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História Madarcher - Casamento Arranjado - 10 - Comemorando uma nova fase


Escrita por: unicorniodasfic

Capítulo 11 - 10 - Comemorando uma nova fase


Henry POV


Estava me sentindo um merda, um zero a esquerda. Definitivamente as coisas não estavam legais para mim. E eu que pensei que vindo para esse lugar finalmente conseguiria ser feliz. Cansado de tanto sofrimento, tanta penúria. Eu precisava ajudar minha mãe, já castigada, maltratada pela vida. Desde quando comecei a discernir um pouco mais as coisas, minha mãe me falara sobre meu pai, ou melhor sobre minha outra mãe. Sempre a defendeu, dizendo que ela não foi um canalha com ela. Apenas ficaram juntas num momento de fraqueza. Eu acreditei nela. Não mentia jamais.


E quando a doença quase a impediu de trabalhar eu resolvi que era hora de agir. Iria atrás da minha mãe. Não estava visando uma herança ou coisa do tipo. Mas ela tinha dinheiro. E talvez pudesse ajudar minha mãe. E se ela era minha mãe, porque não ficar lá, ajudá-la? Eu gostava dessa vida em fazendas, gado.... Minha mãe sempre falou tão bem dela que nunca me passou pela cabeça que ela poderia não me aceitar, que poderia duvidar de mim. Enchi-me de coragem e fui atrás da Ruby. Assim que cheguei fui a um estabelecimento que vendia produtos para gado. Precisava saber como fazer para chegar ate ela. E foi ali que a conheci. Alice.... linda, fascinante. Eu já tive muitas mulheres. E estava acostumado com mulheres de fazenda que usavam roupas masculinas demais para o meu gosto. Saquei na hora quando a vi. Mas ela não me enganava. Por trás daquelas roupas tinha um corpo perfeito e feminino. Não tinha duvidas. Ela exalava feminilidade por todos os poros. Eu fiquei encantado por ela. Além de linda era simpática, inteligente.


Porém fiquei frustrado ao saber que ela era casada com aquela que seria minha irmã. A tal Robin.


Mas foi somente depois que conheci Ruby que fiquei sabendo de toda a historia. Como minha mãe dissera fui recebido de braços abertos pela minha outra mãe. Em momento algum duvidou do que eu falava, confiou em mim. Arrisco a dizer que ficou realmente feliz comigo. Por saber que eu me interessava pela vida na fazenda, ao passo que minha irmã parecia não gostar.


Confiou tanto em mim que me contou tudo. Desde quando veio para esse lugar até o casamento de Alice e Robin. Um acordo, simplesmente. Elas não se amavam. Pelo contrário. Pelo que Ruby me disse a vagabunda da minha irmã passara a noite de núpcias comendo uma vadia no quarto ao lado. Como aquela retardada pode fazer isso, tendo a esposa maravilhosa que tinha? Não seria mais fácil tentar gostar dela?


Confesso que quando a conheci, eu gostei dela. Era simpática e tenho que admitir... era uma baita de uma mulher bonita. Aquele tipo modelo de revista que os homens correm atrás.


Mas tinha algo estranho. Talvez minha mãe tivesse se enganado. Ela parecia gostar da Alice. Pareciam se dar bem. E infelizmente a essa altura eu já estava apaixonado por ela. As horas que passava ao lado dela trabalhando eram as melhores. E quase sofrei um ataque quando Ruby propôs o divorcio das duas para que ela se casasse comigo. Realmente se era apenas um jogo de interesse. No entanto Alice poderia ficar ofendida. Mas qual não foi minha surpresa ao saber que Robin era quem tinha pirado. Minha mãe me contara horas mais tarde que ela praticamente quebrara o escritório quando soube da noticia. No entanto Ruby não me disse por que ela agira assim.


