para observá-la.

- Que organização? – pergunto, curiosa.

- Não sei muita coisa, apenas que um grupo de ninjas renegados de ranking S estão agindo por aí desde um tempo atrás. Agora, pelo que parece, estão sossegados, o que é muito suspeito. – ela coloca a mão no queixo, pensativa.

- Que grupo é esse?

- Acho que se chama... Deixe-me lembrar... Acho que é Akatsuki. – escuto o nome e nenhuma lembrança vem à minha cabeça, volto a olhá-la – E, pelo que parece, um Uchiha está na organização.

Meus olhos se arregalam no mesmo instante. Como assim “um Uchiha está na organização”? Sasuke está com o Orochimaru, não está? Ele não pode... Minha mente congela quando chego à outra conclusão.

Sasuke está com o sennin lendário, então o tal Uchiha na Akatsuki só pode ser... Itachi.

- O que mais você sabe? – pergunto, afinal, preciso saber de tudo.

- Não sei muito, só que são bem poderosos e perigosos, e que usam uma capa preta com nuvens vermelhas. – ela se afasta e começa a caminhar em direção à porta de sua casa – É melhor entrar, vou arrumar uma comida para nós.

- Daqui a pouco, eu vou. – digo e volto a fitar o céu. Agora, preocupada.

 Será que Sasuke sabe disso?


Notas Finais


E então? Gostaram?
No fim desse capítulo houve uma passagem maior de tempo, ou seja, a Sakura já está em fase shippuden, no próximo, mostrarei o Sasuke mais velho (e, consequentemente, mais frio que antes) e, sinceramente, o sete é um dos capítulos que mais gostei de escrever.
Bjos e até breve.


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