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História Luzes da Cidade - Onze.


Escrita por: yehunnie

Notas do Autor


Bem, esse capitulo terá dois flashbacks então estarão em itálico. Preparados para o casamento? Fortes emoções e revelações nesse capitulo hehehehehe

Capítulo 12 - Onze.


Fanfic / Fanfiction Luzes da Cidade - Onze.

O céu estava chorando. A chuva torrencial que caia do lado de fora preenchia o local por o som de raios e gotas d’água violentas, permitindo apenas o som do sino ser ouvido além dela. Os sinos anunciavam o que estava prestes a acontecer dentro da igreja.

Os convidados já tinham tomado seus lugares. A igreja que ficava em bairro nobre da cidade estava toda enfeitada com tulipas, principalmente na cor branca. Jongdae entrou na igreja acompanhado de sua mãe, apertando o braço da mesma tentando aliviar a pressão de sua cabeça, às vezes esboçava sorrisos forçados para a câmera que filmava e os fotógrafos que registravam a cerimônia. Ao chegar ao altar, beijou a testa de sua mãe que tentava sorrir para o filho, mas a sua tristeza em relação ao casamento estava evidente.

“Desculpa” sussurrou o filho após abraça-la.

O noivo estava no altar esperando a noiva quando a marcha núpcias começou a tocar pelo grupo de músicos presentes, a sua mão começou a suar e uma vontade de correr daquele lugar surgiu em seu peito. Jongdae tentava evitar olhar os convidados, todos seus conhecidos estavam presentes, ele observou que ao fim da igreja estava Joonmyeon encarando-o, que ameaçou a sair do local após ser flagrado, mas após um sorriso do noivo, o seu hyung permaneceu no mesmo local sorrindo pois sabia que ele havia o perdoado. Ele também observou sentado no final da igreja, Chanyeol, um antigo colega de escola, com os cabelos penteados – o que não era comum nele durante a época de escola com um sorriso triste nos lábios.

Quando as portas grandes da antiga igreja foram abertas, visualizou sua noiva vestida toda de branco. Em seu rosto um grande sorriso estampava a felicidade do momento. Seu vestido era todo de renda tomara que caia e seu véu era enorme, sua barriga já era evidente apesar de pequena. Todos ao ver a noiva sabiam o motivo do casamento acontecer tão rapidamente: a gravidez da menina.

A noiva caminhava lentamente pela igreja com o seu pai ao lado, sorrindo para os presentes, até chegar ao altar, onde abraçou o seu pai que estava com os olhos marejados. O Senhor Lee abraçou Jongdae.

“Cuide bem da minha filha” disse durante o abraço. O advogado apenas tentou sorrir.

O padre falava e nenhuma palavra entrava na cabeça do noivo, que apenas se perdia em seus pensamentos, levando a sua memória a quando contou ao médico o que tinha acontecido. Lembrando de toda a dor que sentiu nesses três meses.

 

 

 

 

 

“Sehun nós precisamos conversar” sua voz era sombria e os olhos marejados. O mais novo se aproximava do menor, beijando o seu pescoço.

“Nós temos todo o tempo do mundo para conversar mais tarde..” Os beijos subiam até encontrar as bochechas do castanho “Alias, você agora é meu”

O mais velho empurrou o maior, desgrudando os corpos enquanto as lagrimas caiam sem controle

“S-sehun” o mais novo voltava o abraçar “MyungHee..” ele temia em terminar as ultimas palavras, mas em pingo de coragem “está grávida” o médico soltou corpo do menor e agora o encarava, mesmo que ele estivesse olhando para o chão “O filho é meu”

 

 

 

 

O médico se mudou para o Japão uma semana após descobrir da criança, antes de terminarem ele falou que o certo era o mais velho casar com MyungHee e cuidar do seu filho. Desde a mudança do loiro, eles não tiveram mais nenhum tipo de contato e todas as noites Jongdae antes de dormir chorava se amaldiçoando pelo momento de raiva que teve e concebeu a criança e pela saudade que sentia do maior, seu peito doía.

A noiva beliscou levemente o braço do maior durante a cerimônia, o acordando para a situação. O padre jogava água benta nas alianças e rezando-as.

“Lee MyungHee você aceita Kim Jongdae como seu legitimo esposo? Promete ama-lo e aceitá-la, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza durante todos os dias de sua vida?”

“Sim”

O padre virou-se para o castanho e com um sorriso singelo fez a pergunta

“Você Kim Jongdae aceita Lee MyungHee como sua legitima esposa? Promete ama-la e aceitá-lo na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza durante todos os dias de sua vida?

Silencio.

        

 

         “Jongdae” chamou a menina tentando chama-lo do seu devaneio

 

 

         O noivo lembrava-se muito bem da noite anterior.