Eu quase desisti de tudo. Mas quando vi Alice triste, aos prantos, eu mudei de idéia. Eu tinha visto a empregadinha ruiva e gostosa que Robin andara comendo. Será que ela repetira a dose? E agora Alice estava infeliz? Não tive duvidas em ir com ela ate o rio. Chorou por muito tempo. Mas quando dei por mim eu estava beijando-a. Era tão doce. Fiquei enlouquecido. Principalmente porque era isso o que ela queria. Se entregar a mim, talvez numa tentativa de vingança, sei lá.


Ela era linda, o corpo de tirar o fôlego. E estava ali em minhas mãos. Se entregando. Mas eu não estava preparado para o choque.. não mesmo. Aquelas palavras ainda martelavam em minha mente: Eu amo você, Robin. Eu amo você, ROBIN...


Porra.... ela estava pensando nela enquanto estava comigo? O baque foi tão grande que não consegui ter nenhuma reação. Ela simplesmente se vestiu e desapareceu. Muito tempo depois, completamente atônito eu voltei para casa. Olhei para o terceiro andar da casa, onde elas moravam. A luz estava acesa. Não sabia se ela tinha ido para lá. Havia me dito antes que voltaria para a casa do pai.


Mas preferi não ir atrás dela. Deveria estar confusa, envergonhada. No dia seguinte eu falaria.


Mas foi Ruby quem viera falar comigo no dia seguinte. Estava esfuziante.

Alice e Robin tinham se acertado. E iriam comemorar o casamento delas. Coisa que não fizeram antes. Merda... merda de vida. Quer dizer então que eu perdi? Alice teria dito a ela o que me disse ontem? Que a amava?

Sei que o que fiz não era certo. Mas eu me apaixonei de verdade. E sempre estaria a espreita. Eu não desistiria dela tão facilmente.


Robin POV


Não existia coisa melhor no mundo que acordar e sentir seu cheiro ao meu lado. Seu corpo quente e macio inteiramente colado ao meu. Eu não fazia idéia de que era tão forte assim. Ter a mulher que eu amava e que me amava também tão próxima e não poder fazer nada. Eu queria fazer tudo diferente, tudo certo. Alice merecia isso. Não queria simplesmente sexo. Queria fazer amor com ela. E no ponto em que eu estava talvez acabasse sendo rude com ela e não me perdoaria jamais. O desejo por ela explodia com força em mim. Mas eu me segurava. Eu quase perdi, por pura safadeza. E agora não iria me arriscar mais. Ela merecia o melhor, sempre.


E como ficou combinado, primeiro faríamos nossa festa... e depois nossa lua de mel. E eu já sabia exatamente para onde iríamos.


Virei-me um pouco na cama para ver as horas e Alice protestou se agarrando mais a mim.


Beijei seus cabelos, mas afastei-a gentilmente. Precisava falar com minha mãe Ruby.


Tomei um banho rápido e desci. Alice ainda dormia. Encontrei-o como sempre na cozinha com minha mãe.


- Bom dia.


- Filha...bom dia. Estava preocupada com você. Aliás com você e Alice.


- Está tudo bem, mãe.


-Sua mãe disse que você estava chorando...e Alice estava estranha. Brigaram?


- Mãe...ainda dá tempo de fazer uma festa de casamento?


- Como?


Meu mãe Ruby olhou para minha mãe Zelena, sem entender e depois voltou a me encarar.


- Eu e Alice queremos uma festa de verdade para comemorar nosso casamento. E depois partiremos em lua de mel.


Um vislumbre de sorriso iluminou o rosto da minha mãe. E depois minha outra mãe também sorriu.


- É o que eu estou pensando?


- Nos acertamos. Descobrimos que nos amamos e queremos que nosso casamento dê certo.


- Ah...meu Deus...eu não acredito.


Minha mãe me pegou num abraço tão forte que eu quase não conseguia respirar.


- Você disse a ela o que me falou no escritório?


- Falei, mãe. Eu a amo. Não sei quando isso começou e ....ah...o importante é que a quero pra mim, comigo...sempre.


Ruby colocou as mãos sobre a minha, me encarando profundamente.


