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História Luzes da Cidade - Seis.


Escrita por: yehunnie

Notas do Autor


Bem, eu odiei esse capitulo, mas ele era SUPER necessário. Podemos dizer que a fic está mudando de fase. Tem uma "explicação" nas notas finais.

Capítulo 7 - Seis.


Fanfic / Fanfiction Luzes da Cidade - Seis.

         O mundo estava desabando. Esse foi o primeiro pensamento do advogado ao acordar. Ele sabia onde estava, e com quem estava, mas se recusava a abrir os olhos, com medo de ver a realidade. O lado de fora da janela ainda estava escuro, em pouco tempo o sol começaria a amanhecer. Jongdae sentia que seu corpo estava sendo abraçado, e a vergonha tomou conta de seus pensamentos, se recusando ainda mais a abrir os olhos. Ele agradecia em seus pensamentos pelo maior ter recusado o pedido que o seu corpo fez, mesmo assim, o sentimento de ser recusado doía em seu coração. Coração. A ferida doía, ao lembrar da traição dupla que seu melhor amigo e namorada, sentiu uma dor incalculável, sentindo que se abrisse os olhos naquele momento, lagrimas escorreriam involuntariamente.

         A respiração do mais novo em seu pescoço o deixava arrepiado pela proximidade. Lentamente ele abriu os olhos e tirando os braços que o envolvia, com medo de acordar o maior. Sua vista estava embaçada pela quantidade de lagrimas que tinham escorrido, ele entrou no banheiro e ao visualizar o seu reflexo percebeu que seus olhos estavam inchados e sua camisa social toda amassada, em uma tentativa de melhorar uma aparência, passou as mãos em seu cabelo e molhou o rosto, vestiu o terno social e antes de sair do quarto, deixou um bilhete para o médico agradecendo.

         Ao sair do hotel, o dia começava a amanhecer e as ruas da cidade estavam bem calmas. Ele não queria ir para casa de seu irmão, ele seguiu andando para um parque próximo. O parque era amplo e mesmo sendo domingo de manhã, tinha algumas pessoas correndo ou andando de bicicleta. O advogado sentou-se na grama em frente a um grande lago e o encarou por um grande tempo. A dor em seu peito continua forte mas ele lutava contra as lagrimas, vencendo uma a uma. Em seu pensamento veio a cena da revelação da traição, ele nunca poderia acreditar que Joonmyeon e MyungHee o trairiam. Ele sabia que Suho era mulherengo, e que ele sabia como conquistar uma mulher. Sua namorada sempre foi doce e inocente, ele não poderia pensar que ela o trairia e sua mente logo culpou seu ex-melhor amigo como o culpado.

         A cena em que ele corria pelo hotel tomou conta de sua mente, era angustiante lembrar como ele corria, desejando que suas lagrimas parassem de escorrer, sem ao menos saber onde estava. Ele se torturava ao lembrar o ocorrido, mas ao se lembrar de Sehun o abraçando, parecia que tudo que tinha acontecido antes não tinha sido importante, desejava ficar naquele abraço para sempre, sentir os lábios macios do médico.

         É errado. Esse tipo de pensamento gritava na cabeça do advogado. Homens devem se casar com mulheres e terem filhos. Cada vez a voz ficava mais alta e feria o seu peito. Ele se levantou e começou a andar pelo parque, ele viu um casal feliz. O sol já tinha amanhecido por completo, e ele se permitiu a observar, a menina estava sentada na grama com o seu namorado deitado em sua perna, ela contava uma história que ele realmente achava engraçado. Ele sentiu inveja deles, pareciam tão felizes, com os olhos brilhando, esquecendo do mundo a sua volta.

         Era insuportável continuar assistindo a cena do casal apaixonado, a inveja consumia o rapaz, que logo decidiu sair do parque e procurou um taxi, ele tinha que fazer alguma coisa, ao entrar no taxi ele falou o endereço que seria levado, sua mente continuava a gritar. Você vai ser infeliz. As pessoas vão olhar de olho torto para você. Ele levou as mãos no rosto, tentando se esconder das vozes que gritavam. Sua mãe nunca irá te aceitar, você nunca dará um neto para ela. O corpo tremia e o taxista perguntou se tudo estava bem com ele, que sem voz afirmou com a cabeça. Chegando no destino, Jongdae pagou o taxista e agradeceu a preocupação. O prédio tinha uma arquitetura antiga, mas ele muito elegante, ele tocou o interfone e se anunciou. Seu corpo tremia, e ele respirou bem fundo ao perceber que tinha chegado ao andar, antes que tocasse a campainha do apartamento, a porta foi aberta

         “Oppa” disse a menina de cabelos curtos “Por favor, entre”

         “Nós precisamos conversar, em particular” tentava falar sem mostrar o nervosismo em sua voz

         Ele cumprimentou os pais da menina, que estavam saindo para o almoço que teriam com os pais do marido da outra filha, como uma forma de comemorarem a união da família, se conhecendo ainda mais, sem interferência dos filhos.

“Oppa, por favor, me desculpe” O maior não tinha expressão “Eu não queria.. eu estava tão frágil, você tinha sofrido o acidente, talvez nunca mais acordasse..”

