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História Luz No Fim Do Túnel - Ajuda


Escrita por: LaBatata04

Notas do Autor


Voltei!!! Sei que é meio tarde para postar, mas relevem. Aproveitem o cap e até as notas finais.<3

PS: me desculpem qualquer erro.

Capítulo 4 - Ajuda


-Ótimo – falei e me levantei – agora, temos que ir pra minha casa certo? – olhei Nam e ele assentiu.

-Mas onde vocês dois vão ficar? Não temos mais quartos e você esta dormindo na sala. – Kook falou.

-Na verdade – Tae começou – temos o porão. Eu sei que não é o lugar perfeito para ter um quarto de bebê, mas tem um ótimo tamanho para vocês dois e podemos colocar todas aquelas caixas na casinha que tem lá fora. – ele finalizou.

-Ainda acho que, mesmo sendo um idiota na maioria das vezes, você é com certeza um gênio – Yoongi falou, bagunçando seus cabelos e recebendo um grunhido de volta.

-Ótima ideia TaeTae – chamei pelo apelido de infância e recebi um sorriso e olhares surpresos.

-Ela pode te chamar assim né, viado? – Hope falou o empurrando.

-É porque vindo dela é fofo, mas vocês falando fica muito gay, sem querer ofender – olhou para Jin e Nam.

-De boas, mas – Nam tocou meu ombro e eu o olhei – temos que ir, antes que escureça.

-Mas ainda são 15:00 – Kook falou olhando o relógio da parede e eu me desesperei.

-Vamos logo, meu prédio só permite visitantes até as 19:00 – falei empurrando Nam pela escada e indo até o carro.

-Eu vou junto – Jimin disse – vai ser mais rápido e poupa possíveis acidentes que Namjoom possa causar. – ele falou entrando no banco da frente.

-Idiota, sobe ai – Nam falou e eu subi na parte de trás - se abaixe para ninguém te ver – era crime andar pela cidade na parte de trás de uma camionete, e como não tinha outro banco, apenas me abaixei e saímos da casa.

Seguimos pela longa e maravilhosa cidade de Seul, ela era realmente incrível em qualquer estação. Na primavera, as cerejeiras florescem e criam um belo cenário de um dorama ou filme bem romântico. No verão, o Sol sai varias vezes iluminar nossas manhãs e apesar do calor extremo, trás uma boa sensação. No inverno, faz um frio horrendo, mas a quantidade de neve que cai, faz tudo ficar melhor. No outono, as árvores ficam em lindos tons de marrom, laranja e vermelho, o que torna o seu dia mais feliz e positivo.

Eu nasci no Brasil, mas depois de completar 3 meses, nos mudamos para cá. Meu pai era um charmoso coreano de olhos escuros e cabelos negros e lisos. Eu e mais metade das mulheres do universo sabíamos que meu pai era realmente um galã e um belo conquistador. Mas era uma pena pra elas, pois ele tinha olhos apenas para uma brasileira atrapalhada e divertida de olhos claros e cabelos ondulados cor de mel, com discretas mechas azuis. Minha mãe era uma louca incrível, ela falava tudo que queria e não se importavam com o que pensassem dela. E dessa bela união, surgiu uma garota de dezoito anos, com cabelos pretos super ondulados, com olhos nem tão puxados e de cor azul escuro. Diziam que era a junção de meu pai e minha mãe, em um corpo só. Me sentia orgulhosa de ser um fruto de um amor que eu sabia que existia, só que não havia encontrado ele. Mas, apesar de tudo isso, nós não eramos tão proximos, pois como já disse, eles não passavam nem um dia inteiro comigo, por conta de trabalhos e de viagens que deviam fazer. Ele agora estão no Brasil de novo, mas eu resolvi ficar pro aqui mesmo e já faz um bom tempo que não nos falamos.

Quando percebi que havíamos chegado, me levantei e sai de trás da caminhonete. Fomos até o portão, peguei minha chave e dei passagem para eles. Entramos no elevador e apertei o número do meu andar. Enquanto estávamos ali, o elevador parou no terceiro andar e as portas abriram, revelando uma MinCha toda fofinha, com saia rosa claro e uma regata branca com uma jaqueta azul bebê e um sapatilha beje nos pés. Ela era minha amiga e vizinha, trabalhávamos no mesmo lugar. Eu havia pedido para ela cuidar de minha casa enquanto eu ia viajar.