- Faça dar certo, Robin. Você tem capacidade para fazê-la feliz. Aja como uma mulher decente, sempre. Embora eu não seja a mais apta a dizer isso.


- Vai dar certo, mãe. É o que nós duas queremos.


- Estou orgulhosa de você, filha. Depois de tantas burradas você finalmente parece ter encontrado seu caminho.


- Sim. 


- Bom....não há nada que nos impeça de fazer uma festa de arromba amanhã mesmo. 


- Pra mim está perfeito. Mesmo porque não vejo a hora de viajar com ela.

Minhas mães gargalharam.


- Acho que entendo você.


-Teremos que ir à cidade. Escolher decoração...essas coisas que sua mãe tem todo o gosto para fazer.


- Hã...com licença...senhora Mills?


- Pois não, Emma?


Encarei a baixinha, amiga da Alice que parecia morta de vergonha ao nos interromper.


- Bom...eu sei fazer enfeites, essas coisas de decoração. Se a senhora quiser posso ajudar.


- Sério mesmo? Que maravilha. Você e Zelena tem jeito pra coisa então?


Ela riu sem graça, mas notei que minha mãe ficou um tanto perturbada. Aliás eu já andava meio cismada com minha mãe desde o dia em que descobrimos a respeito do Henry.


- O que acha, Robin?


- Acho que Alice vai gostar. Afinal gosta tanto da Emma. Assim que ela acordar falarei com ela.


- Melhor irmos a cidade agora cedo, então.


- Vou subir e chamar a Alice.


Levantei-me, mas parei à porta e voltei.


- Mãe...onde ficam as bandejas?


Ela sorriu.


- Vai levar café na cama pra ela?


- Sim.


- Venha cá..eu te ajudo.

Assim que terminamos e eu já me preparava para pegar a bandeja minha mãe me pegou pela mão.


- Cuide bem dela, Robin. É uma boa garota.


- Eu sei, mãe. Agora eu sei.


Peguei a bandeja e subi sob os olhares satisfeitos das minhas mães.


CAramba....Alice permanecia na mesma posição em que a deixei minutos atrás. Coloquei a bandeja sobre a mesa e deitei-me ao lado dela beijando sua boca.


Ela deu um gemido baixo e sorriu.


- Estava quase tendo a certeza que era sonho. Que eu não tinha ouvido você dizer que me ama.


- É? Se você quiser eu posso repetir.


- Eu acho que seria uma boa idéia. Sinto-me meio sonolenta. É bem provável que seja sonho.


Abracei seu corpo e beijei-a antes de repetir.


- Amo você, Alice.


Ela suspirou e repousou a cabeça em meu peito.


- Eu também te amo, Robin.


Minha língua se enroscou na dela, fazendo meu corpo inteiro berrar pelo dela. Suas unhas deslizaram pela minha pele, me fazendo gemer.


- Não deveria me beijar assim, Senhora Mills.


- Foi você quem quis esperar.


- Realmente...começo a me arrepender disso. E antes que eu faça besteira...venha tomar seu café.


- Tenho que tomar um banho primeiro.


- Bobagem. Depois você toma. Já falei com minha mãe Ruby. Precisamos ir a cidade.


- Tenho que me vestir pelo menos, Robin. Vou tomar café seminua?


- Vai tomar seu café aqui, boba.


- O que?


Levantei-me e peguei a bandeja colocando-a sobre a cama.


Ela me olhou espantada.


- Café na cama? Acabo ficando mal acostumada.


- Você merece. Nada do que eu fizer daqui pra frente vai apagar o que já te fiz de ruim, Alice. Eu sei. Então eu tenho que pelo menos me esforçar para que sua vida seja perfeita a partir de hoje.


Sua mão tocou meu rosto e não pude evitar fechar meus olhos, profundamente deliciada com seu gesto.


- Obrigada.


Fiquei observando-a enquanto se servia.


- Amanhã será nossa festa. E em seguida iremos viajar. Eu só preciso ajeitar algumas coisas. 


- Pra onde iremos?


- Não direi.


- Já imaginava isso. O que suas mães pensam sobre isso?