 

 

 

 

 

 

O casal foi dormir no hotel onde passariam a noite de núpcias, mas ambos estavam em quartos separados. Antes de ir dormir ele resolveu dar boa noite a noiva, apesar de tudo ela era mãe de seu filho. Os quartos ficavam em andares e blocos diferentes para que no dia seguinte não se encontrassem, seguiu andando lentamente com passos largos e mãos nos bolsos. Chegando a porta do quarto B-809 ameaçou a bater na porta quando percebeu que a mesma estava entreaberta. Por longos segundos hesitou em entrar até escutar vozes do quarto, uma voz masculina. Ele se odiava, e sentia uma sensação de deja vu – fora assim que descobriu da traição com Suho.

         “MyungHee esse filho é meu” a voz era exaltada “Você não pode se casar amanhã!”

         “Claro que é, infelizmente eu menstruei após ter transado com o idiota do Jongdae e usei você ué” sua voz era debochada seguida de um riso “Vai me dizer que você não estava acostumado com isso? Qual é Chanyeol”

         “Isso muda tudo, não quero que meu filho tenha outro pai” Chen podia sentir tristeza na voz grossa “Mesmo que ele tenha dinheiro, eu posso dar uma vida digna para ele, não com mordomias como ele terá, mas ele terá o seu pai verdadeiro”

         Silencio

         “Porra! Primeiro você fingiu ter dormido com o Suho e agora quer dar o golpe da barriga no Chen? NO CHEN? Que sempre fez tudo para você! Que te amou como ninguém! Você não tem limites!” a voz era exaltada

         Jongdae apenas caminhou para o seu corpo, se sentindo leve, ele não sabia o porque mas estava feliz por não ser pai da criança – ele sabia o motivo – e por isso sorria abertamente. Chegando em quarto ligou para Sehun que como de costume não atendeu e ele se lembrou que ele não iria mais atender suas ligações, pensou em mandar um e-mail falando de seus sentimentos mas desistiu da ideia. O advogado pegou o telefone do hotel e discou para o quarto B-809 ao escutar a voz da menina sorriu debochadamente

         “Estou ligando para desejar boa noite. Amanhã tenho uma surpresa para vocês”

 

 

 

 

 

 

 

         “Não” sussurrou o noivo apenas o Padre e a menina ao seu lado conseguiram escutar. O olhar da noiva era de pânico

         “Jongdae..” ela o encarava com os olhos arregalados  “Por favor..” suplicava

         “Não! Eu não vou me casar com você” sua voz tomou conta da igreja

         Cochichos tomavam conta do local, todos os presentes não compreenderam a situação.

         “Peço desculpas ao Senhor e Senhora Lee, vocês não deveriam estar passando por isso.” Sua voz era suave e calma e todos os presentes prestavam atenção em todas as sua ações “Não terá casamento hoje” ele descia do altar e caminha pelo corredor da igreja lentamente, lançando um olhar para sua mãe que mostrou um leve sorriso “Como vocês já devem saber MyungHee está grávida” disse parando no centro da igreja para que todos pudessem escutar com clareza

         Os ânimos dos convidados estavam exaltados e o noivo sorriu ao continuar falando

         “Eu estou apaixonado por outra pessoa” disse levando sua mão esquerda ao peito “E como eu sou homem correto pedi para me casar com ela” um sorriso debochado surgiu em seu rosto “O que seria mais importante para um homem que o próprio filho? É meus caros.. Seria muito importante..” Ele percebeu o olhar que a menina lançava mas continuou a falar “Se o filho fosse meu..”

         Chanyeol se levantou do fundo da igreja e caminhou até o advogado, o abraçou e sussurrou em seu ouvido “Obrigado” Mesma a raiva toda que Chen sentia por ter sido traído por anos, sumiu ao se sentir livre com ajuda do amante e ver o seu rosto cheio de lagrimas ao saber que poderia assumir o filho

         “Eu sou o pai da criança” Confessou em voz alta o mais alto entre os dois.

         Todos encaravam os dois ao centro, a noiva saiu correndo, passando pelos dois rumo a porta, sendo seguida pelo maior.

         “Peço desculpa a todos os presentes, mas por favor aproveitem a festa, tem muita comida e quando eu descobri sobre a armação eu não tinha mais tempo de cancelar” justificou-se “Agora eu irei atrás da minha felicidade que foi retirada de uma forma bruta nesses últimos três meses” Acenou e correndo para fora de igreja.

         O castanho não se importou com a chuva caindo sobre o seu rosto e olhando suas roupas, ao encontrar o primeiro taxi fez sinal entrando rapidamente. Ele pediu para o motorista que seguisse para o apartamento de seu irmão, explicando o que acabará de acontecer, pediu que o esperasse que somente iria subir para pegar dinheiro e seu passaporte. O velho senhor confirmou com a cabeça. Após entrar no taxi novamente o advogado possuía em seu bolso apenas seu passaporte, dinheiro e seu celular, e em seus braços um moletom velho e surrado.