-Sami – ela veio e abraçou minha cintura com força – quando voltou de viajem? Eu juro que não quebrei nada na sua casa, talvez um prato ou um copo, mas não que seja importante. Olha, se não são dois dos Deuses que foram lá na empresa. – se você visse ela vestida desse jeito, nem iria pensar que ela era toda solta e meio doida, não é? – Se Mark souber que eles estão aqui, você querida, esta ferrada – ela sabia sobre Mark e seu ciúmes, mas nem fazia ideia das agressões e xingamentos.

-Pois é, nós terminamos – eu disse desconfortável.

-Melhor né, agora finalmente esta livre para me acompanhar nas noites de bebedeiras. – o elevador já tinha voltado a andar.

-Acho que não, meu bebê não pode receber álcool – eu falei rindo e vi ela mudar totalmente de expressão.

-VOCÊ ESTA GRÁVIDA?!?!?! – ele meio que berrou no elevador e os meninos se assustaram.

-Sim ué, achou que quando falei bebê me referi a que, uma planta de estimação? – a porta abriu no meu andar e saímos, mas só ela ficou. – Não vai na minha casa?

-Agora você já esta aqui, não precisa de meus cuidados. Além de que, na semana passada um gato veio morar aqui e já até trocamos telefone. Vou fazer uma visitinha – falou sorrindo maliciosa.

-Você não para nunca,né? – perguntei rindo.

-Estou apenas aproveitando a vida da melhor maneira. Saindo e transando. Tchauzinho meninos. Manda um beijo para o 4D – ela falou antes da porta se fechar.

-Louca – ri indo até a porta de meu apartamento e colocando a chave.

-Deuses e... ela estava falando do Tae? – ouvi Nam e Jimin rirem atrás de mim e eu os olhei.

-Vocês foram lá e ela ficou louca quando disse que éramos amigos. Ela me disse que quando Tae conversou com ela, foi a primeira vez que ficou sem o que dizer e ficou com vergonha perto de um menino. Estou pensando em juntar os dois, afinal eles combinam – abri a porta e vi meu apartamento todo arrumado.

-Você esta certa, e Tae anda carente demais, precisa de alguém logo - Jimin falou revirando os olhos

-Tae sempre foi muito carente. – suspirei - Mas vamos ao que interessa. Tem caixas na lavanderia, pegue para mim Nam. – ele confirmou e foi pegar. – você me ajuda a pegar as coisas que eu quero levar. – falei e fui até meu quarto sendo seguida por ele.

Meu apê não era tão grande, tinha uma cozinha embutida com a sala, um banheiro, dois quartos (sendo o outro de hospedes onde não tinha nada que eu queria levar) e uma lavanderia minúscula onde só cabia a maquina de lavar.

Eu pegava as coisas no meu quarto e dava para Jimin e Nam guardarem. Peguei todas as minhas roupas, que não eram muitas, minhas maquiagens e meus produtos de higiene. Peguei os álbuns de fotos que guardava e ficava lembrando todos os momentos. Aproveitei e tomei um belo banho e coloquei uma roupa confortável.

Na hora de ver se tinha algo a mais no meu armário, reparei em uma caixinha que estava no canto dele. Peguei-a na mão e abri, dentro tinha um anel, uma aliança pra ser mais exata, com um “quer viver o mundo ao meu lado?” escrito na parte debaixo da parte que abria. Fiquei em choque ao saber que ele havia me pedido em casamento. Minhas lágrimas começaram a escorrer e eu comecei a sentir uma dor horrível, queria dizer que sim, mas ai todas as decepções vieram com um impacto doloroso. Estava ali, estática, pensando que se não fosse pelo meu celular, eu ainda seria a namorada dele e em breve iríamos nos casar, eu ia ser dele para sempre, ia viver daquela maneira para sempre. Mas uma saudade me batia de todas as nossas saídas ao shopping ou uma bela caminhada pela praça, e até mesmo da viagem que fizemos recentemente. Dos dias em que ficávamos em casa vendo filme ou até mesmo dormindo. Sentia falta dele, queria ligar para ele e pedir desculpas, que eu não deveria ter o humilhado daquela forma, que ele havia errado, mas que eu o perdoava e que queria viver o mundo ao lado dele para o resto da minha vida.

Sai do meu quarto com a caixinha na mão e fui até o telefone que ficava na sala. Antes de discar os números, Nam e Jimin apareceram e viram o meu estado.

-O que aconteceu? Pra quem esta ligando? – Jimin perguntou dando um passo a frente.

-Olhem – mostrei a caixinha com a aliança a eles – ele quer casar comigo, acreditam? Eu estou ligando para pedir desculpas e dizer que eu aceito. Vai ser maravilhoso, vamos viver felizes e cuidar da nossa borboleta. – falei começando a digitar os números, quando o aparelho foi tirado bruscamente de mim – me devolve Nam!!! – tentei pegar, mas ele era mais ágil.