- Ficaram felizes, é claro. E sua amiga Emma se prontificou a ajudar na decoração.


- Ela é ótima pra isso. Já vi o que ela fez na festa da loja da Belle.


- Belle?


- É onde compro...hã...minhas lingeries.


- Humm...acho que gosto dessa Belle.


Ela riu e acompanhei. Depois me deitei enquanto ela terminava seu café.


- Estou preocupada com minha mãe.


- Por quê?


- Sei lá. Está estranha.


- É como te falei, Robin. Ela pode ter ate ter desculpado a Ruby. Mas a prova da traição sempre estará ainda na frente dela. Aliás, por falar em traição...já pensou a respeito da Aurora?


- Não fale assim, Alice. Não sabe como me sinto mal por tudo isso.


- Desculpe.


- Minha mãe ficou de falar com ela. Vejo isso depois. Por hora quero pensar em nós duas.


Assim que Alice terminou seu café, tomou o banho e se vestiu para sairmos. Era a primeira vez que saíamos juntas como casal. E confesso que estava adorando isso. Emma tinha ido com minha mãe. Pra mim foi uma forma que minha mãe encontrou de me deixar curtir minha esposa.


Mas depois acabamos nos encontrando. Estávamos em frente a um café, que por sinal estava me irritando. Três homens sentados a uma mesa não tiravam os olhos de Alice. Era assim que os outros homens se sentiam quando eu olhava sem querer para as mulheres deles? Que coisa nojenta.


Abracei-a pela cintura, colando seu corpo no meu.


- Pare com isso...aqui?


- Você é minha esposa, esqueceu?


- Sim, mas...


- Olha só...eu preciso olhar umas coisas e ainda carregar aquela montanha de caixas que as duas loucas compraram. Por que não vai ate a loja da Belle e compra alguma coisa? Lingeries, qualquer espécie de roupa íntima? Vai precisar...


Ela sorriu abertamente.


- Para nossa lua de mel.


-Sim.


- Tudo bem...eu irei.Mas não demore...posso ficar com saudade.


Meu coração acelerou ao ouvir isso. Coisa comum que qualquer casal diria. Mas que eu jamais imaginei ouvir de uma mulher. Já ouvi é claro, mas carregada de luxuria. E não de amor como eu via agora em Alice.


- Pensando bem....acho que não vou mais.


- Deixa de ser boba. Vá lá... acho que não vai gostar de ficar me esperando. Eu costumo demorar um pouco.


Ataquei sua boca sem pudor algum, devorando-a com minha língua. Seus braços também me envolveram e seus dedos em meus cabelos. Porra...se ela soubesse como me deixava maluca quando fazia isso. Não consegui segurar um gemido. E era melhor parar...meu corpo já começava a latejar.

- A gente se encontra daqui a pouco então.


Minha voz soou ainda mais rouca que o normal e Alice fechou os olhos novamente.


- Tem noção do que faz comigo?


- Tenho...não é diferente do que você faz comigo.


Beijei-a novamente e esperei que se afastasse, observando embevecido o gingar dos seus quadris.


- Melhor fechar a boca, filha. Ou comprar um babador.


- Pare com bobeira, mãe.


- Nossa...quando me falou que se amavam....eu não imaginei isso.


Minha mãe e Emma estavam ao meu lado carregadas de sacolas.


- Isso o que?


- Essa intensidade toda. Tanto de você quanto dela. Que idiotas...como não perceberam que se gostam? Um amor do jeito que estou vendo não nasce assim de um dia para o outro.


Olhei pra ela ,confusa. Eu também pensava isso. Mas como? Eu nunca percebi nada. Nada mesmo. Eu..idiota....sempre a menosprezei.


Foi com esse pensamento que fui guardar as inúmeras caixas e sacolas. Demorei o maior tempão até guardar tudo. E por fim resolvi ir atrás de Alice.

Assim que entrei na loja a loira atrás do balcão sorriu.


- Parece que vieram buscar você, Alice.