         Durante o trajeto ao aeroporto Jongdae ligou para Luhan que o atendeu aflito

         “Jongdae o que aconteceu? Onde você está? Todos aqui estão preocupados e Xiumin hyung está tentando arrumar a confusão” sua voz era agitada e o barulho do outro lado da linha era alto

         “Luhan escute! Peça desculpas para o meu hyung mas antes preciso que você descubra o endereço da casa e do hospital em que Oh Sehun está trabalhando” tentava parecer calmo mas era impossível devido a situação “Estou indo para o Japão atrás dele, me mande um e-mail com o endereço, conto com você, agora tenho que desligar que já cheguei no aeroporto”

         O advogado pagou o taxista e agradeceu, e ele gritou um “Boa sorte” quando o mais novo entrou correndo no aeroporto. O aeroporto Incheon estava lotado de pessoas, mas continuou correndo desviando das pessoas no caminho. O castanho visualizou o visor eletrônico indicando os próximos voos e por sua sorte o próximo para Tóquio saia em 15 minutos, saindo correndo novamente para o guichê da companhia aérea. A fila estava grande na frente do guichê, mas ele furou chegando ao balcão a meio de protestos as suas costas.

         “Por favor, o próximo voo para Tóquio” sua voz era aflita.

A atendente ameaçou a abrir a boca mandando para o final da fila mas ao perceber o seu terno com uma flor pregada todo molhado sentiu que  ele estava desesperado e retirou a passagem.

Faltavam menos de cinco minutos para o avião decolar, todos ao observarem o rosto – as vestes - do jovem advogado se solidarizavam com o mesmo, permitindo-o passar na sua frente, até mesmo os oficiais do aeroporto. Após muita correria ele estava finalmente sentado dentro do avião. Uma aeromoça se aproximou com um sorriso singelo.

“Senhor, pegue essa manta, faz frio no avião e suas roupas estão molhadas” Ela apontava para a camisa social, já ele removera o terno ao entrar no avião, entregando-lhe uma manta “O Senhor pode ficar resfriado”

Ele agradeceu a aeromoça que logo trouxe um chocolate quente tentando ajuda-lo a não ficar doente.

Jongdae já esteve no Japão antes, mas nenhum voo pareceu demorar mais que aquele. Ele não conseguiu dormir durante todo o trajeto, suas mãos tremiam de frio – e de ansiedade – e o medo de Sehun o rejeitar quando o encontrasse apertava o seu coração. E se ele tivesse outra pessoa? Muito melhor do que ele? Essas duvidas continuaram e o piloto anunciou que estavam pousando no aeroporto Haneda – como era mais conhecido. Eram 11:48 da noite o horário local. O castanho foi o primeiro a sair do avião gritando um “Obrigado” para a aeromoça. Ele andou em passos largos até estar fora do aeroporto – após apenas passar na alfândega já que não tinha levado malas. Chegou a caixa de e-mail após entrar no taxi e quando o foi perguntado o endereço ele sorriu ao ver que Luhan tinha conseguido. Falou para o jovem taxista o endereço do apartamento do loiro e pediu que o esperasse para confirmar se ele estava em casa. Seu japonês não era dos melhores, mas ele conseguia entender um pouco por causa de um caso que o escritório trabalhava. O porteiro falou que Sehun não estava em casa e ele logo deduziu que ele estivesse no hospital – já que ele adorava permanecer dentro deles.

Quando o taxi parou na porta do hospital, o coreano pagou a tarifa em dólar por não possuir a moeda local, o que acarretou um sorriso no japonês. Ele entrou lentamente no hospital, sua roupas estavam secas mas ainda estava em estado deplorável. Chegou a recepção do pronto socorro e perguntou por Oh Sehun para a recepcionista – que o encarou por longos segundos.

“Eu não posso deixar você entrar, o Dr. está muito ocupado” falou rispidamente

A recepcionista continuou trabalhando no que estava fazendo antes de ser interrompida, quando estava totalmente distraída, Chen sorrateiramente entrou pelas portas que davam diretamente ao hospital. O castanho não entendia as placas, mas continuou seguindo pelos corredores brancos que o lembrava do hospital que ele permaneceu dormindo por meses.

Uma risada conhecida ecoou pelos corredores, e Jongdae correu até entrar em uma sala que estava com a porta aberta. Ele visualizou os ombros largos que conhecia muito bem, Sehun estava conversando com uma menina baixa que tinha os cabelos castanhos.

 

 

 

“Sehun..” sua voz saiu baixa mas mesmo assim, lentamente o maior virou o rosto, até que os olhares se encontrassem.

 


Notas Finais


TAN TAN DAN DAN O QUE SERÁ QUE IRÁ ACONTECER? SEHUN IRÁ VOLTAR PARA O CHEN? CENAS DO PROXIMO CAPITULO HEHEHEHEHEH Que por sinal será o ultimo!


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