-NÃO SAMIRA!!! – ele gritou e eu me assustei – você não vai se casar com ele e nem vão viver felizes. Você não tem que pedir desculpas por nada, ele que era um idiota. Ele não vai cuidar da sua borboleta, nós vamos. Por favor, Sami, não seja tão boba de cair na dele outra vez. – ele falou jogando o telefone no sofá e segurando meus ombros.

Foi exatamente ai que eu percebi o que estava fazendo, eu ainda era apaixonada por aquele imbecil. Eu acreditava que teria um futuro ao lado dele, mas não tinha nenhum futuro BOM ao lado dele. Engoli todo o choro que ainda tinha de derramar e foquei no rosto de Namjoom.

-Desculpa, foi apenas uma recaída. Eu me desesperei ao ver e sei lá.... – não estava falando nada com nada – vamos logo, só faltam duas caixas que estão no meu quarto e vamos embora que já são 18:53, Jin vai comer nosso fígado se não voltarmos para jantar. –coloquei a caixinha no bolso da minha calça e fui até a porta – vamos logo meninos – os apressei e vi eles correrem até o quarto e voltarem com as caixas.

Saímos do prédio e nos despedimos do porteiro, que tinha uma cara de decepção, talvez por não ter dado tempo de expulsar os dois de lá e como não gostava de mim, iria com certeza me dar uma bela multa.

Já estava escuro e a viagem de volta foi bem tranquila, apesar de que ainda pensava no objeto e no porque dele querer casar comigo. Cheguei à conclusão que ele também me ama. Mas eu ia me machucar muito ficando com ele. Chegamos em casa e Jin quase teve um treco.

-Caralho, que demora para voltar ein? Achei que tivesse acontecido alguma coisa. – falou nervoso.

-Pois é,então... – sabia que eles iam falar o ocorrido, mas não queria ter que explicar algo que nem eu sabia dizer o que foi.

-TAE! – gritei, interrompendo a fala deles. Tae veio correndo assustado

-Que foi?!?!?! – perguntou se aproximando e mexendo em mim.

-Encontrei com a MinCha e ela te mando um beijo – falei e vi ele corar e sorrir de leve.

-Tudo bem – ele falou sorrindo todo fofo.

-Que bonitinho. Meu TaeTae ta todo apaixonadinho – pulei em suas costas e baguncei seus cabelos.

-Sai, sua chata – ele me jogou no sofá e eu dei risada de seu nervosismo.

-Depois vocês conversam ou brigam sobre a paixonite de Tae. Vocês agora vão comer. AGORA! – Jin gritou e nós fomos pra cozinha em silêncio.

Estava uma verdadeira bagunça. Jimin e Kook brigando enquanto comiam, Nam tinha derrubado um copo de suco, Yoongi, Hope e Tae faziam guerra de comida. Eu apenas dava risada e Jin perdia sua paciência. Ouvimos a campainha e todos se calaram.

-Podem deixar que eu atendo – me levantei e fui até a porta.

Nem me dei ao trabalho de olhar o olho mágico e abri a porta. Quase cai para trás quando vi Mark ali.

-Oi Sami – ele disse sorrindo.

-O q-que faz a-aqui? – meus sentidos não estavam correspondendo.

-Eu não sei – soltou um riso – eu fui no seu apê e o porteiro disse que você tinha acabado de sair. Como eu não sabia onde te procurar, comecei pelo lugar mais obvio. Vejo que esta de mudança – ele falou dando um risinho e olhando para a casa.

-C-como diz que não sabe se já tinha ido me procurar?

-Acho que senti falta da sua presença, do seu cheiro e até do seu rosto. Eu senti sua falta – ele falou tristemente.

-Eu tam.... – antes de completar, vi ele olhar assustado para trás de mim. Me virei e vi todos os garotos o olhando feio.

-O que esta fazendo aqui? –Jimin perguntou.

-Você não é bem vindo aqui, por que não vai embora? – Kook tomou a frente.

-Eu vim falar com minha namorada – aquela palavra fez algo dentro de mim se mexer.

-Veio falar, ou bater nela? – Tae disse e eu já nem respirava mais.

-Não é da conta de vocês, afinal a namorada é MINHA – com certeza senti uma dor enorme no peito depois daquela frase.

-Ela deixou de ser sua namorada faz tempo, meu filho – Jin tentou me puxar, mas eu não me movia.

-Por favor – sussurrei – vai embora.

-O que? – ele falou surpreso.