Ela se virou e sorriu ao me ver. Abracei – a e me dirigi a loira.


- Creio que não conheço você.


- Belle French, mas pode me chamar de Belle.


- Muito prazer. Mas como sabia que estava atrás da Alice?


- Ela me disse que a esposa viria buscá-la....


- Belle!


- E que ela era a mulher mais bonita da cidade. Além disso que já tinha visto você por ai. Que não conhece os Mills?


- Quer dizer que sou a mulher mais bonita da cidade?


- Você já sabia disso.


- Mas é bom ouvir.


Nossos lábios se tocaram, mas bem de leve.


- Alice, sua danada. Nunca me disse que estava tão apaixonada assim.


- Talvez porque eu ainda não soubesse disso, Belle.


- Ai...que lindo.


- A propósito, Belle...eu adoro sua loja.


Ela gargalhou ao me ouvir. Alice ficou púrpura de vergonha.


- E está convidada para nossa festa de casamento amanhã.


- Ah...meu Deus...festa de casamento. Não estou entendendo nada.


- Um dia Alice te explica.


- JÁ terminou,amor?


Era incrível a facilidade com que essa palavra AMOR escapulia pelos meus lábios sempre que a referência era Alice. Parecia tudo tão simples, tão lógico que me perguntava como não percebi isso antes.


Alice se despediu de Belle e também saiu carregada de sacolas.


- Se isso tudo é pra nossa lua de mel acho que não volto viva.


- Não...outras são para o dia a dia.


Minha mãe e Emma já tinham voltado para casa. Quando chegamos vi vários carros de entregas. Ruby não perdia tempo mesmo.


Alice bem que tentou ajudar em alguma coisa, mas foi escorraçada pela minha mãe.


- Vá ficar com sua esposa e nos deixe em paz.


Peguei-a pela mão e subi até nosso andar.


- Isso mesmo, venha fazer companhia para o seu esposa.


Passamos o resto do dia trancadas no quarto. Quem não soubesse dos fatos iria pensar que passamos a tarde transando. Mas foi apenas conversas e beijos, é claro. Mas cada beijo mais ousado, mais intenso me fazia queimar. Maldita hora que resolvi esperar a lua de mel. Agora iria manter minha palavra.

Embora não fôssemos fazer nada, estávamos apenas de roupa íntima. Era bom ter Alice em meus braços, sentindo a maciez da sua pele junto a minha.

Saímos do quarto apenas para jantar e voltamos em seguida. Evitei tomar banho com ela. Isso tudo era demais pra mim. Fizemos coisas que jamais me imaginei fazendo com uma mulher.


Assistíamos a um filme, Alice com a cabeça sobre meu peito e meus dedos escovando seus cabelos. Era tudo o que eu queria. Quando foi que fiquei assim? Abraçada ou mesmo na companhia de uma mulher por tanto tempo? Apenas conversando? Nunca. Principalmente porque eu raramente conversava. Transava e saia fora logo. Foi assim com todas. Foi preciso Alice entrar na minha vida e me transformar completamente, não só em uma mulher decente para ela como decente para mim mesmo.


Alice POV


Ridícula. Parecia que eu iria me casar novamente. E era simplesmente minha festa de casamento. Estava tudo perfeitamente decorado. Robin estava certa. Esse era o sonho de qualquer mulher. Obviamente eu escondi isso. Não queria me passar por mulherzinha. Mas agora vendo tudo preparado com tanto carinho, eu percebia o quanto eu sonhei com isso. E agora eu tinha. Graças a sensibilidade recém aflorada de Robin. Minha esposa. Aquela mulher linda que estava completamente espojada na sala , deliciosa até o último fio de cabelo.

Nunca minha libido esteve tão em alta. Só de imaginar que durante a madrugada estaríamos partindo em lua de mel, meu corpo inteiro estremecia. Robin estava linda, de calça e camisa escura. Eu resolvi usar um vestido simples e leve...azul. Porque eu sabia que ela adorava.


Seus olhos brilharam ao me ver. Estendeu a mão para mim que aceitei imediatamente.