As explicações de MyungHee no momento não lhe importavam. As vozes gritavam cada hora mais. Você não é homem o suficiente, por isso que ela te traiu. A menina não parava de falar, tentando explicar, achar alguma forma que justificasse o motivo, mas não importava para o mais velho, a sua cabeça doía, e seu rosto continua inexpressivo, o que deixava a menina mais preocupada.

Sem falar alguma coisa, ele puxou a nuca da mais nova e roubou um beijo, que logo foi retribuído. O mais velho ditava um ritmo intenso, buscando aprovação mental, não se importando se estava sendo violenta a forma com que invadia a boca da menina, desligando os pensamentos e mais importante, as vozes.

A menina em seu lado estava deitada nua, e era visível em seu corpo várias marcas vermelhas. Ele encarava o que tinha feito no corpo da menor, marcas de prazer para menina e de trabalho feito para o maior, o deixando momentaneamente em choque. Esperou até que ele acordasse, e falou que ia embora, que depois conversariam. Antes que ela pudesse protestar, ele saiu do apartamento.

Ainda era dia, ele não tinha certeza do horário, até quando resolveu ver no celular, percebendo que estava desligado. Ele entrou em um bar e sentou em uma mesa, pedindo um copo de whisky, tomando coragem para ligar o celular e ver as mensagens e ligações perdidas. Rapidamente ele enviou duas mensagens iguais, para sua mãe e seu irmão, avisando que estava bem, que precisava de um tempo para pensar, pois sabia que os dois estariam bem preocupados. Mensagens e ligações perdidas do Joonmyeon e da MyungHee, ele acabou apagando sem ler, pois sabia muito bem o que estaria escrito. Uma quinta pessoa mandou mensagem e ligou preocupado. Sehun. Seu coração começou a bater ainda mais forte e ele hesitou em ler a mensagem, tomando um gole de sua bebida antes de abrir e ler.

De: Sehun

Hyung, você está bem? Sair dessa maneira não é educado ¬¬ Por favor, me dê noticias

Ele digitou um “Estou bem” e enviou para o maior. A amizade dos dois tinham que acabar, não era certo dois homens ficar se beijando e dormindo juntos, mais uma vez gritava uma voz. Uma voz surpreendeu o advogado, junto com a aproximação de um homem.

“Posso te pagar uma bebida?” ele tinha um sorriso bonito, seus cabelos tinham fios dourados e seu rosto tinha uma expressão leve

“Não obrigado” disse voltando a encarar o próprio copo

“Bem, eu estava vendo você sentado aqui, sozinho, com uma expressão triste” ele esboçou um leve sorriso “Achei que você queria companhia” terminou de dizer sentando na mesa, na frente do advogado.

“Eu queria ficar sozinho” contou uma mentira ao desconhecido “O meu final de semana esta sendo tão caótico, desejo acordar amanhã e ver que tudo foi um sonho, melhor dizendo, um pesadelo”

“Eu sou péssimo em falar coisas animadoras, mas o fim do mundo de hoje, pode ser uma risada amanhã” seu olhar era intenso e sua expressão era séria “Não se preocupe, faça o que você realmente quer fazer”

A conversa dos dois duraram até a noite, quando o advogado tomou coragem de sair do bar e enfrentar a realidade, eles se despediram, sem trocar nomes. Jongdae foi andando para a casa do seu irmão, a noite estava linda e o apartamento era bem próximo ao bar, sua cabeça continuava confusa, e no meio da confusão uma mensagem chegou.

De: Sehun

Conheço uma boa cafeteria, e a torta de maça de lá é uma delicia. Gostaria de ir amanhã lá?

Seu coração queria aceitar de imediato, mas a sua cabeça dizia que não era uma boa ideia. As ruas estavam mais calmas que durante a semana, e logo que chegou no apartamento do seu irmão, entrou para o banho tentando se decidir se iria ou não sair com o médico. Com a cabeça no travesseiro, sua mente girava, e em um ato rápido e de coragem imensa, ele respondeu a mensagem dizendo que queria ir sim, logo tampando a cara com o edredom

“Eu querer ir encontrar com ele não quer dizer que gosto dele, certo? Muito menos que sou gay” sussurrou para si, inconscientemente sorrindo imaginando o dia seguinte

Ele sabia que gostava dele, sabia que desejava ele. Ele tinha certeza. Mas o medo de admitir era muito maior. Ele tinha medo de ser feliz, realmente feliz


Notas Finais


Bem, explicando, o Jongdae não teve essas crises antes pois ele estava no hospital, longe das pessoas, de um circulo social, o que muda a relação dos dois muito, já que ambos nunca tiveram uma relação com outro homem, o que faz que a mente dos dois estejam bem bagunçada em relação a essa proximidade e troca de caricias.
Em relação ao Suho, ele acredita que a culpa da traição é inteira dele, pois ele vê a sua namorada como uma pessoa ingênua e que nunca o trairia, pois ela nunca deu motivos antes. Ja o Suho, como um mulherengo, é mais obvio ele culpar.
Ele ter ido procurar a namorada, foi uma forma que ele encontrou para (tentar) provar para si mesmo ser hetero, tentando ao máximo esquecer q atracão que sente por outro homem. Para um homem que nunca teve contatos íntimos com outros homens é um momento complicado.
Prometo melhorar para o próximo capitulo! Por favor, não parem de acompanhar.
Até semana que vem!


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