-EU FALEI PRA IR EMBORA! – esbravejei olhando em seus olhos. – vá embora, sai daqui e não volte, pelo amor de Deus. Eu não aguento mais, não aguento, quero que isso pare, que esse sentimento acabe. Eu não quero amar você, pois me faz tão mal. Por que não posso deixar de te amar? Por que te amar dói tanto? - olhei em seus olhos, me segurando para não derramar uma lágrima – Por que mentiu pra mim? Por que mentiu pra eles? Eu sou tão idiota por amar um covarde como você. – ele levantou a mão e eu senti os meninos se aproximarem. Mas eu não recuei – VAI, ME BATE!! ME BATE COMO SE EU FOSSE SUA PUTINHA QUE APANHA!!! VAI, SEJA MAIS COVARDE, ME DE MAIS MOTIVOS PARA EU ODIAR VOCÊ!!! – não consegui, as lágrimas corriam por minhas bochechas, enquanto cuspia tudo na cara dele. Ele abaixou a mão, olhou para mim e os meninos com desgosto, se virou e foi embora em seu grande carro preto.

Suspirei e deixei que o resto das lágrimas caíssem e molhassem todo o meu rosto. Respirei fundo e logo veio um incomodo: FOME.

-Sami por.... – interrompi Hope olhando para eles.

-Tem marshmallows? – perguntei.

-N-não sei – Jin falou meio nervoso.

-Queria acender uma fogueira e comer. Igual nos velhos tempos – sorri pra eles.

-Eu vou olhar a dispensa – Jin voltou pra cozinha, um pouco aliviado, talvez?

-Tem umas madeiras lá nos fundos. Venham me ajudar – Tae foi seguido por Kook e Jimin.

-Eu e Hope vamos pegar as cobertas – Nam subiu a escada junto com Hope.

-Vamos esperar lá fora então – Yoongi falou e foi para o jardim.

Sentamos na grama e ficamos em silêncio, observando o cobertor estrelado que havia sobre nossas cabeças.

-Quero ouvir sua musica. – disse e senti um olhar sobre mim.

-Só depois de eu morrer – ele falou rindo.

-Mas, se você escreveu pra mim, é obvio que eu tenho que ouvir. – falei o observando.

-Você vai ouvir – abri um sorriso – mas só quando eu deixar, afinal, a música é de quem ein? – tirei o sorriso do rosto e o olhei com desgosto.

-Ta bom então SUGA! – dei ênfase no apelido que demos para ele, e ele me olhou com raiva.

-Se me chamar assim de novo, eu juro que queimo a letra da musica e você nem sequer vai saber as notas dela. – ele falou desafiador e eu me calei.

Os três tinham voltado com algumas madeiras e pedras, essas que haviam no jardim dos fundos. Jin voltou com um saco bem grande de marshmallows e eu quase, eu disse quase, chorei de emoção. Nam e Hope trouxeram alguns travesseiros e cobertores.

Nos sentamos em volta da fogueira que os meninos fizeram e nos cobrimos. Por incrível que pareça, eles também conseguiram alguns gravetos finos, onde espetamos os pequenos marshmallows.

-Sami? – estava concentrada na minha comida – SAMI! – olhei Kook assustada.

-Que demônio? – menino louco.

-Você já sabe o nome? – ele falou, indicando minha barriga com os olhos.

-Não – respondi – não parei para pensar nisso ainda.

-Pois deveria, só não espero um “pão com mortadela”. – Yoongi falou fazendo careta.

-Não sou tão idiota à esse ponto. É tão complicado escolher, existem tantos.

-Pode deixar para escolher mais pra frente – Jimin falou despreocupado.

-Quando der, você vai querer saber o sexo dele? – Hope disse comendo seu doce.

-Não, quero que seja algo do momento. Quero saber disso na hora em que ele ou ela nascer – comi o meu que estava bem queimado.

-Vamos ser os padrinhos né? – Nam perguntou desconfiado.

-Claro que vão, não confiaria minha borboleta a mais ninguém. – sorri.

-Vou ser o melhor padrinho de todos – Tae falou determinado.

-Do jeito que você é, vai assustar a criança no momento em que estiver no seu colo – Yoongi falou pensando.

-Pelo menos não vai achar que eu sou um zumbi, senhor SUGA – falou rindo.

-Me chame assim de novo, e eu arranco dos os seus órgãos – ameaçou.

- Então vem, SUGA – Tae levantou e Yoongi começou a correr atrás dele enquanto os outros riam.

É foi assim que outro dia terminou, mas de uma forma fascinante e do jeito que sempre deve ser.


Notas Finais


Obrigada por lerem e até amanhã.<3

Durmam bem!!!


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