- Está linda.


- Onde estão todos?


- La fora.


- Vamos lá então?


Robin abraçou minha cintura e saímos. A primeira pessoa que vi foi Henry. Desde aquele dia fatídico eu não o via. Seu olhar triste parou em mim. Fez um aceno com a cabeça,me cumprimentando, depois foi ate Regina.


- Ele gosta de você.


-Sou casada com você, Robin.


- Seria bom lembrá-lo disso.


Antes que eu dissesse qualquer coisa Belle apareceu. Estava linda de blusa vermelha e calça jeans colada ao corpo.


Conversava com Robin e aproveitei para apreciar um pouco o trabalho de Zel e Emma. As duas conversavam animadamente a um canto. Não sabia que se davam tão bem.


- Está tudo tão lindo, Robin. Sua mãe está de parabéns.


- Dona Zelena adora essas coisas, Belle. Fica feliz feito criança em dia de festa.


- Alice?


- Pai!! Que bom que chegou.


- Que novidade boa, vocês duas. Saber que estão realmente apaixonadas. Nada poderia ser melhor que isso.


Robin envolveu minha cintura, parando atrás de mim.


- Eu a farei feliz, Killian. Pode confiar.


- Eu confio, Robin. No fundo sei que é uma boa moça.


- Só poderia ser...já que é meu filha.


Ruby e Zelena se aproximavam . Cumprimentaram meu pai.


- Foi uma surpresa para nós também Killian. Mas uma maravilhosa surpresa , não é?


- Realmente. É bom demais...ver alguém feliz.


Era impressão minha ou meu pai olhava com certa tristeza para Zelena? Talvez fosse mesmo. Eu sempre achei que eles não se gostavam muito. Mas não sei por que. Mas a impressão que passavam era essa. Talvez por meu pai ser tão sisudo, sei la. Mas eu entendia. Sofreu demais desde quando minha mãe se fora.


Olhei para Robin que também observava os dois com o cenho franzido.


Depois sua atenção foi desviado e ele estava sorrindo.


- O que foi?


- Sua amiga e Regina, hã?


Olhei na direção das duas que dançavam juntinhas.


Fiquei feliz por ela. Embora ultimamente não tivéssemos tido muito tempo juntas, eu a adorava. Crescemos praticamente juntas.


- Alice? Já reparou como Emma tem os traços delicados, ligeiramente parecidos com os da minha mãe?


Olhei para Emma e depois para Zelena. E não é que ela estava certo?


- Robin...está querendo me dizer...


- Estou querendo dizer que você irá dançar comigo agora.


Arrastou-me até o gramado que fora coberto improvisando uma pista de dança.


Seus braços me envolveram e deitei minha cabeça em seu peito.


- Obrigada por ter tido essa idéia.


- Você merece muito mais. Mas eu ainda chego lá.


Robin me fez girar e pude ver Henry e Belle conversando. Ela parecia bem animada, mas ele ainda estava triste.


- Concentre-se em nós duas, apenas.


- Está certa. Desculpe-me. Ficou tudo tão lindo.


Pouco depois Zelena nos arrastou. Fez questão que cortássemos um bolo e em seguida champanhe. Robin estendeu uma taça para mim e brindamos.


Seus olhos muito verdes estavam fixos nos meus. Juntou nossos corpos depois do brinde e ainda me olhando nos olhos aproximou seu rosto do meu e me beijou.


- Amo você, Robin.


- Eu também amo você. Essa é minha maior verdade.


Apertei-me mais ao corpo dela, sabendo que tudo o que ele dizia era sincero.

Meu corpo arrepiou-se quando sua boca se aproximou do meu ouvido.


- Acho que está quase na hora de sairmos. Em algumas horas você estará no paraíso, Alice. Literalmente.


Ergui meus olhos para ela.


- Eu já estou nele, Robin.


Mas no fundo eu sabia, que pra onde quer que fôssemos, Robin iria me surpreender. E como sempre me tiraria o fôlego.



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